Lição 8
17 a 24 de fevereiro
O impacto da fidelidade nos dízimos
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Nm 17-19
Verso para memorizar: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (1Co 9:13, 14).
Leituras da semana: Mc 16:15; 1Pe 3:8, 9; 1Co 9:14; Rm 3:19-24

Como vimos na semana passada, devolver o dízimo é uma importante expressão de fé. É uma forma de revelar, ou testar, a realidade da nossa profissão de fé. “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2Co 13:5).

A primeira referência bíblica à devolução do dízimo é o relato de Abraão entregando o dízimo a Melquisedeque (Gn 14:18-20; Hb 7:4). Os levitas também recebiam o dízimo por seus serviços prestados no templo (2Cr 31:4-10). Hoje, o dízimo é usado para o sustento do evangelho. Quando entendido corretamente, ele é uma forma de avaliação espiritual do nosso relacionamento com Deus.

O impacto, o uso, a importância e o método de distribuição dos dízimos foram designados para nosso crescimento espiritual no sustento da obra de Deus e na provisão financeira para a pregação do evangelho. Esse é o plano de Deus e tem sido considerado o primeiro passo do mordomo fiel.

Nesta semana, continuaremos estudando sobre o dízimo: sua distribuição, o que ele significa para os outros, e qual é o seu impacto em nossa vida espiritual.


Daqui a cinco dias começaremos os Dez Dias de Oração! Prepare sua família, seu pequeno grupo e sua igreja para os milagres de Deus.

Domingo, 18 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 20, 21
Juntos sustentamos a missão

Jesus ordenou que pregássemos o evangelho (Mc 16:15) e fizéssemos discípulos, “ensinando-os a guardar todas as coisas” (Mt 28:19, 20). Portanto, Deus deseja que estejamos envolvidos na obra mais importante da Terra: levar as pessoas a Cristo. Nossa responsabilidade como mordomos é sustentar essa missão mediante os recursos que Deus nos confiou. Nossa participação aprofunda nosso compromisso pessoal de apresentar Cristo aos outros. Cada discípulo, mordomo e trabalhador deve trazer todos os dízimos para a realização dessa obra sagrada. Devemos orar por unidade para que sejamos fiéis no sustento da missão, assim como uma missão bem-sucedida fortalece nossa unidade de fé.

1. Qual é o plano financeiro aprovado por Deus para o cumprimento da missão? Qual é o significado das expressões “todos os dízimos” e “para que haja mantimento na Minha casa”? Ml 3:10

Como vimos, as pessoas têm entregado o dízimo desde os dias de Abraão e Jacó (Gn 14:20; 28:22), e provavelmente antes disso. O dízimo é parte de um sistema que mantém a igreja. Ele é a maior fonte de sustento e o método mais equitativo e equilibrado para o cumprimento de Sua missão.

Nas culturas de hoje, a maioria dos cristãos entregam relativamente pouco para sustentar a missão de Deus. Se todos os cristãos devolvessem o dízimo honestamente, o resultado seria “quase inimaginável, simplesmente surpreendente, quase além da compreensão” (Christian Smith e Michael O. Emerson, Passing the Plate [Passando as salvas]. Nova York: Oxford University Press, 2008, p. 27).

Em todas as épocas, Deus teve pessoas dispostas a custear Sua missão. Temos a responsabilidade de trabalhar juntos para financiar essa tarefa mundial. Não podemos nos dar ao luxo de ser desorganizados, negligentes ou casuais no sustento da missão. Nosso desafio é muito maior do que quando o povo e os levitas disseram a Neemias: “Não negligenciaremos o templo de nosso Deus” (Ne 10:39, NVI), e mais assustador do que os desafios enfrentados pelos cristãos no século 19. Hoje, membros e líderes da igreja devem estar unidos espiritualmente e colaborar financeiramente, de maneira que alcancem os objetivos globais e sustentem a missão.

Pense na vasta extensão da missão adventista no mundo (veja Ap 14:6, 7). Qual é a minha responsabilidade em relação ao sustento dessa obra?

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Segunda-feira, 19 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 22-24
As bênçãos de Deus

Em Malaquias 3:10, Deus prometeu bênçãos aos que devolvem fielmente o dízimo. No entanto, Suas bênçãos não têm apenas uma dimensão. Enfatizar o acúmulo de bens materiais como uma bênção, à custa de tudo o mais, é uma visão muito estreita do que realmente significa receber a bênção de Deus.

Em Malaquias, a bênção é espiritual e temporal. A bênção de Deus é evidenciada na salvação, felicidade, paz e a certeza de que Deus faz o que é melhor para nós. Além disso, quando somos abençoados, somos compelidos a compartilhar essas bênçãos com os menos favorecidos. Fomos abençoados para abençoar outros. Por meio de nós, Deus é capaz de estender Suas bênçãos a outros lugares.

2. Leia 1 Pedro 3:8, 9. Qual é a relação entre ser abençoado e ser uma bênção aos outros? Assinale a alternativa correta:

A.(   ) Nenhuma, pois Deus abençoa a cada um de modo independente.

B.(   ) O objetivo de Deus é que compartilhemos as bênçãos que Ele derramou sobre nós.

O ato de devolver o dízimo resulta em uma bênção dupla. Somos abençoados e também abençoamos outros. Podemos dar do que recebemos. As bênçãos de Deus nos alcançam internamente e aos outros, externamente. (Leia Lc 6:38, NVI).

3. “Há maior felicidade em dar do que em receber” (At 20:35). Isso se aplica também ao dízimo?

A maior bênção trazida pelo ato de devolver o dízimo é que aprendemos a confiar em Deus (Jr 17:7). “O sistema especial de dízimos tem por base um princípio tão duradouro como a lei de Deus. Esse sistema foi uma bênção para os judeus, do contrário o Senhor não o teria dado a eles. Assim será igualmente uma bênção aos que o observarem até ao fim do tempo. Nosso Pai celestial não instituiu o plano da doação sistemática com o intuito de enriquecer-Se, mas para que fosse uma grande bênção ao ser humano. Viu que o referido sistema era exatamente aquilo de que o homem necessitava” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 404, 405).

Você já foi abençoado pelo Senhor por meio do ministério de outra pessoa? Como pode fazer o mesmo pelos outros?


Terça-feira, 20 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 25-27
O propósito do dízimo

Paulo escreveu a Timóteo: “Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário” (1Tm 5:18). O apóstolo estava citando Moisés (Dt 25:4), numa referência ao boi, e também Jesus (Lc 10:7), que falou a respeito do trabalhador. A frase que menciona o boi parece ter sido um provérbio, e significa que é justo que o boi coma do grão enquanto trabalha. De idêntica maneira, o segundo provérbio significa que os obreiros dedicados ao evangelho devem ser recompensados com salários.

Deus cria e opera em sistemas. Ele projetou sistemas solares, ecossistemas, sistema digestivo, nervoso e muitos mais. O sistema de dízimos foi usado pelos levitas (Nm 18:26) em seu cuidado para com o tabernáculo e também para o próprio sustento. Os levitas de hoje seriam aqueles que dedicam a vida à pregação do evangelho. O sistema divino de dízimos é Seu meio escolhido para o sustento do ministério, e tem sido usado durante toda a história da salvação. Sustentar esses obreiros com o dízimo, portanto, é fundamental à obra de Deus.

4. Leia 1 Coríntios 9:14. Qual é o significado dessas palavras e a sua implicação moral? Leia 2 Coríntios 11:7-10. Quais dificuldades Paulo enfrentou? O que isso ensina sobre a necessidade de sustentar os que pregam o evangelho?

Quando Paulo disse: “Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir” (2Co 11:8), ele estava falando ironicamente sobre o fato de que recebeu salário de uma igreja macedônica pobre enquanto ministrava a uma igreja rica de Corinto. Seu argumento à igreja de Corinto foi que aqueles que pregam o evangelho merecem receber salário.

O dízimo deve ser usado para um propósito específico e deve permanecer assim. “O dízimo é separado para um uso especial. Não deve ser considerado fundo para os pobres. Deve ser dedicado especialmente ao sustento dos que estão levando a mensagem de Deus ao mundo; e não deve ser desviado desse propósito” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 103).

Leia Levítico 27:30. O princípio visto nesse verso se aplica a nós hoje?


Quarta-feira, 21 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 28-30
A casa do Tesouro

Deus tem um “depósito” para armazenar o vento (Jr 10:13), a água (Sl 33:7), neve e saraiva (Jó 38:22), sobre os quais Ele tem total controle. Mas o “depósito” mais precioso é aquele em que é armazenado o dízimo. “Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação” (Nm 18:21). Esse versículo é a primeira referência ao local em que o dízimo era armazenado e serve de base ao que hoje é conhecido como “o princípio da casa do Tesouro”.

Mais adiante, Deus instruiu os israelitas a levar o dízimo para um lugar de Sua escolha (Dt 12:5, 6). Nos dias de Salomão, o dízimo era devolvido no templo de Jerusalém. Os israelitas entenderam facilmente o que era o “depósito” e onde era ele quando Malaquias disse: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro” (Ml 3:10). A casa do Tesouro representava o local em que ocorriam os cultos religiosos e onde os levitas eram sustentados.

5. Quais outros nomes são usados nas Escrituras para identificar a “casa do Tesouro”? (1Cr 26:20; 2Cr 31:11-13; Ne 10:38). Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.(   ) Tesouros da casa de Deus; depósitos da casa do Senhor; câmaras da casa do Tesouro.

B.(   ) Armazém; cofre sagrado; sala das ofertas.

Trazer o dízimo à casa do Tesouro é o único modelo apresentado nas Escrituras. Em cada dispensação, Deus teve um “depósito central” para administrar o dízimo. Os adventistas do sétimo dia são uma igreja mundial em que o “princípio da casa do Tesouro” é aceito e praticado. Os membros são encorajados a devolver seu dízimo à Associação/Missão por meio da igreja local. A Tesouraria da Associação/Missão é o órgão que paga o salário dos pastores.

“À medida que a obra de Deus se amplia, pedidos de auxílio aparecerão mais e mais frequentemente. Para que esses pedidos possam ser atendidos, os cristãos devem acatar a ordem: ‘Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na Minha casa’ (Ml 3:10). Se os professos cristãos levassem fielmente a Deus seus dízimos e ofertas, o divino tesouro estaria repleto. Não haveria, então, razão para recorrer a quermesses, rifas ou reuniões de diversão a fim de angariar fundos para a manutenção do evangelho” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 338).

O que aconteceria com a obra de Deus se as pessoas enviassem o dízimo para onde quisessem? Por que é importante enviá-lo ao local a que ele pertence?


Quinta-feira, 22 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 31, 32
Dízimo e salvação pela fé

6. Qual verdade essencial à nossa fé é ensinada em Romanos 3:19-24? Por que devemos sempre manter esse ensino como fundamento das nossas crenças? Assinale a alternativa correta:

A.(   ) Somos salvos pela graça, independentemente das obras da lei.

B.(   ) A devolução do dízimo é um requisito para a salvação.

A essência da mensagem bíblica é que todos somos indignos de redenção (Rm 3:23). Se a merecêssemos, a obteríamos por mérito ou por obras, e essa ideia é contrária às Escrituras.

7. Leia Romanos 4:1-5. O que esses versos ensinam sobre a graça em contraste com os méritos?

A salvação é um dom (Ef 2:8, 9) concedido aos que não merecem. A salvação ocorre porque os méritos do perfeito sacrifício de Cristo são creditados em nossa conta. Quanto à questão do dízimo, não recebemos nenhum crédito de Deus por devolvê-lo. Afinal, se o dízimo é de Deus, qual mérito poderia haver em devolvê-lo ao Senhor?

Fomos criados para realizar boas obras. “Somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:10). Contudo, essas boas obras não nos salvam. Assim também, a devolução do dízimo não nos salva.

Apesar disso, a devolução do dízimo revela uma atitude humilde e submissa ou teimosa e desafiadora em relação ao que Deus nos pediu para fazer. Se amamos a Deus, obedeceremos a Ele. O dízimo é uma expressão exterior da nossa compreensão de que somos apenas mordomos aqui e devemos tudo a Deus. Assim como o sábado é uma lembrança semanal de Deus como Criador e Redentor, a devolução do dízimo pode funcionar de maneira semelhante: ela nos lembra de que não pertencemos a nós mesmos e de que nossa vida e salvação são dádivas de Deus. Como resultado, podemos admitir essa realidade e viver em fé, reconhecendo que a devolução do dízimo é uma expressão muito tangível dessa fé.

Leia Lucas 21:1-4. O que significa viver pela fé?

Dez Dias de Oração Ore para que Deus abençoe sua família e que ela se torne uma bênção.

Sexta-feira, 23 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 33, 34
Estudo adicional

É muito fácil esquecer que cada respiração, cada batida do coração e cada momento da nossa existência vêm do Senhor. Em Atos 17, Paulo falou aos atenienses sobre o verdadeiro Deus, que não é apenas o Criador (At 17:24) mas também o Mantenedor (At 17:28). Os atenienses não O conheciam. Nós O conhecemos, e essa compreensão é fundamental para nossa maneira de viver. Deus tem muitas reivindicações em relação a nós, e como resultado, temos que viver de acordo com essas exigências:

“Dá-se o mesmo com as reivindicações de Deus a nosso respeito. Ele deposita Seus tesouros nas mãos dos homens, porém requer deles que separem fielmente a décima parte para a Sua obra. Ordena que essa porção seja recolhida à casa do Seu tesouro, e a Ele entregue como Sua propriedade. Ela é sagrada e deve ser usada para propósitos santos, para o sustento dos que levam Sua mensagem ao mundo. […] Pela obediência fiel a essa ordem, reconhecemos que todas as coisas pertencem ao Senhor” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 386).

Perguntas para discussão

1. “O tempo está passando rapidamente para a eternidade. Não retenhamos de Deus aquilo que é Sua propriedade. Não Lhe recusemos aquilo que, embora não possa ser dado com mérito, não pode ser negado sem ruína. Ele pede o coração inteiro; vamos dar-Lhe; é Seu, tanto pela criação como pela redenção. Ele pede o intelecto; vamos dar-Lhe; é Seu. Ele pede também o nosso dinheiro; não devemos reter-Lhe; é Seu” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 566). O que Ellen G. White quis dizer ao declarar que não podemos dar “com mérito”, mas não podemos negar sem ruína? Quando não devolvemos o dízimo, do que estamos nos privando?

2. Seria correto se os membros da igreja fizessem com o dízimo o que quisessem, destinando-o a causas que considerassem dignas, e não o levassem à “casa do Tesouro”? Isso poderia causar uma ruptura entre nós?

3. Em Lucas 21, Jesus elogiou a viúva por dar seu dinheiro ao templo apesar de toda a corrupção que acontecia ali. O que isso revela aos que sentem que podem desviar o dízimo porque têm dúvidas sobre a utilização dele?

Respostas e atividades da semana: 1. Peça a opinião dos alunos. Pergunte: Você conhece o destino dos dízimos na Igreja Adventista do Sétimo Dia? 2. B. 3. Pergunte aos alunos: você já percebeu que a fidelidade nos dízimos e a disposição de ajudar pessoas necessitadas trouxeram bênçãos à sua vida? 4. Solicite que um aluno leia a passagem. Peça a opinião de todos. Depois, peça a outro aluno que leia a segunda passagem. Discuta a questão com a classe. 5. V; F. 6. A. 7. Leia o texto e discuta com os alunos. Podemos fazer algo para merecer a salvação?


Dez Dias de Oração Ore para que Deus desenvolva em sua família e na igreja um espírito perdoador.

Resumo da Lição 8
O impacto da fidelidade nos dízimos

TEXTO-CHAVE: 1 Coríntios 9:13, 14

O ALUNO DEVERÁ

Reconhecer: Que a devolução do dízimo não apenas abre o depósito de Deus, mas também o distribui ao mundo como um meio de promover Sua missão.

Sentir: A responsabilidade de participar da devolução dos dízimos como uma forma de promover o evangelho.

Fazer: Usar sua influência e esforços pessoais para encorajar outros a devolver os dízimos.

ESBOÇO

I. Reconhecer: A missão de Deus é sustentada por Seu povo

A. Qual é o propósito ou o uso primário do dízimo?

B. Como as bênçãos de Deus devem ser distribuídas?

C. Qual é a relação entre a devolução dos dízimos e a salvação pela fé?

II. Sentir: Responsabilidade de investir nas coisas de Deus

A. Qual é a diferença entre sentir a responsabilidade de devolver os dízimos (como meio de promover a obra de Deus) e uma abordagem legalista e farisaica para a devolução dos dízimos?

B. Como os cristãos podem nutrir sua generosidade e, assim, proteger-se contra o egoísmo?

III. Fazer: Direcionando as bênçãos de Deus para Sua obra

A. Como os cristãos podem encorajar outros a devolver os dízimos, sem se tornarem ofensivos?

B. Compartilhar os resultados dos esforços ministeriais pode encorajar os não dizimistas?

C. A fidelidade ao chamado de Deus aumenta nossa fé?

RESUMO:
Compreender o impacto da devolução dos dízimos reforça nossa decisão de ser mordomos fiéis dos recursos que Deus colocou sob nosso controle.

Ciclo do aprendizado

Motivação 

Focalizando as Escrituras: 1 Coríntios 9:13, 14

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Ao sustentar a missão de Deus, o doador recebe bênçãos pessoais, espirituais e temporais. Deus, por Sua vez, comunica bênçãos aos beneficiados pela missão.

Para o professor: No livro Educação, Ellen G. White faz uma bela descrição do ato de compartilhar. Utilizando a ilustração de canais, ela traz dois pontos pertinentes ao nosso estudo: (1) à medida que os riachos unem suas forças e formam canais maiores em seu caminho para o mar, eles abençoam com folhagem e vegetação os lugares pelos quais passam; e (2) embora os mares, rios e grandes massas de água atraiam maior atenção, eles não seriam nada sem os riachos e ribeiros que os alimentam.

Como essas analogias se relacionam com o dízimo? Sempre que o dízimo é usado para promover a missão de Deus, há crescimento e beleza. O crescimento não é igual em todos os lugares. Na parábola do semeador Jesus descreveu os diferentes tipos de solo, ensinando que o local em que as sementes são lançadas também afeta os resultados. Às vezes esse crescimento é lento, outras vezes é rápido, dependendo de muitos fatores. No entanto, sem a umidade proporcionada pela água, o crescimento seria inexistente. Alguns afirmam reter os dízimos porque estão insatisfeitos com os resultados. Mas esse raciocínio seria justificável?

A segunda analogia ilustra belamente as vantagens da cooperação. Assim como os riachos e córregos se unem para abastecer rios e oceanos, a união dos nossos esforços concentrados em Deus, por pequenos que sejam, resulta em grandes avanços para o reino.

Atividade inicial: Se possível, reúna vários carretéis de linhas de cores diferentes e coloque-os onde a classe possa vê-los. Segure um pedaço de linha com as duas mãos e desafie um aluno a rompê-la com um golpe de “karatê”. A linha deve se romper facilmente. Agora, tente romper duas linhas. Em seguida, desenrole e tente romper três, adicionando uma linha por vez até que a força das várias linhas juntas resista ao rompimento. Então, pergunte: “A última linha adicionada era mais forte do que as outras?” (Resposta: Não!) “Então por que o cordão final não se rompeu?” (Resposta: A força de todas as linhas forma um cordão forte.)

O que essa analogia sugere às pessoas que desejam usar individualmente “seus” dízimos, separadamente da igreja, para projetos pessoais, ainda que sejam coisas importantes? Quais benefícios são obtidos sempre que os cristãos unem seus esforços em um cordão forte – a casa do tesouro? (Alternativamente, se os recursos não estiverem disponíveis, ajude sua classe a visualizar a lição que a atividade ensina, descrevendo-a em suas próprias palavras. Em seguida, discuta as respostas às perguntas.)

Compreensão

Para o professor: Como Jesus podia viajar extensamente, pregando regularmente, sem Se desviar de Seu ministério e ainda Se sustentar? Lucas respondeu a essa pergunta. Ele mencionou “algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais Lhe prestavam assistência com os seus bens” (Lc 8:2, 3; ênfase nossa). Aparentemente, pelo que lemos aqui em Lucas, vários apoiadores leais, incluindo a esposa de um preeminente oficial do governo, supriam as necessidades físicas de Jesus. Os registros históricos incluem “muitas outras” não listadas individualmente. Essa multidão de “desconhecidas” sustentou voluntariamente Jesus e Seus discípulos. Nos tempos antigos, a economia israelita provia o sustento dos levitas e sacerdotes por meio dos dízimos. A prática de sustentar a missão de Deus na Terra foi provada pelo tempo. Os cristãos contemporâneos têm o privilégio de seguir esse princípio.

Comentário bíblico

I. A ordem de Cristo

(Recapitule com a classe 1Co 9:13, 14; Mc 16:15; Mt 28:19, 20; 2Co 11:7-10; 1Tm 5:17, 18; Ml 3:10.)

Paulo disse que Cristo “ordenou também [...] aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho (1Co 9:14, ênfase nossa). “Ordenou” talvez seja melhor entendido no sentido de “estabeleceu” ou “designou”. A palavra grega diatass? é traduzida também de maneiras diferentes, como nos seguintes exemplos: “mandou”, “determinou”, “estabeleceu” ou “designou”. Essa última traz o sentido de escolha. O sistema para sustentar os pregadores do evangelho foi ordenado por Deus. Todos os que propõem alternativas enfadam-se na tentativa de encontrar um fundamento bíblico diferente, pois esse sistema recebe claramente a aprovação, o apoio e a ordem de Cristo.

Ao anunciar esse princípio idêntico a Timóteo (1Tm 5:17, 18), Paulo citou ambos os testamentos (Dt 25:4; Mt 10:10; Lc 10:7), sendo a última citação proveniente do próprio Cristo. O dízimo não é apenas um mecanismo humano para sustentar o ministério do evangelho, mas o sistema estabelecido por Deus para o avanço do reino.

Pense nisto: De que maneira o entendimento apropriado dessa “determinação divina” nos protege da tentação de escolher pessoalmente como utilizar o dízimo?

II. Bênçãos completas

(Recapitule com a classe Ml 3:8-12; 1Pe 3:8, 9; Lc 6:38; At 20:35; Jr 17:7.)

Se os cristãos demonstrassem fielmente sua disposição de apoiar o crescimento do reino de Deus da maneira estabelecida por Cristo, quantos milagres poderiam acontecer! Podem os cristãos afirmar honestamente que estão preparados para o derramamento de bênçãos celestiais?

Deus distribui Suas bênçãos temporais e espirituais às nossas famílias. No entanto, Seu plano era que os cristãos se tornassem canais de bênçãos em vez de reservatórios estagnados. O livro “Educação”, conforme mencionamos anteriormente, ilustra habilmente esse princípio. Córregos alimentam riachos, riachos alimentam rios, rios alimentam mares e, estendendo esse pensamento, mares alimentam oceanos, oceanos alimentam as nuvens, as nuvens produzem chuvas e as chuvas abastecem os córregos. Cada criatura que Deus criou contribui para a existência de outra criatura e recebe benefícios de outras criaturas.

Os cristãos foram criados para doar. A doação cria espaços vazios para que Deus preencha com Suas bênçãos. As pessoas, cheias de si mesmas, não dão espaço para esse preenchimento divino. Não é de admirar, portanto, que as pessoas que doam sejam mais felizes. O Espírito de Deus promete preencher os vazios espirituais e temporais. Devemos confiar em Sua promessa e esperar o derramamento do Espírito Santo.

Pense nisto: Quando os cristãos tentam acumular as bênçãos divinas, o que ocorre com o processo divinamente estabelecido para a administração das Suas bênçãos?

Aplicação

Para o professor: Deus é o dono de todas as coisas. Então, por que Ele quer nosso dinheiro? Essa é a pergunta errada. Devolver o dízimo não é primariamente colocar dinheiro nos bolsos divinos. O principal objetivo dos dízimos também não é financiar salários ministeriais. Os instrutores bíblicos, pastores e evangelistas são sustentados por meio dos dízimos, mas as verdadeiras lições e os benefícios são para os dizimistas.

O próprio Cristo, a sabedoria divina em Pessoa, estabeleceu o dízimo. O dinheiro acumulado logo se torna corrompido, além de corromper o “acumulador”. Devido ao amor incomparável de Deus por Seus filhos, Ele os desafia a exercer fé mediante a entrega dos dízimos, sabendo que, quando eles participam dessa entrega, seu crescimento espiritual é praticamente ilimitado.

Perguntas para reflexão e aplicação

A. Cremos que nenhum esforço humano pode influenciar nossa salvação, e que somos totalmente dependentes de Cristo para a redenção. Então, por que somos tentados a pensar que a satisfação das nossas necessidades físicas depende do esforço humano, em lugar da provisão de Cristo?

B. O livro de Romanos adverte contra a falácia de que a nossa bondade, de alguma maneira, obriga Deus a nos salvar. Por que, às vezes, como os pregadores do evangelho da prosperidade, temos a propensão de pensar que o dízimo de alguma maneira obriga Deus a derramar sobre nós prosperidade material? Por que esse é um pensamento deturpado, e por que ele é derivado de uma má compreensão do evangelho?

C. Além da honesta devolução dos dízimos, como os cristãos podem apoiar pastores, professores, evangelistas e outros na linha de frente da divina missão redentiva?

D. Como você encorajaria alguém a devolver fielmente o dízimo se essa pessoa foi ofendida por um pastor ou instrutor sem escrúpulos, exposto por uma conduta pecaminosa?

E. Para que não nos esqueçamos das bênçãos que recebemos, o que podemos fazer para manter vivas as recordações da fidelidade de Deus?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Os dizimistas fiéis têm proporcionado inúmeras bênçãos ao mundo, liberando aqueles que foram chamados por Deus para que invistam todas as suas energias na obra do discipulado. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, de um pequeno grupo de cristãos no nordeste dos Estados Unidos, tornou-se presente em todo o globo, de acordo com nosso chamado à luz das três mensagens angélicas de Apocalipse 14. Humanamente falando, essa eflorescência não poderia ter acontecido à parte da fidelidade e das doações feitas com sacrifício.

Atividades

1. Leia um livro sobre a história da Igreja Adventista que registre o crescimento da igreja, prestando especial atenção aos tempos de crise financeira e à liderança de Deus nesses períodos.

2. Leia a biografia de alguém conhecido por sua fé e fidelidade nos dízimos.

3. Escreva uma música sobre fé, fidelidade e dízimo. Compartilhe-a com a classe.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

 

 

 

 

 

 

 


Uma segunda chance

Após o casamento, aos 20 anos, Ezequiel começou a beber e, em seguida, começou a fumar. Em pouco tempo se tornou alcóolatra e fumante inveterado, além de gostar muito de festas. A esposa foi batizada na Igreja Adventista, como resultado de uma campanha evangelística realizada pelo pastor Richard Perez no Estado mexicano de Tabasco. Mas ele não quis ser batizado. Na verdade, recusou duas vezes o convite para entregar a vida a Deus.

Passados 13 anos, seu estilo de vida afetou sua saúde. Ele começou a ter muitas dores nas costas. Foi ao atendimento médico local para buscar alguns remédios, mas não houve resultado. No dia seguinte, decidiu ir ao Hospital Adventista. Os médicos realizaram uma bateria de exames: raio-X, exame de sangue, entre outros, mas não conseguiram encontrar nada. A dor nas costas se agravou e Ezequiel começou a sentir febre.

No quarto dia de internação, o capelão do hospital foi visitá-lo. Era o pastor Richard Perez. Ele o reconheceu e o cumprimentou pelo nome. “Este é o momento em que você precisa de Deus”, disse o pastor. Em seguida, pegou o violão, cantou duas músicas e, depois, leu a Bíblia. Naquele momento, Ezequiel percebeu que Deus realmente o amava. Antes de partir, o pastor pediu aos enfermeiros que fizessem o culto com ele no sábado. O pedido foi atendido. No entanto, Ezequiel continuava sofrendo terrivelmente. A dor era intensa e a febre permanecia alta.

O preço dos vícios

No sétimo dia, o médico entrou no quarto com uma expressão de preocupação. Disse que precisavam ter uma conversa em particular, então Ezequiel pediu que a esposa saísse da sala. “Você tem todos os sintomas da AIDS”, disse o médico. “Vamos fazer o exame apenas para esclarecer melhor.”

Após o exame, o médico saiu e a esposa voltou para o quarto. Ela perguntou o que estava acontecendo. Ezequiel não conseguiu responder; não estava seguro. Sabia dos maus atos que havia praticado e, talvez, esse fosse o motivo da doença. Então se lembrou das palavras do pastor: “Este é o momento em que você precisa de Deus.” Ezequiel pediu que a esposa saísse novamente, pois queria orar. Ele orou e chorou. Pediu que Deus lhe desse outra chance e que o livrasse de ter AIDS.

Depois de algum tempo, o médico voltou ao quarto. “Tenho boas e más notícias”, disse ele. “A boa notícia é que você não tem AIDS. A má notícia é que eu não sei o que você tem.” Ezequiel sabia que Deus havia respondido às suas orações, pois os exames foram negativos. Outro exame revelou que ele tinha derrame pleural, um acúmulo de fluido entre os tecidos que alinham os pulmões e o peito. O médico inseriu tubos para drenar o fluido e disse que ele poderia ir para casa em cinco dias.

Cura e conversão

Mas após cinco dias, Ezequiel sentiu-se tão mal como antes e um exame posterior detectou um tumor. “Preciso avisá-lo”, disse o médico, de que “somente um milagre pode salvá-lo.” Uma cirurgia de emergência foi programada para o dia seguinte. Ezequiel orou e implorou a Deus uma chance para redimir a vida desperdiçada. No dia da operação, ele ficou na sala de cirurgia enquanto o anestésico fazia efeito. Então, orou: “Se o Senhor permitir que eu viva, entregarei a vida através do batismo.”

A cirurgia durou seis horas. Quando acordou, ele voltou ao quarto. A esposa e as filhas esperavam para falar com ele. Estava convencido de que Deus havia lhe concedido outra chance.

Após 21 dias, finalmente ele deixou o hospital. Três semanas depois, a igreja realizou outra campanha evangelística e Ezequiel foi batizado. Agora ele trabalha como zelador e serve à igreja como diácono-chefe.

“Louvo a Deus pela segunda chance! Quero servi-Lo pelo resto da vida”, Ezequiel diz. Parte da oferta da Escola Sabatina deste trimestre ajudará o Hospital Adventista de Villahermosa, México, a expandir as instalações a fim de oferecer mais serviços de saúde à comunidade. Agradecemos por sua oferta.

Resumo missionário

  • O México tem 123 milhões de habitantes. É o maior país de língua espanhola e o maior produtor de prata do mundo.
  • A península a oeste do continente do México é chamada de Baja Califórnia, sendo a maior península do mundo. Mais de 120 espécies de cactos crescem ali.
  • O emblema na bandeira mexicana mostra uma águia em pé sobre um cacto com uma cobra no bico. Diz a lenda que os astecas se estabeleceram e construíram sua capital, Tenochtitlan (hoje Cidade do México), no lugar em que viram uma águia sentada em um cacto, comendo uma cobra.
  • A Cidade do México é construída sobre o que era um lago e, nos últimos 100 anos, em alguns lugares o terreno afundou até nove metros.
  • O México produz a maioria dos automóveis da nação norte-americana.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2018

Tema geral: Mordomia cristã: motivos do coração

Lição 8: 17 a 24 de fevereiro

O impacto da fidelidade nos dízimos

Autor: Heber Toth Armí

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Quando pessoas se convertem do egoísmo para o altruísmo, dos interesses próprios para os de Deus, dos caminhos da perversidade para os da santidade, dos conceitos humanos para os preceitos divinos, eles não entregam apenas partes do seu “ser” a Deus; entregam tudo.

Diz-se que Martinho Lutero pregava sobre a existência de três conversões: Do coração, da mente e do bolso (ou bolsa).

Assim, a conversão que não atingir nosso dinheiro, está desprovida de profundidade. Portanto, pouco se verá do impacto de sua influência.

Quando nos entregamos a Cristo, nossa existência se volta para o Seu serviço. Consequentemente, todos os recursos serão consagrados a Deus depois da experiência de conversão. Não é só o dízimo de nosso salário que o Senhor requer, mas tudo. Deus pedirá contas do que fazemos com o dízimo e com os outros 90%.

Pertencendo a Cristo, entregaremos o dízimo para a manutenção da obra de Deus no mundo: Para manter aqueles que optam por não ter emprego em outro lugar, senão dedicar todo o seu tempo no desenvolvimento do reino de Deus.

Visto de forma bíblica, o dízimo é como um termômetro espiritual; é um reflexo daqueles que, pela fé, entregaram-se genuinamente à missão de Deus (Gn 14:18-20; 28:20; Hb 7:4), e assim promovem o sustento de Sua obra mundial (2Cr 31:4-10). O evangelho deve ser compartilhado em todo lugar e, para isso, necessita-se de organização, missionários disponíveis e, claro, recursos (Mt 28:19, 20). Aqui entram os mordomos de Deus. Alguns organizam projetos evangelísticos, outros deixam tudo para ser missionários em tempo integral e, todo convertido tem o privilégio de auxiliar a obra de Deus com os dízimos dos recursos derramados do Céu. Os líderes espirituais mantidos pelo dízimo devem também entregar o dízimo (Nm 18:26; Ne 10:38; Hb 7:9).

Para que houvesse recursos na obra de Deus o profeta Malaquias apelou: “Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento em Minha casa” (Ml 3:10). Embora Deus tenha infinitas formas de manter Sua obra no mundo, Ele criou um sistema que envolve cada um de Seus mordomos; mas,

  • O que seria da evangelização se os mordomos não fossem fiéis e dedicados aos interesses divinos?
  • O que seria da missão de Cristo se nenhum mordomo se dispusesse a financiá-la com os recursos providos por Deus?

Para que houvesse mantimento em “Sua casa” e todos os membros da igreja se envolvessem na obra missionária, Deus desenvolveu o sistema de dízimos. Deus sustenta Sua missão e o faz através de Seus mordomos, concedendo-lhes recursos e dons.

  • E se utilizarmos equivocadamente os recursos com que Deus nos abençoa?

Além de roubarmos a Ele, negligenciamos a tarefa que Cristo nos confiou (Ml 3:8; Ne 10:39; Mc 16:15; Ap 14:6, 7). Entretanto, quando nos unimos para manter a missão conforme  ordena a Bíblia, o manual de Deus aos mordomos cristãos, algumas coisas acontecem:

  1. Estaremos protegidos das maldições do egoísmo e atrairemos bênçãos, pois Cristo Se alegra quando nos tornamos Seus instrumentos para abençoar outros (Ml 3:9, 10; Lc 6:38; 1Pe 3:8, 9).
  2. Deixamos a confiança própria que resulta em decepções e angústias para transferir nossa confiança para Deus, que, além de poderoso, é o Proprietário de tudo. Isso gera alegria, esperança pessoal e salvação de mais pessoas (Jr 17:7; At 20:35; Ml 3:10-12).
  3. Manteremos a missão divina na Terra, sustentaremos a pregação do evangelho e abasteceremos a Casa do Tesouro para que a obra divina avance, e assim revelaremos nossa fé no que Cristo fez por nós e quer fazer pelo mundo (Nm 18:21; Lc 21:1-4; Ef 2:8, 9).
  4. Promoveremos o avanço sistemático da pregação da mensagem da salvação no mundo inteiro, apoiando obreiros que, como Paulo, vão a todos os lugares (1Co 9:14; 2Co 11:7-10).

Para recebermos bênçãos como fiéis mordomos e dizimistas, devemos entender que:

  1. O dízimo é só uma pequena colaboração do mordomo no serviço a Deus. Por isso, os obreiros que dependem exclusivamente do dízimo dos fiéis para viver, também devem separar e entregar o dízimo do que recebem.
  2. O dízimo de tudo (“todos os dízimos”, Ml 3:10) deve ser entregue pelo mordomo de Deus. “Nem a infidelidade e nem a falsa fidelidade são aceitáveis diante de Deus. O Senhor espera que todos, ricos e pobres, em crise ou na prosperidade, sejam fiéis. É preciso que os dízimos e as ofertas sejam entregues de acordo com as prescrições divinas” (Demóstenes Neves da Silva. Dízimos e Ofertas, p. 85).
  3. O dízimo não deve ser levado a qualquer lugar. Deve-se levar à Casa do Tesouro, o que significa entregá-lo na igreja local, a qual envia 100% dele para a Associação/Missão. Na igreja Adventista do Sétimo Dia “apenas às Associações/Missões são é permitido compartilhar os dízimos. O dízimo é do Senhor e deve ser devolvido ao Seu tesouro – à tesouraria da Associação/Missão” (Glauber S. Araújo. Santo ao Senhor, p. 196. Organizado por Rodrigo Follis).
  4. O dízimo não deve ser usado para qualquer coisa, somente para aquilo que Deus o designou. O mordomo fiel atenta para isso. Uma vez que “muitos estão cometendo um erro em aplicar os dízimos a vários fins, os quais, embora bons em si mesmos, não são aquilo em que o Senhor disse que o dízimo deve ser aplicado. Os que assim o empregam, estão se afastando do plano de Deus [...]. Um raciocina que o dízimo deve ser aplicado para fins escolares. Outros argumentam ainda que os colportores devem ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado – o sustento dos ministros” (Ellen G. White. Obreiros Evangélicos, p. 226).

Existem mordomos que não são dizimistas; outros que são parcialmente dizimistas; e, ainda outros que são fiéis dizimistas, mas dão um destino errado ao dízimo – o que significa que nem sempre ser dizimista fiel significa fidelidade a Deus. Esses são mordomos que Deus reprova, pois não são inteiramente fiéis a seu Senhor. Mordomos aprovados, abençoados e felizes são os que obedecem ao Senhor conforme prescreve Sua Palavra e cumprem seu dever segundo o pedido do Seu Salvador (Mt 23:23).

Quando o mordomo de Deus “O honra com as primícias de toda a sua renda, Deus promete encher seus celeiros e fartar de vinho seus lagares (Pv 3:9, 10)”. E, quando um mordomo “traz todos os dízimos à casa do Tesouro, Deus promete repreender o devorador e abrir as janelas do Céu (Ml 3:10-12)” (Hernandes Dias Lopes. Mensagens Selecionadas, v. 1, p. 209). Contudo, será lá no Céu que os mordomos fiéis verão plenamente quanto sua mordomia colaborou na salvação de pessoas!

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pastor Heber Toth Armí graduou-se em Teologia pelo UNASP-EC, em 2005. Concluiu Mestrado em Teologia pelo UNASP-EC, em 2016. Atua como distrital em Fraiburgo, SC. É casado com Ketlin Mara Hasse Armí.