Domingo
18 de junho
Esperança
Não esmagará o galho que está quebrado, nem apagará a luz que já está fraca. Mateus 12:20

É impressionante como vivemos numa cultura em que tudo é descartável. Gastamos bastante dinheiro, por exemplo, com celulares que, em pouco tempo, não servirão mais. Todos os anos, a indústria automobilística lança novos modelos de carros e deixa os do ano anterior parecendo velhos e ultrapassados.

É isso que o mercado faz com as coisas. O grande problema é que esse espírito de descarte compulsivo influencia a relação entre as pessoas. Nossa cultura valoriza gente ativa, de quem se pode extrair algum benefício. Se, por algum motivo, as pessoas deixam de ser produtivas, a tendência é descartá-las e substituí-las por outras mais úteis, mais novas e mais bonitas, de preferência.

É por conta de posturas assim que os índices de divórcio só aumentam, e a ocupação de lugares como asilos tem crescido bastante. Se o cônjuge não se enquadra à nova fase da vida, aos novos amigos e projetos diferenciados, a solução parece simples. Pelo menos na cultura atual. Basta trocá-lo por outro mais adequado. Vive-se atrás de sucesso e fama, e, se alguém está impedindo o caminho, é preciso tirá-lo rapidamente.

No versículo de hoje, porém, as pessoas que passam por problemas sérios na vida são comparadas a galhos quebrados e a chamas que estão quase apagando. O texto diz que Jesus trata com justiça os que sofrem. Enquanto a tendência da humanidade é descartar quem passa por problemas, o Senhor Jesus acolhe gente assim com muito amor.

Saber que Cristo age dessa maneira enche a vida de esperança. A situação de cada um de nós era desesperadora. Por conta do pecado, a humanidade se tornara uma espécie de lixo cósmico, e o objetivo do inimigo era fazer Deus nos descartar.

Entretanto, Jesus veio à Terra para dar um jeito de nos “reciclar”. Por causa de sua graça infinita, Ele nos salvou da destruição. Na Bíblia, lemos: “Para uma árvore há esperança […]. Mesmo que as suas raízes envelheçam, e o seu toco morra na terra, basta um pouco de água, e ela brota, soltando galhos como uma planta nova” (Jó 14:7-9). Foi assim que Deus nos viu.

Éramos como árvores quase mortas, mas Jesus encharcou nossa vida com a água da salvação e nos fez brotar de novo. Nossa postura com o próximo não pode ser diferente. As pessoas não são descartáveis. Elas custaram o sangue do Filho de Deus. É nosso dever amá-las, respeitá-las e nunca abandoná-las.