Lição 13
16 a 22 de setembro
O evangelho e a igreja
“Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé” (Gl 6:10).
Prévia da semana: Quando cumprimos a lei de Cristo, cuidamos dos que caíram e estão sobrecarregados. Reconhecemos nossa fraqueza e, humildemente, submetemo-­nos a todas as evidências da verdade, para que não nos tornemos espiritualmente orgulhosos e cegos.
Leitura adicional: Mateus 5:43, 44; 1 Tessalonicenses 5:15; 1 Pedro 4:8; Hebreus 13:16. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, capítulo 1, “O Propósito de Deus Para Sua Igreja”, e capítulo 3, “A Grande Comissão”
Domingo, 17 de setembro
Perfeito ou real?

Perfeito significa “sem falhas, defeitos ou faltas”.1 Real pode significar “verdadeiro, em contraste com o que é imaginário, ideal ou fictício”.2

Por que começar com a definição dessas duas palavras? É interessante refletir sobre elas. Embora não sejam antônimas, na maioria dos casos, é praticamente impossível ser as duas coisas ao mesmo tempo. Nada é perfeito na realidade, e nada na realidade é perfeito. No entanto, Deus é o único que pode ser ambas as coisas. Ele é perfeito e real!

Como pecadores, obviamente, somos imperfeitos. Embora tivesse andado com Jesus durante três anos e meio, Pedro O negou. Apesar disso, ele recebeu a missão de liderar a igreja primitiva. Será que Cristo espera que tenhamos uma vida imperfeita aqui? Ou Ele exige perfeição num mundo em que isso é impossível? Nenhuma das duas coisas.

Somos imperfeitos e falhamos o tempo todo, mas Deus nos ama e está conosco em meio à nossa vida confusa. Na verdade, o Senhor nos ama, não importa a nossa história de pecado, ou se nos afastamos dEle. Contudo, Ele nos concede o direito de fazer nossas próprias escolhas.

Tentar ser perfeito e se esforçar, sob a direção de Deus, rumo à perfeição, são duas coisas muito diferentes. Ser perfeito é algo falso e irreal. O esforço humano em direção à perfeição é o esforço para amar. “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como Eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (Jo 13:34). Sou grata porque Jesus me ama incondicionalmente. A certeza de que alguém nos ama é o melhor sentimento do mundo, e é igualmente agradável amar outra pessoa.

Quando Jesus foi desafiado pelos fariseus a dizer qual é o mais importante de todos os mandamentos, Ele respondeu: “‘Ame o Senhor, o seu Deus […]. Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22:37-40). Ao estudar a lição desta semana, pergunte: Como estes conceitos podem me ajudar a conhecer e amar mais a Deus? Em segundo lugar, como este estudo pode ser aplicado aos relacionamentos com as pessoas que fazem parte da sua vida?

1. http://www.dictionary.com/browse/perfect?s=t, acessado em 24 de maio de 2016.

2. http://www.dictionary.com/browse/real?s=t, acessado em 24 de maio de 2016.

Brooke Ho | Lake Tapps, Washington, EUA

Mãos à Bíblia

1. De acordo com Gálatas 6:1 e Mateus 18:15-17, como os cristãos devem reagir se um irmão cair em algum comportamento pecaminoso?

A resposta adequada em tais circunstâncias não deve ser a punição, condenação ou exclusão, mas a restauração. A palavra grega traduzida como “restaurar” (NVI) ou “corrigir” (ARA) é katartizo e significa “consertar” ou “pôr em ordem”. No Novo Testamento ela é usada no sentido de “consertar” redes de pesca (Mt 4:21), e descreve o processo de restauração de um osso quebrado, sendo um termo médico na literatura grega. Assim como não abandonaríamos uma pessoa que caísse e quebrasse uma perna, como membros do corpo de Cristo, devemos bondosamente cuidar de nossos irmãos e irmãs em Cristo que podem tropeçar e cair, enquanto trilhamos juntos o caminho para o reino de Deus.

Segunda-feira, 18 de setembro
Seguir em frente ou desistir

Já tive alguns amigos “atolados” no pecado. Alguns, reconhecendo seus erros, arrependeram-se e voltaram depressa para Jesus. Felizmente, essa também foi a minha história. Porém, tive outros amigos que, depois do envolvimento com o pecado, desistiram de Jesus. É provável que você também já tenha visto ambas as situações.

Qual é a importância do nosso relacionamento com Cristo?

O peso do chamado (Jr 20:7). “Persuadiste-me, ó Senhor, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim” (Jr 20:7, ARA). Na maioria das vezes, o chamado para cumprir o propósito divino não é nada fácil. No entanto, a dificuldade não deve jamais determinar se o chamado é legítimo ou não. Jeremias disse essas palavras enquanto lutava com seu chamado.

O livro de Jeremias contém várias confissões ou lamentações ao Senhor. O profeta falou de suas frustrações e fardos em relação ao chamado tremendamente difícil que o Senhor colocou sobre ele.1 Jeremias foi chamado para ministrar a um povo que não queria nada com ele nem com suas mensagens proféticas.

Apesar das provações, ele encontrou forças em Deus para prosseguir. Ele continuou a amar seu povo, embora zombassem dele e o perseguissem. Contudo, sua fidelidade ao chamado divino talvez seja o exemplo mais inspirador de toda a Bíblia.

O julgamento de Jerusalém (2Cr 36:16-20). O Segundo Livros das Crônicas diz que, Pouco antes da queda de Jerusalém, as pessoas “zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as palavras dEle e expuseram ao ridículo os Seus profetas, até que a ira do Senhor se levantou contra o Seu povo, e já não houve remédio” (2Cr 36:16). Depois disso, o Senhor enviou os inimigos de Jerusalém, os caldeus (babilônios), para atacá-la e destruí-la totalmente.

Os israelitas haviam tampado os ouvidos e rejeitado as mensagens de advertência do Senhor. O pecado é uma condição degenerativa que começa pequena e até controlável, mas que, se não for vencida pelo poder do Espírito Santo, cresce e domina completamente o coração. É assustador o fato de que o Senhor tenha enviado inimigos dos israelitas para destruir Jerusalém. No entanto, a interpretação desse e de outros acontecimentos na história de Israel evidencia que, quando nos entregamos completamente ao pecado, o Senhor não tem outra escolha senão remover Sua proteção. Não porque Ele não deseje nos proteger, mas porque voltamos as costas a essa proteção.

Semeadura e colheita (Lc 22:3; At 5:1-5). “Então Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, um dos Doze” (Lc 22:3). Como Satanás conseguiu entrar no coração de um homem que fez parte do círculo íntimo de Jesus? Isso é surpreendente. Judas passou alguns anos próximo de Jesus fisicamente, mas seu coração nunca foi totalmente entregue ao Senhor. Essa foi a brecha por onde Satanás entrou.

No livro de Atos, encontramos a história de Ananias e Safira. Pedro perguntou a Ananias: “Como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, a ponto de você mentir ao Espírito Santo?” (At 5:3). Uma batalha espiritual de dimensões cósmicas acontece diariamente ao nosso redor. Algumas coisas são mais fáceis de perceber, porém outras são imperceptíveis aos nossos olhos. Necessitamos da ajuda do Espírito. Por outro lado, podemos estar apegados a hábitos e práticas que nos agradam, mas que desonram ao Senhor. Precisamos fazer uma entrega diária e completa a Cristo.

Bênçãos inumeráveis (Mt 11:28-30). É inevitável que suportemos fardos e provações na vida, mas Jesus promete estar sempre conosco, ajudando-nos a carregá-­los. “Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o Meu jugo e aprendam de Mim, pois Sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve” (Mt 11:28-30).

Em seu livro Decepcionado com Deus, Philip Yancey, ao se referir ao fato de que a vida é difícil e injusta, escreveu o seguinte: “Ninguém está isento da tragédia ou da desilusão – o próprio Deus não esteve isento. Jesus não ofereceu qualquer imunidade, nem qualquer caminho para escapar da injustiça, mas, em vez disso, um caminho para atravessá-la até chegar ao outro lado.”2

1. Algumas delas são Jeremias 11:18-23; 12:1-4; 15:10-12, 15-21; 17:14-18; 18:19-23; 20:7-18.

2. Philip Yancey, Decepcionado com Deus (Mundo Cristão, 1994), capítulo 24 (Grifos acrescentados).

Meggan Nicole | Lake Tapps, Washington, EUA

Mãos à Bíblia

2. De acordo com 1 Coríntios 10:12, Mateus 26:34 e 2 Samuel 12:1-7, por que Paulo precisou advertir os gálatas contra o orgulho espiritual? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Porque eles também estavam sujeitos a cair, mesmo estando em pé.

B.( ) Porque eles estavam pregando sobre a supremacia que tinham em relação a outras pessoas.

C.( ) Porque as pessoas de outras crenças foram reclamar para Paulo sobre a autossuficiência e orgulho dos gálatas.

Um dos maiores perigos para a caminhada cristã é o sentimento de orgulho espiritual, que nos faz pensar que estamos, de alguma forma, imunes a cometer certos tipos de pecado. O fato sério é que todos temos a mesma natureza pecaminosa, que está em oposição a Deus. Assim, sem o poder refreador do Espírito de Deus, poderíamos nos entregar a quase qualquer pecado, se as circunstâncias fossem convenientes. Essa consciência da nossa verdadeira identidade fora de Cristo pode nos impedir de cair no pecado da justificação própria e nos tornar mais solidários com os que erram.

Pense Nisto
Como Jeremias, às vezes somos chamados para realizar coisas difíceis para Deus. Você já venceu uma situação muito difícil mediante seu relacionamento com Jesus? Fazendo uma avaliação de sua vida, há alguma área específica que você gostaria de entregar ao Senhor? Se já entregou, precisa renovar a entrega?
Terça-feira, 19 de setembro
Tratar corretamente o irmão

“Os seres humanos são propriedade de Cristo, resgatados por preço infinito, e estão vinculados a Ele pelo amor que Ele e o Pai têm manifestado. Que cuidado devemos, portanto, exercer em nosso relacionamento! O ser humano não tem o direito de suspeitar mal de seu semelhante. Os membros da igreja não têm o direito de seguir seus próprios impulsos e inclinações no trato com irmãos que cometeram faltas. […] Informações desfavoráveis a algum irmão ou irmã são transmitidas entre os irmãos de um para outro, e praticam-se erros e injustiças pelo único fato de que alguém não está disposto a obedecer às instruções do Senhor Jesus.”1

“Portanto, deve-se conversar com a pessoa que cometeu a falta e, com o coração cheio do amor e da simpatia de Cristo, buscar com ela a reconciliação. Argumentar com ela com calma e mansidão. Não usar palavras agressivas. Falar-lhe em tom que apele para o bom senso, lembrando as palavras: ‘Aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados’ (Tg 5:20, ARC).”2

“‘Se teu irmão pecar contra ti’, disse Cristo, ‘vai, e repreende-o entre ti e ele só’ (Mt 18:15, ARC). Não se deve contar a outros o caso de um irmão. Confia-se o caso a uma pessoa, a outra e mais outra; e o mal continua crescendo até que toda a igreja vem a sofrer. O correto é resolver o caso ‘entre ti e ele só’. Esse é o plano divino. ‘Não leve precipitadamente ao tribunal, pois o que você fará, se o seu próximo o desacreditar? Procure resolver sua causa diretamente com o seu próximo, e não revele o segredo de outra pessoa’ (Pv 25:8, 9). Não devemos tolerar o pecado em nosso irmão; mas também não o exponhamos ao opróbrio, aumentando assim a dificuldade, de modo que a repreensão pareça vingança. Vamos corrigi-lo do modo proposto na Palavra de Deus.”3

1. Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 498.

2. ___________ , Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 261.

3. Ibid., p. 260, 261.

Lizzie Mattson | Lake Tapps, Washington, EUA

Mãos à Bíblia

3. Além de restaurar os caídos, quais outras práticas os gálatas deviam seguir? Gl 6:2-5; Rm 15:1; Mt 7:12

A palavra grega traduzida como “carga” em Gálatas 6:5 é baros. Ela se referia literalmente a um grande peso ou carga que alguém tinha que carregar por uma longa distância. Com o passar do tempo, no entanto, ela se tornou uma metáfora para qualquer tipo de problema ou dificuldade, como o fardo de uma longa jornada de trabalho em um dia quente (Mt 20:12). Embora o contexto imediato da ordem de Paulo de “[levar] as cargas uns dos outros” certamente incluísse as falhas morais dos irmãos mencionadas no verso anterior, o conceito de carregar os fardos, que ele tinha em mente, era muito mais amplo, incluindo a ajuda que oferecemos e o apoio que recebemos, por meio dos quais a ajuda divina se manifesta na vida de cada um de nós.

Pense Nisto
Como podemos melhorar a nossa atitude em relação às pessoas envolvidas em comportamentos errados? Olhar para as pessoas com os olhos de Cristo seria uma boa solução para nossos relacionamentos?
Quarta-feira, 20 de setembro
O mundo na época de Paulo

A mensagem de Paulo aos gálatas focalizou principalmente o serviço abnegado em favor dos não convertidos e a unidade dentro da igreja primitiva. Que desafios ele enfrentou?

A maioria dos novos conversos era composta por judeus que haviam aceitado a Jesus como Messias. Muitos deles viam a fé em Cristo como um privilégio exclusivo que não devia ser compartilhado com os gentios. Paulo enfrentou críticas e contestações porque eles ainda não tinham compreendido o pleno alcance da mensagem de Cristo a todo o mundo. A versão bíblica The Message [A Mensagem] traduz as palavras de Paulo em Gálatas 5:13-15 da seguinte forma: “Deus chamou vocês para uma vida de liberdade. […] Usem sua liberdade para servirem uns aos outros em amor; é assim que a liberdade cresce.” Nessa mensagem, Paulo estava chamando os membros da igreja primitiva a deixar de pensar de maneira restrita na perspectiva judaica/cristã e passar a servir livremente por meio do amor de Jesus – um amor que se estende a todos, em toda parte.

A época de Paulo foi também a era chamada Pax Romana, período de grande paz e prosperidade que durou pouco mais de 200 anos, no tempo do Império Romano. Os cristãos criticavam os excessos dos romanos e se recusavam a adorar o imperador como deus. Havia uma grande quantidade de templos aos deuses espalhados por todo o império. No decorrer dos anos, essa tensão resultou em grande perseguição sobre a igreja primitiva.

Foi assim na época de Paulo, que se encontrou entre dois mundos: o judaico, que rejeitava Jesus ou O queria só para si, e o romano, que fazia ameaças e possuía um culto pagão mitológico.

Craig Mattson | Lake Tapps, Washington, EUA

Mãos à Bíblia

4. Para Paulo, levar os fardos e cumprir a lei de Cristo eram assuntos relacionados. De acordo com Gálatas 5:14, 6:2, João 13:34 e Mateus 22:34-40, o que ele quis dizer com “a lei de Cristo”? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Devemos cumprir os Dez Mandamentos com base no amor.

B.( ) O cumprimento da lei cerimonial dos judeus era fundamental.

C.( ) Os Dez Mandamentos foram abolidos.

O uso que Paulo fez da expressão “a lei de Cristo” (ton nomon tou Christou) não ocorre em nenhuma outra parte da Bíblia, embora ele tenha usado uma expressão semelhante em 1 Coríntios 9:21 (ennomos Christou). A singularidade dessa frase tem resultado em uma série de interpretações diferentes. Alguns equivocadamente argumentam que essa é uma evidência de que a lei de Deus, dada no Sinai, havia sido substituída por uma lei diferente, a lei de Cristo. Outros alegam que a palavra lei se refere simplesmente a um “princípio geral” (Rm 7:21), significando que, ao levar os fardos dos outros, estamos seguindo o exemplo de Jesus. Embora esta última interpretação tenha algum mérito, o contexto e a semelhança de linguagem com Gálatas 5:14 sugerem que, “[cumprir] a lei de Cristo” é mais uma referência ao cumprimento da lei mosaica por meio do amor.

Pense Nisto
Como as ideias desses grupos ajudaram e, ao mesmo tempo, prejudicaram o desenvolvimento da fé cristã? De que forma o mundo romano influenciou a história do cristianismo?
Quinta-feira, 21 de setembro
Façamos o bem

“Levem os fardos pesados uns dos outros” (Gl 6:2). “Por que, Senhor” perguntei, “se eu mesma já tenho tantos fardos para carregar?” A maioria dos dias estão cheios de todos fardos da vida: acordar ao raiar do dia, enfrentar tráfego intenso para chegar à escola ou ao trabalho, dever de casa, horas insuficientes de sono, e por aí vai. A paciência vai se esgotando, então nos irritamos, sem motivo, com nosso cônjuge, nossos colegas de quarto no internato, professores, com o chefe, ou mesmo com os irmãos da igreja.

Contudo, o fato de ajudar a carregar os fardos dos outros alivia nossos próprios fardos. Paulo disse: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gl 6:9). Jesus sempre procurou aliviar o fardo das pessoas. O fato de partilharmos nossos fardos com outros faz com que eles abram seu coração conosco.

“Mas se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, cuidado para não se destruírem mutuamente” (Gl 5:15). Precisamos amar uns aos outros e apoiar-nos uns nos outros em momentos de necessidade. Quando ajudamos as pessoas não devemos ter um sentimento de orgulho ou vanglória, mas alegria no Senhor. Nossa grande recompensa está na alegria do serviço e na paz divinal que sentimos como resultado disso.

Como encontrar essa felicidade? Uma das maneiras é conversar com as pessoas, sem nenhum interesse próprio. Simplesmente conversar. E não somente com os amigos e conhecidos mais chegados, mas procurar encontrar pessoas que não pertençam ao nosso círculo de amizades e conversar com elas. Talvez uma pessoa idosa cujo cônjuge tenha morrido, ou alguém com quem você trocou palavras desagradáveis no passado. Aproxime-se. Procure conhecer a história dessa pessoa. Em suma, envolva-se.

Alethea Miller | Graham, Washington, EUA

Mãos à Bíblia

5. O que Paulo quis dizer em Gálatas 6:8?

6. Quais exemplos você pode encontrar na Bíblia de personagens que semearam para a carne e outros que semearam para o Espírito? At 5:1-5; Lc 22:3; Dn 1:8; Mt 4:1

A metáfora de Paulo sobre semear e colher não é única. É um fato da vida que aparece em muitos antigos provérbios famosos. O que é significativo, entretanto, é como Paulo o utilizou para destacar seus comentários anteriores sobre a carne e o Espírito. James D. G. Dunn observa: “Um equivalente moderno é que ‘somos livres para escolher, mas não somos livres para escolher as consequências de nossa escolha’” (Galatians [Gálatas], p. 330).

Embora Deus nem sempre nos livre das consequências terrenas dos nossos pecados, não devemos ser dominados pelo desespero por causa das más escolhas que fizemos. Podemos nos alegrar porque Deus perdoou nossos pecados e nos adotou como Seus filhos. Devemos aproveitar as oportunidades que temos hoje para investir nas coisas que produzirão uma colheita celestial.

Sexta-feira, 22 de setembro
Senhor, a quem servirei?

Talvez um dos conceitos cristãos mais difíceis de aplicar é o que se encontra em Gálatas 6:10. Embora seja fácil compreender esse verso, ele é difícil de ser praticado. O verso nos ordena ir a todas as pessoas para servi-las, não somente àquelas que pensam como nós ou têm o mesmo estilo de vida, mas a todas as pessoas. Isso é difícil!

Esse verso também nos desafia a servir sem levar em conta os sentimentos dos outros quanto a nós ou nossos sentimentos quanto a eles. Se não fosse por meio do amor de Cristo, isso poderia ser uma barreira instransponível.

William Barclay escreveu: “Tudo o que eles podiam fazer era aceitar, com gratidão e admiração, o que Deus oferecia; o importante não era o que podíamos fazer por nós mesmos, mas o que Deus havia feito por nós.”* Só quando percebemos a profunda e maravilhosa realidade de que, apesar de nossa pecaminosidade, Deus nos amou e morreu por nós, é que podemos nos voltar para a sociedade e enxergar as pessoas pelos olhos do amor.

Paulo disse que devemos servir a todos, mas “especialmente aos da família da fé”. Precisamos nos lembrar de que, na época em que Paulo escreveu, a igreja cristã era pequena, frágil, considerada ilegal e radicalmente diferente em seu estilo de vida. Embora orientasse os cristãos a servir a todas as pessoas, Paulo estava preocupado com aquelas comunidades cristãs novas e pequenas que estavam tentando se aproximar umas das outras para resistir às pressões da sociedade.

Considerando o conselho paulino aos gálatas, nossa missão é servir a todos os segmentos da sociedade e aos irmãos na fé com o amor e o zelo de Cristo. Devemos também nos empenhar para estabelecer vínculos entre as pessoas da igreja, aperfeiçoando o corpo de Cristo como um meio de conectar e edificar nossa fé.

* William Barclay, The Letters to the Galatians and Ephesians, The New Daily Study Bible (Scotland: Saint Andrew Press, 2002) p. 13.

Julia Armstrong | Auburn, Washington, EUA

Pense Nisto
Quanto tempo você tem dedicado para servir à sua comunidade e à sua igreja? Quais pessoas ou grupos você pode estar ignorando? Que estratégia você pode desenvolver para alcançá-los? O que a sua igreja pode fazer?
Mãos à obra
Faça um desenho, uma pintura ou colagem que ilustre a igreja praticando o princípio de Gálatas 6:10. Ouça os hinos “Amor nos Faz Contentes” e “Amor no Lar” (HASD, 238 e 453). Perceba como cada um está relacionado com o princípio-chave de fazer o bem a toda a sociedade, especialmente aos membros da igreja. Com sua classe da Escola Sabatina, planeje uma atividade missionária e de solidariedade. Pensem em maneiras de “fazer o bem”.