Lição 11
08 a 14 de dezembro
Unidade na adoração
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1 Timóteo
Verso para memorizar: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7).
Leituras da semana: Ap 4:8, 11; 14:6, 7, 9; Mt 4:8, 9; Dn 3:8-18; At 4:23-31

Logo após o Pentecostes, os primeiros cristãos passaram a maior parte do tempo em adoração. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2:42). A alegria resultante do conhecimento de Jesus como o Messias (o cumprimento das profecias do Antigo Testamento) encheu o coração deles de ações de graças e gratidão a Deus. Que privilégio conhecer essa verdade maravilhosa! Esses primeiros cristãos sentiram a necessidade de passar tempo juntos em comunhão, estudo e oração, a fim de mostrar gratidão a Deus por Sua revelação na vida, morte e ressurreição de Jesus e pelo que Ele havia feito na vida deles.

Por definição, a igreja de Jesus Cristo é uma comunidade de adoração, criada por Deus para ser “casa espiritual”, a fim de que sejamos “sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo” (1Pe 2:5, NVI). A gratidão a Deus, expressa na adoração em comunidade, transforma o coração e a mente das pessoas à semelhança do caráter divino e as prepara para o serviço.

A lição desta semana focaliza o significado da adoração e como ela preserva a unidade entre os cristãos.



Domingo, 09 de dezembro
Ano Bíblico: 2 Timóteo
Adorando nosso Criador e Redentor

Nas discussões sobre adoração, muitas vezes destacamos os elementos da adoração, o que ela inclui e como é realizada. Mas qual é o significado profundo da adoração? O que significa adorar a Deus? E por que o fazemos? No Salmo 29:2, Davi declarou: “Tributai ao Senhor a glória devida ao Seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade” (Sl 29:2). Esse salmo nos indica o significado da adoração. Adorar o Senhor é dar-Lhe a glória e a honra que Ele merece.

1. Apocalipse 4 e 5 descrevem a entronização de Jesus no Céu em Sua ascensão. De acordo com os habitantes do Céu, quais são as razões para adorarmos a Deus e a Jesus, o Cordeiro? Veja Apocalipse 4:8, 11; 5:9, 10, 12, 13.

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É impressionante essa descrição da adoração na sala do trono do Céu, quando Jesus é apresentado como o Cordeiro de Deus e Salvador do mundo. A adoração ocorre quando as criaturas de Deus Lhe respondem com palavras de reverência e gratidão pelo que Ele tem feito. Adoração é a resposta de uma pessoa grata ao Senhor pela criação e salvação. No fim dos tempos, os remidos também se unirão em adoração e responderão à salvação divina de maneira semelhante. “Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o Teu nome, ó Senhor? Pois só Tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de Ti, porque os Teus atos de justiça se fizeram manifestos” (Ap 15:3, 4).

Portanto, a adoração é uma resposta da nossa fé em Deus por Suas obras poderosas: primeiramente, por nos criar e, em segundo lugar, por nos redimir. Ao adorarmos, damos a Deus o louvor, a reverência, o amor e a obediência que Ele merece receber. Nosso conhecimento sobre Deus como Criador e Salvador é o resultado do que Ele nos revelou nas Escrituras. Além disso, o que conhecemos sobre Ele nos foi revelado mais plenamente na pessoa e no ministério de Jesus (Jo 14:8-14). Por essa razão, adoramos Jesus como nosso Salvador e Redentor, pois Sua morte sacrifical e ressurreição estão no centro da adoração.

Ao nos reunirmos para adorar, nossa adoração deve se originar desse sentimento de admiração e gratidão.

Pense no que recebemos em Cristo como Criador e Salvador, naquilo de que Ele nos poupou e no que Ele nos oferece por Sua morte voluntária em nosso lugar. Por que essas verdades devem ser o fundamento da nossa adoração?


Segunda-feira, 10 de dezembro
Ano Bíblico: Tito
Falsa adoração

2. De acordo com Mateus 4:8, 9, qual foi a terceira tentação de Jesus no deserto? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.(  ) Jesus foi tentado a transformar pedras em pães.
B.(  ) Ele foi tentado a se prostrar e adorar Satanás.

Com orgulho e arrogância, Satanás se declarou o legítimo governante do mundo, o dono de suas riquezas e glórias, reivindicando a honra e o respeito de todos os que nele vivem, como se ele o tivesse criado. Que insulto a Deus, o Criador e Pai de Jesus! Satanás demonstrou saber exatamente o que é adoração: honrar e respeitar o legítimo dono do Universo.

3. Compare a experiência dos três hebreus, em Daniel 3, com a situação dos cristãos no fim dos tempos, descrita em Apocalipse 13:4 e 14:9-11. O que estará em jogo nesse tempo? Qual é a questão central em ambos os relatos?

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Desde Caim e Abel até o tempo dos três hebreus em Babilônia e até os eventos finais em relação à “marca da besta” (Ap 16:2), Satanás tem buscado estabelecer um falso sistema de adoração que leve as pessoas para longe do Deus verdadeiro e, mesmo que sutilmente, dirija a adoração para si mesmo. Afinal de contas, mesmo antes da queda, ele desejava ser como Deus (Is 14:14). Não é coincidência o fato de que, assim como os três jovens enfrentaram a ameaça de morte, a menos que adorassem uma “imagem”, nos últimos dias o povo fiel de Deus enfrentará a ameaça de morte, a menos que também adore uma “imagem”. Por que adorar uma “imagem” quando somos chamados a adorar o verdadeiro Deus?

“Importantes são as lições a ser aprendidas da experiência dos jovens hebreus na planície de Dura [...]. Os tempos de provação que estão diante do povo de Deus reclamam uma fé que não vacile. Seus filhos devem tornar manifesto que Ele é o único objeto do seu culto, e que nenhuma consideração, nem mesmo o risco da própria vida, pode induzi-los a fazer a mínima concessão a um culto falso. Para o coração leal, as leis de homens pecaminosos e finitos se tornam insignificantes ao lado da Palavra do eterno Deus. A verdade será obedecida, embora o resultado seja prisão, exílio ou morte” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 512, 513).

De que maneira podemos ser tentados a adorar outro poder em lugar do único Ser digno da nossa adoração? Como a falsa adoração pode ser uma ameaça mais sutil do que percebemos? O que podemos ser tentados a adorar?


Terça-feira, 11 de dezembro
Ano Bíblico: Filemom
A primeira mensagem angélica

Os adventistas do sétimo dia entendem que as três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12 representam sua missão e o centro de sua mensagem antes da segunda vinda de Jesus (Ap 14:14-20). Essas são as importantes mensagens a ser pregadas “em grande voz” a todos os habitantes da Terra.

4. Leia Apocalipse 14:6, 7. Qual é a mensagem do primeiro anjo e o que ela revela sobre Deus? Por que há uma referência à adoração nessa mensagem?

A primeira das três mensagens angélicas é uma proclamação a todo o mundo. É o cumprimento da predição feita por Jesus em Mateus 24:14. Há um senso de urgência e pressa na descrição desses três anjos e de sua missão. A primeira mensagem exorta o povo a se concentrar em Deus, “pois é chegada a hora do Seu juízo” (Ap 14:7). A segunda vinda de Cristo é o elemento catalisador do juízo.

“Temei a Deus”, disse o anjo (Ap 14:7). Essa mensagem e chamado à ação, de fato, produzirão medo na mente dos que não levam Deus a sério. Mas para os seguidores de Jesus, esse chamado é um convite à admiração e respeito. Eles admiram o Senhor e veem o cumprimento de Suas promessas. Um sentimento de reverência e gratidão a Deus tomará conta deles.

“E adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7). Essa linguagem faz uma alusão inconfundível ao mandamento do sábado, com sua referência à criação (veja Êx 20:8-11). O Deus da criação, que instituiu o sábado como memorial de Seu poder criador, deve ser adorado e reverenciado.

É interessante notar que, no tempo do fim, a adoração é identificada como uma questão fundamental no grande conflito pela fidelidade de cada ser humano. Essa proclamação mundial é um chamado para adorar o Criador.

“A adoração será o principal ponto de debate na crise final. O Apocalipse deixa claro que a prova não será a negação da adoração, mas quem será adorado. No tempo do fim, somente dois grupos de pessoas estarão no mundo: aquelas que temem e adoram o Deus verdadeiro (Ap 11:1, 18; 14:7) e as que odeiam a verdade e adoram o dragão e a besta (Ap 13:4-8; 14:9-11) [...].

“Se a adoração é o principal ponto de debate no conflito final, não é de admirar que Deus envie Seu evangelho do tempo do fim, exortando os habitantes da Terra a levá-Lo a sério e adorá-Lo como Criador, o único digno de adoração” (Ranko Stefanovic, Revelation of Jesus Christ: Commentary on the Book of Revelation. Berrien Springs, Mich.: Andrews University Press, 2002, p. 444, 445).



Quarta-feira, 12 de dezembro
Ano Bíblico: Hb 1–3
Estudo da Bíblia e comunhão

5.Leia Atos 2:42. Quais eram alguns elementos da adoração cristã primitiva? Complete as lacunas:

“E perseveravam na ___________ dos apóstolos e na _________, no partir do __________ e nas ___________” (At 2:42).

E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão” (At 2:42). Desde os primórdios da igreja, a adoração tem sido caracterizada pela centralidade do estudo da Palavra de Deus, que nos foi dada pelos apóstolos e profetas. Os primeiros cristãos foram fiéis ao que as Escrituras revelam sobre Jesus, o Messias. Eles estavam em constante comunhão a fim de compartilhar entre si as bênçãos que Deus lhes tinha dado e se encorajarem mutuamente em sua caminhada espiritual. Na Palavra de Deus, eles extraíram as verdades sagradas que se tornaram o fundamento de sua mensagem ao mundo.

6. O que as seguintes passagens declaram sobre a importância de estudar a Palavra de Deus em comunhão com outros cristãos?

2Rs 22:8-13 ___________________________________________________

At 17:10, 11 ___________________________________________________

2Tm 3:14-17 __________________________________________________

“Onde quer que as verdades do evangelho sejam proclamadas, os que honestamente desejam proceder com retidão serão levados a exame diligente das Escrituras. Se, nas cenas finais da história da Terra, aqueles a quem são proclamadas verdades decisivas seguissem o exemplo dos bereanos, examinando diariamente as Escrituras, e comparando com a Palavra de Deus as mensagens a eles levadas, haveria hoje grande número de pessoas leais aos preceitos da lei de Deus, onde agora existem relativamente poucos” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 232).

Somos um povo unido em virtude das verdades que proclamamos, encontradas na Palavra de Deus. Foi assim com a igreja de Deus nos tempos primitivos, e assim é com a igreja hoje. O estudo da Bíblia constitui o centro da nossa adoração ao Senhor e da nossa unidade como povo chamado a proclamar as três mensagens angélicas ao mundo. Quando nos reunimos como uma família para comunhão e adoração, as Escrituras nos falam as palavras de Deus para guiar nossa vida na preparação para a missão e para a segunda vinda de Jesus.

Suas crenças estão firmemente fundamentadas na Bíblia? Assim como os três jovens hebreus, você está firme o suficiente para permanecer fiel diante da morte?


Quinta-feira, 13 de dezembro
Ano Bíblico: Hb 4–6
O partir do pão e as orações

Apesar dos desafios enfrentados pela igreja primitiva, os cristãos estavam unidos em sua fé em Jesus e na verdade que Ele os havia incumbido de propagar ao mundo. Pedro a chamou de “verdade presente” (2Pe 1:12). Portanto, unidos na verdade, eles expressaram sua unidade de várias maneiras.

“E perseveravam [...] no partir do pão e nas orações” (At 2:42). Essa referência ao partir do pão provavelmente esteja relacionada a uma refeição comunitária ou às refeições regulares compartilhadas entre os cristãos. Em algum momento durante a refeição comunitária, era oferecida uma bênção especial sobre o pão e a bebida em memória da morte e ressurreição de Jesus, na expectativa de Seu breve retorno. Portanto, os primeiros cristãos dedicavam seu tempo a relembrar o significado da vida e ministério de Jesus e amavam falar sobre isso nas refeições de comunhão. As refeições que eles compartilhavam tornaram-se momentos de adoração. “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (At 2:46, 47). Evidentemente, esses momentos de comunhão ajudaram a fortalecer o senso de unidade que eles tinham em Jesus.

7. Quais exemplos existem no livro de Atos de que os primeiros cristãos oravam juntos? Pelo que eles oravam?

At 1:14 _______________________________________________________

At 4:23-31 ____________________________________________________

At 12:12 ______________________________________________________

Os cristãos primitivos apreciavam a oportunidade de se comunicarem diretamente com Deus e nunca deixavam de oferecer petições a Ele quando se reuniam em adoração. Em sua primeira epístola a Timóteo, Paulo mencionou a importância da oração quando os cristãos estão reunidos (1Tm 2:1). Para os efésios, ele também enfatizou a necessidade de oração: “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos e também por mim (Ef 6:18, 19).

Como podemos experimentar uma unidade mais profunda mediante o poder da oração intercessora? Essa oração ajuda a nos unir como igreja?


Sexta-feira, 14 de dezembro
Ano Bíblico: Hb 7–9
Estudo adicional

Leia os artigos “Prayer” [Oração], p. 1044-1046 e “Worship” [Adoração], p. 1290, 1291, em Ellen G. White Encyclopedia.

“‘A importância do sábado como memória da criação consiste em conservar sempre presente o verdadeiro motivo de se render culto a Deus’ – porque Ele é o Criador, e nós as Suas criaturas. ‘O sábado [...] ensina esta grande verdade da maneira mais impressionante, e nenhuma outra instituição faz isso. O verdadeiro fundamento para o culto divino, não meramente o daquele que se realiza no sétimo dia, mas de todo o culto, encontra-se na distinção entre o Criador e Suas criaturas. Esse fato capital jamais poderá se tornar obsoleto e jamais deverá ser esquecido’ (J. N. Andrews, História do Sábado, capítulo 27). Foi para conservar essa verdade sempre na mente dos homens que Deus instituiu o sábado no Éden; e, enquanto o fato de que Ele é o nosso Criador continuar a ser razão pela qual devemos adorá-Lo, permanecerá o sábado como sinal e memória disso. Tivesse sido o sábado universalmente guardado, os pensamentos e afeições dos seres humanos teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu ou incrédulo. A guarda do sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus [...]. Segue-se que a mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar Seus mandamentos apelará especialmente para que observemos o quarto mandamento” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 437, 438).

Perguntas para discussão

1. Os conceitos de adoração, criação e salvação estão intimamente ligados. A celebração do sábado poderia ser o antídoto para a adoração falsa? Que função o sábado desempenha na profecia de Apocalipse 14:6, 7? Como e por que esse texto se refere ao sábado?

2. Alguns estão abandonando o culto da comunidade. O que sua igreja pode fazer para neutralizar essa tendência?

Resumo: A adoração é a resposta ao dom da salvação. É também um elemento essencial da experiência de unidade e comunhão. Sem a oração e o estudo da Bíblia, com o desejo de conhecer a verdade, nossa comunidade não experimentará a unidade em Cristo.

Respostas e atividades da semana: 1. Comente com a classe. 2. F; V. 3. Estará em jogo a vida e a morte. A questão central será a adoração a Deus versus a adoração aos poderes humanos. 4. O evangelho eterno e universal; temer a Deus e dar-Lhe glória; a chegada da hora do juízo investigativo; adoração ao Criador em lugar do deus acaso. Relacione a primeira mensagem angélica com o quarto mandamento (o sábado). 5. Doutrina – comunhão – pão – orações. 6. A Palavra mostra nossos pecados e evita tragédias; precisamos estudá-la para evitar interpretações falsas; ela nos torna sábios para a salvação; Deus deixou Sua Palavra porque precisamos das suas orientações para cumprir Seus propósitos. O ensino da Palavra ocorre no contexto da comunhão. 7. As orações durante os dez dias antes do Pentecostes, depois da prisão de Pedro e João e durante a segunda prisão de Pedro; os cristãos pediram poder e coragem para pregar o evangelho.



Resumo da Lição 11
Unidade na adoração

TEXTO-CHAVE: Apocalipse 4:8-11

O ALUNO DEVERÁ

Saber: Definir adoração verdadeira e seu papel no grande conflito entre Deus e Satanás.

Sentir: Reverência e gratidão pelo que Deus é, e pelo que fez e faz por nós.

Fazer: Adorar a Deus com a mente e o coração.

ESBOÇO

I. Saber: Adoração verdadeira

A. O que quer dizer a palavra “adoração”? Que ações devem ser consideradas parte da adoração?
B. Como podemos distinguir a adoração verdadeira da falsa?
C. Como podemos ter certeza de que Deus permanece sendo o centro da nossa adoração?
D. Qual é o papel da adoração em cada uma das três mensagens angélicas?

II. Sentir: A grandiosidade de Deus

A. Que aspecto do caráter divino é o mais significativo para você, e qual fala mais à sua circunstância atual?
B. Que sentimentos e emoções lhe vêm à mente ao refletir sobre o que Deus fez por você?

III. Fazer: Responder com todo o ser

A. Adorar a Deus com o coração é diferente de adorá-Lo com a mente?
B. Na prática, como são esses dois aspectos da adoração?
C. É possível engrandecer a Deus, se não podemos torná-Lo maior? O que é engrandecido no processo da adoração?

RESUMO: Adoração envolve demonstrar honra e respeito, bem como serviço e obediência. O caráter de Deus e Suas ações redentivas requerem de Suas criaturas adoração, quando eles juntos reconhecem sua dependência Dele.

CICLO DO APRENDIZADO

Motivação

Focalizando as Escrituras: Apocalipse 14:6, 7

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A adoração verdadeira é uma atitude sincera em resposta ao caráter de Deus e ao que Ele fez e faz por nós.

Para o professor: Adoração é um tema-chave no tempo do fim. A identidade de quem é adorado define nossa lealdade. Ao iniciar a recapitulação, enfatize a importância de identificar de forma correta quem é adorado.

Discussão inicial: Num dia de verão, John decidiu colher um pouco dos cogumelos que cresciam abundantemente próximo à sua casa. Ele tinha feito um curso sobre cogumelos e tinha algum conhecimento sobre como identificá-los. Localizou alguns que imaginou serem comestíveis e os colheu para o jantar. Ao chegar em casa, pretendia verificar os cogumelos num guia ilustrado para ter certeza de que eram comestíveis, mas estava atrasado para um compromisso. Certo de que eram comestíveis, cozinhou e comeu os cogumelos, porém, John estava equivocado. Ele havia comido uma espécie perigosa de cogumelos venenosos que destrói o fígado e com frequência resulta em morte. Oito horas depois, John começou a vomitar, e testes mostraram que seu fígado e rins tinham sido bastante prejudicados. John sobreviveu, contudo, seu erro quase lhe custou a vida.

O apóstolo João nos adverte que precisamos ter o mesmo cuidado ao identificarmos o objeto de nossa adoração. Deus deve ser o único objeto de nossa adoração, e ela deve refletir nossa lealdade a Ele.

Perguntas para discussão

Por que foi difícil distinguir entre cogumelos venenosos e comestíveis? O que John poderia ter usado para diferenciá-los? Sua resposta pode ajudar a refletir sobre como você diferencia a adoração verdadeira da falsa?

Compreensão

Para o professor: Esta seção examina a natureza da adoração e seu papel no grande conflito. Enfatize que é essencial entender o que constitui a verdadeira adoração para impedir que Satanás nos engane com formas falsificadas de adoração. Não permita que a classe se desvie com debates sobre preferências e estilos de adoração.

COMENTÁRIO BÍBLICO

I. A natureza da adoração

(Recapitule com a classe Ap 4:8-11.)

A Bíblia usa várias palavras do grego e do hebraico para descrever aspectos diferentes da adoração. As palavras hebraicas para adoração enfatizam honra, respeito e reverência ao focalizar as ações de ajoelhar-se, prostrar-se, ou de outra forma humilhar-se perante outra pessoa. Contudo, adoração no Antigo Testamento não está limitada a ações físicas, mas também inclui os conceitos de obediência e serviço que demonstram a realidade de nossa adoração. Isaías indica claramente que apenas ter as atitudes exteriores de adoração sem obediência não significa adorar (Is 1:10-17; 58).

No Novo Testamento também há uma variedade de palavras que podem significar curvar-se, reverenciar, demonstrar honra e devoção ou servir. A palavra mais comum para adoração no Novo Testamento é proskyne?, que significa literalmente “beijar em direção a”. É provável que a atitude reflita o costume de honrar a um rei ou oficial curvando-se perante eles e beijando-lhes os pés, ação compreendida como aceitação da dependência ou submissão à autoridade (ver William F. Arndt, F. Wilbur Gingrich, Frederick W. Danker e Walter Bauer, A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature [Glossário Grego-Inglês do Novo Testamento e Outras Literaturas Cristãs Primitivas]. Chicago: University of Chicago Press, 2000, p. 882). Portanto, o uso dessa palavra para descrever a adoração a Deus possivelmente indique que o sentido pretendido é mais do que a ação física de beijar ou curvar-se. Adorar a Deus é reconhecer Sua grandeza e majestade, compreender que Ele é o Criador e nós somos criaturas, e admitir nossa indignidade, impotência e absoluta dependência Dele. Reconhecer isso implica a disposição de aceitar que Deus é o Senhor de nossa vida.

A adoração verdadeira tem várias características importantes. Primeiramente, direciona-se a Deus e somente a Ele (Dt 6:13, Mt 4:10). Em segundo lugar, jamais é forçada, mas é uma resposta espontânea ao caráter de Deus e às Suas ações redentivas em nosso favor. Começa no coração e não parte das expectativas dos outros. Em terceiro lugar, a adoração não é simplesmente uma atividade de sábado de manhã ou uma parte de um serviço de culto. É um estilo de vida. Espera-se que vivamos e respiremos a resposta ao que Deus fez e faz por nós. Os seres viventes ao redor do trono, retratados em Apocalipse 4, adoravam continuamente dia e noite. Embora tal adoração intensa, constante e direcionada não seja possível em nossa vida pecaminosa, essa descrição ressalta a ideia de que cada palavra e ação nossa deve honrar o nome de Deus.

A adoração verdadeira tem o potencial de nos unir de uma forma que não seria possível de outro modo. Quando focalizamos em nossa vida a adoração a Deus como o Centro de nossa fé, somos menos propensos a ver aquilo que nos divide. Quer sozinhos ou num serviço de adoração, adoramos com outros ao redor do mundo, louvando a Deus. Portanto, a adoração nos dá a oportunidade de reconhecer que somos parte de algo além de nós mesmos. Ao mesmo tempo, a adoração nos lembra de nossa dependência de Deus. Orgulho e inveja, que contribuem para a desarmonia, se dissolvem quando reconhecemos que somos todos criaturas que dependem de Deus.

Pense nisto: Em que sentido a obediência pode ser considerada adoração? Como é uma vida de adoração?

II. A adoração e o grande conflito

(Recapitule com a classe Ap 14:6-12.)

A importância de se entender a verdadeira adoração é enfatizada pelo papel central que a adoração desempenha nas três mensagens angélicas e no contexto mais amplo do grande conflito entre Deus e Satanás. A batalha começou com a rebelião de Satanás no Céu e sua orgulhosa comparação de si mesmo com Deus (Is 14:14). A guerra cósmica continua com a contestação do caráter de Deus. Enquanto Deus demonstra Seu caráter derramando amor e graça, o que chama a uma resposta de adoração, Satanás convida à adoração por meio do engano. Ele busca retirar nosso foco de Deus estabelecendo um sistema alternativo de adoração. A mensagem do primeiro anjo é um lembrete de que Deus, o Criador do Universo, é o único que merece adoração. Honrar o sábado do sétimo dia que Ele santificou é um ato de adoração e fidelidade a Ele, porém, limitar o significado apenas ao dia de adoração é deixar de notar as implicações abrangentes da mensagem. O culto ao Criador acontece não apenas pela adoração direta a Ele no dia que Ele apontou, mas também ao valorizarmos Sua criação. Não se pode adorar verdadeiramente o Criador e ao mesmo tempo destruir e maltratar o que Ele criou. A mensagem do segundo anjo mostra o amor e a graça divinos, advertindo aqueles que têm sido enganados por abordagens falsificadas de salvação e adoração. Finalmente, na terceira mensagem angélica, vemos que escolher o foco errado de adoração leva, por fim, à morte, ao passo que escolher adorar somente a Deus conduz à vida. Por ser Deus o Criador e Mantenedor da vida, não esperamos nada menos que isso. Quando estamos separados da Fonte da vida, só resta a morte.

Pense nisto: Por que a adoração é o ponto central das três mensagens angélicas? Como você pode ter certeza de que está adorando o Criador e não está caindo num dos esquemas satânicos para distraí-lo? De que forma as mensagens dos três anjos nos unem?

Aplicação

Para o professor: Com frequência limitamos o alcance da adoração ao que acontece no sábado de manhã. No entanto, ela é muito mais abrangente. Ajude a classe a explorar as dimensões da adoração.

Perguntas para reflexão

1. Adorar é muito mais que cantar e orar. Por que raramente consideramos a adoração além do sábado e de outros serviços religiosos?

2. Por que alguns não encontram sentido nos serviços de culto? Como esse problema pode interferir no restante da semana?

3. Como podemos fazer da adoração um estilo de vida?

4. Sua participação atual nas atividades de culto é uma resposta do coração?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Somos chamados a adorar ao Deus que nos criou e nos redimiu. As atividades propostas a seguir ajudam os participantes a focalizar a Deus, o Centro de nossa adoração.

Atividades

1. Crie uma leitura responsiva para um serviço de culto que ajude as pessoas a refletir sobre diferentes aspectos do caráter divino.
2. Planeje uma noite de oração, estruturada de forma a apresentar aos participantes um objetivo claro para a oração, e varie a forma de oração para cada objetivo.
3. Ouça uma música que exalte a grandeza ou majestade divina. Ore para que Deus o ajude a experimentar a beleza e o caráter divino de novas formas.
4. Leve para a classe um cesto com objetos domésticos comuns. Peça que o grupo sugira semelhanças entre Deus e cada um dos itens do cesto. Em seguida, agradeça a Deus por ajudá-lo a lembrar-se das muitas dimensões de Seu caráter e natureza.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


Vivendo pela fé

O casamento de Yoyo enfrentou dificuldades. Ele, professor indiano do Ensino Médio, trabalhava na capital da Tailândia, Bangkok. A esposa, Carla, natural das Filipinas, lecionava na Escola Adventista do Sétimo Dia em Korat, cidade localizada a cinco horas de distância. O filho mais novo morava com ela.

À principio, Yoyo apoiou o arranjo de morarem em cidades diferentes. Ele ganhava muito bem, ensinando computação em uma escola particular de Bangkok, e também lucrava realizando seminários de Tecnologia da Informática (TI). Por isso, decidiu permanecer na cidade, quando Carla lhe falou sobre uma oferta de emprego como professora do Jardim da Infância na Escola Adventista Missionária Internacional em Korat.

Mas, depois de algum tempo, Yoyo percebeu que não gostava daquela situação que trazia problemas para o casamento. Embora tivesse muito dinheiro, não gostava de trabalhar cinco dias por semana em Bangkok e viajar para Korat nos fins de semana. Ele não gostava de voltar para Bangkok nas noites de domingo. Então, decidiu encontrar um emprego em Korat.

Entretanto, por algum motivo, não foi fácil encontrar emprego. Yoyo sabia que era qualificado para quase qualquer trabalho e obteve muitas ofertas de emprego em Bangkok. Mas nenhuma oferta foi concretizada em Korat. Ele enviou currículo para muitas instituições de ensino, mas nada funcionou. Certa vez, uma escola em Korat entrou em contato com a escola onde ele lecionava em Bangkok com uma oferta de emprego, mas responderam: “Não, ele tem um contrato assinado conosco.” Nada funcionou por três anos.

Yoyo começou a pensar muito sobre suas prioridades. Ele havia nascido em uma família pastoral na Índia, mas passou a transgredir o sábado após terminar a faculdade. Mudou-se para a Tailândia a convite da irmã, onde se casou com Carla. Ele frequentava a igreja por ser filho de pastor, mas não por amor a Deus.

Finalmente, Yoyo orou: “Senhor, não posso resolver isso sem a Tua ajuda. Quero voltar para Ti.” Então, deixou o emprego em Bangkok e se mudou para Korat. Pela primeira vez, ele dependia do salário da esposa, enquanto orava fervorosamente por um trabalho. Passaram-se dois meses e ele começou a se sentir terrivelmente desanimado. “Eu estava frustrado e irritado”, ele disse. “Estava acostumado a trabalhar e isso me dava um senso de importância. Foi a época mais frustrante da minha vida.”

Certo dia, o diretor da Escola Adventista informou que tinha uma vaga para professor de informática. Yoyo tinha as qualificações necessárias para o trabalho. Mas a posição era para um voluntário não remunerado. Assim mesmo, ele não pensou duas vezes e, voluntariamente, se ofereceu para trabalhar. Após três meses, o diretor o contratou como professor de computação e gerente de TI.

Atualmente, apenas Yoyo trabalha. Carla deixou o trabalho depois que o segundo filho nasceu e cuida das crianças em casa. A família tem muito menos dinheiro do que antes, mas Yoyo nunca foi tão feliz. “Sou o único que recebe salário, mas sempre temos alimento na mesa. Isso me faz pensar onde estava minha fé”, ele afirma. Seu verso bíblico preferido está em Filipenses 4:13: “Tudo posso Naquele que me fortalece.”

“Sou muito feliz!”, ele declara. “Estou contente porque trabalho para uma boa causa.” Parte da oferta deste trimestre ajudará a construir um novo campus. As novas salas permitirão que a escola ofereça o Ensino Médio, e receba mais alunos.

Dicas

-Assista ao testemunho de Yoyo no link: bit.ly/Yoyo-Shimray

-Encontre fotos desta história no link: bit.ly/fb-mq

-Korat é o apelido da cidade de Nakhon Ratchasima.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2018

Tema geral: Unidade em Cristo

“Unidade na adoração”

Lição 11: 8-15 de dezembro

Autor: Fernando Beier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega

Sábado

Por que o cristão deveria estar em união com seus irmãos de fé? Para começar, ele está na igreja porque Jesus a estabeleceu por meio de Seu sacrifício e de Seu sangue derramado na cruz. Cristo o perdoou e o purificou do pecado. Colocou sobre ele Suas vestes de justiça e o elevou a uma atmosfera de paz e alegria. O cristão está unido em comunidade porque deseja que o mundo saiba que sua união a um corpo de fiéis o leva a seguir e exaltar a Palavra de Deus. A vontade do cristão é apresentar ao mundo a imagem da suficiência de Cristo e a representação do mundo eterno, em que as leis e as aspirações são mais elevadas que as da Terra. Ele deseja se unir à igreja na obra de levar ao mundo o conhecimento do evangelho da graça. O propósito dessa proclamação é que os raios do Sol da justiça resplandeçam em todos os corações.

Enfim, o cristão se torna o sal da Terra e a luz do mundo quando está unido em adoração e serviço. Cumpre a nós buscar esse ideal todos os dias, e certamente Deus suprirá o que faltar.

Domingo, 9 de dezembro

A adoração dos cristãos sempre será uma resposta às inúmeras bênçãos recebidas das mãos do Criador, em especial o sacrifício de Jesus realizado no Calvário. Como escreveu Ed René Kivitz: “A resposta cristã para a necessidade de um projeto existencial é a vida em comunidade – a comunidade cristã que o Novo Testamento apresenta como sendo a ‘comunidade da cruz’, pois é em resposta à obra da cruz, aos benefícios da cruz e aos imperativos da cruz que a igreja existe.”

Contudo, no momento em que o evento que ocorreu no Gólgota começa a ser esquecido no dia a dia dos cristãos, a adoração se enfraquece, e consequentemente a unidade da igreja se desfaz lentamente. Por isso, o tempo que cada cristão reserva para relembrar a vida, morte e ressurreição de Jesus terá impacto real na qualidade da adoração reservada a Deus, bem como na sua alegria dentro da comunidade de fé.

O desafio se concentra em entender o chamado de Deus: “Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13).

Segunda-feira, 10 de dezembro

Deus solicitou aos irmãos Caim e Abel uma oferta de adoração, mas somente a oferta de Abel foi aceita. Qual foi o problema de Caim? Bem, o problema daquele filho de Adão é o mesmo da maioria das pessoas desde o surgimento do pecado: fazer a própria vontade em vez de obedecer aos reclamos do Criador.

Adoração implica rendição. Em um dos seus livros, Morris Venden fala de alguém que escorregou pela borda de um rochedo ficando suspenso acima do oceano. Em total desespero, clamou por ajuda. Então, uma voz vinda do céu disse: “Eu o ajudarei, mas a primeira coisa que você precisa fazer é soltar-se”. Depois de muito lutar, ele se soltou no vazio, e surpreso, não caiu no mar, mas numa rede. Era a rede do evangelho.

Para que a adoração a Deus seja verdadeira, nosso eu precisa ser confrontado e destronado; nosso orgulho deve ser abatido. Somente assim teremos fé na poderosa mão de Jesus Cristo.

Terça-feira, 11 de dezembro

Adoração genuína envolve entrega e obediência. Desde a entrada do pecado na Terra, os homens procuram viver à sua própria maneira. E eis a aventura mais perigosa que a humanidade pode empreender: seguir completamente os impulsos de sua natureza. Não há abraço mais mortal do que aquele que une o homem ao seu ego. Nessa tentação Caim mergulhou profundamente. Infelizmente, ao longo dos séculos, a egolatria transformou-se em virtude. Friedrich Nietzsche acreditava tanto nela que escreveu algo absurdo: “O que é bom? – Tudo o que aumenta o sentimento de poder, a vontade de poder, o próprio poder no homem”.

No momento em que a vontade de quem quer que seja é colocada acima da razão e da obediência aos limites delineados pelo Criador, então essa pessoa não mais é livre em nenhum ângulo. O eu estará com as rédeas na mão. O fim sempre será solidão, angústia e morte.

Hoje, os cristãos têm a grata oportunidade de mostrar ao mundo que render-se ao Criador é o único caminho para a salvação. Ao fazê-lo, estarão se unindo cada vez mais.

Quarta-feira, 12 de dezembro

Poucos cristãos estão cientes de que o estudo cuidadoso das Escrituras envolve uma espécie de adoração. Ler a Bíblia é entrar em contato com a verdade eterna em Cristo Jesus. E foi Ele que afirmou que Deus busca os verdadeiros adoradores – os que O adoram em “espírito e em verdade” (Jo 4:23).

Gastar mais tempo com a Bíblia parece ser um dos grandes desafios da vida espiritual do cristão moderno. A vida é corrida, e os problemas não são poucos. Porém, somos convidados por Jesus para insistir em dar atenção ao livro de Deus. Ele disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim” (Jo 5:39). Só nas Escrituras podemos encontrar Cristo, Aquele que nos oferece vida eterna (Jo 5:40).

A busca coletiva pelo conhecimento bíblico fará com que o povo de Deus esteja mais unido em sua fé e no propósito de servir. Como disse Morris Venden: “O propósito principal do estudo da Bíblia é entrar em comunhão e companheirismo com Jesus. Quando abre a Sua palavra, você suplica Sua presença, e coloca-se no quadro para compreender o que Ele diz a você cada dia. Então você passa a conhecê-Lo melhor e a ter mais confiança Nele”.

Quinta-feira, 13 de dezembro

Na igreja primitiva, as reuniões de comunhão incluíam muitas vezes a Santa Ceia, mas não se restringia apenas a ela. Os primeiros discípulos também se envolviam em refeições coletivas, algo que hoje chamamos de “junta-panelas”.

Seja como for, a comunhão e a unidade da igreja sempre envolveu o companheirismo entre seus membros. E poucas situações geram tanta oportunidade de fortalecer amizades como sentar-se ao redor de uma mesa para uma agradável refeição.

Entretanto, convém lembrar de uma coisa: os primeiros cristãos uniam suas refeições com momentos de oração. Ou seja, não era apenas uma oportunidade para desfrutar de prazer gastronômico, mas incluía o crescimento espiritual.

Nos dias velozes em que vivemos, corremos o risco de deixar passar o tempo e perdermos a oportunidade de ter maior companheirismo entre nossos irmãos de fé. Cabe a cada membro da igreja fazer um esforço maior para fortalecer a unidade dos cristãos e a adoração a Deus.

Sexta-feira, 14 de dezembro

A adoração que prestamos ao Criador pode ser sincera e proveitosa, mas se ela for feita sempre longe dos irmãos de fé, correrá o risco de se tornar egocêntrica e impessoal. Para que nossa adoração amadureça e seja sempre significativa, convém lembrar dos seguintes pontos:

• Podemos adorar a Deus pelas bênçãos recebidas, mas também pelas dádivas alcançadas por outros crentes. Por isso é tão importante estar nos cultos e comungar com nossos irmãos de fé.

• Adoração envolve submissão à vontade de Deus, e nosso esforço deve se concentrar em buscar Sua graça, conhecendo-O cada dia mais.

• Sem dúvida alguma, adoração é uma resposta à dádiva da salvação. Quanto mais nos aproximamos de Jesus através da oração e do estudo da Bíblia, mais forte será nosso desejo de adorá-Lo.

Adorar a Deus junto à nossa igreja constitui um privilégio enorme, e também uma oportunidade de testemunhar ao mundo da graça redentiva de Cristo. Que tal aproveitar ainda mais tamanha benção?

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Fernando Beier é Mestre em Teologia, escritor e conferencista. Autor dos livros Crise Espiritual e Experimente um Recomeço, ambos da CPB. É pastor na Associação Paulista Sudoeste.