Segunda-feira
26 de junho
Eu os trarei para casa
Naquele tempo Eu ajuntarei vocês; naquele tempo os trarei para casa. Sofonias 3:20

Certa vez, em outubro, eu voltava de carro para casa. Era tarde, estava escuro e chovia. Notei um cachorro grande, correndo para lá e para cá no meio do trânsito. Ele vai ser atropelado, pensei. Ele arrastava uma corrente. Devo parar ou não? É um cão grande, pode me morder. Está molhado. Como é que consigo fazê-lo entrar no carro? Debatendo essas ideias, passei por ele. Depois me senti culpada o caminho todo até minha casa. Então, a fim de parar de me sentir culpada, eu disse em voz alta: “OK, Senhor, o próximo cachorro que puseres em meu caminho vai entrar no carro!”

Não é surpresa o que Deus fez a seguir. Duas semanas depois, enquanto voltava para casa, vi outro cachorro grande. Esse corria na direção de cada carro que passava. Parando o veículo, olhei para ele. Que olhar suplicante! Era como se dissesse: “Alguém, por favor, me levaria para minha casa?” Saltei para fora do carro, abri a porta traseira e disse: “Entre. Você está indo para casa!” Surpreendentemente, ele deu um salto e entrou.

Imagine um cão molhado, enlameado, em um assento bonito de couro. Coloquei o cachorro sem lar em nosso quintal cercado. Instantaneamente, ele começou a correr em círculos, como se procurasse alguém. Sabendo que ele agora estava seguro, fui buscar alimento, água e uma cadeira. Ele comeu e bebeu como quem está morrendo de fome. Depois disso, sentei-me na cadeira e coloquei meus dois braços ao seu redor e o tranquilizei: “Deus sabe onde fica a sua casa. Seu pessoal está provavelmente orando por você agora mesmo. Deus vai levá-lo ao seu lugar.” Liguei para vários amigos pedindo que orassem pelo cão, encontrei o endereço do abrigo e o coloquei de volta no carro. Enquanto ele seguia no banco traseiro (dessa vez sobre uma toalha), continuei falando com ele: “Deus sabe onde está sua família, e eles vão buscar você.” Três dias depois, telefonei para o abrigo para ouvi-los dizer, empolgados: “O nome do cão é Júnior e sua família veio buscá-lo no dia seguinte. Na verdade, eles vinham aqui todos os dias à procura dele, até que você o trouxe.”

À semelhança de Júnior, muitos de nós fugimos do “lar” – nossa jornada com Deus – para ir aonde desejávamos e fazer o que queríamos. Contudo, quando Lhe confessamos nossa condição de perdidos, Ele está bem aqui, ao nosso lado (onde sempre esteve). Ele tem intercedido por nós e observado nossa mudança de coração, sempre ansioso para estar conosco no lar celestial.

Diane Pestes