Lição 3
08 a 14 de julho
A unidade do evangelho
“Completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude” (Fp 2:2).
Prévia da semana: Em função das tradições judaicas que cegavam a igreja primitiva para a questão fundamental da fé na obra de Cristo, a igreja estava em perigo de perder sua compreensão do evangelho.
Leitura adicional: Mateus 13; Gálatas 2:1-21. Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 182. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 159, 160, 374; Jon Paulien, Deus no mundo real (CPB, 2008)
Domingo, 09 de julho
Unidade na diversidade

O que significa ser cristão? Ser superior às outras pessoas ou menos pecador que elas? Como devemos nos relacionar entre nós? Qual é nossa missão como “sal da Terra”? O apóstolo Paulo tratou dessas questões ao escrever aos gálatas. Ele enfatizou a unidade entre os irmãos porque percebeu que haviam surgido divisões na igreja. Questões relacionadas à hierarquia estavam atrapalhando a igreja cristã primitiva no cumprimento de sua missão. Sabendo dessa tendência, Jesus orou para que todos tivessem o mesmo ideal (Jo 17:21).

Para fazer um bolo é preciso usar ingredientes como farinha de trigo, fermento, ovos, açúcar, manteiga, etc. Sem o açúcar, todos esses ingredientes, se experimentados isoladamente, têm um gosto horrível. Contudo, quando são misturados na proporção correta, e depois levados ao forno, produzem um bolo delicioso. Embora sejamos diferentes, diante de Deus todos somos importantes e úteis. Juntos podemos fazer mais!

Em 1 Coríntios 12:12-31, Paulo escreveu que todos nós somos membros do corpo de Cristo, cuja cabeça é o próprio Cristo. O corpo atinge sua eficiência máxima quando cada uma de suas partes funciona em harmonia com as outras para alcançar um objetivo específico. Imagine se o coração dissesse: “Hoje estou cansado, portanto não vou bombear o sangue”, ou se o sistema nervoso dissesse: “Preciso de um tempo livre”. O corpo funcionaria? Não! Logo, teríamos um cadáver!

Muitas campanhas e slogans são criados para promover a unidade entre as nações e reduzir as divisões entre os seres humanos. Se o mundo pode estar determinado a andar uma segunda milha para promover a unidade entre os povos, não poderíamos, como cristãos, fazer um trabalho ainda melhor? Cristo deseja que Seu povo esteja unido para a pregação do evangelho.

Deus confia um trabalho especial a cada um de Seus filhos segundo o dom que o Espírito lhe concede. Há muito a ser feito. Há necessidade de pessoas com diferentes dons e habilidades. Se tivermos um coração submisso, se aprendermos na escola de Cristo a ser mansos e humildes, poderemos avançar, unidos, na obra que nos foi confiada. Ninguém deve achar que está fora de lugar.

Velisiwe Nkomo | Johannesburgo, África do Sul

Mãos à Bíblia

1. De acordo com 1 Coríntios 1:10-13, qual é a importância de manter a unidade na igreja? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Os que estão unidos a Cristo, estão unidos entre si e exaltam a Cristo.

B.( ) Cristo não está dividido. Por isso, devemos seguir Seu exemplo e nos unir.

C.( ) Uma igreja unida fica mais vulnerável às tentações do diabo.

Manter a unidade apostólica era fundamental, pois uma divisão entre a missão de Paulo aos gentios e a igreja matriz, em Jerusalém, teria trazido consequências desastrosas. Sem harmonia entre os cristãos gentios e judeus, “Cristo estaria dividido, e seria frustrada toda a energia que Paulo havia dedicado, e esperava dedicar, à evangelização do mundo pagão” (F. F. Bruce, The Epistle to the Galatians [A Epístola aos Gálatas], Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1982, p. 111).

Segunda-feira, 10 de julho
Equilíbrio nas decisões

De acordo com o profeta Isaías, Deus nos dá a oportunidade de arrazoar com Ele (Is 1:18). À primeira vista, isso parece um convite para um debate no qual poderemos ajudar Deus a ver as coisas de acordo com nossa perspectiva. No entanto, depois de cuidadosa reflexão sobre o texto, fica claro que é Deus quem nos oferece oportunidade de elevar o nosso pensamento, de modo que entendamos que Seu plano para nós é sempre o melhor.

Em Mateus 5:38-41, vemos que, se alguém nos ferir na face direita, devemos lhe oferecer também a outra face. Sempre me intrigou o contraste entre a mansidão demonstrada por Jesus, pouco antes de Sua morte, quando as pessoas cuspiram em Seu rosto (Mt 26:67), e Sua atitude ao virar as mesas dos cambistas no templo
(Mt 21:12). Porém, hoje compreendo que isso serve como exemplo de que devemos testemunhar de nossa fé, mas, no que diz respeito aos princípios bíblicos, não há margem para transigência.

Para que haja união (1Co 1:10-13). O casamento é um excelente exemplo do conceito de equilíbrio e unidade. Irmãos que cresceram juntos às vezes têm dificuldade para se darem bem, apesar de terem recebido a mesma criação. Mas quando duas pessoas que conviveram por pouco se casam e passam a viver juntas, essa dificuldade é ainda maior.

Embora seja verdade que não podemos escolher nossa família, temos a liberdade de escolher a pessoa com quem nos casaremos. A realidade matrimonial pode ser bem diferente daquela retratada nas histórias de amor e nos contos de fadas.

É preciso ter equilíbrio nas decisões e tolerância de um para com o outro, a fim de assegurar que cada um exerça sua individualidade, sem anular sua personalidade.
O casal precisa trabalhar em equipe e em harmonia para edificar o lar e criar os filhos nos caminhos do Senhor. Da mesma forma, é preciso equilíbrio nas decisões tomadas na igreja para que a obra do Senhor seja realizada com eficácia.

Circuncisão do coração (Gn 17:1-22; Jr 4:4; At 15:1, 5; Rm 2:29;
Gl 2:3-5; 5:2, 6). Quando Abrão estava com 99 anos, o Senhor fez aliança com ele e mudou seu nome para Abraão. Disse-lhe que ele seria pai de muitas nações. Adoramos um Deus que muda nosso nome antes que possamos ver uma mudança em nossa vida. Ele não nos vê como somos agora, mas vê a pessoa na qual deseja nos transformar.

Um milagre foi realizado na vida de Sara, esposa de Abraão. Embora ela fosse estéril, teve um filho e deu-lhe o nome de Isaque. A aliança associada à promessa de que Abraão se tornaria pai de muitas nações exigia que toda criança do sexo masculino fosse circuncidada.

Após o Pentecostes, quando os líderes cristãos se reuniram no Concílio de Jerusalém (At 15), algumas pessoas estavam dizendo aos gentios que, a menos que eles passassem pela circuncisão, não seriam salvos. Paulo e Barnabé debateram a questão e ajudaram a solucionar o problema. Eles enfatizaram que os judeus não deviam tornar ainda mais difícil a vida dos gentios que se convertiam a Deus. Uma decisão foi tomada para que eles também pudessem desfrutar dos benefícios do relacionamento com Deus. Essa decisão teve por base o entendimento de que a circuncisão do coração era mais importante do que a circuncisão física.

Libertação somente na cruz (Jo 8:31-36; Rm 6:6, 7; 8:2, 3; 1Co 15:55-57; Gl 3:23-25; 4:7, 8; Hb 2:14, 15). Os descendentes de Abraão haviam desenvolvido o errôneo conceito de que podiam alcançar automaticamente a salvação tendo como base a família à qual pertenciam. Jesus esclareceu essa questão ao explicar que todo o que peca é escravo do pecado. Portanto, a salvação não é alcançada pela árvore genealógica à qual pertencemos. O único meio pelo qual recebemos a vida eterna é o sangue derramado na cruz.

Nós, jovens, achamos que liberdade é ir para o mundo e fazer o que temos vontade. Achamos que estamos aprisionados pelos mandamentos de Deus porque eles nos impedem de aproveitar a vida. Mas a lei de Deus nos preserva das consequências do pecado.

Ainda que passemos pela morte antes da segunda vinda de Cristo, não podemos nos esquecer de que chegará o dia em que todo joelho se dobrará ao nome de Jesus, e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor (Fp 2:10, 11). Nesse dia, os mortos ressuscitarão num piscar de olhos e nosso corpo mortal será revestido da imortalidade (1Co 15:52-54). Essa promessa de libertação final nos motiva a viver na verdadeira liberdade, que tem por base o perdão em Cristo e que se revela na obediência à lei de Cristo.

Solwazi Khumalo | Cidade do Cabo, África do Sul

Mãos à Bíblia

2. Por que a circuncisão foi um ponto tão importante na controvérsia entre Paulo e alguns judeus cristãos? Gn 17:1-22; Gl 2:3-5; 5:2, 6; At 15:1, 5. Assinale a alternativa correta:

A.( ) Por causa da aliança que Deus havia feito com Abraão e seus descendentes, separando-os como Seu povo escolhido.

B.( ) Porque a circuncisão significava salvação.

C.( ) Porque esse era um costume praticado desde Adão e Eva.

A circuncisão era o sinal do relacionamento de aliança que Deus havia estabelecido com Abraão. Embora ela fosse destinada apenas aos descendentes de Abraão, do sexo masculino, todas as pessoas eram chamadas a um relacionamento de aliança com Deus. Também era um sinal apropriado da aliança. A circuncisão exterior devia ser um símbolo da circuncisão do coração (Dt 10:16; 30:6; Jr 4:4; Rm 2:29). Ela representa o despojamento da confiança própria e, em lugar disso, a constante dependência de Deus.

Pense Nisto
Por que é importante manter a unidade da igreja? Seria justo se fôssemos salvos com base na família em que nascemos?
Terça-feira, 11 de julho
Fé expressa pelo amor

“Certos judeus, provenientes da Judeia, provocaram um mal-estar generalizado entre os crentes gentílicos, levantando a questão da circuncisão. Com muita segurança, afirmavam que ninguém poderia ser salvo sem ser circuncidado e observar toda a lei cerimonial.”1 Esses judaizantes “tinham dificuldade para discernir o fim das coisas abolidas pela morte de Cristo […] tornando sem valor as cerimônias divinamente designadas e os sacrifícios da religião judaica.”2

“Paulo havia se orgulhado de seu rigor farisaico; mas, depois que Cristo Se revelou a ele na estrada de Damasco, a missão do Salvador e a obra que ele próprio devia desempenhar na conversão dos gentios se tornaram claras à sua mente, e ele compreendeu plenamente a diferença entre fé e formalismo.”3

“[Pedro] argumentou que o Espírito Santo havia decidido o assunto em discussão ao descer com igual poder sobre os pagãos incircuncisos e sobre os judeus circuncidados. […] Ele afirmou: ‘Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera.
E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração (At 15:8, 9).’”4

“Quem possui o conhecimento da verdade deve despertar e se colocar, corpo, alma e espírito, sob a disciplina de Deus. O inimigo está em nosso encalço. Precisamos estar bem despertos, em alerta contra ele. Precisamos nos revestir de toda a armadura de Deus. […] Temos que amar a verdade para este tempo e a ela obedecer. Isso nos guardará de aceitar fortes enganos. […]

“Rogo aos que estão trabalhando para Deus que não aceitem o espúrio em lugar do genuíno. Não permitam que a razão humana seja posta onde deveria estar a verdade divina e santificadora. […] Não recebam as teorias errôneas o apoio do povo que deve estar firme na plataforma da verdade eterna.”5

1. Ellen G. White, História da Redenção, p. 305.

2. Ibid., p. 305, 306.

3. Ellen G. White, Sketches From the Life of Paul], p. 65.

4. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 193, 194.

5. ___________ , Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 298.

Teclah P. Khumalo | Pretória, África do Sul

Mãos à Bíblia

3. Leia Gálatas 2:1-10. Do que os cristãos são livres? Jo 8:31-36; Rm 6:6, 7; 8:2, 3; Gl 3:23-25; 4:7, 8; Hb 2:14, 15

A liberdade, como condição da experiência cristã, era um conceito importante para Paulo. Ele usou essa palavra com mais frequência do que qualquer outro autor do Novo Testamento. Além disso, as palavras “livre” e “liberdade” ocorrem várias vezes no livro de Gálatas. No entanto, liberdade para os cristãos significa ser livre em Cristo. É a oportunidade de ter uma vida de livre devoção a Deus. Envolve a liberdade da escravidão dos desejos de nossa natureza pecaminosa (Rm 6), liberdade da condenação da lei (Rm 8:1, 2) e liberdade do poder da morte (1Co 15:55).

4. Os apóstolos reconheceram que a Paulo “havia sido confiada a pregação do evangelho aos incircuncisos, assim como a Pedro, aos circuncisos” (Gl 2:7). O que isso sugere sobre a natureza da unidade e diversidade dentro da igreja?

Pense Nisto
Que conselho você daria a um irmão que acha que a igreja não é suficientemente ativa ao lidar com os dissidentes que surgem em seu meio?
Quarta-feira, 12 de julho
Linha divisória

Um dos temas enfatizados nos escritos do apóstolo Paulo é a conduta cristã. Seguir Jesus requer a renúncia de muitas coisas que não agradam a Deus. De igual maneira, o casamento tem seu próprio conjunto de regras, e quando um cônjuge desconsidera esses princípios, está provocando a ruína do matrimônio. As regras não existem para restringir a liberdade, mas para manter o relacionamento intacto.

Quando Pedro estava em Antioquia, Paulo o confrontou a respeito de questões relacionadas à conduta cristã. Às vezes caímos na armadilha de personalizar o evangelho. Temos a tendência de crer que temos muito conhecimento e que entendemos as questões bíblicas melhor do que aqueles que se converteram numa fase posterior da vida.

Em Gálatas 2:13, vemos que alguns cristãos estavam anulando a verdade do evangelho ao acrescentar condições humanas a ele. Paulo confrontou Pedro a respeito de sua atitude em se separar dos gentios. Se Pedro não tolerasse transigências, teria assumido posição firme e continuado a falar com os gentios. No entanto, ele estava usando dois pesos e duas medidas, e demonstrava uma fé vacilante.

Quantas vezes já acusamos irmãos da igreja, que são pecadores como nós, dos mesmos pecados que “secretamente” cometemos? Como é nossa conduta diante dos que não são da nossa fé? Fazemos transigências em relação às normas de Cristo só para ser aceitos?

Somos a luz do mundo (Mt 5:14). Portanto, precisamos tomar posição firme ao lado dos princípios divinos e não abrir mão deles.

Sanelisiwe Nkomo | Pretória, África do Sul

Mãos à Bíblia

Algum tempo após o concílio de Jerusalém, Pedro fez uma visita a Antioquia da Síria, local da primeira igreja gentílica e base das atividades missionárias de Paulo descritas em Atos dos Apóstolos.

5. Por que Pedro devia ter sido coerente? Qual é a influência da cultura arraigada e da tradição em nossa vida? Compare Gálatas 2:11-13 com Atos 10:28

Alguns têm erroneamente suposto que Pedro e os outros judeus que estavam com ele tivessem deixado de seguir as leis do Antigo Testamento sobre alimentos puros e impuros. No entanto, esse não parece ter sido o caso. Se Pedro e todos os cristãos judeus tivessem abandonado as leis alimentares judaicas, certamente teria acontecido um grande tumulto na igreja. Se isso houvesse ocorrido, com certeza haveria algum registro a esse respeito, mas não há. É mais provável que a questão tenha sido sobre compartilhar a mesa com os gentios. Visto que muitos judeus viam os gentios como imundos, era uma prática entre alguns deles evitar, tanto quanto possível, o contato social com os gentios.

Pense Nisto
De que maneira podemos usufruir a liberdade em Cristo sem comprometer a verdade do evangelho? Como você tem se relacionado com os novos conversos em sua igreja?
Quinta-feira, 13 de julho
Unidade no evangelho

Um provérbio africano diz o seguinte: “Se você quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá junto com alguém.” A experiência tem demonstrado que o sucesso, geralmente, é alcançado quando as pessoas se unem para determinado fim.

Um exemplo disso ocorreu no dia de Pentecostes. Quando os discípulos se uniram em busca de um mesmo propósito, receberam o Espírito Santo e pregaram o evangelho com autoridade. Como resultado, milhares se converteram.

Por outro lado, quando existe discórdia e divisão quase nada é alcançado. Portanto, não é de surpreender que Jesus tenha enfatizado a importância da unidade.

A unidade da igreja na Galácia foi ameaçada quando surgiram divisões a respeito da circuncisão. Paulo precisou gastar muito tempo tratando desse assunto a fim de restaurar a harmonia. O conceito de unidade tem a ver com união, a condição de uma entidade não dividida. Por exemplo:

1. Embora a igreja seja composta por pessoas que vêm de diferentes contextos e têm diferentes personalidades, dons e habilidades, o plano de Deus é que estejamos unidos e trabalhemos juntos para cumprir a missão (ver Jo 17:20-23).

2. O apóstolo Paulo define unidade como ter um só pensamento, um só espírito, uma só atitude. Portanto, unidade significa muito mais do que estar de acordo; significa “ser um” no que cremos, e trabalhar juntos em favor do mesmo propósito e objetivo (ver 2Co 13:11; Fp 1:27; 2:2; 1Pe 3:8).

3. Toda vez que existir divisão ou discórdia na igreja, as diferenças devem ser postas de lado e precisamos enfatizar a aplicação dos ensinos da Bíblia. Assim, alcançaremos a unidade e a solução das dificuldades. Ao estudar as Escrituras, descobriremos que nossa missão singular é pregar o evangelho (ver At 2:2-4; Ef 4:13).

Lucile Nonhlanhla Mlalazi | Cidade do Cabo, África do Sul

Mãos à Bíblia

A situação em Antioquia estava tensa: Paulo e Pedro, dois líderes da igreja, estavam em conflito aberto. Paulo não se conteve quando pediu a Pedro que explicasse seu comportamento.

6. Por que Paulo confrontou Pedro publicamente? Gl 2:11-14

7. Leia Gálatas 3:28 e Colossenses 3:11. Como esses textos nos ajudam a compreender a reação forte de Paulo?

Durante o encontro de Paulo com Pedro e com os outros apóstolos em Jerusalém, eles haviam chegado à conclusão de que os gentios podiam desfrutar de todas as bênçãos em Cristo, sem ter que primeiramente se submeter à circuncisão. A atitude de Pedro nessa ocasião colocava em perigo esse acordo. Onde antes os cristãos judeus e gentios se haviam unido em um ambiente de livre comunhão, a comunidade estava dividida, e isso trazia a perspectiva de uma igreja dividida no futuro.

Pense Nisto
É comum surgir desentendimentos na igreja devido à diferença de etnia, cultura, tradição e personalidade? Quais questões causam divisão em sua igreja? Como você pode ajudar a restaurar a unidade seguindo os conselhos bíblicos?
Sexta-feira, 14 de julho
O perfeito vínculo da unidade

A criação da humanidade foi uma decisão unânime entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O plano para salvar a humanidade caída por meio da morte de Cristo foi resultado desse perfeito vínculo de unidade da Divindade.

A Bíblia contém inúmeras evidências da unidade entre os membros da Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo. “E do céu veio uma voz, que disse: ‘Tu és o Meu Filho querido e Me dás muita alegria’” (Mc 1:11, NTLH). “Você não crê que Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim? As palavras que Eu lhes digo não são apenas Minhas. Pelo contrário, o Pai, que vive em Mim, está realizando a Sua obra” (Jo 14:10).

Em Cristo, Deus convida a humanidade para participar desse íntimo vínculo de unidade. Para os que aceitaram a oferta da vida eterna ao receber Jesus como Senhor e Salvador, não há maior honra do que desfrutar a unidade da fé, que nos liga a todos, apesar de nossa diversidade, ao Cordeiro de Deus.

Jesus Cristo nos oferece salvação por meio do Seu sangue. Ele nos ordena a ir em busca dos que ainda não aceitaram Sua oferta de vida eterna. O fim está se aproximando, e a missão precisa ser concluída. No entanto, sem nossa entrega total, sem genuína conversão, amor à verdade e unidade sob a direção do Espírito Santo, essas pessoas correm perigo de se perder eternamente. Assim, precisamos “acima de todas essas coisas, [revestir-nos] do amor, que é o vínculo perfeito da unidade” (Cl 3:14, NASB [New American Standard Bible], tradução nossa).

Uma das mais sublimes orações de Cristo foi para que Seus seguidores vivessem em unidade (Jo 17). Nessa unidade, dirigida pelo Espírito, encontra-se o poder máximo que move os corações, as mentes e as mais diferentes personalidades, fazendo com que nos unamos numa doce harmonia e cheguemos à maturidade da mente de Jesus Cristo.

Antônio Zacarias Felino | Cidade do Cabo, África do Sul

Pense Nisto
O que podemos fazer para alcançar a unidade em Cristo? Quais dificuldades você encontra para alcançar a unidade em sua igreja? Se estamos bebendo da mesma fonte da salvação, por que ainda existem divisões em nosso meio?
Mãos à obra
Ore para que sua igreja tenha unidade e se envolva ativamente na pregação do evangelho. Não se esqueça de orar também pelos projetos da Divisão Sul-­Americana. Entreviste membros da igreja de diferentes faixas etárias. Pergunte como eles poderiam alcançar mais unidade em sua igreja. Faça uma postagem em alguma rede social a respeito da dificuldade de conservar a verdade mantendo a unidade. Procure envolver o maior número possível dos jovens da sua classe nessa discussão. Crie uma equação matemática que inclua alguns dos seguintes conceitos: unidade, divisão, Deus, outros, eu, diferenças e eternidade.