Lição 12
09 a 15 de setembro
Vivendo pelo Espírito
“Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne” (Gl 5:16).
Prévia da semana: Viver pelo Espírito significa andar diariamente no caminho determinado pelo Espírito. Para isso, precisamos fazer escolhas diárias em harmonia com o Espírito em todos os aspectos, de maneira que nossa natureza pecaminosa “morra de fome”.
Leitura adicional: Gálatas 5:22, 23; 2 Coríntios 6:6; Hebreus 9:14. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, capítulo 30, “Chamado a Mais Elevada Norma”; Minha Consagração Hoje [MM, 1953/1989], 9 de novembro
Domingo, 10 de setembro
Sua escolha

Luz ou trevas, certo ou errado, bem ou mal, altruísmo ou egoísmo, Espírito ou carne, o que essas antíteses têm em comum? Todas representam forças que diariamente guerreiam entre si dentro de cada um de nós. Somos inclinados a escolher coisas que nos dão prazer instantâneo. Culpamos o mundo pelo fato de nossa cultura e economia terem por base a gratificação instantânea. No entanto, o remédio que faz os sintomas passarem rapidamente não trata a causa. Com um clique no mouse, podemos encontrar tudo o que desejamos ou pensamos, mas isso não satisfaz. Na verdade, essa instantaneidade é fugaz e irrelevante. Há um vazio no coração de cada ser humano que só pode ser preenchido pelo amor incondicional.

Depois que nossos primeiros pais caíram em pecado, a humanidade começou a se inclinar e a seguir o lado mais convincente. O que é mais apelativo teria a chance de preencher esse vazio do coração. Entretanto, após a morte de Cristo, Satanás, o grande inimigo e promotor dessas ilusões passageiras, foi derrotado. Já não importa quem ou o que é mais enfático nem quem tem melhores argumentos, porque Jesus venceu a batalha contra o inimigo. Tudo o que precisamos fazer é escolher quem irá dirigir nossa mente e governar nossa vida. A liberdade que Cristo oferece permite que escolhamos se seremos livres ou escravos dos desejos da carne. Uma dessas escolhas pode preencher nosso vazio durante algum tempo, mas a outra pode preencher esse vazio para sempre.

Se fizermos o que Paulo aconselhou em Gálatas 5:16: “Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne”, essa escolha se tornará viável. Entregaremos nossa vontade Àquele que nos ama com amor incondicional e perfeito. Talvez falhemos algumas vezes, mas sempre poderemos contar com a misericórdia divina e o amor perdoador de Jesus, Aquele que morreu para nos dar a capacidade de escolher. Cada uma dessas forças opostas (luz/trevas, certo/errado, bem/mal, altruísmo/egoísmo, Espírito/carne) está tentando preencher aquele vazio que só Jesus pode preencher. Assim, compete a você decidir qual delas vai escolher.

Sydney Linton | Lancaster, Massachusetts, EUA

Mãos à Bíblia

1. Leia Gálatas 5:16. O que o conceito de “andar” tem a ver com a vida de fé? Dt 13:4, 5; Rm 13:13; Ef 4:1, 17; Cl 1:10

2. De que maneira a metáfora de Paulo sobre andar é diferente daquela encontrada no Antigo Testamento? Compare Êxodo 16:4, Levítico 18:4 e Jeremias 44:23 com Gálatas 5:16, 25 e Romanos 8:4

A conduta no Antigo Testamento não era definida simplesmente como “andar”, porém mais especificamente como “andar na lei”. Halakhah é o termo legal que os judeus usavam para se referir às regras e regulamentos encontrados tanto na lei quanto nas tradições rabínicas de seus antepassados. Embora Halakhah normalmente seja traduzida como “lei judaica”, na verdade a palavra tem por base o termo hebraico para “andar” e significa literalmente “a maneira de andar”.

Segunda-feira, 11 de setembro
Ideia revolucionária

Qual é o objetivo de se viver pelo Espírito? No verso para memorizar vemos que a vida no Espírito nos livra dos desejos lascivos da carne. Para o cristianismo moderno, essa questão parece quase redundante, mas para as pessoas que leram a carta de Paulo pela primeira vez provavelmente esse conceito pareceu uma heresia.

O conceito da aliança divina feita com Abraão no Antigo Testamento tomou a forma de salvação pelas obras. Deus instruiu a Abraão: “Esta é a Minha aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne” (Gn 17:10).

O tema da aliança foi restabelecido durante o êxodo: “Agora, se Me obedecerem fielmente e guardarem a Minha aliança, vocês serão o Meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a Terra seja Minha, vocês serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa’” (Êx 19:5, 6). Basicamente, façam isso para que possam evitar aquilo.

A ideia revolucionária de viver pelo Espírito para vencer a carne era vista como fundamentalmente oposta àquilo que vinha sendo ensinado à nação judaica há séculos. As pessoas que estavam lendo a carta de Paulo pela primeira vez não tinham o Novo Testamento impresso. Consideravam sua carta como conselhos. Dá para perceber a mudança de paradigma que o apóstolo estabeleceu. A mensagem para nós, hoje, é: “Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito” (Gl 5:25, ESV).

Ramiro A. Quero | Fall Creek, Oregon, EUA

Mãos à Bíblia

3. “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam” (Gl 5:17; veja também Rm 7:14-24). Você tem experimentado a realidade difícil e dolorosa dessas palavras?

A luta que Paulo descreveu não é a luta de todo ser humano. Ela se refere especificamente ao “cabo de guerra” interior que existe no cristão. Visto que os seres humanos nascem em harmonia com os desejos da carne (Rm 8:7), é somente quando nascemos de novo pelo Espírito que um conflito espiritual realmente começa a surgir (Jo 3:6). Isso não significa que os não cristãos nunca experimentam conflitos morais; eles certamente os vivenciam. Mas, mesmo esse conflito, em última análise, é resultado da atuação do Espírito. A luta do cristão, no entanto, assume nova dimensão, porque o cristão tem duas naturezas que estão em guerra entre si: a carne e o Espírito.

Pense Nisto
O que devemos fazer, na prática, para dominar nossa natureza carnal? Como seguidores de Cristo, que mensagem uma vida guiada pelo Espírito pode transmitir aos descrentes?
Terça-feira, 12 de setembro
Caminhando com Jesus

Andando no Espírito (Gn 5:23, 24). Muito tempo antes de ser escrita a carta de Paulo aos Gálatas, um personagem bíblico nos deixou o exemplo do que significa “andar no Espírito”. Enoque andou com Deus; viveu em comunhão tão íntima com o Senhor, que Ele o considerou preparado para o Céu (Gn 5:23, 24).

Enoque conhecia a Deus. Quando Deus lhe revelava Sua vontade, Ele entendia. O mesmo ocorria da parte de Deus para com ele. Embora os tempos tenham mudado, a Bíblia ainda revela qual é a vontade divina para Seus filhos. Suas digitais estão espalhadas pelo planeta e pelo espaço infinito. Temos a oportunidade de dar uma volta com Deus todos os dias, mas para isso é preciso que O notemos, reconheçamos Sua presença e abramos o coração para aprender dEle.

O conflito do cristão (Rm 7:15-20). Enoque alcançou o alvo do cristão. Você pode pensar que em nossos dias seja mais difícil. É fácil ficarmos distraídos e perder o foco nesse mundo tão caótico, tão diferente dos tempos de Enoque. Sabemos o que é errado, mas erramos assim mesmo. Por que pecamos se temos consciência do erro? Pecado se tornou uma palavra usada em muitos contextos diferentes.

No tempo de Paulo, a circuncisão havia se tornado uma causa ardorosamente defendida pelos judaizantes nas igrejas da Galácia, mas que não tinha nenhuma importância. Às vezes, em meio às nossas congregações, também ocorrem debates acalorados sobre algumas questões. No fim, o resultado é sempre um equívoco ou uma interpretação errônea da Palavra de Deus.

O conflito do cristão tem uma causa e uma solução. Não existe um livrinho preto, com a lista das “coisas erradas”, que possamos consultar em todas as dificuldades que surgirem. E nem deve haver. Deus não deseja seguidores que não pensam. Ele deseja corações que anseiam pela verdade. Assim como a lei e o evangelho se harmonizam em amor e graça, os seguidores de Cristo devem obedecer a Deus por amor. “O caminho certo é este; andem nele” (Is 30:21, NTLH).

Obras da carne e fruto do Espírito (Gl 5:16, 17). Em Gálatas 5:19-21, o apóstolo Paulo apresentou uma lista com exemplos do que são obras da carne. Provavelmente, entre aqueles que ainda não aceitaram a Cristo e Sua Palavra, há quem defenda essas coisas como inofensivas e perfeitamente normais.

Como cristãos, temos o dever de sempre estar ao lado do que é puro, digno e verdadeiro.

Vamos dar uma volta com Cristo. O que Ele diria? Como agiria? Será que Ele diria baixinho, em seu ouvido: “Você está sendo uma pessoa má; se continuar assim, certamente não irá para o Céu”? De maneira nenhuma! Em vez disso, calma, amorosamente e sem julgar, Ele lhe mostra os que, no passado, seguiram o caminho da tentação e o fim que tiveram. Ele entende a fascinação exercida sobre os seres humanos, pois já a viu muitas vezes. Mas Ele já viu também o que acontece em seguida – todas as vezes. Não é uma questão de julgar; é uma questão de fatos, uma questão de amor.

Afinal de contas, amigos de verdade não deixam seus amigos cometerem tolices.

Cada momento ao lado do Salvador o influencia mais intimamente e, por fim, torna-se uma fonte efervescente de alegria. Você se regozija e sente uma paz interior indescritível. Qualidades muito valorizadas pelos cristãos, como paz, bondade, fidelidade e domínio próprio, são desprezadas pela grande maioria das pessoas. As qualidades de caráter resultantes de uma vida dirigida pelo Espírito são as mais doces que podemos provar. Somente quando encontramos a verdadeira felicidade é que percebemos o quanto ela é valiosa.

O caminho para a vitória (Mt 7:7). O desejo de Deus para todos é uma vida cheia de paz, entusiasmo, amor, harmonia e alegria aqui na Terra, e a felicidade plena com Ele e todos os salvos no Céu. O pecado interrompeu essa felicidade. Deus não pode permitir que o pecado continue. Mas Ele também prometeu não desistir de nós; e essa promessa foi feita primeiro a Adão, depois a Noé e, por fim, foi confirmada por intermédio de Jesus.

Para que o pecado seja subjugado e haja paz por toda a eternidade, isso precisa ser concretizado no coração e na mente de cada um dos futuros cidadãos do Céu. Precisa ser realizado aqui, nesse âmbito. Quando Jesus voltar e o mundo for renovado haverá uma razão para que o pecado não mais exista. Não somente porque a Bíblia assim nos diz, mas porque jamais desejaremos viver num mundo pecaminoso novamente. Na verdade, essa recordação nos fará continuar crescendo em graça e sabedoria, tendo Jesus ao nosso lado por toda a eternidade. Nunca mais teremos o desejo de voltar à antiga vida.

Lúcifer inventou o pecado em meio à perfeição do Céu, antes que a humanidade fosse criada. Seu orgulho o levou à queda. A mesma coisa poderia ter acontecido com qualquer criatura, mas não vai mais acontecer com ninguém. João escreveu: “Então vi novos céus e nova Terra, pois o primeiro céu e a primeira Terra tinham passado; e o mar já não existia. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21:1, 4). Enquanto esperamos essa realidade, caminhamos com Jesus, pedindo, buscando e batendo (Mt 7:7), na certeza de que Suas promessas serão cumpridas.

Tristan Reynolds | Tacoma, Washington, EUA

Mãos à Bíblia

4. Examine cuidadosamente as listas de vícios e virtudes nas passagens abaixo. Quais são as semelhanças e diferenças entre as listas de Paulo em Gálatas 5:19-24 e as listas a seguir? Jr 7:9; Os 4:2; Mc 7:21, 22; 2Tm 3:2, 3; 1Pe 4:3; Ap 21:8

Embora Paulo estivesse bem consciente da lista de vícios e virtudes, existem diferenças significativas na maneira pela qual ele usou as duas listas em Gálatas. Em primeiro lugar, embora Paulo tenha contrastado as duas listas, ele não se referiu a elas da mesma forma. Ele nomeou a lista dos vícios como “obras da carne” e a lista das virtudes como “fruto do Espírito”. Essa é uma distinção importante. Como James D. G. Dunn escreveu: “A carne exige, mas o Espírito produz. Uma lista é caracterizada pela manipulação humana; a outra, pela capacitação divina ou pela atuação da graça, reforçando a ideia de que a transformação interior é a origem da conduta responsável” (The Epistle to the Galatians [A Epístola aos Gálatas], p. 308).

A segunda diferença interessante entre as duas listas de Paulo é que a lista dos vícios é deliberadamente colocada no plural: “obras da carne”. “Fruto do Espírito”, no entanto, está no singular. Essa diferença sugere que viver de acordo com a carne pode promover nada mais do que divisão, tumulto, discórdia e separação. Em contrapartida, ao viver no reino do Espírito produzimos Seu fruto, que se manifesta em nove qualidades que promovem a unidade.

Quarta-feira, 13 de setembro
O problema do pecado

“Muitos têm a vaga ideia de que precisam fazer algum esforço extraordinário para obter o favor de Deus. Mas toda autossuficiência é vã. Somente pela ligação com Jesus pela fé o pecador se torna filho de Deus, convertido e cheio de esperança.”1

Por nós mesmos, nunca teremos motivos puros. Muitas pessoas dizem: “Preciso limpar minha vida e colocar em ordem os meus motivos antes de buscar a Deus”. Isso é impossível. Somente o Espírito de Deus pode nos transformar e dar forças para abandonar o pecado.

“Em Cristo achavam-se unidos o humano e o divino. Sua missão era reconciliar Deus e o homem; unir o finito com o infinito.”2

“Em consequência das ideias limitadas acerca dos sofrimentos de Cristo, muitos desvalorizam a grande obra da expiação. O glorioso plano da redenção humana foi ocasionado mediante o infinito amor de Deus o Pai. Nesse plano divino, é vista a mais maravilhosa manifestação do amor de Deus para com a humanidade perdida.”3

“A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que não se comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é certo, ainda que caiam os céus.”4

Viver em pecado é algo natural a nós em nossa condição humana. É difícil não só fazer o bem, mas querer fazer o bem. Somente por meio de uma entrega completa a Deus seremos capazes de ver o mal como ele é, e ver a devastação que ele causa em nossa vida. Quanto mais nos achegarmos a Cristo, mais repulsa sentiremos pelo pecado, porque Ele nos revela o dano que o pecado causa e nossa necessidade de algo maior.

1. Ellen G. White, Christian Experience and Teachings of Ellen G. White, p. 18.

2. Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 201.

3. Ibid., p. 200.

4. Ellen G. White, Educação, p. 57.

Hannah Goldstein | Chattanooga, Tennessee, EUA

Mãos à Bíblia

5. “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gl 5:22, 23). De que maneira a obediência aos Dez Mandamentos reflete o fruto do Espírito, expresso nesses versos? Veja também Mt 5:21, 22, 27, 28; 22:35-40

Os Dez Mandamentos não são uma alternativa ao amor; eles nos guiam na maneira pela qual devemos demonstrar o amor a Deus e à humanidade. Por mais que possa transcender à letra da lei, o amor não está em conflito com a lei. A ideia de que o amor a Deus e ao próximo anula os Dez Mandamentos faz quase tanto sentido quanto dizer que o amor pela natureza anula a lei da gravidade.

Além disso, em contraste com as quinze palavras que descrevem as obras da carne, o fruto do Espírito é descrito em nove virtudes graciosas.

Pense Nisto
Você já teve medo de buscar a Deus porque seu pecado o fez sentir-se separado dele? A comunhão por meio da oração e do estudo da Bíblia tem ajudado você a evitar os desejos pecaminosos?
Quinta-feira, 14 de setembro
Promovendo a liberdade

Um idoso índio Cherokee estava ensinando seu neto sobre a vida. “Está ocorrendo uma luta dentro de mim”, disse ele ao menino. “É uma luta terrível entre dois lobos. Um é mau – ele tem ira, inveja, tristeza, remorso, ganância, arrogância, autopiedade, culpa, ressentimento, inferioridade, mentira, orgulho, senso de superioridade e egoísmo.” Ele continuou: “O outro é bom – ele tem alegria, paz, amor, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.” Então, disse ao neto: “A mesma luta ocorre dentro de você – e dentro de todas as outras pessoas.”

O neto pensou um pouco sobre aquilo e depois perguntou ao avô: “Qual lobo vai ganhar?”

O idoso índio simplesmente respondeu: “Aquele que você mais alimentar.”*

Foi exatamente isso que Paulo procurou ensinar às igrejas da Galácia. Nossa vida é pautada pelas escolhas que fazemos. Classificamos cada ato como sendo útil ou não, dependendo do rumo que queremos dar à nossa vida. Cada escolha tem uma consequência, mas sempre temos liberdade para escolher. A liberdade dá oportunidade para que haja reflexão. O plano de Deus não requer que sejamos autômatos como os robôs. Se, como crianças superprotegidas, não aprendermos a discernir entre o certo e o errado, não estaremos prontos para o Céu!

O grande segredo é permitir que o Espírito Santo dirija a nossa vida, de modo que possamos escolher sempre o que é certo (Gl 5:16). Não é uma questão do que podemos ou não fazer, é simplesmente escolher andar pelo Espírito. Assim, estaremos andando nos caminhos do Senhor.

Deus deseja que sejamos tão felizes que será difícil acreditar que o pecado um dia existiu. Em Seu infinito amor, Ele deseja que todos se salvem. Entretanto, temos o livre-arbítrio para escolher ou rejeitar a salvação. Mesmo no Céu, ainda desfrutaremos dessa liberdade. Deus é amor e deseja que O obedeçamos por amor. Há dois lobos em você. Qual deles receberá mais alimento?

* “A Cherokee Legend”, http://www.firstpeople.us/FP-Html-Legends/TwoWolves-Cherokee.html, acessado em 24 de julho de 2016.

Ryan Thornton | Seattle, Washington, EUA

Mãos à Bíblia

6. Segundo Gálatas 5:16-26, qual é o segredo para ter uma vida em que o Espírito reine sobre a carne?

Gálatas 5:16-26 contém cinco verbos fundamentais que descrevem o tipo de vida em que o Espírito reina. Primeiro, o cristão precisa “andar” no Espírito (v. 16). Paulo não falou de uma caminhada ocasional, mas de uma contínua experiência diária. Isso implica uma escolha que fazemos diariamente. O segundo verbo é “ser guiado” (v. 18). Isso sugere que precisamos permitir que o Espírito nos guie aonde devemos ir (Rm 8:14; 1Co 12:2). Nossa tarefa não é guiar, mas seguir.

Depois, outros dois verbos aparecem em Gálatas 5:25. O primeiro é “viver”. Aqui, Paulo se referiu à experiência do novo nascimento, que deve ser renovada diariamente. Também precisamos “andar” pelo Espírito. Esse verbo é diferente do utilizado no verso 16. Aqui, significa literalmente “colocar em ordem”, “manter-se no mesmo passo”.

No verso 24 o verbo é “crucificar”. Isso é um pouco chocante. Crucificamos a carne alimentando nossa vida espiritual e matando de fome os desejos da carne.

Sexta-feira, 15 de setembro
Andar no Espírito

Nosso culto familiar diário era algo fantástico. Meu pai era o rei da animação. Lembro-me de que sentávamos espremidos num pequeno sofá ou nos esparramávamos sobre a cama de casal, e meu pai, com seu violão, cantava conosco alguns corinhos e hinos.

Um dos meus favoritos era “O Fruto do Espírito”, uma música que papai mesmo compôs. Ele cantava: “O fruto do Espírito é paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança; contra estas coisas não há lei.”

Mas o que é o fruto do Espírito? Talvez nossa tendência seja pensar em coisas que fazemos, por exemplo: uma boa ação, uma palavra atenciosa dirigida a alguém, uma doação, etc. No entanto, um exame mais minucioso revela uma tendência interessante nos escritos de Paulo. Toda vez que Paulo fala sobre as obras da carne, fala sobre comportamentos e práticas (Gl 5:19-21).

Contudo, quando Paulo menciona o fruto do Espírito, sua ênfase está nos traços de temperamento, virtudes daqueles que andam no Espírito.

Em outras palavras, são atitudes interiores, não o que fazemos. Por exemplo, posso agir de maneira bondosa, mas por motivos maldosos.

Portanto, quando o Espírito Santo produz Seu fruto em mim, não é uma simples manifestação externa, mas algo que efetua uma mudança completa. Isso está em harmonia com um dos principais temas da Bíblia: a autenticidade. A Palavra de Deus diz que fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Assim, se as nossas ações são puras, elas refletem Sua imagem. Quantos de nós apreciamos um hipócrita? Um falso amigo? Deus também não suporta essas coisas.

Se praticarmos atos aparentemente amorosos sem disposição interior nem atitude amorosa, somos até menos autênticos do que as pessoas que praticam as obras da carne!

Quais são as obras da carne? "Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes"(Gl 5:19-21).

Deus deseja que compartilhemos atitudes genuínas de amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade e mansidão, para que as pessoas percebam que estivemos com Jesus.

Nathan Jones | Auburn, Califórnia, EUA

 

Mãos à obra
Se você tem o dom da música, tente compor um cântico de encorajamento que enfatize a fé e a atuação do Espirito Santo na vida daquele que se coloca sob Seu poder. Inclua nele louvores a Deus. Procure na internet histórias e ilustrações do fruto do Espírito. Medite em Marcos 7:21, 22. O que Deus vê em seu coração? De onde vem a maldade? Você quer que o Senhor o ajude a remover algo da sua vida? Entreviste alguém de sua igreja. Descubra o que faz com que essa pessoa tenha uma vida vitoriosa. Convide alguns amigos de sua classe da Escola Sabatina para apresentar um J.A. sobre o tema da santificação ou do crescimento na graça.