Segunda-feira
26 de junho
O ataque de Satanás ao sábado
Tentará mudar os tempos e as leis. Daniel 7:25, NVI

Esse espírito de concessão ao paganismo abriu caminho para desrespeito ainda maior da autoridade do Céu. Satanás, atuando por meio de dirigentes não consagrados da igreja, investiu também contra o quarto mandamento e tentou pôr de lado o antigo sábado, o dia que Deus tinha abençoado e santificado (Gn 2:2, 3), exaltando em seu lugar a festa observada pelos pagãos como “o venerável dia do Sol”. A princípio, essa mudança não foi proposta abertamente. Nos primeiros séculos, o verdadeiro sábado foi guardado por todos os cristãos. Eles eram ciosos da honra de Deus, e, crendo que Sua lei é imutável, zelosamente preservavam a santidade de seus preceitos. Entretanto, com grande astúcia, Satanás atuava por intermédio de seus agentes para efetuar seu objetivo. Para que a atenção do povo pudesse ser chamada para o domingo, foi feito deste uma festividade em honra da ressurreição de Cristo. Atos religiosos eram nele realizados; era, porém, considerado dia de recreação, sendo o sábado ainda observado como dia santificado.

A fim de preparar o caminho para a obra que intentava cumprir, Satanás induzira os judeus, antes do advento de Cristo, a sobrecarregar o sábado com as mais rigorosas imposições, tornando sua observância um fardo. Agora, tirando vantagem da falsa luz sob a qual ele assim fizera com que fosse considerado, lançou o desdém sobre o sábado como instituição judaica. Enquanto os cristãos geralmente continuavam a observar o domingo como festividade prazenteira, ele os levou, a fim de mostrarem seu ódio ao judaísmo, a fazer do sábado dia de jejum, de tristeza e pesar. […]

O arquienganador não havia terminado sua obra. Estava decidido a congregar o mundo cristão sob sua bandeira e exercer o poder por intermédio de seu vigário, o orgulhoso pontífice que pretendia ser o representante de Cristo. Por meio de pagãos semiconversos, ambiciosos prelados e eclesiásticos amantes do mundo, realizou ele seu propósito. Celebravam-se, de tempos em tempos, vastos concílios aos quais do mundo todo concorriam os dignitários da igreja. Em quase todos os concílios, o sábado que Deus havia instituído era rebaixado um pouco mais, enquanto o domingo era em idêntica proporção exaltado. Assim, a festividade pagã veio finalmente a ser honrada como instituição divina, ao mesmo tempo em que se declarava ser o sábado bíblico relíquia do judaísmo, amaldiçoando-se seus observadores (O Grande Conflito, p. 52, 53).