Lição 5
22 a 28 de julho
Fé no Antigo Testamento
“Cristo nos redimiu da maldição da lei quando Se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro’” (Gl 3:13).
Prévia da semana: Mediante o sistema sacrifical, o Antigo Testamento ilustrava o terrível custo do pecado e a oferta de um substituto perfeito para tomar o lugar do pecador na morte.
Leitura adicional: Mateus 22:29; João 5:39; Romanos 15:4; 2 Timóteo 3:15-17. Ellen G. White, O Grande Conflito, capítulo 37, “Nossa Única Salvaguarda”; Minha Consagração Hoje [MM 1953/1989], 12 de novembro
Domingo, 23 de julho
Redimidos

A história de Chris Napier impressiona no que diz respeito à redenção. Chris teve uma infância muito difícil. Perdeu o pai com apenas três anos de idade e acabou indo parar nas ruas. Ele se tornou viciado em drogas e muito violento.

Aos 14 anos, já estava no mundo do crime. Ele roubava as pessoas a fim de conseguir dinheiro para comprar cocaína. Certo dia, uma negociação de drogas deu errado e Chris acabou sendo preso. Ele foi acusado de homicídio de primeiro grau (equivalente a homicídio qualificado) e porte de drogas, e foi sentenciado à prisão perpétua por um tribunal dos Estados Unidos.

Na prisão, ele recebeu uma carta de seu irmão. Ficou sabendo que seu melhor amigo tinha sido morto a tiros e facadas e seu corpo tinha sido queimado. Isso foi o ponto decisivo para sua mudança. Chris se tornou um prisioneiro exemplar. Cumpriu 15 anos de pena e foi perdoado pelo Estado.

Depois de sua mudança, escreveu o livro: Poverty and Prison: Frustrations of My Past [Pobreza e Prisão: Frustrações do Meu Passado]. Atualmente, ele ministra palestras para jovens contra o uso de drogas. Chris acredita que suas frustrações foram resultado de um passado ruim, da vida nas ruas, do vício das drogas e da vida na prisão. Mas ele também acha que há uma saída, que há recuperação para os que estão envolvidos nessas atividades.

“Embora estivéssemos vendendo drogas, sempre desejávamos encontrar uma saída. Percebíamos que estávamos presos num jogo e que havia uma vida melhor”, disse Napier.*

Quando o pecado entrou neste mundo, todas as gerações se tornaram sujeitas às suas penalidades e à morte. Contudo, Deus nos deu uma segunda chance para viver. Ele enviou Seu Filho unigênito para nos redimir. Nesta semana, aprenderemos sobre a redenção da humanidade por meio da fé em Cristo, fé que existiu desde o tempo dos patriarcas e profetas.

* Devan Coffaro, “A Story of Redemption: Former Criminal Inspires Community”, http://www.fox10tv.com/story/31331213/-story-of-redemption-former-criminal-inspires-community, acessado em 12 de maio de 2016.

Bernard Mutuku | Nunguni, Quênia

Mãos à Bíblia

1. Leia Gálatas 3:1-5. Resuma abaixo o que Paulo disse a eles. Em que sentido podemos estar em perigo de ser pegos na mesma armadilha espiritual, de começar bem e depois cair no legalismo?

Diversas traduções modernas têm tentado captar o sentido das palavras de Paulo no verso 1, sobre os gálatas “insensatos”. A palavra que Paulo usou, em grego, é ainda mais forte do que essa: Anoetoi, que vem da palavra para designar “mente” (nous). Literalmente, significa “estúpido”. Os gálatas não estavam pensando. Paulo disse que, eles estavam agindo de maneira insensata.

Segunda-feira, 24 de julho
Nossa necessidade de redenção

Pregando a loucura (1Co 1:23; Gl 3:1-5). Paulo experimentou uma transformação completa depois de aceitar Cristo. Tornou-se mensageiro de Deus, pregando o evangelho do Cristo crucificado e ressurreto.

Em 1 Coríntios 1:23, ele mencionou que o evangelho de Cristo é loucura e pedra de tropeço para os que ainda se apegam à sabedoria do mundo. Porém, para os redimidos o evangelho é a bendita esperança e fonte de prazer para todos os que creem.

“Tanto os sensuais quanto os cobiçosos, os orgulhosos e os ambiciosos veem que o evangelho se opõe ao que eles buscam. Mas os que recebem o evangelho e são iluminados pelo Espírito de Deus, veem mais da sabedoria e do poder de Deus na doutrina de Cristo crucificado do que em todas as Suas outras obras.”1

A conversão muda nosso modo de pensar e agir. No entanto, precisamos cuidar para não fazer aplicações errôneas da Bíblia e usá-las para justificar nossos próprios interesses, evitando, assim, os ensinamentos da Palavra de Deus. Se isso aconteceu com a igreja na Galácia, pode acontecer conosco também.

O significado da redenção (Gl 3:1-5). Paulo chamou os gálatas de insensatos. Faltava algo em sua compreensão sobre a obra realizada por Cristo em favor da humanidade caída. Haviam se tornado inconsistentes em sua religião prática e não se submetiam à atuação do Espírito Santo. Haviam se esquecido de que tinham sido redimidos por um Salvador ressurreto.

Paulo declarou: “É mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça que é a nossa esperança” (Gl 5:5). Em Gálatas 3:1-5, Paulo apresenta a única maneira pela qual podemos ser considerados justos. Paulo estava tentando ajudá-los a enxergar a insensatez de seus atos. Os gálatas estavam interpretando erroneamente a obra de Cristo na cruz. Eles impediam o acesso do Espírito à sua vida. Haviam se esquecido de que, quando nos tornamos cristãos, assumimos novo status. “Tornar-se cristão sempre envolve a vinda do Espírito de Cristo. […] Como cristão, você já não pertence a si mesmo; foi comprado por Cristo e pertence ao Seu Espírito.”2

Nossa dívida como cristãos (Rm 13:8-10). O amor é o fundamento de toda atividade cristã (Jo 13:34, 35). Deus nos ama. Se verdadeiramente desejamos representá-Lo, precisamos demonstrar amor fraternal. “O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei” (Rm 13:10).

Há importantes lições nessa passagem. Por exemplo, ela ensina que os cristãos devem compartilhar o amor divino com todos. Paulo enfatizou que os crentes precisam amar uns aos outros, incluindo os que não pertencem à sua fé. A redenção foi o resultado do amor.

Em Lucas 10:29-37, Cristo destacou que o fio do amor se estende para além do círculo de nossa fé. “Ele se aplica às pessoas pelas quais talvez não tenhamos uma afeição especial e àquelas que nos fizeram mal. Não precisamos necessariamente gostar delas; precisamos amá-las. Precisamos dar a elas o mesmo tratamento que desejamos a nós mesmos.”3

O exemplo de um “justo” (Gn 15:6). Abraão continua sendo o pai da fé para todos os cristãos. O patriarca demonstrou fé inabalável em Deus. Ele não foi considerado justo por viver uma vida perfeita nem por agir em resposta às promessas de Deus, mas por demonstrar fé.

Paulo usou o exemplo de Abraão para mostrar aos gálatas que a salvação pela fé não era algo novo. No Antigo Testamento, vemos Deus aceitando os atos de fé de Seus filhos, como no caso de Abel, e repudiando as ações realizadas para obter a salvação por meio das obras, como ocorreu com Caim. Deus Se alegra com as demonstrações de fé em Sua graça, não nas obras humanas. “Quando Moisés disse que a fé que Abraão teve lhe foi creditada como justiça, isso não significava que essa fé, de alguma forma, foi aceita em lugar da justiça. A fé que Abraão teve, como a nossa hoje, não foi algo que ele trouxe à existência por meio de um esforço mental ou espiritual. A própria fé é um dom (Ef 2:8, 9).”4

Por toda a Bíblia, o caminho da salvação sempre foi o mesmo. A salvação é somente pela graça mediante a fé. Abraão recebeu a salvação por meio da fé no Messias que viria. Nós recebemos a salvação mediante a fé nAquele que veio – o Cristo.

1. Matthew Henry Commentary, “1 Corinthians 1:23”, http://biblehub.com/1_corinthians/1-23.htm. Acessado em 12 de maio de 2016.

2. John Piper, “Can You Begin by the Spirit and Be Completed by the Flesh?”, http://www.desiringgod.org/messages/can-you-begin-by-the-spirit-and-be-completed-by-the-flesh.%202016, acessado em 12 de maio de 2016.

3. Steven J. Cole, “Lesson 90: The Debt You Always Owe (Rm 13:8-10)”, https://bible.org/seriespage/lesson-90-debt-you-always-owe-romans-138-10, acessado em 12 de maio de 2016.

4. Bob Deffinbaugh, “The Focal Point of Abram’s Faith (Gn 15:1-21)”, Genesis: From Paradise to Patriarchs, https://bible.org/seriespage/16-focal-point-abram-s-faith-genesis-151-21, acessado em 12 de maio de 2016.

Augenia Nzuve | Nairóbi, Quênia

Mãos à Bíblia

2. O que Paulo quis dizer quando escreveu sobre as “Escrituras”, em Gálatas 3:6-8? Assinale a alternativa correta, considerando Romanos 1:2; 4:3; 9:17.

A.( ) Ele se referiu aos apócrifos.

B.( ) Ele se referiu ao Antigo Testamento.

C.( ) Ele se referiu apenas ao Pentateuco.

É provável que, na época em que Paulo escreveu a Epístola aos Gálatas, nenhum livro do Novo Testamento havia sido escrito. Marcos é tido como o mais antigo dos quatro evangelhos. Pode ser que ainda não tivesse sido escrito até a época da morte de Paulo (65 d.C.). Assim, as Escrituras, para Paulo, eram uma referência ao Antigo Testamento.

3. Leia atentamente Gálatas 3:6-14. Identifique os trechos do Antigo Testamento citados nesses versos, relacionando-os com as colunas (utilize a tradução ARA).

A.( ) Abraão creu “e isso lhe foi imputado para justiça”(1) Gn 12:3.

B.( ) “Em ti, serão abençoados todos os povos”(2) Dt 27:26.

C.( ) “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas”(3) Gn 15:6.

D.( ) “Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá”(4) Dt 21:22, 23.

E.( ) “Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”(5) Lv 18:5

 

Pense Nisto
Se as pessoas pecam em diferentes níveis, por que Cristo nos redimiu pelo mesmo preço? O que acontece quando tentamos receber a salvação pelas obras? De que maneira a fé nos ajuda a aceitar a salvação?
Terça-feira, 25 de julho
Redenção e fé

Ellen G. White escreveu detalhadamente sobre o plano da redenção. Em um de seus livros, ela declarou: “O plano pelo qual unicamente se poderia conseguir a salvação da humanidade abrangia o Céu todo em seu infinito sacrifício. Os anjos não puderam se alegrar quando Cristo expôs a eles o plano da redenção, pois viram que a salvação do ser humano deveria custar o indescritível infortúnio de seu amado Comandante. Com pesar e admiração, escutaram Suas palavras ao contar-lhes como deveria descer da pureza e paz do Céu, de Sua alegria, glória e vida imortal e ter contato com a degradação da Terra, para suportar suas tristezas, humilhação e morte. Ele deveria ficar entre o pecador e a punição pelo pecado. Poucos, no entanto, O receberiam como o Filho de Deus. Deixaria Sua elevada posição como a Majestade do Céu, apareceria na Terra e Se humilharia como um ser humano, e, pela Sua própria experiência, iria Se familiarizar com as tristezas e tentações que o pecador teria que enfrentar.”1

O arrependimento e a fé em Cristo constituem a base da salvação. Abraão demonstrou a fé que é exercida num nível tal que conduz à justiça.

“A prova a que Abraão foi submetido não foi pequena, nem pequeno o sacrifício que dele se exigiu. Havia fortes vínculos que o prendiam à sua terra, seus parentes e seu lar. Contudo, ele não hesitou em obedecer ao chamado. Não teve perguntas a fazer a respeito da terra da promessa – se o solo era fértil e o clima, saudável; se o território oferecia um ambiente agradável e proporcionaria oportunidades para se acumularem riquezas. Deus havia falado e Seu servo devia obedecer. Para ele, o lugar mais feliz da Terra seria aquele em que Deus desejava que ele estivesse.

“Muitos ainda são provados como Abraão. Não ouvem a voz de Deus falando diretamente do Céu, mas Ele os chama pelos ensinos de Sua Palavra e os acontecimentos de Sua providência. Pode ser exigido que abandonem uma carreira que promete riqueza e honra, que deixem amizades agradáveis e proveitosas, e se separarem dos parentes, para que entrem no que parece ser apenas um caminho de abnegação, dificuldades e sacrifícios.”2

1. Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 64.

2. Ibid., p. 126, 127.

Justus Kitavi | Matuu, Quênia

Mãos à Bíblia

4. Por que Paulo apelou primeiramente a Abraão, ao examinar as Escrituras em busca de confirmação para sua mensagem evangélica?

Abraão é uma figura central no judaísmo. Em resposta às acusações dos seus adversários, Paulo apelou a Abraão nove vezes em Gálatas, mostrando que o patriarca havia sido um exemplo de fé, e não apenas da observância da lei apenas.

5. O que significa ter a fé creditada [imputada] “como justiça”? Gn 15:6; Rm 4:3-6, 8-11, 22-24

Ao passo que justificação é uma metáfora tirada do mundo jurídico, a palavra contada e considerada é uma metáfora tirada do mundo dos negócios. Pode significar “creditar” ou “colocar algo na conta de alguém”. De acordo com a metáfora de Paulo, a justiça é colocada em nossa conta com base no que Cristo fez por nós.

Quarta-feira, 26 de julho
Abraão, exemplo de fé

Abraão “tinha uma disposição habitual para crer em Deus e obedecer-Lhe. […] Começou a exercitá-la quando Deus, a princípio, o chamou para sair de seu país natal.”1 A fé demonstrada por Abraão e a justiça que ele alcançou confirmam o fato de que “o homem é justificado pela fé, independentemente da obediência à lei” (Rm 3:28).

Mas isso significa que devemos anular a lei? “De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a lei” (Rm 3:31). Paulo desejava que seus leitores compreendessem que há uma íntima ligação entre a fé e a lei. Muitos cristãos, como os da igreja da Galácia, pensam que boas ações e obediência à lei podem salvá-los.

Contudo, “a lei tem o objetivo de levar as pessoas ao evangelho, e o evangelho não anula a lei, da mesma forma que o Messias não anulou as profecias que anunciavam Sua vinda. Ele as cumpriu. De idêntica maneira, o evangelho cumpre a lei […] e realiza aquilo para o qual a lei só podia apontar.”2

Abraão nos apresenta a única maneira de alcançar a justificação: justiça é um “puro ato de graça da parte de Deus”3, e precisamos somente aceitá-la.

Não permitamos que outras coisas desvirtuem nossa fé em Cristo. Não importa a posição que ocupamos, se somos ricos ou pobres, se temos diplomas ou não, Deus olha igualmente para cada um de nós. No entanto, é a fé que depositamos no que Cristo pode fazer em nossa vida que determinará nossa salvação.

1. Benson Commentary, “Romans 4:3”, http://biblehub.com/commentaries/romans/4-3.htm, acessado em 12 de maio de 2016.

2. Michael Morrison, “The Example of Abraham: A Study of Romans 4”, https://www.gci.org/bible/rom4, acessado em 12 de maio de 2016.

3. Ellicott’s Commentary for English Readers, “Romans 4:3”, http://biblehub.com/commentaries/romans/4-3.htm, acessado em 12 de maio de 2016.

Grace Mwende | Nairóbi, Quênia

 

Mãos à Bíblia

6. De acordo com Gênesis 12:1-3, qual era a natureza da aliança que Deus fez com Abraão? Assinale a alternativa correta:

A.( ) A aliança teve por base as promessas da parte de Deus e envolvia a fé e a obediência.

B.( ) A aliança foi um pacto que garantiu bênçãos apenas aos descendentes de Abraão.

C.( ) A aliança foi anulada com a morte de Cristo e com a infidelidade dos judeus.

A base da aliança de Deus com Abraão estava centralizada nas promessas de Deus a ele. O chamado de Abraão ilustra, portanto, a essência do evangelho, que é a salvação pela fé.

7. Quais outros exemplos podemos encontrar no Antigo Testamento sobre salvação unicamente pela fé?
Lv 17:11; Sl 32:1-5; 2Sm 12:1-13; Zc 3:1-4

Alguns erroneamente concluem que a Bíblia ensina duas formas de salvação. Eles afirmam que, nos tempos do Antigo Testamento, a salvação era fundamentada na guarda dos mandamentos; então, como isso não deu muito certo, Deus aboliu a lei e tornou possível a salvação pela fé. Nada poderia estar mais longe da verdade! Como Paulo escreveu em Gálatas 1:7, há apenas um evangelho.

Quinta-feira, 27 de julho
Por que precisamos de redenção

Como pecadores, não podemos fazer parte do reino de Deus. Entretanto, quando aceitamos Cristo e Seu sacrifício somos declarados justos diante de Deus. Em Cristo nos tornamos novas criaturas (2Co 5:17) e, enquanto cremos em Cristo e permitimos que Ele dirija nossa vida, o Senhor não mais Se lembra de nosso passado pecaminoso.

O sangue de Cristo foi o alto preço pago pela nossa redenção. Assim como Deus libertou o povo de Israel do Egito e lhe deu uma nova terra, Cristo nos redimiu por Seu próprio sangue e nos dá uma nova identidade. Isso significa que o pecado e a morte não mais têm poder sobre nós. Fomos reconciliados com Deus por meio de Cristo. Pela fé nEle, podemos ver concretizadas em nossa vida as coisas que foram alcançadas pela redenção:

Nossos pecados são perdoados (Ef 1:7). Cristo lavou nossos pecados e nos tornou justos diante de Deus. Esse foi um ato da graça divina.

Somos candidatos à vida eterna (Ap 5:9, 10). Nascemos como pecadores e estávamos condenados à morte eterna. Contudo, Deus em Seu infinito amor nos deu uma segunda chance para viver. Isso não aconteceu porque merecêssemos nem por alguma coisa boa que fizemos, mas em razão da nossa fé em Cristo.

Desfrutamos de um relacionamento com Deus (Rm 5:17). O pecado rompeu nosso relacionamento com Deus. Entretanto, quando aceitamos Cristo passamos a pertencer à família celestial.

O Espírito Santo dirige a nossa vida (1Co 6:19, 20). O Espírito Santo não pode viver em corações perversos e impuros. Ao aceitar Cristo, permitimos também que o Espírito dirija nossa vida.

Embora tenhamos pecado e sejamos merecedores da ira de Deus, somos novas criaturas por meio da redenção. Por intermédio da salvação realizada por Cristo em nosso favor, podemos enfrentar as aflições deste mundo com confiança, sabendo que uma vida melhor nos aguarda na eternidade.

Charles Mwendwa | Nunguni, Quênia

Mãos à Bíblia

8. De acordo com Gálatas 3:13 e 2 Coríntios 5:21, como Cristo nos libertou da maldição da lei?

A palavra redimir significa “comprar de volta”. Ela representa o ato de pagar o preço do resgate para libertar reféns ou escravos. O resgate pago pela nossa salvação não foi insignificante: custou a Deus a vida de Seu próprio Filho (Jo 3:16). Jesus nos resgatou da maldição, tornando-Se nosso portador de pecados (1Co 6:20; 7:23). Ele voluntariamente tomou sobre Si nossa maldição e sofreu em nosso favor toda a penalidade do pecado (2Co 5:21).

Pense Nisto
Quais outros benefícios da redenção você pode mencionar? Se Cristo já nos redimiu por Sua morte, por que temos que orar ou ir à igreja?
Sexta-feira, 28 de julho
O evangelho oculto

Às vezes me coloco no lugar dos israelitas na terra do Egito. Eles enfrentaram tremendos desafios, sofrimentos e reveses. No entanto, Deus prometeu livrá-los e colocá-los numa nova terra (Êx 6:6).

Alguns desafios que enfrentamos hoje são semelhantes. Cristãos têm sido submetidos à morte por causa de sua fé. Satanás é opressor e trabalha com muito afinco para nos atrair ao pecado e à morte eterna. Como os israelitas sob a escravidão egípcia e a tirania do Faraó, somos escravos do pecado e estamos sob o domínio do inimigo. A menos que sejamos libertados pelo sangue de Cristo acabaremos morrendo no pecado.

Contudo, a Bíblia nos diz que Deus, por meio do Seu Filho, estendeu a graça aos pecadores. A morte de Cristo na cruz garantiu nossa justificação e reconciliação com o Criador (Rm 3:24), e nos dá poder para resistir ao pecado. Isso é possível somente pela fé no sacrifício de Cristo.

Abraão não podia receber a justificação por sua própria capacidade. No entanto, acreditou na promessa divina. Ao pedir a Deus um filho, ele confiou e acreditou no poder de Deus para operar o milagre em sua esposa. Ele não se apoiou em seu próprio entendimento.

Quantas vezes nos valemos da nossa limitada capacidade humana para resolver os problemas, e deixamos de confiar no poder do Altíssimo? Sendo cristãos, nosso dever é aprender com os heróis da fé como Abraão.

Não devemos confiar na capacidade humana para solucionar a tragédia do pecado. Nossas obras, nosso estilo de vida e nossos bons atos não podem nos salvar. A única maneira de obter a salvação é pela fé na provisão feita pelo Céu. Os acontecimentos na vida de Abraão mostram como Deus atua na vida daqueles que nEle creem. Abraão foi justificado pela da fé em Deus. Da mesma forma, nosso Pai celestial nos concede Sua graça por meio de Cristo. Nossa parte é aceitá-la pelo dom da fé.

Victoria Nduku | Nairóbi, Quênia

Pense Nisto
Se Deus salva os pecadores, isso me permite viver no pecado? Que garantia temos de que as promessas divinas se cumprirão?
Mãos à obra
Compare a importância do sacrifício de Cristo para cristãos, judeus e gregos (1Co 1:23-25). De que maneira cada um desses grupos aceita ou rejeita o que Cristo realizou na cruz? Em ordem de prioridade, faça uma lista do que você pode fazer para melhorar sua vida espiritual. Pesquise promessas bíblicas relacionadas a encorajamento, amor, perdão, proteção, conforto, vitória, segunda vinda de Cristo, etc. Compartilhe com a classe. Tente elaborar um discurso, de acordo com sua visão, do que o apóstolo Paulo poderia também ter dito aos gálatas.