Lição 3
13 a 19 de outubro
“A fim de que todos sejam um”
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Mt 27, 28
Verso para memorizar: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17:20, 21).
Leituras da semana: Jo 5:20-23; 13:18-30; 17:1-26; 1Jo 2:3-6; 5:19; Mc 9:38-41; Ap 18:4

Evangelho de João revela as preocupações imediatas de Jesus, à medida que Sua traição e morte surgiam no horizonte. Em cinco capítulos cruciais (Jo 13–17), Jesus apresentou Suas últimas instruções, que culminaram com o que, por vezes, tem sido chamado de “oração sacerdotal” (Jo 17).

“É uma designação apropriada, pois nessa oração, nosso Senhor consagrou-Se ao sacrifício em que Ele foi, simultaneamente, sacerdote e vítima. Ao mesmo tempo, é uma oração de consagração em favor daqueles por quem o sacrifício foi oferecido – os discípulos que estavam presentes no cenáculo e os que posteriormente viriam a crer mediante o testemunho deles” (F. F. Bruce, The Gospel of John [O Evangelho de João]; Grand Rapids: Eerdmans, 1983, p. 328).

No centro dessa oração está a preocupação de Jesus com a unidade entre Seus discípulos e entre os que futuramente viriam a crer Nele. Esse foi um tema fundamental em Sua oração (Jo 17:9, 10).

Nenhuma discussão significativa sobre a unidade da igreja (sobre nossa unidade em Cristo) pode estar completa sem uma atenção minuciosa a essa oração. Pelo que Jesus orou? Por quem Ele orou? O que Sua oração significa para nós hoje?



Domingo, 14 de outubro
Ano Bíblico: Mc 1–3
Jesus orou por Si mesmo

A oração sacerdotal é dividida em três partes. Primeiramente, Jesus orou por Si (Jo 17:1-5), em seguida por Seus discípulos (Jo 17:6-19) e, por fim, pelos que posteriormente viriam a crer Nele (Jo 17:20-26).

1. Leia João 17:1-5. Qual é a essência de Sua oração, e o que ela significa para nós?

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Primeiramente, Jesus intercedeu por Si mesmo. Em eventos anteriores, no Evangelho de João, Jesus havia indicado que Sua hora ainda não tinha chegado (Jo 2:4; 7:30; 8:20). Mas agora Ele sabia que aquela era a hora de Seu sacrifício. Havia chegado o momento do dramático fim de Sua vida terrestre, e Ele precisava de forças para completar Sua missão. Era hora de orar.

Jesus glorificaria o Pai fazendo Sua vontade, mesmo que isso significasse suportar a cruz. Sua aceitação da cruz não era uma espécie de fatalismo. Em vez disso, era Sua maneira de exercer a autoridade que o Pai Lhe tinha dado. Ele não morreu como mártir, mas voluntariamente glorificou Seu Pai ao cumprir o motivo de Sua encarnação: Sua morte sacrificial na cruz pelos pecados do mundo.

2. De acordo com João 17:3, o que é a vida eterna? O que significa conhecer a Deus? Complete as lacunas:

“E a vida eterna é esta: que Te __________ a Ti, o único ___________ verdadeiro, e a ________, a quem enviaste” (Jo 17:3).

Em primeiro lugar, Jesus disse que a vida eterna consiste em nosso conhecimento pessoal de Deus. Não é salvação pelas obras nem pelo conhecimento, mas a experiência de conhecer o Senhor por causa do que Cristo fez por nós na cruz. Esse conhecimento é mediado por um relacionamento pessoal com o Pai. Nossa tendência humana é limitar o conhecimento aos fatos e detalhes, mas Jesus buscou algo mais profundo e gratificante: um relacionamento pessoal com Deus. O primeiro advento de Cristo também teve o propósito de guiar a humanidade em sua busca por um conhecimento mais significativo e salvífico de Deus e a unidade de uns com os outros à qual esse conhecimento conduz.

Qual é a diferença entre conhecer sobre Deus e conhecê-Lo pessoalmente? O que ajudou você a conhecer o Senhor?


Segunda-feira, 15 de outubro
Ano Bíblico: Mc 4–6
Jesus orou por Seus discípulos

3. Leia João 17:9-19. Sobre o que Jesus orou especificamente em relação a Seus discípulos? Assinale a alternativa correta:

A.(   ) Ele orou para que os discípulos prosperassem financeiramente.
B.(   ) Ele orou para que os discípulos fossem protegidos do mal.

Em seguida, Jesus orou por Seus discípulos, que estavam em grave perigo de perder sua fé Nele nos dias vindouros, quando Ele, Jesus, não mais estivesse com eles fisicamente. Portanto, Ele os confiou ao cuidado de Seu Pai.

Jesus orou pela proteção deles no mundo. Sendo assim, Ele não orou pelo mundo, pois sabia que este, intrinsecamente, se opõe à vontade do Pai (1Jo 5:19). Mas, visto que o mundo era o lugar em que os discípulos realizariam seu serviço, Jesus orou para que eles fossem preservados do mal no mundo. Cristo Se interessa pelo mundo. Na verdade, Ele é seu Salvador. Mas a propagação do evangelho estava ligada ao testemunho daqueles que pregariam as boas-novas. Por essa razão, Jesus precisou interceder por eles para que o maligno não os derrotasse (Mt 6:13).

Contudo, um discípulo foi derrotado. No início daquela noite, Jesus havia mencionado que um deles tinha decidido traí-Lo (Jo 13:18-30). Embora Jesus tenha Se referido ao fato de que as Escrituras haviam predito a traição (Sl 41:9), Judas não foi vítima do destino. Durante a última ceia, Jesus apelou a ele em um gesto de amor e amizade (Jo 13:26-30). “À ceia pascoal Jesus provou Sua divindade, ao revelar os desígnios do traidor. Incluiu ternamente Judas no serviço prestado aos discípulos. Mas o último apelo de amor foi desatendido” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 720).

Sabendo que a inveja e os ciúmes poderiam dividir os discípulos, como havia acontecido algumas vezes antes, Jesus orou pela unidade deles. “Pai santo, guarda-os em Teu nome, que Me deste, para que eles sejam um, assim como Nós” (Jo 17:11). Essa unidade está além da realização humana. Ela somente pode ser o resultado e o dom da graça divina. A unidade deles estava fundamentada na unidade do Pai e do Filho, e era um pré-requisito indispensável para o serviço eficaz no futuro.

A santificação ou consagração dos discípulos à verdade também era indispensável para o serviço. A obra da graça de Deus no coração dos discípulos os transformaria. Mas se eles quisessem testemunhar da verdade divina, eles mesmos deviam ser transformados por ela.

O que significa “não ser do mundo”? O que faz com que não sejamos deste mundo?


Terça-feira, 16 de outubro
Ano Bíblico: Mc 7–9
“Por aqueles que vierem a crer em Mim”

Após orar por Seus discípulos, Jesus ampliou Sua oração a fim de incluir aqueles que viriam a crer Nele, por intermédio da palavra dos discípulos (Jo 17:20).

4. De acordo com João 17:20-26, qual era o maior desejo de Jesus para os que creriam no evangelho? Por que é importante que essa oração seja cumprida?

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Como o Pai e o Filho são um, Jesus orou para que os futuros cristãos também fossem um. Jesus Se referiu à unidade do Pai e do Filho. Eles nunca agem independentemente um do outro, mas estão sempre unidos em tudo o que fazem (Jo 5:20-23). Eles compartilham amor pela humanidade caída, de tal maneira que o Pai Se dispôs a dar Seu Filho pelo mundo, e o Filho, a dar Sua vida por ele também (Jo 3:16; 10:15).

A unidade à qual Jesus Se referiu nessa oração é uma unidade de amor e propósito, como a que há entre Pai e Filho (Jo 13:35). Manifestar essa unidade em amor confirmaria publicamente tanto o relacionamento dos discípulos com Jesus quanto com o Pai. “A manifestação da unidade genuína dos discípulos devia apresentar convincente testemunho da verdade do evangelho” (Andreas J. Köstenberger, John, Baker Exegetical Commentary on the New Testament. Grand Rapids: Baker Academic, 2004, p. 498). Assim o mundo saberá que Jesus é o Salvador. Em outras palavras, essa unidade pela qual Jesus orou não é invisível. Como o mundo pode se convencer da veracidade do evangelho se não vê amor nem unidade entre o povo de Deus?

“Deus está conduzindo um povo para ficar em perfeita unidade sobre a plataforma da verdade eterna [...]. É o desígnio de Deus que Seu povo chegue todo à unidade da fé. A oração de Cristo pouco antes de Sua crucifixão foi que Seus discípulos fossem um, assim como Ele era um com o Pai, para que o mundo cresse que o Pai O enviara. Essa tocante e maravilhosa oração vem através dos séculos, até nossos dias; pois Suas palavras foram: ‘E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim’ (Jo 17:20)”.

“Com que diligência os professos seguidores de Cristo devem buscar responder em sua vida esta oração!” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 17).

Como podemos ajudar a igreja a alcançar essa unidade? Por que “morrer para o próprio eu” é crucial, se quisermos que nossa igreja seja unida como deve ser?


Quarta-feira, 17 de outubro
Ano Bíblico: Mc 10–12
Unidade entre cristãos

5. Leia Marcos 9:38-41 e João 10:16. O que a resposta de Jesus ao apóstolo João ensina sobre exclusivismo e julgamentos precipitados quanto à identidade dos verdadeiros seguidores de Jesus?

Os adventistas entendem que a oração de Jesus, em João 17, tem aplicação direta à unidade da igreja. Devemos estar unidos para cumprir nossa missão de compartilhar com o mundo as três mensagens angélicas. Sobre esse assunto não há discordância.

Mas, e quanto à unidade com outros cristãos? Como devemos nos relacionar com eles à luz da oração de Jesus?

Deus tem fiéis em outras igrejas, mesmo em Babilônia (Ap 18:4). Ao mesmo tempo, sabemos que existe uma apostasia entre os que professam o nome de Cristo e que, nos últimos dias, muitos falsos cristãos se unirão uns com os outros e com o Estado para realizar a perseguição representada vividamente em Apocalipse 13:1-17. Portanto, os adventistas são cautelosos quanto ao envolvimento em convocações em favor da unidade com outras igrejas, como é visto no movimento ecumênico.

Como, então, devemos nos relacionar com outras denominações? Ellen G. White escreveu o seguinte a respeito do trabalho em conjunto com outros cristãos, sobre uma questão específica: “Submetendo o agente humano sua vontade à vontade de Deus, o Espírito Santo impressionará o coração daqueles a quem o agente humano ministra. Foi-me mostrado que não devemos evitar o contato com os membros da União Feminina de Temperança Cristã. Unindo-nos com elas no esforço pela abstinência total não estamos mudando nossa posição sobre a observância do sétimo dia, e podemos mostrar nossa apreciação pela posição delas na questão da temperança. Abrindo-lhes a porta e convidando-as a se unirem conosco no que respeita à temperança, garantimo-nos seu auxílio nesse setor; e elas, unindo­-se conosco, ouvirão novas verdades com as quais o Espírito espera impressionar os corações” (Beneficência Social, p. 163).

Embora estivesse lidando com um problema específico em um momento específico, Ellen White apresentou princípios a respeito da nossa relação com outros cristãos, especialmente na questão da união em torno de uma causa.

Primeiramente, podemos trabalhar com outros cristãos em interesses sociais comuns. Em segundo lugar, se nos unirmos a eles, devemos fazê-lo de maneira a não comprometer nossas crenças nem práticas. Em terceiro lugar, podemos e devemos usar essa “unidade” para compartilhar as preciosas verdades com as quais fomos abençoados.



Quinta-feira, 18 de outubro
Ano Bíblico: Mc 13, 14
Uma fé compartilhada em amor

6. Em João 17:3, Jesus disse que a vida eterna é conhecer a Deus. De acordo com 1 João 2:3-6, o que significa conhecer a Deus? Como demonstramos nosso conhecimento de Deus?

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Embora as pessoas se considerem cidadãs que respeitam a lei, muitas vezes, elas minimizam a obrigação bíblica de guardar os mandamentos de Deus. Alguns até argumentam que a graça de Deus anula a Sua lei. Mas esse não é o ensinamento bíblico: “Guardar os mandamentos não é uma condição para conhecer a Deus, mas um sinal de que O conhecemos e O amamos. Portanto, o conhecimento de Deus não é apenas um conhecimento teórico, mas conduz à ação” (Ekkehardt Mueller, The Letters of John [As cartas de João]. Nampa, Idaho: Pacific Press, 2009, p. 39). O próprio Jesus enfatizou: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” (Jo 14:15; compare com 14:21). “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos” (1Jo 5:2, 3).

7. De acordo com João 13:34, 35, que novo mandamento Jesus deu aos Seus discípulos? Como isso se relaciona com a unidade entre os cristãos?

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O mandamento de amar o próximo não era novo em si mesmo, pois é encontrado nas ordens e instruções que Deus deu a Moisés (Lv 19:18). O que há de novo é o mandamento de Jesus aos discípulos para que amassem uns aos outros como Ele os tinha amado. O exemplo do amor abnegado de Jesus é a nova ética para a comunidade cristã.

Que padrão maravilhoso foi estabelecido! A vida de Jesus foi uma demonstração prática do amor. Toda a obra da graça é um serviço contínuo de amor e esforço abnegado. A vida de Cristo foi uma manifestação incessante de amor e desprendimento pelo bem dos outros. O princípio que moveu Jesus deve mover Seu povo no seu trato de uns para com os outros. Que testemunho poderoso esse amor será para o mundo! E também que força poderosa em favor da unidade entre nós esse amor proporcionará!

Como podemos revelar aos outros o amor abnegado que Jesus nos revelou?


Sexta-feira, 19 de outubro
Ano Bíblico: Mc 15, 16
Estudo adicional

Leia “A imutável Lei de Deus”, p. 443-446, em O Grande Conflito; “Denominations, Relations to Other” [Relações com Outras Denominações], p. 763, 764, e “Roman Catholic Church”, p. 1.110, em Ellen G. White Encyclopedia.

“Os adventistas não afirmam ser a igreja universal de Cristo. A igreja universal é mais ampla do que qualquer denominação. É visível e invisível na medida em que consiste naqueles que creem em Jesus e O seguem. Essa questão teológica específica é destacada se considerarmos a apostasia entre os cristãos, abordada de maneira contundente no livro do Apocalipse. A igreja pura (Ap 12) é contrastada com a “meretriz” (Ap 17), Babilônia, a grande cidade que, por sua vez, é contrastada com a noiva do Cordeiro, a cidade santa ou a Nova Jerusalém (Ap 21 e 22). No primeiro século, a igreja universal pode ter sido visível. É muito mais difícil e complexo vê-la, por exemplo, durante a Idade Média.

“[...] A verdadeira igreja é composta por aqueles que creem Nele. Deus os conhece. Os adventistas, por outro lado, afirmam ser o remanescente visível e especial do tempo do fim, de Apocalipse 12:17 e dos capítulos 12–14. Esse remanescente possui um caráter local e universal” (Ap 2:24; 12:17; Ekkehardt Mueller, “The Universality of the Church in the New Testament”, em Ángel Manuel Rodríguez, ed., Message, Mission and Unity of the Church. Silver Spring, Md.: Biblical Research Institute, Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, 2013, p. 37).

Perguntas para discussão

1. Por que o cumprimento da oração de Jesus (Jo 17) é tão importante? O que o desejo de Cristo pela unidade da igreja do 1o século revela sobre Seu desejo para a igreja hoje?

2. Sua igreja trabalha com outras igrejas? Como atuar com elas e manter a verdade?

3. Como alcançar a unidade? “Se o professo povo de Deus recebesse a luz como lhe refulge da Sua Palavra, alcançaria a unidade pela qual Cristo orou” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 379).

Resumo: A oração de Jesus (Jo 17) é um lembrete de que Cristo Se preocupa com a unidade. Devemos solidificar nossa fé na Bíblia. O amor de uns pelos outros também deve caracterizar nossos relacionamentos.

Respostas e atividades da semana: 1. Peça aos alunos que resumam a primeira parte da oração sacerdotal de Jesus. 2. Conheçam – Deus – Jesus Cristo. 3. B. 4. A unidade da igreja, que é importante para que o mundo creia que Cristo foi enviado pelo Pai. 5. Peça aos alunos que formem duplas e discutam a questão. Em seguida, peça-lhes que compartilhem suas respostas com a classe. 6. Guardar Seus mandamentos e andar como Ele andou. Pergunte aos alunos: Você tem dado provas de que conhece a Deus? Quais são seus desafios em relação a isso? 7. Amar uns aos outros como Deus nos amou. O amor produz unidade.



Resumo da Lição 3
“A fim de que todos sejam um”

TEXTO-CHAVE: João 17:20, 21

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: A preocupação de Jesus com a união de Seus seguidores.

Sentir: Discernir a importância da unidade para a igreja e para a missão.

Fazer: Representar com exatidão diante do mundo o caráter divino de amor e união.

ESBOÇO

I. Conhecer: Jesus requer união

A. O que a natureza e o caráter divinos têm a ver com a unidade cristã?
B. A oração pela unidade é um pedido entre vários outros em favor dos seguidores de Jesus. Que relação há entre esses pedidos e aquilo que os cristãos primitivos enfrentariam após a morte de Jesus?

C. Por que Jesus estava tão preocupado com a unidade de Seus seguidores?

II. Sentir: A unidade é necessária para a missão

A. De que maneira específica a desunião entre os seguidores de Jesus impacta a missão da igreja?
B. O que a desunião na igreja sugere sobre a natureza e o caráter de Deus?

III. Fazer: Demonstrar amor e respeito

A. Que imagem de Deus seus relacionamentos retratam ao mundo?
B. Que obstáculos impedem uma representação fiel do caráter divino?
C. Que passos você precisa dar para refletir de maneira mais fiel o caráter divino?

RESUMO: A oração de Jesus em João 17 demonstra Seu grande desejo de que Seus seguidores representassem com exatidão a natureza e o caráter de Deus ao mundo. A unidade de propósito entre Pai e Filho significa que a unidade cristã é indispensável para se alcançar esse objetivo e cumprir essa missão.

CICLO DO APRENDIZADO

1 Motivação

Focalizando as Escrituras: João 17:20, 21

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Os seguidores de Jesus são chamados a representar o amor e o caráter de Deus ao mundo por meio de sua união.

Para o professor: Enfatize o fato de que, quando nos denominamos cristãos, as pessoas ao redor começam a julgar o cristianismo e o caráter divino com base no que observam nas nossas interações, quer estejamos conscientes ou não de nossa influência.

Discussão inicial: Quando me mudei para os Estados Unidos devido aos meus estudos de pós-graduação, tornei-me involuntariamente um embaixador do meu país de origem. Quando me ouviam falar, as pessoas presumiam que meu sotaque representava o de todos os neozelandeses e que meu modo de vestir refletia a moda atual da Nova Zelândia. De fato, todas as minhas palavras, atitudes e até minhas preferências pela comida eram observadas e admitidas como um reflexo exato da minha origem. Em muitos casos, as suposições daqueles ao meu redor estavam corretas, mas em outras áreas, essas suposições os enganavam.

Todo cristão é chamado a ser um embaixador de Deus. Nosso modo de pensar e agir tem impacto sobre a forma com que o mundo entende o caráter divino. Quando agimos de maneira egoísta, causando desarmonia, o mundo discerne um Deus dividido e sem poder. Mas quando demonstramos amor e união, demonstramos o verdadeiro caráter divino.

Perguntas para discussão

Você já foi um embaixador involuntário? Que tipo de impressão suas ações deixaram a respeito do que você representava? Você tende a deixar uma impressão melhor quando escolhe ser um embaixador? Justifique sua resposta.

2 Compreensão

Para o professor: Esta seção apresenta uma recapitulação dos aspectos relacionais da oração de Jesus em João 17.

COMENTÁRIO BÍBLICO

A longa oração de João 17 segue o trecho que alguns eruditos identificam como um discurso típico de despedida. O conteúdo da oração em si sugere que a oração teve o objetivo de encorajar os discípulos, que em breve enfrentariam desafios sem a presença física de Jesus.

I. O relacionamento-chave

(Recapitule com a classe Jo 17:2, 3, 20-23.)

No centro da oração de João 17 está o relacionamento entre o Pai e o Filho. É um relacionamento de perfeito amor e união que existe desde “antes da fundação do mundo” (Jo 17:24). O Pai é identificado como “o único Deus verdadeiro” (Jo 17:3), Pai santo (Jo 17:11) e Pai justo (Jo 17:25). Esses títulos descrevem tanto Seu caráter quanto Suas ações justas. Jesus é identificado na oração como Cristo (Jo 17:3), o Filho (Jo 17:1) e o Enviado (Jo 17:3), que faz o que o Pai pede.

O relacionamento entre o Pai e o Filho provê a base e o exemplo para o que Jesus requer de Seus seguidores. Esse relacionamento também é mencionado quando Jesus fala da vida eterna, que depende do conhecimento acerca do Pai e do Filho. Mas observe que não é simplesmente o conhecimento de Sua existência. Devemos saber que o Pai é “o único Deus verdadeiro” e que o Filho foi enviado pelo Pai. Isso sugere que se requer conhecimento pessoal e experimental para a vida eterna. O simbolismo dos nomes usados para o Pai reforça essa ideia ao sugerir que aqueles que recebem a vida eterna experimentam a justiça e a redenção de Deus.

Essa passagem caracteriza o Pai e o Filho não apenas pela divindade e unidade, mas também pela generosidade. O Pai comunica ao Filho, e o Filho, por sua vez, transmite muito do que o Pai Lhe concedeu.

Pense nisto: O que o uso dos títulos Pai e Filho têm a ver com as principais mensagens de João 17? Em que sentido o Pai e o Filho são um? O que o caráter generoso de Deus significa para Sua igreja?

II. A glória e a missão de Jesus

(Recapitule com a classe Jo 17:1-5)

A missão de Jesus era revelar o nome a as palavras de Deus ao mundo (Jo 17:6-8), honrá-Lo e glorificá-Lo. O nome na cultura hebraica era tanto a marca distintiva quanto a definição do caráter. Portanto, quando Jesus declarou que tinha revelado o nome do Pai, devemos entender que Ele revelou a natureza e o caráter divinos. Jesus revelou esses dois aspectos demonstrando o caráter amoroso de Deus por meio de Suas ações.

Jesus iniciou Sua oração pedindo a Deus que O glorificasse. Esse pedido não era egoísta, mas estava firmado na unidade do Pai com o Filho, e contribuiu com a missão de Jesus de revelar o caráter do Pai. A natureza da unidade entre Pai e Filho significava que, se Jesus fosse glorificado, o Pai seria glorificado também. Sendo assim, Jesus estava orando para que Ele completasse Sua missão de modo que o amor do Pai fosse visto e que o Pai recebesse a honra e a glória devidas.

Pense nisto: Examine o uso das palavras “glória” e “glorificação” no livro de João, e defina o que ele quis dizer com a palavra “glorificação”. Ela se refere ao que aconteceu na ascensão de Cristo? Em que sentido os seguidores de Cristo são glorificados?

III. Jesus orou por todos os Seus seguidores

(Recapitule com a classe Jo 17:6-26.)

Na sequência da oração de Jesus, a missão dos crentes também foi revelada: tornar conhecido o caráter divino e dar-Lhe glória. A oração do Senhor por Seus discípulos reconheceu a difícil jornada que estaria diante deles ao buscarem cumprir essa missão.

Jesus começou pedindo proteção para Seus seguidores e invocando o nome e o caráter de Deus. Para todos os efeitos, Ele pediu ao Pai que guardasse e protegesse os crentes, pois é um Deus amoroso e misericordioso, fiel às Suas promessas. A proteção divina para com Seus seguidores seria necessária porque os discípulos permaneceriam num mundo hostil aos valores e princípios que defendiam, sendo, portanto, alvos de Satanás, aquele que buscaria impedir que eles testemunhassem ao mundo.

Jesus mostrou que a melhor forma de representar Deus no mundo é demonstrar Seu caráter no nosso dia a dia. Ciente do fato de que Seus discípulos estiveram discutindo sobre quem seria o maior no reino, Jesus orou especificamente pela unidade dos crentes. Ciúmes, orgulho e cobiça poderiam dividi-los, e, como resultado, destruir a imagem de Deus que eles deviam demonstrar ao mundo. Por outro lado, a unidade demonstraria não somente a natureza e o caráter de Deus, mas também Seu poder transformador. É significativo o fato de Cristo não ter orado apenas pela unidade entre os crentes, mas também pela unidade com Ele e com o Pai. Jesus reconhecia que a unidade entre os crentes dependia da unidade com Deus. Quando estamos unidos ao Senhor desenvolvemos unidade de propósito com Ele, a qual, por sua vez, transforma nossos relacionamentos.

Quando Jesus pediu que os discípulos fossem santificados na verdade, Ele também tinha em mente a transformação deles. Quando interagissem com a verdade como ela é em Jesus, os seguidores de Cristo experimentariam a transformação de vida, essencial para ser uma testemunha da verdade.

Pense nisto: Por que Jesus orou para que Seus seguidores estivessem com Ele e vissem Sua glória? O que Jesus pediu que Deus protegesse, e por quê? Quais transformações acontecem quando estamos ligados a Jesus? Como os cristãos podem permanecer ligados a Cristo?

Aplicação

Para o professor: As perguntas a seguir podem ajudar os membros da classe a avaliar seus próprios papéis e motivações quando representarem o caráter divino.

Perguntas para reflexão:

1. Por que é importante conhecer a Deus pessoalmente e não apenas aprender a respeito Dele?

2. Quais aspectos do nome e do caráter divinos motivam você a testemunhar ao mundo?

3. Qual dos pedidos de Jesus em favor dos discípulos é o mais significativo para a igreja do século 21?

4. Como você avaliaria seu testemunho atual do caráter e da natureza divina? Como podemos melhorar nosso testemunho?

5. Que tipo de unidade Jesus deseja para Seus seguidores? Dica: pense no tipo de unidade que Ele tem com o Pai. Como ela parece ser na prática?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: As atividades a seguir permitem a reflexão pessoal ou em grupo sobre a relação entre nossas atitudes e nosso testemunho.

Atividades:

1. Compare a oração do Senhor em Mateus 6 com a oração de Jesus em João 17 e responda às seguintes perguntas: Quais semelhanças e diferenças você percebe? A unidade é mencionada em Mateus 6? Em qual parte? Quais aspectos do caráter divino são mencionados em cada oração?

2. Anote num diário algo que demonstre sua resposta honesta aos relacionamentos e à missão para os quais você foi chamado.

3. Reúna notícias recentes sobre os adventistas do sétimo dia. Separe-as em dois grupos: (1) artigos que refletem uma imagem positiva do caráter divino e (2) artigos que refletem mal o caráter divino. Escolha um ou dois para reflexão. Que atitudes poderiam ter levado a um resultado diferente? A desunião foi um fator em algum dos resultados? Por quê?

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


A mão que flutuou

Sorn Som An e sua mãe moravam em uma fazenda no Cambodja. Ele começou a frequentar a igreja porque pretendia conquistar uma garota. Mas isso lhe trouxe mais que uma garota que o libertou da tradição religiosa familiar. Deu a ele a visão de uma faísca e uma mão flutuante. Na adolescência, Som An acompanhava a namorada à igreja todos os domingos na cidade de Doun Kaev, localizada 70 quilômetros ao sul da capital do Cambodja, Phnom Penh. “Eu não estava interessado nas boas novas”, conta. “Estava interessado por uma boa garota.”

Certo domingo, um evangelista adventista do sétimo dia foi convidado por um dos 30 membros para pregar naquela congregação. A mensagem os intrigou, e eles o convidaram para falar novamente na semana seguinte. Após o terceiro sermão, os membros da igreja votaram unanimemente para se tornarem adventistas e pediram que Som An viajasse a Phnom Penh para informar os líderes adventistas sobre a decisão do grupo.

Todos eles foram batizados e, embora fizesse parte daquele grupo, Som An não estava convertido genuinamente. “Nasci em uma família que não era cristã, e mudar não foi fácil”, ele explica. Pouco tempo depois, ele se mudou para Phnom Penh a fim de cursar a faculdade. Não estando em boas condições financeiras, pediu ajuda aos líderes da igreja. Eles deram a chave de uma pequena casa de um quarto onde poderia morar gratuitamente.

No segundo ano letivo, certo dia, sentiu fortes dores no corpo. Parecia que seu corpo queimava; e mal conseguia sair da cama. Chegou a pensar que morreria, porém, lembrou-se de ter ouvido que Jesus era um poderoso Deus. Ele pensou: “Por que não tento orar e pedir Sua ajuda?” Em seguida, tentou levantar da cama para se ajoelhar, mas não conseguiu e desabou no colchão. Tentou novamente, mas não obteve sucesso. Juntando todas as suas forças, conseguiu ajoelhar-se na terceira tentativa.

Fechou os olhos e orou: “Querido Senhor, por favor me ajude!” Quando começou a orar, viu uma centelha de luz sair de sua testa, brilhar por alguns segundos e desaparecer. Impressionado, pensou: “Esse é o poder de Deus”. Mas, não interrompeu a oração. “Ouvi que és um Deus poderoso”, disse. “Na Bíblia contêm histórias de curas realizadas através do Seu poder. Desejo Sua ajuda e a cura. Muito obrigado por todo o Seu amparo. Amém!”

Som An caiu de volta na cama. Naquele momento, com os olhos ainda fechados, viu uma mão estendida e o braço flutuando acima de seus pés. A forma parecia ser feita de luz pura e lentamente se movia dos dedos dos pés para os joelhos. Quando a mão passou sobre as pernas, ele sentiu a febre sair daquela região do corpo. Então a mão se moveu até o estômago.

“Onde a mão passava, a cura acontecia”, conta. Quando a mão flutuou sobre a cabeça, ele se sentiu completamente curado. Cheio de alegria, levantou-se e saiu da casa. Ele corria e pulava ao redor da casa exclamando repetidamente: “Senhor, sou grato pelo Seu poder! Senhor, sou grato pelo Seu poder!”

Naquela época, estava com 20 anos. Atualmente, Som An tem 40 anos e é professor de teologia em uma universidade particular em Battambang, a segunda maior cidade do Cambodja. Ele é membro ativo na igreja local e pronto a falar para todos sobre o poder de Deus. “Eu era muito teimoso, como Tomé,” conta, referindo ao discípulo que recusou acreditar na ressurreição de Jesus até que testemunhou Sua presença. “Creio que Deus usou Seu poder para transformar meu coração. Se não fosse o milagre, provavelmente não acreditaria Nele. Hoje, acredito muito em Deus. Não importa as dificuldades que surgem, continuo fiel a Ele.”

Parte da oferta deste trimestre ajudará a construir um centro comunitário na igreja de Som An, que contará com uma clínica médica e odontológica, um restaurante vegetariano, uma loja de produtos orgânicos, uma lanchonete de sucos e um centro de fitness. Obrigado pelas ofertas missionárias.

Dicas

Pronúncia do nome Som An: Sohm ANN

Assista ao testemunho de Som An no link: bit.ly/Sorn-Som-An

As fotos da história estão disponíveis no link: bit.ly/fb-mq


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2018
Tema Geral: Unidade em Cristo
“A fim de que todos sejam um”
Lição 3:13-20 de Outubro

Autor: Fernando Beier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega

Sábado

Para todo cristão, é reconfortante saber que Jesus orou por Seus filhos séculos antes que eles existissem. Na verdade, a visão divina e profética de Cristo permitiu-Lhe enxergar as lutas de Sua igreja nos dias em que vivemos. Sua preocupação principal foi com a unidade de Seu povo – um desafio cada vez maior em um planeta cada vez mais populoso. O que esperar?

Sabemos que a igreja será triunfante de toda maneira. Não por causa do nosso esforço, mas pela graça de Deus. Contudo, todo crente precisa fazer escolhas que não causem seu afastamento dos demais, mas que cooperem para uma união cada vez mais substancial e significativa entre os membros do corpo de Cristo. Reler a “oração sacerdotal” de Jesus pode nos ajudar a não esquecer o que é mais importante.

Domingo, 14 de outubro

Saber que Jesus orou por Si mesmo pode surpreender alguns. Afinal, se Ele era Deus onipotente, por que suplicaria em causa própria? Eis o ponto esclarecedor e maravilhoso: Ele também era ser humano, e como humano carecia do mesmo poder que todo filho de Deus pode receber.

Curiosamente, Jesus expôs a fonte do poder que leva à vitória apontando para o conhecimento que o crente deve ter Dele e de Sua vontade. Muitos se esquecem disso facilmente. A porta da eternidade só é aberta quando desejamos ardentemente estar com Cristo, conhecendo-o cada dia mais. Não se trata de um conhecimento intelectual, mas, acima de tudo, experimental. É preciso dedicar tempo para conhecê-Lo com profundidade, seja pela oração, pela leitura e estudo da Bíblia e por meio do testemunho aos outros. O resultado sempre compensará.

Segunda-feira, 15 de outubro

Quando Jesus orou pelos Seus seguidores, afirmou que eles não são deste mundo (Jo 17:14). O que Ele quis dizer com isso?

Todo cristão que se torna um com Cristo passa a fazer parte do reino espiritual de Deus. Ainda está no mundo, mas não compartilha do espírito idolátrico e egocêntrico do mundo. Ele passa a ter uma missão – transmitir a mensagem de um reino vindouro, onde a liberdade será eterna.

Acima de tudo, o que faz com que o cristão não seja deste mundo é sua submissão completa à vontade de Jesus. Mesmo que tal realidade pareça distante ou inalcançável para muitos, é a maravilhosa graça de Deus que permite que sejamos incorporados ao reino divino. Podemos nos achegar a Ele, e Sua promessa de misericórdia sempre se cumprirá em nossa vida.

Terça-feira, 16 de outubro

Não é raro encontrar cristãos que têm dificuldade em entender a espécie de união que Deus deseja para Sua igreja. Não se trata apenas de afinar o discurso doutrinário, ou evocar a mesma mensagem escatológica. Na oração de Jesus, encontramos o anseio do Mestre por uma união em amor entre Seus discípulos, que resultará em amar os que ainda não encontraram a mensagem libertadora do evangelho.

Na verdade, o grande entrave para que a oração de Cristo se realize em plenitude na igreja tem a ver com nossa natureza egocêntrica. No plano de Deus, nosso egoísmo deve ser substituído pelo amor abnegado, algo que por natureza não podemos ter. Portanto, mais do que desejar uma igreja unida, devemos individualmente buscar o poder de Deus através de uma vida de entrega diária a Ele. Buscar Jesus a cada manhã, em confissão e submissão, resultará em transformação constante, até que estejamos prontos para que a oração Dele se realize em nós.

Quarta-feira, 17 de outubro

Dias atrás, alguém me mandou um vídeo do Youtube sobre uma controvérsia doutrinária entre dois pastores de igrejas cristãs diferentes. O esforço de ambos para provar o erro doutrinário do outro me deixou incomodado e envergonhado. Não me pareceu que eram irmãos na fé em Cristo, mas inimigos virtuais. Foi quando me lembrei da oração de Jesus pela unidade de Seus discípulos. Pensei no enorme desafio que temos diante de nós.

Obviamente, os bilhões de professos cristãos ao redor do mundo nunca pensarão de modo igual sobre a mensagem bíblica. No entanto, no quem diz respeito à ordem de amar o próximo e levar a mensagem da cruz, ninguém precisa divergir com quem quer que seja. Todo crente tem a mesma missão no mundo. Nesse ponto, deveríamos nos unir num único propósito. Mesmo que as placas das igrejas sejam diferentes, as mãos podem se unir para mitigar as dores de um mundo em sofrimento. A pergunta que deve estar na mente de todos os discípulos de Cristo é: como posso ajudar alguém hoje?

Quinta-feira, 18 de outubro

Não há exemplo maior de abnegação pelo próximo do que Jesus Cristo. Não importava o dia nem a hora; se havia alguém por perto em necessidade física ou espiritual, lá estava a mão do Mestre para aliviar a dor e trazer libertação do pecado. Sua vida de sacrifício e dedicação pela humanidade revela um alvo a ser buscado por Seus seguidores. Mesmo que pareça um desafio enorme para alguns seguir o exemplo de Cristo no trato com as pessoas, ainda assim deve-se insistir nisso. Afinal, como experimentar os resultados de vidas transformadas sem que façamos o que Ele nos pediu?

O desafio é enorme. Jesus avisou que seria assim, e prometeu a ajuda do Espírito Santo para que cheguemos ao ideal de Deus. Pensar mais no outro do que em mim provavelmente seja o primeiro passo. Mesmo que tenha que enfrentar uma batalha constante contra meu ego, os frutos do trabalho pelo evangelho devem me motivar a continuar seguindo o exemplo de Jesus. Afinal, se estou no Corpo de Cristo hoje, é porque alguém sacrificou algo por mim. Deveria eu fazer menos do que isso?

Sexta-feira, 19 de outubro

A oração sacerdotal de Cristo abrange todos os Seus discípulos em todos os tempos. Ele almeja que Sua igreja, esteja ela onde estiver, seja submissa aos mandamentos de Sua Palavra e alcance o mundo com a mensagem da salvação. Para que tal missão encontre sucesso, alguns pontos devem ser lembrados:

• Não há união entre os crentes quando estamos mais preocupados com nossas diferenças.

• O desejo de servir ao próximo sempre vem como fruto de uma entrega diária ao poder de Deus.

• Nosso exemplo maior é Jesus. Ele nos ensinou que cada pessoa ao nosso redor pode encontrar libertação do mal se lhe for indicado o caminho. Somos a luz que deve clarear esse caminho.

Se para Jesus a unidade da igreja é tão importante, para nós deve ser também. O esforço que fizermos para honrar o pedido de Jesus revelará quanto estamos comprometidos com o Seu evangelho da salvação.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Fernando Beier é Mestre em Teologia, escritor e conferencista. Autor dos livros Crise Espiritual e Experimente um Recomeço, ambos da CPB. É pastor na Associação Paulista Sudoeste.