Lição 8
17 a 23 de novembro
Unidade na fé
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Rm 5–7
Verso para memorizar: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12).
Leituras da semana: At 1:11; 4:8-12; Mt 25:1-13; Hb 9:11, 12; Êx 20:8-11; 1Co 15:51-54

Em 1888, os adventistas do sétimo dia viveram um período de intenso debate sobre interpretações de alguns textos bíblicos fundamentais. Enquanto os pastores e líderes da igreja discutiam a identidade dos dez chifres da profecia de Daniel 7 e a lei em Gálatas 3:24, poucos perceberam como a atitude hostil de uns contra os outros destruía sua comunhão e amizade e, assim, prejudicava a unidade e a missão da igreja.

Ellen G. White lamentou profundamente essa situação e encorajou todos os envolvidos nessas discussões a pensar cuidadosamente sobre sua relação com Jesus e como nosso amor por Ele deve ser demonstrado em nossa conduta, especialmente quando discordamos. Ela também disse que não devemos esperar que todos na igreja concordem a respeito de todos os pontos de interpretação de todos os textos bíblicos.

Mas ela também enfatizou que devemos buscar unidade de entendimento quando se trata de crenças fundamentais adventistas (veja Ellen G. White, O Outro Poder – Conselhos para Escritores e Editores, p. 28-32). Nesta semana, examinaremos alguns ensinamentos bíblicos fundamentais que nos tornam adventistas e que moldam nossa unidade na fé.


Chegou o momento de realizar a Semana da Esperança, série de evangelismo em todo o Brasil. Faça a sua parte. É um privilégio compartilhar a salvação que nos alcançou.

Domingo, 18 de novembro
Ano Bíblico: Rm 8–10
Salvação em Jesus

Como adventistas do sétimo dia, temos muito em comum com outras denominações cristãs. No entanto, nosso conjunto de crenças forma um sistema singular de verdades bíblicas que ninguém mais no mundo cristão tem proclamado. Essas verdades nos definem como o remanescente de Deus do tempo do fim.

1. De acordo Atos 4:8-12 e 10:43, que importância Pedro deu a Jesus Cristo em sua compreensão do plano da salvação? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Toda a importância. Não há salvação em nenhum outro, senão em Jesus.
B. (  ) Pouca importância. Jesus fez Sua parte, mas somos salvos pelas obras.

O apóstolo Paulo disse aos coríntios que a boa notícia era “que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Co 5:19). A morte de Cristo é a nossa reconciliação com o Pai, uma ponte sobre o abismo deixado pelo pecado e pela morte. Durante séculos, os cristãos têm refletido sobre o significado da morte de Jesus, da ressurreição e da reconciliação que Ele veio realizar. Esse processo de reconciliação foi denominado expiação, traduzida do inglês atonement, uma antiga palavra que originalmente significava “at-­one-ment”, ou seja, “a condição de estar como um” com os outros, ou estar de acordo. Assim, a expiação denota harmonia em um relacionamento, e quando há distanciamento ou desavenças, essa harmonia é o resultado da reconciliação. A unidade da igreja é, portanto, um dom dessa reconciliação.

2. O que as seguintes passagens ensinam sobre o significado da morte e ressurreição de Jesus?

Rm 3:24, 25: ___________________________________________________
1Jo 2:2: _______________________________________________________
1Jo 4:9, 10: ___________________________________________________
1Pe 2:21-24: ___________________________________________________

Embora tenhamos a crença na morte e ressurreição de Cristo em comum com muitas outras igrejas cristãs, nós a proclamamos no contexto do “evangelho eterno” (Ap 14:6), como parte das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12. Como adventistas do sétimo dia, enfatizamos essas mensagens, o que nenhuma outra denominação cristã faz.

Por que devemos manter sempre diante de nós a realidade da morte e da ressurreição de Cristo e a esperança que ela nos oferece?


Segunda-feira, 19 de novembro
Ano Bíblico: Rm 11–13
A segunda vinda de Cristo

Os apóstolos e os primeiros cristãos consideravam o retorno de Cristo a “bendita esperança” (Tt 2:13), e esperavam que todas as profecias e promessas das Escrituras fossem cumpridas no segundo advento de Cristo. Os adventistas do sétimo dia ainda mantêm firme essa convicção. Na verdade, nosso nome, “adventistas”, afirma isso inequivocamente. Todos os que amam a Cristo aguardam com expectativa o dia em que poderão compartilhar a comunhão face a face com Ele. Até aquele dia, a promessa da segunda vinda de Cristo exercerá uma influência unificadora sobre nós como povo de Deus.

3. Com base nas seguintes passagens, como será o retorno de Cristo? Qual é a diferença entre esses ensinos e as noções populares sobre Seu retorno? At 1:11; Mt 24:26, 27; Ap 1:7; 1Ts 4:13-18; Ap 19:11-16

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A Bíblia assegura repetidamente que Jesus virá outra vez para reivindicar Seu povo redimido. Não devemos especular sobre o momento em que esse evento ocorrerá, pois o próprio Jesus afirmou: “A respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mt 24:36). Não sabemos quando Cristo voltará. Além disso, fomos informados de que não podemos conhecer esse tempo.

No fim de Seu ministério terrestre, Jesus contou a parábola das dez virgens (Mt 25:1-13) para ilustrar a experiência da igreja enquanto aguarda Sua segunda vinda. Os dois grupos de virgens representam dois tipos de cristãos que professam aguardar a volta de Jesus. Superficialmente, os dois grupos parecem iguais; mas quando há uma demora em relação à vinda de Cristo, a diferença real entre eles se torna óbvia. Apesar da demora, um grupo havia mantido sua esperança viva e feito a preparação espiritual adequada. Com essa parábola, Jesus desejava ensinar aos discípulos que a experiência cristã não deve ser fundamentada em emoção nem em entusiasmo, mas em uma confiança contínua na graça de Deus e perseverança na fé, mesmo que não exista evidência tangível do cumprimento das promessas de Deus. Jesus nos convida ainda hoje a “vigiar” e a estar prontos em todo o tempo para Sua vinda.

Embora nosso nome, “adventistas do sétimo dia”, ateste a importância da segunda vinda de Jesus, como podemos, em nível pessoal, manter a realidade desse evento diante de nós? Com o passar dos anos, como evitar o erro sobre o qual Jesus advertiu na parábola das dez virgens?


Terça-feira, 20 de novembro
Ano Bíblico: Rm 14–16
O ministério de Jesus no santuário celestial

No Antigo Testamento, Deus instruiu Moisés a construir um tabernáculo, ou um santuário, para Lhe servir de “habitação” aqui na Terra (Êx 25:8). Por meio de seus serviços, o santuário ensinou ao povo de Israel o plano da salvação. Mais tarde, no tempo do rei Salomão, o tabernáculo transportável foi substituído por um magnífico templo (1Rs 5–8). Tanto o tabernáculo quanto o templo foram modelados segundo o santuário celestial, o “verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2; veja também Êx 25:9, 40).

Ao longo da Bíblia, supõe-se que exista um santuário celestial, que serve como a principal morada de Deus. Os serviços do santuário terrestre eram “pequenas profecias” do plano da salvação e do ministério sacerdotal de Jesus no Céu.

4. Leia Hebreus 8:6; 9:11, 12, 23-28; e 1 João 1:9–2:2. O que essas passagens ensinam sobre o ministério sacerdotal de Jesus no Céu?

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Desde a ascensão de Jesus, o santuário celestial é o lugar em que Ele conduz Seu ministério sacerdotal em favor da nossa salvação (veja Hb 7:25). Portanto, somos encorajados a nos achegar “confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16).

Visto que o tabernáculo terrestre apresentava duas fases do ministério sacerdotal, primeiro o serviço diário no lugar santo, e depois o que ocorria uma vez por ano no lugar santíssimo, as Escrituras também descrevem essas duas fases do ministério de Jesus no Céu. Seu ministério no lugar santo é caracterizado por intercessão, perdão, reconciliação e restauração. Os pecadores arrependidos têm acesso imediato ao Pai por meio de Jesus, o Mediador (1Jo 2:1). Desde 1844, o ministério de Jesus no lugar santíssimo trata dos aspectos do juízo e da purificação que eram feitos uma vez por ano no Dia da Expiação (Lv 16). O ministério da purificação do santuário também é fundamentado no sangue de Jesus. A expiação realizada nesse dia prefigurava a aplicação final dos méritos de Cristo para remover a presença do pecado e realizar a reconciliação completa do Universo em um governo harmonioso, dirigido por Deus. A doutrina desse ministério em duas fases é uma contribuição adventista singular para a compreensão de todo o plano da salvação.



Quarta-feira, 21 de novembro
Ano Bíblico: 1Co 1–4
O sábado

Outro ensino bíblico fundamental aceito e defendido pelos adventistas do sétimo dia é o sábado como dia de repouso. Essa é uma doutrina essencial que promove a unidade e a comunhão entre nós. Com poucas exceções na cristandade, somente nós seguimos essa doutrina.

O sábado é o dom de Deus para a humanidade desde a própria semana da criação (Gn 2:1-3). Na criação, três atos distintivos estabeleceram o sábado: (1) o Senhor descansou no sábado, (2) abençoou esse dia, e (3) o santificou. Essas três ações instituíram o sábado como dom especial de Deus, permitindo que a humanidade experimentasse a realidade do paraíso na Terra e confirmasse a criação de Deus em seis dias. Um conhecido rabino, Abraham Joshua Heschel, chamou o sábado de “palácio no tempo”, um dia santo, em que Deus Se encontra com Seu povo de maneira especial.

5. O que as seguintes passagens ensinam sobre o significado do sábado para a humanidade? (Êx 20:8-11; Dt 5:12-15; Ez 20:12, 20).

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Em nosso desejo de seguir o exemplo de Jesus (Lc 4:16), nós, adventistas do sétimo dia, observamos o sétimo dia, o sábado. A participação de Jesus nos cultos de sábado revela que Ele o apoiava como dia de descanso e adoração. Alguns de Seus milagres foram feitos no sábado para ensinar a dimensão da cura (física e espiritual) que resulta da celebração do sábado (veja Lc 13:10-17). Os apóstolos e os primeiros cristãos entendiam que Jesus não havia abolido o sábado; eles também o guardavam e participavam da adoração nesse dia (At 13:14, 42, 44; 16:13; 17:2; 18:4).

Outra bela dimensão do sábado é que ele é um sinal da nossa libertação do pecado. O sábado é o memorial de que Deus salvou Israel da escravidão egípcia para o descanso que prometeu na terra de Canaã (Dt 5:12-15). Apesar do fracasso de Israel em entrar plenamente nesse descanso devido à sua repetida desobediência e idolatria, Deus ainda promete que “resta um repouso para o povo de Deus” (Hb 4:9). Todos os que desejam entrar nesse repouso podem fazê-lo pela fé na salvação oferecida por Jesus. A observância do sábado simboliza esse repouso espiritual em Cristo e a confiança apenas em Seus méritos, e não em obras, para nos salvar do pecado e nos dar a vida eterna (veja Hb 4:10; Mt 11:28-30).

O sábado fez você experimentar a unidade e a comunhão que Cristo deseja para Seu povo?


Quinta-feira, 22 de novembro
Ano Bíblico: 1Co 5–7
Morte e ressurreição

Na criação, “o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2:7, NVI). Esse relato da criação da humanidade revela que a vida é derivada de Deus. A imortalidade é um aspecto intrínseco dessa vida? A Bíblia declara que somente Deus é imortal (1Tm 6:16); a imortalidade não é concedida ao ser humano em seu nascimento. Diferentemente de Deus, os seres humanos são mortais. A Escritura compara nossa vida a uma “neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tg 4:14), e na morte, entramos em um estado de sono em que não há consciência (veja Ec 9:5, 6, 10; Sl 146:4; Sl 115:17; Jo 11:11-15).

Embora as pessoas nasçam mortais e sujeitas à morte, a Bíblia fala de Jesus Cristo como a fonte da imortalidade e revela que Ele concede a promessa da imortalidade e da vida eterna a todos aqueles que creem em Sua salvação. “O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23). Jesus “não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2Tm 1:10). “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Portanto, há esperança de vida após a morte.

6. Leia 1 Coríntios 15:51-54 e 1 Tessalonicenses 4:13-18. O que essas passagens revelam sobre a vida após a morte? Quando a imortalidade será dada ao ser humano? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.(  ) A imortalidade só será dada após a ressurreição dos justos ou depois da glorificação (para os que estiverem vivos).
B.(  ) A imortalidade é concedida logo após a nossa morte.

O apóstolo Paulo deixou claro que Deus não concede imortalidade às pessoas no momento de sua morte, mas na ressurreição, ao ressoar a última trombeta. Embora os cristãos recebam a promessa da vida eterna no momento em que aceitam Jesus como seu Salvador, a imortalidade será concedida somente na ressurreição. O Novo Testamento nada fala sobre “almas” que vão para o Céu imediatamente após a morte da pessoa; esse ensino tem suas raízes no paganismo, remontando à filosofia dos gregos antigos, e não é encontrada no Antigo nem no Novo Testamentos.

Como nossa compreensão da morte nos ajuda a apreciar ainda mais a promessa da segunda vinda de Cristo? Essa crença pode nos unir fortemente como adventistas do sétimo dia?


Sexta-feira, 23 de novembro
Ano Bíblico: 1Co 8–10
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, “Marcos, Fundamentos e Pilares”, p. 20-22, no livro O Outro Poder – Conselhos para Escritores e Editores. Leia o artigo “Doctrines, Importance of” [Importância das Doutrinas], p. 778, 779, em Ellen G. White Encyclopedia.

Como adventistas, compartilhamos crenças com outras igrejas cristãs. A crença central é a da salvação somente pela fé, mediante a morte expiatória e substitutiva de Jesus. Juntamente com outros cristãos, cremos que nossa justiça não está em nossas obras, mas na justiça de Cristo, que nos é creditada pela fé, um imerecido dom da graça. Ellen G. White escreveu: “Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito [...]. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia” (O Desejado de Todas as Nações, p. 25). Ao mesmo tempo, consideradas em seu conjunto, nossas crenças e as práticas que emergem delas, tornam-nos singulares. É assim que deve ser; se não, por que a nossa igreja deveria existir? Nosso amor por Jesus e os ensinamentos que proclamamos devem ser o fator unificador mais poderoso entre nós.

Perguntas para discussão

1. Em Fé e Obras, p. 103, Ellen G. White equiparou a justificação com o perdão dos pecados. De que maneira a compreensão do nosso perdão e justificação em Cristo é um fundamento para nossa comunhão com irmãos e irmãs?

2. O que une os milhões de adventistas de diversos contextos étnicos, religiosos, políticos e culturais senão nossas crenças doutrinárias? Qual é a importância da doutrina, não apenas no contexto da missão e da mensagem, mas também da unidade da igreja?

3. Nosso nome, “adventistas do sétimo dia”, aponta para dois ensinamentos fundamentais: o sétimo dia (sábado) e o segundo advento. Uma parte do nosso nome aponta para a criação, e a outra para a redenção. Qual é a relação entre esses dois ensinos? Como eles captam de maneira tão sucinta a essência de quem somos como povo?

Resumo: Os adventistas têm diversas crenças fundamentais. Algumas em comum com outros cristãos, outras não. Esses ensinos formam nossa identidade e são o fundamento da nossa unidade.

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Escolha 4 alunos para ler os textos. Comente com a classe. Dica: O sangue de Jesus serviu de propiciação para os pecadores, oferecendo o perdão e uma nova vida. 3. Crenças como o arrebatamento secreto e a aparição de Cristo em lugares específicos são populares. Mas Jesus voltará de modo literal, corpóreo, visível e audível. 4. Jesus é o Mediador de uma aliança superior no santuário celestial. Ali Ele nos oferece a redenção e a santificação mediante Seu sangue e realiza o juízo investigativo. Depois, Ele virá para buscar os que O esperam. Se possível, leve uma maquete ou imagem do santuário para ilustrar o tema. 5. Comente com a classe. 6. V; F.



Resumo da Lição 8
Unidade na fé

TEXTO-CHAVE: Hebreus 9:11, 12

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: A contribuição de doutrinas adventistas fundamentais para a identidade adventista e para a unidade em Cristo.
Sentir: Valorizar a natureza unificadora da verdade bíblica.
Fazer: Permitir que o Espírito Santo internalize a verdade em nós de forma que ela tenha impacto sobre nossa vida.

ESBOÇO

I. Conhecer: Identidade, verdade e unidade

A. Como os elementos essenciais do evangelho contribuem para o conceito de unidade na igreja?
B. Que doutrinas formam o fundamento da fé adventista? O que o levou a mencionar essas doutrinas em particular?
C. Pondere sobre cada doutrina que você acredita ser fundamental para a identidade adventista. De que forma elas podem exercer um efeito unificador na igreja?

II. Sentir: Vantagens de uma mensagem universal

A. Por que Deus revelou na Bíblia informações específicas sobre outros temas, além de Sua natureza?
B. Qual é a importância de haver um grupo de pessoas que concordam biblicamente sobre o que consideram doutrinas essenciais?

III. Fazer: Internalizar a verdade

A. Por que é primordial que a verdade seja internalizada por completo?
B. Como internalizar a verdade de forma que ela tenha impacto sobre a nossa maneira de viver?
C. Que passos você precisa dar para que isso seja realidade na sua vida?

RESUMO: Os adventistas do sétimo dia reconhecem o papel central da morte e ressurreição de Cristo quanto à salvação e à unidade cristã, bem como o fato de que Deus revelou informações cruciais a fim de sabermos como nos relacionar com Ele e com o próximo. Essas doutrinas definem nossa identidade e nossa missão.

CICLO DO APRENDIZADO

Motivação

Focalizando as Escrituras: Atos 4:10-12

Conceito-chave para o crescimento espiritual: As crenças cristãs não são proposições arbitrárias com as quais um cristão é obrigado a concordar; em vez disso, são diretrizes para a vida que influenciam os relacionamentos entre o cristão, Deus e as pessoas. Por conseguinte, nossas crenças moldam nossa unidade na fé.

Para o professor: A Palavra de Deus não equipara unidade com uniformidade, contudo, sugere que os cristãos devem ter em comum algumas crenças fundamentais e indica que a unidade transmite uma mensagem importante para o mundo. A discussão inicial tem o objetivo de ajudar a classe a reconhecer que às vezes um grupo pode realizar mais do que um indivíduo.

Discussão inicial: Muitos eventos esportivos envolvem a plateia a fim de criar efeitos que uma pessoa sozinha não seria capaz de fazer. Por exemplo, durante a abertura dos jogos olímpicos de Vancouver em 2010, acendeu-se uma luz no meio do estádio, que foi seguida por um crescente mar de luzes no campo. Quando as luzes chegaram aos limites do campo, os membros da plateia foram instruídos a acender suas tochas fileira por fileira, uma de cada vez, criando um efeito de um círculo de luz crescente. Em outros eventos, os membros da plateia receberam grandes cartazes quadrados de diferentes cores, e foram instruídos a levantar esses cartazes acima da cabeça num determinado momento da programação. Juntos, formavam uma mensagem ou símbolo que podia ser visto por milhares de espectadores ao redor do mundo.

Ao trabalhar em conjunto, a plateia foi capaz de realizar algo que uma pessoa sozinha não poderia. Deus chamou a igreja a trabalhar em conjunto para enviar uma mensagem mais poderosa do que a que poderíamos transmitir se estivéssemos sozinhos. Ao nos unirmos na verdade em Jesus e focalizarmos a missão da igreja, demonstramos ao mundo de forma notável o poder transformador do evangelho.

Perguntas para discussão

Alguma vez você trabalhou com outras pessoas para realizar algo que não poderia fazer sozinho? O que foi realizado? Como foi trabalhar em equipe? Que atitudes foram determinantes para a realização da tarefa?

Compreensão

Para o professor: Esta seção busca fazer conexões entre as doutrinas e suas implicações para a unidade dentro da igreja, ao explorar como elas influenciam os relacionamentos e a identidade.

COMENTÁRIO BÍBLICO

I. Unidade e evangelho

(Recapitule com a classe At 4:8-12.)

As doutrinas centrais do cristianismo estão relacionadas com Jesus. Sua encarnação, vida, morte, ressurreição e ministério no santuário celestial testificam do desejo de Deus de ter um relacionamento com Sua criação. Jesus tornou-Se o Reconciliador que possibilitou esse relacionamento ao morrer na cruz para lidar com as consequências das escolhas erradas da humanidade. Mas o resultado de Sua morte vai além da reconciliação com Deus. Ao nos unirmos a Cristo por meio do batismo, também nos unimos uns aos outros. Por isso Paulo pôde declarar que a morte de Jesus também derrubou as barreiras entre os povos (Ef 2:14). Além disso, ao experimentarmos a reconciliação divina, somos chamados a nos reconciliarmos uns com os outros. A unidade na igreja só é possível por causa da morte de Jesus.

Pense nisto: De que forma a morte de Jesus derrubou barreiras entre pessoas? Estar unido com Cristo influencia seu relacionamento com outros membros da igreja?

II. Unidade e verdade

(Recapitule com a classe Mt 25:1-13.)

As Escrituras requerem a unidade na igreja, ao passo que exigem que estejamos bem alicerçados na verdade. Isso cria um dilema. Por natureza, a verdade é excludente; buscá-la envolve rejeição do erro e envolve o conceito de pureza. Assim, a verdade pode ser vista como seletiva e excludente. Por outro lado, a unidade é, por natureza, inclusiva. Consequentemente, debates sobre a unidade com frequência enfatizam a unidade em detrimento da verdade ou enfatizam a verdade em detrimento da unidade. Como solucionar essa tensão e buscar a verdade e a unidade? Podemos encontrar parte da solução ao examinarmos o que a Bíblia diz sobre a verdade.

O Novo Testamento contém informações importantes sobre a natureza e o papel da verdade. Ele identifica Jesus como “a verdade”, como observado acima (Jo 14:6; 18:32, 37), mas também reconhece a Palavra de Deus (Jo 17:17), a lei (Rm 2:20), o evangelho (Ef 1:13), os ensinos dos apóstolos (2Ts 2:13-15), e a sã doutrina como verdade (2Tm 4:2-4). A verdade, porém, não é simplesmente algo ao qual damos consentimento intelectual. Ela deve ser internalizada, levando-nos à mudança de comportamento. De nada vale saber que Jesus voltará em breve se esse conhecimento não mudar o modo como vivemos, nem nos levar a nos prepararmos para Sua vinda. João sugere que se nossa vida não irradia amor aos demais, demonstramos que não conhecemos a verdade (1Jo 2; 3). Se a verdade permanece um fator externo e intelectual, sempre haverá conflito entre verdade e unidade; mas quando, com a ajuda do Espírito Santo, ela é internalizada, influencia nosso relacionamento com Deus e com os que estão ao nosso redor, facilitando, dessa forma, a busca da igreja pela unidade.

Pense nisto: Como a parábola das dez virgens ilustra a necessidade de internalizar a verdade? Como a verdade é internalizada? Por que é mais fácil permitir que a verdade permaneça um fator meramente externo? De que maneira específica as doutrinas estudadas na lição desta semana influenciam nossos relacionamentos com Deus e com os outros?

III. A unidade e as doutrinas adventistas

(Recapitule com a classe Êx 20:8-11 e 1Co 15:51-54.)

A verdade não só influencia a unidade por meio da transformação interior, mas também produz identidade e testemunho. Nossa identidade está principalmente em Cristo e no que Ele fez por nós, mas também temos crenças fundamentais que constituem nossa identidade como cristãos adventistas do sétimo dia, crenças que os pioneiros da igreja acreditavam que haviam sido reveladas a eles nas Escrituras sob a direção do Espírito. São crenças que têm o potencial de nos unir no entendimento sobre Deus e sobre nós mesmos. Ao reconhecermos, por exemplo, a santidade do sábado, estamos unidos no reconhecimento de que Deus controla o Universo e, com isso, o tempo. Somos lembrados de que somos meras criaturas dependentes Dele e, tendo em vista que o sábado é também um memorial da redenção, nos unimos ao reconhecer e recordar que a salvação não é obra nossa, mas de Cristo. O ministério de Cristo no santuário celestial nos une no reconhecimento de nossa contínua necessidade da graça e misericórdia divinas, ao mesmo tempo em que nos dá a confiança de que podemos nos achegar à presença de Deus. A compreensão do estado dos mortos nos une ao reconhecermos nossa finitude e dependência de Deus para cada alento de vida, ao passo que nossa compreensão da ressurreição e da segunda vinda nos une na esperança de que passaremos a eternidade com o Deus de amor e graça. Juntas, essas doutrinas não apenas contribuem para nossa identidade como adventistas do sétimo dia, mas também nos relembram de nossa identidade como seres humanos pecadores que necessitam de Cristo e O aguardam.

Pense nisto: Por que é importante ter uma identidade em comum? Como isso tem impacto sobre a missão da igreja? Como a identidade resultante das doutrinas previne a arrogância ou a exclusividade? De que outra forma as doutrinas estudadas nesta semana nos une no entendimento que temos sobre Deus e sobre nós mesmos?

Aplicação

Para o professor: Com frequência verdade e doutrina são vistas como proposições abstratas que fazem qualquer debate sobre verdade e unidade parecer mais filosófico do que prático. Contudo, doutrinas não são abstratas nem arbitrárias, mas são destinadas a influenciar nosso relacionamento com Deus e com as pessoas ao nosso redor. Enfatize a natureza prática da doutrina e o que a verdade praticada pode realizar na vida do cristão.

Perguntas para reflexão:

1. Se a fonte da unidade é nossa vida compartilhada em Jesus, por que o que cremos faz diferença para a unidade que mostramos ao mundo?

2. O que a unidade cristocêntrica sugere sobre nossa maneira de tratar os que discordam de nós teologicamente?

3. O fato de que Jesus é a Verdade faz diferença no modo como entendemos a verdade e a unidade?

4. O que significa viver a verdade como ela é em Jesus? A verdade influencia a unidade? Escolha uma doutrina e reflita sobre como pode ser, na prática, viver essa verdade em Jesus.

5. Que doutrina da Igreja Adventista do Sétimo Dia o tem ajudado a viver unido com outros crentes? Explique.

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Muitos crentes pensam em doutrina somente quando estudam para o batismo ou quando participam de um programa missionário na igreja local. Ajude os membros a ver a importância de se considerar a doutrina com mais atenção ao refletirem sobre o chamado para viver a verdade como ela é em Jesus e cumprir a missão de demonstrar a unidade ao mundo.

Atividades: Leve para a classe uma lista das 28 crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Crie um plano para estudar cada doutrina de forma mais atenta, incluindo tempo para examinar o que a doutrina revela sobre Deus, como ela pode ser posta em prática no dia a dia e como contribui para a unidade da igreja.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


Transformação que veio do lixo

O fazendeiro Petrus Tobolu ficou furioso quando soube que a filha de 19 anos, Monika, foi batizada na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele servia como pastor leigo da igreja da aldeia de Soahukum na ilha indonésia de Halmahera há 35 anos, e não entendeu como o pastor batizou a filha sem sua permissão. Além disso, temia que as doutrinas adventistas fossem satânicas. Por causa disso, pegou uma vara grande e surrou Monika. “Abandone suas crenças!”, ele gritava. Monika chorou, mas não disse uma palavra sequer. Isso o deixou confuso, perguntando-se por que ela não reagira com raiva. Monika e outros quatro jovens foram batizados após estudos bíblicos em uma campanha evangelística na ilha de Halmahera. Eles foram os primeiros quatro adventistas da ilha, como resultado do trabalho de dois estudantes missionários.

Certo dia, Monika chegou em casa com uma caixa de livros adventistas. Enfurecido, Petrus pegou os livros e os jogou no lixo do quintal. Mas, ao ser jogada, a caixa se abriu, derramando o conteúdo. Um livro atraiu Petrus: O Dia Quase Esquecido”, escrito pelo evangelista Mark Finley. Ele secretamente pegou o livro e duas revistas Adventist World do lixo.

Na manhã seguinte, ele levou a literatura para o campo, mas não conseguiu se concentrar no trabalho. Trabalhou até as dez horas da manhã, e estudou o livro e as revistas no restante do dia. A mesma coisa aconteceu no dia seguinte. Petrus comparou os textos da Bíblia nas publicações com os versos na Bíblia dele, para ver se os livros eram verdadeiros. Estudou os materiais por oito meses.

“Notei que tudo o que estava escrito naquela literatura também estava na Bíblia”, disse Petrus. “Continuei estudando e fiquei impressionado com o que aprendi sobre o sábado.” Depois de entender que o sábado é o verdadeiro dia bíblico de descanso e adoração, começou a pregar sobre esse tema em sua igreja. “Por que não guardamos o sábado?”, perguntava. “Se não seguimos o que a Bíblia diz, então por que lê-la?”

Após o sermão, surpresos, os membros da igreja se aproximaram dele. “Ninguém pregou assim durante muito tempo”, disse um. “Talvez você queira trazer é uma nova doutrina?”, outro questionou. Petrus mal havia percebido que apresentava ensinamentos da igreja adventista. Ele havia entendido a verdade bíblica, e apenas tentava pregar essa verdade. Eventualmente, ele decidiu guardar o sábado.

Quando a irmã mais velha de Petrus ouviu sobre suas convicções, sugeriu que ele se juntasse à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ela conheceu a igreja através de uma filha que havia estudado na Universidade Adventista Klabat, na ilha de Sulawesi.

Algum tempo depois, vários pastores adventistas visitaram a ilha, e Petrus os convidou para visitar sua igreja. No entanto, o grupo de membros da igreja apedrejou a igreja enquanto os pastores estavam dentro e Petrus precisou levá-los para fora da aldeia. Empunhando varas, os moradores o esperaram voltar, mas ele conseguiu escapar e fugiu da aldeia, desejoso de ser batizado na Igreja Adventista. Petrus levou sua família para Manado, uma cidade com muitos adventistas perto de Universidade Klabat, assistiu a uma série de palestras evangelísticas e finalmente foi batizado.

Quando ele voltou para casa com a família, encontraram-na ocupada por outras pessoas. Eles se mudaram para uma pequena cabana no campo e moraram lá por dois meses. Os dois outros filhos de Petrus, meninos de 13 e 17 anos, foram batizados.

“Os moradores ainda nos proíbem de guardar o sábado; então nos mudamos para Manado, para aprofundar nossa compreensão da Bíblia", disse Petrus. Dois anos depois, eles voltaram para casa e começaram a restaurar a amizade com os moradores. “Nós nos envolvemos na comunidade e compartilhamos as coisas”, disse Petrus. “Começamos com nossos parentes. Em três anos, 27 membros foram batizados e organizamos uma igreja.”

Hoje, Petrus tem 50 anos e serve como ancião da igreja. Ele liderou a primeira campanha evangelística no vilarejo em setembro de 2017 e três pessoas foram batizadas. “No início, as pessoas do vilarejo, começando comigo, perseguiram os adventistas”, disse ele. “Mas hoje oito famílias adoram a Deus todos os sábados.”

Dicas

? Assista o testemunho de Petrus no link: bit.ly/Petrus-Tobolu
? Localizar as fotos desta história no link: bit.ly/fb-mq


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2018

Tema Geral: Unidade em Cristo

“Unidade na fé”

Lição 8: 17 a 23 de novembro

Autor: Fernando Beier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega

Sábado

Pode surpreender muita gente, mas a Igreja Adventista do Sétimo Dia em seu início também enfrentou dificuldades em sua unidade. Nem mesmo o fascínio das doutrinas bíblicas reveladas por Deus foram suficientes para impedir as crises dentro da nova denominação.

Como já vimos, o problema não está na igreja como instituição, e sim na luta de seus membros contra o egocentrismo. Isso nos leva para um ponto bastante desafiador: não basta seguir a verdade bíblica; ela deve transformar o caráter diariamente. Podemos conhecer profundamente as doutrinas, e mesmo assim correr o risco de permanecer longe do ideal de Deus.

A fé em Cristo, quando é genuína, leva o crente a uma transformação constante, e seus relacionamentos serão diretamente afetados – para o bem, é claro. Estar unido a Cristo resultará em união com os demais filhos de Deus. O apóstolo Paulo manifestou sua expectativa para os cristãos: “O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus” (Rm 15:5).

Domingo, 18 de novembro

O sacrifício de Jesus na cruz do Calvário foi feito para libertar do pecado todos aqueles que desejam nova vida. Não há notícia mais espetacular que aquela que garante perdão para todo pecador arrependido! Aqueles que vivem essa incrível experiência podem se unir em gratidão e louvor ao Deus de toda graça.

Contudo, por que tantos cristãos se esquecem tão rapidamente dessa verdade? Por que basta uma crise de relacionamento para se dispersarem? Não há dúvidas de que precisamos repensar nosso foco pessoal quando o assunto é unidade de fé. Saber que temos diferenças não é o bastante. Trabalhar esses descompassos é o esforço em que todo crente necessita se envolver. Mesmo que o esforço exigido seja grande, ainda valerá a pena pagar tal preço. Afinal, Jesus espera isso de nós. Ele disse: “Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que Tu Me enviaste, e os amaste como igualmente Me amaste” (Jo 17:23).

Segunda-feira, 19 de novembro

Foi somente depois da ressurreição de Jesus que os discípulos compreenderam o tamanho da experiência que Ele tornou possível na vida deles. Também foi por esse tempo que eles perceberam que a promessa da segunda vinda de Jesus era tão real como os milagres que eles tinham presenciado ao longo do Seu ministério.

Quando Cristo ascendeu ao Céu, aqueles poucos cristãos notaram que a certeza da volta de seu Mestre deveria ser levada ao conhecimento de todas as nações. Essa certeza, junto com a missão que ardia no coração deles, fizeram pela união daquele grupo mais do que qualquer discurso humano seria capaz de realizar. Todos sabiam que o conhecimento do evangelho abriria uma janela de libertação na alma de cada indivíduo disposto a colocar sua fé no Redentor. A alegria de cada novo converso tornava a união deles mais forte.

Creio que chegou a hora de seguirmos o exemplo dos primeiros cristãos, e pensar mais no mundo que precisa de salvação, e menos em nós mesmos.

Terça-feira, 20 de novembro

No Antigo Testamento, encontramos a descrição pormenorizada da construção do tabernáculo pelos hebreus, visando a uma nova etapa na vida espiritual do povo que peregrinava rumo à terra da promessa. Também é relatada a presença de Deus descendo sobre aquela multidão com sinais visíveis. O santuário no deserto uniria todo o povo na adoração ao Deus criador.

E hoje? Por que o cristão deveria buscar o santuário chamado igreja? Acima de tudo, por causa do sacrifício feito por Jesus no Calvário, que nos trouxe libertação (esse sacrifício foi representado pelos símbolos que compunham o tabernáculo). O evangelho nos une na fé, e nossa adoração na igreja deve refletir nossa vida com Deus.

Blaise Pascal costumava dizer que há duas espécies de pessoas razoáveis – “as que servem a Deus de todo o coração, porque O conhecem, e aqueles que O procuram de todo o coração, porque não O conhecem”. Que sejamos hoje o conduto de Deus para esse último grupo!

Quarta-feira, 21 de novembro

Os cristãos que aceitam o sábado como um dia separado por Deus para a sua alegria e descanso espiritual encontram algo mais: uma oportunidade de comungar com seus irmãos de fé. Poucos dão a devida atenção a esse grande privilégio.

Embora a criação do sábado tenha acontecido antes do início do pecado, esse dia santo é um presente que pode e deve ser desfrutado por qualquer filho de Deus, em qualquer lugar do mundo, e em todas as épocas. Para aqueles que o fazem, o desejo de estar próximo de outros que também respeitam o sétimo dia promove a oportunidade de unir pessoas no vínculo da fé.

Infelizmente, a fidelidade na observância do sábado também separa pessoas – refiro-me à separação entre pessoas com crenças diferentes. Mas isso acontece quando não há unidade de pensamento e doutrina. Se um é fiel e outro não é, a conciliação fica muito mais difícil. O que deve pesar no final é a certeza de que, mais importante que satisfazer nossa vontade, é realizar a vontade de Deus. O sábado é um dia de união com o Senhor, e com nossos irmãos de fé.

Quinta-feira, 22 de novembro

Infelizmente, já tive que realizar inúmeros funerais, de pessoas da minha igreja e de gente sem fé definida. O contraste quase sempre é notório: em geral, no funeral de cristãos, não há desespero nem incerteza, embora possam existir dor e tristeza. Com os descrentes, a perda se apresenta como um final sem respostas, com grossas lágrimas de desalento.

Diante do poder de Cristo, a morte não tem a última palavra. A resposta bíblica para a morte tem unido milhares de cristãos ao longo dos últimos séculos. A esperança plantada no coração do crente advém da maravilhosa promessa de Jesus: “Quem crer em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25). Trata-se de uma esperança que une famílias e povos, fortalecendo o vínculo de fé na segunda vinda de Cristo.

Na igreja de hoje, somos convidados a não esquecer de que a vivência com Cristo nos une, mesmo quando a morte está por perto. E mesmo que a morte nos leve, nossa convicção do poder restaurador de Deus alimentará nosso amanhã, onde uma nova vida será o prêmio da fé exercida hoje.

Sexta-feira, 23 de novembro

Nos tempos atuais, a igreja de Deus deve se destacar diante do mundo, não por aquilo em que concorda com ele, mas pelas coisas em que é diferente dele – sua cosmovisão bíblica e singular. Ao pensarmos sobre isso, alguns detalhes merecem atenção:

• A fé nas doutrinas bíblicas são a salvaguarda espiritual da igreja. Não só nos destaca daqueles que preferem a idolatria, mas também nos une com quem deseja seguir a voz de Deus.

• Jesus Cristo morreu para salvar a humanidade das mãos de um déspota chamado Satanás. Ele deseja unir Seus filhos no caminho da vida, chamando-os ao serviço missionário.

• A união dos crentes acontece na dimensão da fé. Quanto mais confiarem em Cristo, mais confiarão uns nos outros.

Portanto, como igreja, temos o desafio de manter a unidade da fé. Mesmo quando parecer difícil atingir esse ideal, não devemos desistir. Jesus prometeu que Seu poder estaria disponível para nos ajudar a alcançar a vitória.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Fernando Beier é Mestre em Teologia, escritor e conferencista. Autor dos livros Crise Espiritual e Experimente um Recomeço, ambos da CPB. É pastor na Associação Paulista Sudoeste.