Lição 11
02 a 08 de setembro
Liberdade em Cristo
“Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor” (Gl 5:13).
Prévia da semana: A liberdade que surge da fé em Cristo nos liberta da escravidão do pecado, da morte e do diabo. Somos livres para expressar fé em Cristo por meio do serviço amoroso e alegre, cumprindo assim a lei, que nos ordena: “ame os outros como a si mesmo.”
Leitura adicional: Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, capítulo 31, “O Sermão da Montanha”; George Knight, Exploring Galatians and Ephesians (Review and Herald, 2005), capítulos 19 e 20
Domingo, 03 de setembro
Liberdade num sentido mais amplo

Nelson Mandela foi um famoso governante da África do Sul. Em uma de suas frases que se tornaram populares, ele disse: “Ser livre não é somente quebrar as próprias correntes, mas viver de modo a respeitar e intensificar a liberdade dos outros.”*

Liberdade é uma palavra muito vasta em seu significado. No entanto, muitas pessoas a veem somente no sentido de beneficiar a si mesmas. São comuns as histórias daqueles que abusaram de sua liberdade para violar os direitos de outros.

Você consegue imaginar um mundo sem leis, em que todos são livres para fazer o que querem? Obviamente, isso feriria a liberdade dos outros. Liberdade não é suficiente para se conseguir uma sociedade justa. Ela precisa estar acompanhada de respeito e responsabilidade.

Nossa liberdade foi obtida por meio do sacrifício de Cristo. Quando O aceitamos como Salvador, tudo se transforma em nossa vida. Quando nos unimos a Ele, somos libertados das correntes do pecado. Porém, precisamos reconhecer os nossos limites. Por exemplo, podemos comer e beber de tudo só porque somos livres? Devemos fazer tudo o que queremos só porque somos livres? Logicamente, não!

Assim como ocorreu nas igrejas da Galácia, alguns ainda podem estar presos ao legalismo ou à licenciosidade. Acreditam que podem fazer tudo o que desejam porque estão livres em Cristo. Entretanto, a liberdade conquistada por Cristo na cruz não nos dá o direito de fazer o que bem entendemos. A Bíblia deve ser o guia para todas as coisas. Ela orienta sobre o podemos fazer segundo a vontade de Deus.

Foi nesse contexto que Paulo escreveu aos cristãos da Galácia. Na lição desta semana, veremos como podemos manter nossa verdadeira liberdade em Cristo andando no Espírito e servindo uns aos outros em amor.

* https://www.nelsonmandela.org/content/page/a-selection-of-nelson-mandela-quotes, acessado em 24 de maio de 2016.

Jacklin Achieng | Homa-Bay, Quênia

Mãos à Bíblia

1. Leia Gálatas 1:3, 4; 2:16 e 3:13. Quais são as metáforas usadas nesses versos? Como essas figuras nos ajudam a entender o que Cristo fez por nós?

Todo o raciocínio de Paulo se resume na liberdade em Cristo, e os gálatas estavam em perigo de abandoná-la. As palavras de Paulo, “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5:1), podem sugerir que ele tivesse outra metáfora em mente. A redação dessa frase é similar à fórmula utilizada na sagrada libertação (alforria) de escravos. Pelo fato de que os escravos não tinham direitos legais, havia a crença de que uma divindade poderia comprar sua liberdade, e em compensação, o escravo, embora realmente livre, pertenceria legalmente àquele deus. Evidentemente, na prática o processo era fictício. Era o escravo que entregava o dinheiro à tesouraria do templo para obter sua liberdade.

O preço da nossa libertação espiritual era alto demais para nós. Éramos impotentes para alcançar por nós mesmos a salvação, mas Jesus entrou em ação e fez por nós o que não poderíamos ter feito. Ele pagou a penalidade pelos nossos pecados, libertando-nos, assim, da condenação.

Segunda-feira, 04 de setembro
Liberdade em Cristo

O preço da nossa liberdade (1Co 6:20; Gl 3:13). Geralmente, cuidamos muito bem das coisas pelas quais pagamos um preço elevado. Por exemplo, seu smartphone é uma das coisas preciosas da era digital. Você o utiliza para se comunicar por voz, por texto, ou para entretenimento. Ele é um aparelho de múltiplas funções que desempenha papel importante em sua vida. Contudo, pense em como ele foi adquirido. Não importa se você comprou ou recebeu de presente, alguém pagou um alto preço por ele, o que o torna algo especial.

No entanto, nós fomos comprados pelo mais alto preço que o Céu poderia pagar: o sangue de Cristo. Quando Adão e Eva pecaram, toda a humanidade se tornou sujeita à morte (Gn 2:17). Contudo, por Seu imensurável amor, Deus ofereceu Seu Filho unigênito para levar sobre Si a penalidade dos nossos pecados (Jo 3:16). Essa redenção é a base da liberdade cristã.

Escrevendo aos cristãos da Galácia, Paulo mencionou que aceitar a Cristo traz paz e liberdade ao pecador, e faz dele um cidadão do reino de Deus. No entanto, essa liberdade deve ser usada para glorificar a Deus em nosso corpo e espírito, porque ambos pertencem a Ele (1Co 6:20).

A natureza da liberdade cristã (Rm 6:6; Hb 2:14, 15). Quando permitimos que o Espírito Santo habite em nós, passamos por uma grande transformação. Ele tem poder para nos dar a liberdade prometida aos filhos de Deus e nos orienta a fim de que usemos corretamente o livre-arbítrio ao tomar decisões. A liberdade em Cristo não depende de um conjunto de regras, mas da nossa capacidade de nos aceitarmos como novas criaturas, transformadas e guiadas pelo Espírito de Deus. Em Sua morte, Cristo livrou os cristãos da condenação do pecado. Porém, enquanto vivermos neste mundo, a presença e o poder do pecado continuarão existindo. Por isso, cada dia, dependemos do poder divino para vencer a natureza pecaminosa. Cristo nos libertou para que nos tornássemos servos da justiça (Rm 6:18).

Paulo disse aos gálatas que, tendo aceitado a Cristo, eles agora eram novas criaturas e o pecado não os poderia dominar. As leis que governavam sua experiência anterior não tinham mais lugar na nova vida. Eles agora estavam debaixo da graça de Cristo. A Bíblia afirma que os filhos de Deus são participantes da carne e do sangue de Cristo, que os capacita a vencer o poder do diabo. A graça de Cristo é suficiente para livrar os cristãos do temor da morte, no qual estávamos sujeitos à escravidão (Hb 2:14, 15), e para nos libertar verdadeiramente.

Consequências do legalismo (Gl 5:2-12). Os legalistas da Galácia achavam que podiam ganhar o favor divino pelas obras. Tornaram-se escravos das leis e dos rituais que, segundo eles, constituíam a base da salvação. Mas algumas leis, como a regra da circuncisão, não tinham mais lugar na vida de uma pessoa regenerada (Gl 5:6). Os que se apegavam à observância dessas leis estavam numa escravidão da qual não conseguiam facilmente sair.

Não podemos obter a salvação só porque obedecemos a um conjunto de regras.

A salvação vem de Deus e a recebemos quando aceitamos o que Cristo fez por nós na cruz. Não podemos comprá-la mediante obras que achamos que agradarão a Deus. Para os cristãos que imaginam que podem conquistar o favor de Deus sendo bons guardadores da lei, é tempo de compreender que a nova criação em Cristo é produzida pela graça de Deus, não pelas obras da lei. O legalismo faz com que a pessoa continue sendo escrava. Somente uma nova criatura em Cristo pode experimentar a verdadeira liberdade.

Liberdade versus licenciosidade (Rm 6:1, 2; Gl 5:13). Ao se dirigir à igreja da Galácia, Paulo se opôs ao legalismo e à licenciosidade. Ele enfatizou a liberdade em Cristo (Gl 5:13), que oferece base suficiente para que os cristãos compartilhem amor fraternal e sejam cheios do Espírito. Contudo, Paulo também advertiu os gálatas de que a liberdade em Cristo não devia levá-los à decadência moral. Cristãos libertos do poder do pecado não devem continuar obedecendo aos desejos pecaminosos  (Rm 6:12), mas são chamados a desenvolver as virtudes de uma vida cheia do Espírito (Gl 5:22, 23).

A lei cumprida (Lv 19:18; Rm 8:4; Gl 3:10, 12). Por meio de Sua morte na cruz, Cristo quebrou as correntes da escravidão legalista que aprisionava os escribas e fariseus. “Já os que se apoiam na prática da lei estão debaixo de maldição, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da Lei’” (Gl 3:10). Ele resumiu a lei de forma a torná-la mais fácil de entender: amar o próximo como a si mesmo (Tg 2:8). A lei é cumprida naqueles que glorificam a Cristo em seu corpo e em seu coração. Isso é possível pela fé, não pela guarda da lei. “É evidente que diante de Deus ninguém é justificado pela lei, pois ‘o justo viverá pela fé’” (Gl 3:11).

Seline Khavetsa | Nairóbi, Quênia

 

Mãos à Bíblia

2. De acordo com Romanos 6:14, 18; 8:1; Gálatas 4:3, 8; 5:1 e Hebreus 2:14, 15, do que Cristo nos libertou? Leia os seguintes textos e assinale a alternativa correta:

A.( ) Da obrigação de cumprir a lei.

B.( ) Da escravidão do pecado, da condenação da lei e do legalismo.

C.( ) Da obrigatoriedade de obedecer ao Antigo Testamento.

O uso da palavra liberdade para descrever a vida cristã é mais destacado nas cartas de Paulo do que em qualquer outro lugar do Novo Testamento. A palavra liberdade e seus cognatos ocorrem 28 vezes nas cartas de Paulo, em contraste com apenas 13 vezes em outros lugares. O que Paulo quis dizer por liberdade? Em primeiro lugar, não se trata de um mero conceito abstrato. Não se refere à liberdade política, liberdade econômica, nem à liberdade de viver da maneira que nos agrade. Ao contrário, é uma liberdade fundamentada em nosso relacionamento com Jesus Cristo.

Pense Nisto
Qual é a diferença entre liberdade em Cristo e licenciosidade? Quais são os frutos da liberdade cristã? Como sair do jugo do legalismo?
Terça-feira, 05 de setembro
O Sentido da Liberdade em Cristo

“Toda pessoa que recusa se entregar a Deus está sob o domínio de outro poder. Não pertence a si mesma. Pode falar de liberdade, mas está na mais miserável escravidão. […] Enquanto se envaidece de seguir o próprio discernimento, obedece à vontade do príncipe das trevas. Cristo veio libertar a alma, quebrando as algemas da escravidão do pecado. ‘Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres’ (Jo 8:36, ARA). ‘A lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus’ nos liberta ‘da lei do pecado e da morte’ (Rm 8:2, ARC).”1

“Existe no ser humano a disposição de se considerar maior do que seu irmão, de trabalhar para si mesmo, de procurar o lugar mais alto; e, muitas vezes, isso produz desconfiança e amargura.”2

“Na plenitude de Sua graça, Cristo Se faz presente para mudar o fluxo dos pensamentos que têm seguido direções egoístas. O Espírito Santo aviva as sensibilidades dos que seguem o exemplo de seu Senhor. Ao ser lembrada a humilhação do Salvador por nós, pensamento liga-se a pensamento; evoca-se uma cadeia de lembranças, recordações da grande bondade de Deus e do favor e ternura dos amigos terrestres.”3

Nossa liberdade em Cristo deve produzir amor fraternal (Mt 19:19). A história do jovem rico (Mt 19:16-22) nos ensina o que se requer de todo aquele que verdadeiramente se entregou a Deus. “Cristo foi atraído para esse jovem. Sabia que ele era sincero em sua declaração: ‘Tudo isso tenho observado desde a minha juventude’ (Mc 10:20, ARA). O Redentor desejou criar nele o discernimento que o habilitaria a ver a necessidade da entrega do coração e da bondade cristã. Almejou ver nele um coração humilde e contrito, consciente do supremo amor a ser dedicado a Deus, e ocultando a própria deficiência na perfeição de Cristo.”4

“A maneira como Cristo tratou aquele jovem é apresentada como uma lição prática. Deus nos deu a norma de conduta que cada um de Seus servos deve seguir. É obediência à Sua lei, não somente a obediência exterior, mas a que entra na vida e se demonstra no caráter. Deus estabeleceu Sua norma de caráter para todos os que desejam se tornar súditos de Seu reino. Unicamente os que se tornarem colaboradores de Cristo, os que disserem: ‘Senhor, tudo o que tenho e sou pertence a Ti’, serão reconhecidos como filhos e filhas de Deus.”5

1. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 466.

2. Ibid., p. 650.

3. Ibid., p. 650, 651.

4. Ibid., p. 519.

5. Ibid., p. 523.

Rose Oguttu | Dagoretti, Nairóbi, Quênia

Mãos à Bíblia

3. Leia Gálatas 5:2-12. Qual foi a advertência de Paulo sobre a questão da circuncisão?

A decisão de ser justificado pelas obras envolvia ao mesmo tempo uma rejeição da maneira divina de justificação em Cristo. A terceira objeção de Paulo à circuncisão era que ela prejudicava o crescimento espiritual. Ele fez uma analogia de um corredor cujo progresso em direção à linha de chegada havia sido deliberadamente sabotado.
A circuncisão significava que a pessoa podia salvar a si mesma. A mensagem da cruz levava o ser humano a reconhecer sua total dependência de Cristo.

Quarta-feira, 06 de setembro
Como conquistar o amor de Deus?

Alguns cristãos da Galácia se enveredaram pelo legalismo e pensavam que podiam receber o favor divino por meio de sua estrita lealdade às leis e aos rituais judaicos. Outros caíram na rejeição à lei, achando que estavam livres para fazer o que bem entendessem.

Paulo, antes de sua conversão, era um zeloso cumpridor da lei. Ele perseguiu os que deixavam de seguir as leis mosaicas (At 9:1, 2). Porém, depois da sua conversão, ele entendeu que não somos merecedores de nenhum favor divino por guardar a lei. Tendo sido legalista, ele passou a condenar essa prática. O apóstolo advertiu os gálatas a fim de que evitassem esse erro e apelou para que confiassem nos méritos de Cristo unicamente por meio da fé.

Deus não pode nos amar com base no número de regras que seguimos ou pelas obras que realizamos. A justificação não é concedida pela observância da lei, mas pela fé (Gl 3:11).

A estrita obediência da lei ou de um conjunto de regras com o objetivo de obter a salvação é uma prática que anula nossa fé. É o esforço próprio para tentar agradar a Deus. Quando permitimos que o legalismo entre na igreja, ele nos escraviza, prende-­nos a regras e regulamentos que não têm mais lugar na verdadeira experiência da liberdade cristã.

A verdadeira liberdade em Cristo é alcançada quando reconhecemos nossa condição pecaminosa e nos submetemos à direção do Espírito Santo. Quando isso acontece, somos libertados das cadeias da salvação pelas obras e nos entregamos totalmente a Deus, desenvolvendo um relacionamento pessoal com Cristo por meio do Espírito Santo, que nos leva à obediência por amor.

George Otieno | Homa-Bay, Quênia

Mãos à Bíblia

4. De acordo com Gálatas 5:13, que possível abuso da liberdade Paulo queria evitar que os Gálatas cometessem? Reflita sobre essa questão e complete as lacunas:

“Porque vós, ____________________________________, fostes chamados à ____________________________________; porém não useis da liberdade para dar ocasião à ____________________________________; sede, antes, ____________________________________ uns dos outros, pelo amor”.

Paulo estava plenamente consciente dos potenciais equívocos que acompanhavam sua ênfase na graça e na liberdade que os cristãos têm em Cristo (Rm 3:8; 6:1, 2). O problema, entretanto, não era o evangelho de Paulo, mas a tendência humana de ceder às próprias inclinações. Quem já não sentiu isso na própria vida? Foi por isso que Paulo apelou tão claramente aos seguidores de Jesus para que não satisfizessem a vontade da carne. Na verdade, ele queria que eles fizessem o contrário. Assim, nossa liberdade em Cristo não é meramente uma libertação da escravidão do mundo, mas um chamado para um novo tipo de serviço, a responsabilidade de servir aos outros por amor.

Pense Nisto
Quais são os perigos do legalismo? A liberdade em Cristo significa que não mais precisamos obedecer aos mandamentos de Deus? Explique sua resposta.
Quinta-feira, 07 de setembro
Passos para a liberdade em Cristo

Como você pode saber se possui a liberdade prometida aos filhos de Deus?

Quando você desfruta liberdade em Cristo brota espontaneamente o desejo de obedecê-Lo, amá-Lo e conhecê-Lo mais a cada dia. Quando experimenta essa liberdade, o Espírito Santo ilumina sua compreensão da Palavra de Deus e o ajuda a praticá-la (Jo 10:10).

No entanto, ao condescender com o legalismo e a licenciosidade estamos nos valendo de nossa própria justiça. Foi isso o que aconteceu com os gálatas. Acharam que podiam obter a salvação apenas por meio da obediência às leis e regulamentos que caracterizavam sua vida antes de aceitar a Cristo. Outros acharam que a liberdade que haviam adquirido em Cristo não tinha limites nem responsabilidades.

A verdadeira liberdade em Cristo é um processo renovável no qual mantemos contato constante com o Céu para alcançar nossa vitória diária contra Satanás e o pecado. Eis aqui alguns passos que você deve seguir:

1. Esteja sempre do lado vitorioso no conflito. Deus é todo-poderoso e, por meio de Cristo, Ele derrotou Satanás na cruz. Portanto, você não está desamparado na batalha contra o mal. Ao aceitar Cristo como seu Salvador, você estará na melhor posição para resistir aos ataques do inimigo.

2. Evite os maus pensamentos. Satanás está competindo com Deus pelo domínio de sua mente. Renda-se à influência santificadora do Espírito Santo e submeta sua vontade ao Seu poder. Então, você será capaz de vencer as mentiras do inimigo e experimentar total liberdade.

3. Busque a Deus de todo o coração. Quando você enfrentar tentações e dificuldades, aprenda a orar e a buscar mais do poder divino.

Esther Aoko | Nairóbi, Quênia

Mãos à Bíblia

5. Como você concilia os comentários negativos de Paulo sobre “guardar toda a lei” (Gl 5:3) com sua afirmação positiva de que “toda a lei se cumpre” (Gl 5:14)? Compare Rm 10:5, Gl 3:10, 12, e 5:3 com Rm 8:4, 13:8, e Gl 5:14

6. De acordo com Paulo, onde encontramos o pleno significado da lei? Lv 19:18; Mc 12:31, 33; Mt 19:19; Rm 13:9; Tg 2:8

Embora seja uma citação de Levítico, a declaração de Paulo em Gálatas está, em última análise, fundamentada no uso que Jesus fez de Levítico 19:18. Jesus, porém, não foi o único mestre judeu a se referir a Levítico 19:18 como o resumo de toda a lei. O rabino Hillel, que viveu aproximadamente uma geração antes de Jesus, disse: “O que é detestável a você, não faça ao seu próximo; essa é toda a lei.” Mas a perspectiva de Jesus foi radicalmente diferente (Mt 7:12). Ela não apenas foi mais positiva, mas também demonstrou que a lei e o amor não são incompatíveis. Sem amor, a lei é vazia e fria; sem lei, o amor não tem sentido.

Pense Nisto
O que mais você pode fazer para desfrutar da sua liberdade em Cristo? O diabo apresenta muitas mentiras (Gn 3:4). O que podemos fazer para resistir às suas investidas?
Sexta-feira, 08 de setembro
A lei da liberdade

Ao estudar os dez mandamentos, percebo que eles têm aspectos verticais e horizontais em sua aplicação. Por exemplo, os primeiros quatro mandamentos (Êx 20:1-11) dizem respeito ao nosso relacionamento com Deus. Os outros seis falam do nosso relacionamento com o próximo. Entendo, também, que minha liberdade como cristão depende de como aplico os mandamentos de Deus no sentido vertical e no horizontal.

O jovem rico desejava obter a vida eterna. Os jovens têm a felicidade de possuir energia, motivação, conhecimento e, em alguns casos, bastante dinheiro. O jovem rico provavelmente tinha todas essas coisas; mesmo assim, estava preocupado com sua preparação para a vida eterna. Ele guardava a lei, mas ainda sentia um vazio em sua vida.

Não podemos experimentar a liberdade em Cristo se não nos submetemos à vontade de Deus. O objetivo dos mandamentos divinos é nos ajudar a fazer uma avaliação detalhada da nossa vida e identificar onde precisamos mudar. Obedecemos à lei não como legalistas, para obter o favor de Deus, mas em gratidão por tudo o que Jesus fez em nosso favor.

É possível desfrutar da verdadeira liberdade que o Salvador nos concede permanecendo obedientes à vontade de Deus. Os tesouros celestiais que estão à nossa disposição superaram as riquezas terrenas e os bens materiais. Além disso, precisamos permitir que Cristo governe nossa vida. Isso significa “observar devidamente Suas ordenanças, viver em estrita conformidade com Seu padrão, ter alegre submissão às Suas disposições e, por obediência íntegra e ilimitada, observar Seus estatutos e guardar Suas leis”.*

* Matthew Henry’s Commentary, “Matthew 19”, http://www.christianity.com/bible/commentary.php com=mh&b=40&c=19, acessado em 24 de maio de 2016.

Ruth Otieno | Homa-Bay, Quênia

Pense Nisto
Como a lei de Deus está relacionada à total liberdade em Cristo?
Mãos à obra
Desenhe algo que simbolize a quebra das correntes da escravidão espiritual. Você ainda se sente escravizado aos seus pensamento e ações? Pesquise sobre perfeccionismo e licenciosidade. Como você pode evitar cair nessas armadilhas do inimigo? Cante ou toque o hino “Eu Venho a Ti, Senhor” (HASD, 281). Escreva um texto sobre o que significa “amar uns aos outros” (1Jo 4:11, ARA).