Domingo
24 de dezembro
O cordeiro do Natal
No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” João 1:29

A igreja estava bonita, pronta para o Natal. Naquela manhã de sábado, tudo no programa do culto apontava para a alegria do nascimento de Jesus. A doce música do cantor enchia o ar com as conhecidas palavras: “A virgem Maria teve um menininho”. Minha neta de 3 anos de idade brincava quietinha no banco, ao meu lado, enquanto ouvia. As palavras soaram outra vez: “A virgem Maria teve um menininho”. De repente, Ashley disse algo que pôde ser ouvido em quase toda a nave da igreja: “Eu achava que Maria tinha um cordeirinho!”

Embora não soubesse, Ashley disse uma grande verdade naquela manhã. O bebê do Natal era, verdadeiramente, um cordeiro. Não apenas “um cordeiro”, mas “o Cordeiro”, como foi chamado por Seu primo João Batista, que disse: “É o Cordeiro de Deus!” (Jo 1:29).

Quando Maria segurava seu bebê junto a si, passando o dedo em seu rosto, rindo diante do doce som do pequenino, eu me pergunto se alguma vez ela não O chamou de “meu cordeirinho” sem pensar naquilo que o futuro reservava. Quando ela via os cordeiros sendo levados ao templo, teria pensado em seu filhinho como o Cordeiro de Deus? Ou teria simplesmente desfrutado os dias dEle como bebê assim como todas as outras mães? Será que ela ocultava do seu coração o futuro dEle?

O Cordeiro de Deus! Que quadro de doce inocência!

Como Maria deve ter apreciado seu menino! Ela observava Seu crescimento com aquela doce inocência no coração. Cultivava o amor dEle por Deus e Lhe ensinava a amar as Escrituras. A adoração a Deus, o Pai, crescia em Seu coração, enquanto Maria exemplificava seu próprio culto ao Deus a quem amava e servia.

O lar de Maria e José foi selecionado como um lugar seguro para o crescimento do Cordeirinho divino até Se tornar o Cordeiro sacrifical de Deus.

Então veio o dia em que o momento certo chegara, e o Cordeiro havia crescido.

Uma vez mais, lá estava Maria para contemplar seu Cordeiro.

Dessa vez não houve alegria. Talvez a única paz que lhe poderia aquietar o coração fosse encontrada nas palavras de seu sobrinho João: “É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”

Ginny Allen