Segunda-feira
16 de outubro
Perante o Ancião de Dias
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-Se ao Ancião de Dias, e O fizeram chegar até Ele. Daniel 7:13

Assim foi apresentado ao profeta, em visão, o grande e solene dia em que o caráter e vida das pessoas passariam em revista perante o Juiz de toda a Terra, e cada ser humano seria recompensado “segundo as suas obras” (Ap 20:12). O Ancião de Dias é Deus, o Pai. O salmista diz: “Antes que os montes nascessem e se formassem a Terra e o mundo, de eternidade a eternidade, Tu és Deus” (Sl 90:2). É Ele, fonte de todo ser e de toda lei, que deve presidir o juízo. Santos anjos, como ministros e testemunhas, em número de “milhares de milhares, e milhões de milhões”, assistem a esse grande tribunal. […]

Cristo vem ao Ancião de Dias, no Céu, para receber o domínio, a honra, e o reino, os quais lhe serão dados no final de Sua obra de mediador. É essa vinda, e não o Seu segundo advento à Terra, que foi predita na profecia como devendo ocorrer ao terminarem os 2.300 dias, em 1844. Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo Sacerdote entra no lugar santíssimo e, ali, comparece à presença de Deus a fim de Se entregar aos últimos atos de Seu ministério em prol da humanidade: realizar a obra do juízo de investigação e fazer expiação por todos os que se verificarem com direito aos benefícios da mesma. […]

Portanto, os que seguiram a luz da palavra profética viram que, em vez de vir Cristo à Terra, ao terminarem em 1844 os 2.300 dias, Ele entrou então no lugar santíssimo do santuário celestial, a fim de executar a obra final da expiação, preparatória à Sua vinda.

Verificou-se também que, ao passo que a oferta pelo pecado apontava para Cristo como um sacrifício, e o sumo sacerdote representava a Cristo como mediador, o bode emissário tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão finalmente colocados. Quando o sumo sacerdote, por virtude do sangue da oferta pela transgressão, removia do santuário os pecados, colocava-os sobre o bode emissário. Quando Cristo, pelo mérito de Seu sangue, remover do santuário celestial os pecados de Seu povo, ao encerrar-se Seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás que, na execução do juízo, deverá encarar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, para nunca mais voltar à congregação de Israel. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado e dos pecadores (O Grande Conflito, p. 479, 480, 422).