Lição 13
23 a 29 de março
“Faço novas todas as coisas”
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Sm 1–3
Verso para memorizar: “E Aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras” (Ap 21:5).
Leituras da semana: Ap 19:6-9; 19:11-16; 20:1-3; 20:4-16; 21:2-8; Jo 14:1-3; Jr 4:23-26

A destruição da Babilônia do tempo do fim é má notícia para os que colaboraram com esse sistema religioso apóstata. No entanto, é uma boa notícia para o povo de Deus (Ap 19:1-7). Babilônia é a responsável por induzir os poderes políticos seculares a perseguir e a prejudicar os cristãos fiéis (Ap 18:24). A destruição dessa grande adversária significa libertação e salvação para o povo remanescente.

Com a destruição de Babilônia, a oração do povo de Deus, na cena do quinto selo, é finalmente respondida. O clamor deles: “Até quando, ó Soberano Senhor?” (Ap 6:10) representa a súplica dos fiéis oprimidos e sofredores desde Abel até o momento em que Cristo finalmente os vindicará (Sl 79:5; Hc 1:2; Dn 12:6, 7). O livro de Apocalipse assegura ao povo de Deus que o mal, a opressão e o sofrimento chegarão ao fim.

Chegou então o tempo de Cristo inaugurar Seu reino eterno. Os capítulos restantes do Apocalipse descrevem não apenas a destruição da Babilônia do fim dos tempos, mas também a destruição de Satanás e de todo o mal. Também vislumbramos o estabelecimento do reino eterno de Deus.



Domingo, 24 de março
Ano Bíblico: 1Sm 4–6
A ceia das bodas do Cordeiro

1. Leia Apocalipse 19:6-9 e João 14:1-3. Por que a ceia das bodas ilustram adequadamente a tão aguardada união entre Cristo e Seu povo?_______________________________________________________________________________________________

Há dois mil anos, Cristo deixou Sua casa celestial para convidar Seus seguidores às bodas (Mt 22:1-14), que ocorreriam após Seu casamento com Sua noiva. “O casamento representa a recepção do reino por parte de Cristo. A santa cidade, a Nova Jerusalém […], é chamada ‘a esposa, a mulher do Cordeiro’ […]. No Apocalipse é dito que o povo de Deus são os convidados à ceia das bodas (Ap 19:9). Se são convidados, não podem ser também representados pela esposa […].

“A mesma figura do casamento é apresentada na parábola do capítulo 22 de Mateus, em que claramente se representa o juízo de investigação como ocorrendo antes das bodas. Antes das bodas o rei vem para ver os convidados (Mt 22:11), a fim de verificar se todos têm trajes nupciais, vestes imaculadas do caráter lavadas e embranquecidas no sangue do Cordeiro” (Ap 7:14; Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 426-428). Depois de Sua morte e ressurreição, o Noivo voltou à casa de Seu Pai para preparar um lugar para Seu povo, Seus convidados (veja Jo 14:2, 3). Eles permanecem na Terra se preparando para o retorno Dele. No fim deste mundo de pecado, Ele retornará para levá-los à casa de Seu Pai.

Em Apocalipse 19:8, está escrito que Cristo entregou o linho finíssimo e puro à noiva. Isso mostra que os convidados para as bodas que entram na cidade não reivindicam nenhum mérito por suas obras. Portanto, o “linho finíssimo, resplandecente e puro” representa “os atos de justiça dos santos”, provenientes de sua união com Cristo, que vive neles. Consequentemente, essas vestes simbolizam Sua justiça, e o fato de que Seu povo guarda “os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12). Enquanto esteve na Terra, Jesus contou uma parábola sobre um casamento. No entanto, um dos convidados preferiu usar suas próprias vestes em lugar das vestes nupciais oferecidas pelo rei, e foi, assim, expulso da festa (Mt 22:1-14).

Em Apocalipse 3:18, vemos que as vestes da justiça de Cristo, o ouro da fé e amor, e o colírio do Espírito Santo são a maior necessidade do povo de Deus que vive no tempo do fim. A oferta de Jesus aos laodiceanos para que eles comprem Dele essas dádivas nos mostram que Ele pede algo em troca daquilo que é oferecido. Devemos abandonar a autossuficiência e a confiança em nós mesmos por uma vida de obediência fiel a Cristo e confiança Nele como nossa única esperança de salvação.

Embora não sejamos salvos por nossas obras, qual é a posição que os “atos justos” ocupam em nossa vida? O que eles revelam sobre nossa salvação?


Segunda-feira, 25 de março
Ano Bíblico: 1Sm 7–10
O Armagedom chega ao fim

2. Leia Apocalipse 19:11-16. Qual é o nome do cavaleiro montado no cavalo branco, e o que significa o fato de que uma espada afiada sai de Sua boca? Como podemos estar do lado vencedor no fim?_______________________________________________________________________________________________

O que vemos aqui é uma descrição da segunda vinda de Cristo, o cumprimento da promessa tão almejada pelos cristãos de todos os séculos. Como Jesus, Seu povo tem fundamentado sua fé na Palavra de Deus. Em Apocalipse 19:11 a 16, está registrado o ponto culminante das muitas vitórias de Jesus: Ele derrotou Satanás no Céu; Ele o derrotou no deserto; também o derrotou na cruz; e Ele o derrotará em Seu retorno.

“Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar uma grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e coroada pelo arco-íris da aliança. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. Agora, não como ‘Homem de dores’, para sorver o amargo cálice da ignomínia e miséria, Ele vem vitorioso no Céu e na Terra para julgar os vivos e os mortos. ‘Fiel e verdadeiro’, Ele ‘julga e peleja em justiça.’ E ‘seguiram-No os exércitos no Céu’ (Ap 19:11, 14). Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-No em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes – ‘milhares de milhares, milhões de milhões.’ Nenhum ser humano pode descrever a cena, nenhuma mente mortal é apta para conceber seu esplendor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 640, 641).

Em 2 Tessalonicenses 1:8 a 10, Paulo apresentou outra descrição da vitória final de Cristo na Sua segunda vinda, quando todos os poderes seculares e religiosos que conspiraram contra Ele serão destruídos, e Seu povo será libertado por toda a eternidade.

Em Apocalipse 19, são descritas duas ceias, uma no verso 9 e outra nos versos 17 e 18. Na primeira ceia, a pessoa se alimenta; na outra, ela serve de alimento. É difícil imaginar um contraste mais forte entre o que está em jogo no grande conflito pelos seres humanos. Ao refletir sobre essa imagem, por que devemos levar a sério nossa fé e a missão que a fé nos leva a cumprir?

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Terça-feira, 26 de março
Ano Bíblico: 1Sm 11–13
O milênio

3. Leia Apocalipse 20:1-3 e Jeremias 4:23-26. Durante o milênio, qual será o estado da Terra? Em que sentido Satanás estará acorrentado? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A. (  ) A Terra estará vazia e desabitada. Portanto, Satanás se sentirá em uma “prisão”, pois não haverá ninguém para ele tentar.

B. (  ) Satanás estará literalmente acorrentado no inferno na Terra.

Os mil anos (ou milênio) começarão com a segunda vinda de Cristo. Nesse momento, Satanás e seus anjos caídos estarão acorrentados. A corrente que prende Satanás é simbólica, pois os seres espirituais não podem ser presos fisicamente. Satanás estará preso pelas circunstâncias. As pragas terão desolado e exterminado os ímpios habitantes da Terra, provocando uma condição caótica semelhante à da Terra antes da Criação (Gn 1:2). Nessa condição, a Terra será a prisão de Satanás durante o milênio. Visto que não haverá nenhum ser humano para tentar nem ferir, Satanás e seus demônios só poderão contemplar as consequências de sua rebelião contra Deus. Não poderão fazer mais nada.

4. Leia Apocalipse 20:4-16. Onde estarão os redimidos durante o milênio?_______________________________________________________________________________________________

O Apocalipse diz que o povo de Deus passará mil anos no lugar que Cristo preparou para eles no Céu (Jo 14:1-3). João os viu assentados em tronos como reis e sacerdotes, julgando o mundo. Jesus prometeu que os discípulos se assentariam “em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19:28). Paulo afirmou que os santos julgarão o mundo (1Co 6:2, 3).

Esse juízo diz respeito à justiça das ações de Deus. Ao longo da história, Satanás levantou dúvidas a respeito do caráter de Deus e de Sua relação com os seres que Ele criou. Durante o milênio, o Senhor permitirá que os remidos acessem os registros da história a fim de encontrar respostas para todas as questões acerca da justiça e imparcialidade das decisões divinas. No juízo, também serão apresentadas respostas para as questões relacionadas à direção do Criador na vida dos salvos. Na conclusão do milênio, todas as perguntas acerca da justiça de Deus serão para sempre respondidas. O povo de Deus será capaz de ver, sem sombra de dúvida, que as acusações de Satanás eram infundadas. Então eles estarão prontos para testemunhar a execução da justiça de Deus no juízo final dos perdidos.

Quem entre nós não tem perguntas difíceis para as quais, por enquanto, parece não haver respostas? Um dia, o Senhor nos responderá. O que isso revela sobre Seu caráter?


Quarta-feira, 27 de março
Ano Bíblico: 1Sm 14–16
“Um novo Céu e uma nova Terra”

Após a erradicação do pecado, a Terra será transformada no lar dos remidos. Como ela será?

Em Apocalipse 21:1, João relata a visão de “um novo Céu e uma nova Terra” (NVI). A Bíblia faz referência a três céus: o firmamento, o espaço sideral e o lugar em que Deus habita (veja 2Co 12:2). Em Apocalipse 21:1, há uma referência à atmosfera da Terra. O planeta contaminado e o Céu não poderão suportar a presença de Deus (Ap 20:11). Em grego, a palavra “novo” (kainós) se refere a algo novo em qualidade, não em origem nem em tempo. Este planeta será purificado pelo fogo e restaurado ao seu estado original (2Pe 3:10-13).

A primeira coisa observada por João na nova Terra foi que não havia mar, o que é especialmente interessante. O fato de João ter se referido “[ao] mar” (com o artigo definido) mostra que ele provavelmente tivesse em mente o mar que o cercava em Patmos, que havia se tornado um símbolo de separação e sofrimento. Para João, a ausência desse mar na nova Terra significava a ausência da dor causada por sua separação daqueles a quem ele amava.

5. Leia Apocalipse 21:2-8 e 7:15-17. Quais paralelos existem na descrição da nova Terra e do Jardim do Éden, em Gênesis 2?_______________________________________________________________________________________________

A presença de Deus entre Seu povo garantirá uma vida sem sofrimento e sem morte na Terra renovada. Essa presença se manifestará na Nova Jerusalém, e o “tabernáculo de Deus” (Ap 21:3), onde Ele habitará entre Seu povo. A presença do Senhor tornará a vida na Terra renovada verdadeiramente um paraíso.

A presença de Deus garantirá a libertação do sofrimento. Não haverá mais lágrimas, morte, tristeza, choro nem dor, que são consequências do pecado. Com a erradicação do pecado, “as primeiras coisas” terão passado (Ap 21:4).

Essa ideia foi bem articulada por Maria e Marta na morte de seu irmão Lázaro: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido” (Jo 11:21, NVI). As irmãs= sabiam que a morte não podia existir na presença de Cristo. Da mesma forma, a presença permanente de Deus na nova Terra assegurará a libertação da dor e do sofrimento que experimentamos nesta vida. Essa é a grande esperança que nos foi prometida em Cristo, uma esperança selada com Seu sangue.

Por que essa promessa de uma nova existência em um mundo novo é tão central para nossa crença? Sem ela, de que serviria nossa fé?


Quinta-feira, 28 de março
Ano Bíblico: 1Sm 17–19
A nova Jerusalém

Então João descreveu a capital da nova Terra, a nova Jerusalém. Embora seja um lugar real habitado por pessoas reais, a nova Jerusalém e a vida ali estão além de qualquer descrição terrestre (veja 1Co 2:9).

6. Leia Apocalipse 21:9-21. Quais são as características exteriores da nova Jerusalém?_______________________________________________________________________________________________

A nova Jerusalém é referida como a noiva, a esposa do Cordeiro. Essa cidade é o lugar que Cristo está preparando para Seu povo (Jo 14:1-3).

A cidade é cercada por uma alta muralha com 12 portas: três portas em cada lado, possibilitando a entrada a partir de todas as direções. Essa característica indica o escopo universal da cidade. Na nova Jerusalém, todos terão acesso ilimitado à presença de Deus.

A cidade é ainda representada como um cubo perfeito; são 12 mil estádios de comprimento, largura e altura. O cubo é composto por seis faces e 12 arestas. Portanto, a cidade totaliza 144 mil estádios, que refletem os 144 mil que são trasladados sem passar pela morte na segunda vinda de Jesus. No templo do Antigo Testamento, o lugar santíssimo era um cubo perfeito (1Rs 6:20). Portanto, a nova Jerusalém funciona como o centro de adoração a Deus.

7. Leia Apocalipse 21:21-22:5. Quais características interiores da cidade o fazem lembrar do Jardim do Éden? Qual é a importância da promessa de que não haverá mais maldição na cidade (Ap 22:3)?_______________________________________________________________________________________________

A característica mais notável da nova Jerusalém é o rio da água da vida que flui do trono de Deus (veja Gn 2:10). Em contraste com o rio em Babilônia, em que o povo de Deus se assentava como cativos, com saudades de Jerusalém (Sl 137), nas margens do rio da vida na nova Jerusalém o peregrino povo de Deus de todos séculos encontra seu lar.

Em ambas as margens do rio, está a árvore da vida, com suas folhas para “a cura das nações” (Ap 22:2). Essa cura não se refere à doença, visto que na nova Terra não haverá enfermidades. Ela se refere à cura de todas as feridas causadas pelas barreiras que separaram as pessoas ao longo da história. Os remidos de todas as eras e de todas as nações pertencerão a um só povo: a família de Deus.



Sexta-feira, 29 de março
Ano Bíblico: 1Sm 20–23
Estudo adicional

Leia o capítulo “Diante do Supremo Tribunal”, do livro Parábolas de Jesus, p. 307-319, e o capítulo “O Final e Glorioso Triunfo”, do livro O Grande Conflito, p. 662-678, de Ellen G. White.

O livro do Apocalipse conclui com o que foi apresentado no início: a segunda vinda de Cristo em poder e glória e o estabelecimento do reino eterno de Deus. O retorno de Jesus, quando Ele finalmente Se unirá à Sua noiva, é o ponto culminante do livro.

No entanto, o livro não deseja colocar esses eventos em um contexto fora da realidade. A breve volta de Jesus é a primeira realidade. A segunda é que ainda estamos aqui aguardando Seu retorno. Enquanto esperamos, devemos ter uma compreensão clara das mensagens do Apocalipse, e podemos obter isso lendo e estudando o livro repetidamente até que venha o fim de todas as coisas. Nessa espera, as mensagens do Apocalipse constantemente nos lembram de não olhar para as coisas do mundo e nos motivam a fixar nossos olhos no Céu e Naquele que é nossa única esperança. O Cristo do Apocalipse é a resposta para os anseios humanos. Nosso futuro e o futuro deste mundo estão nas mãos de Deus.

O livro também nos lembra de que, antes que venha o fim, somos encarregados de proclamar a todo o mundo a mensagem do breve retorno de Cristo. Nossa espera não é passiva, mas ativa. Tanto o Espírito quanto a noiva dizem: “Vem!” (Ap 22:17). Devemos nos unir a esse movimento e fazer esse chamado. São boas-novas e, como tais, devem ser anunciadas ao mundo.

Perguntas para discussão

1. Os salvos terão mil anos para que as suas perguntas sejam respondidas. Então Deus trará o castigo final aos perdidos. O que essa verdade nos revela sobre Deus?

2. Em Apocalipse 1:3, estão registradas bênçãos a quem lê, ouve e guarda as palavras da profecia. Quais coisas você precisa guardar?

Respostas e atividades da semana:

1. Comente com a classe.

2. O cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro. Os ímpios se perderão porque não deram ouvidos à Sua Palavra, que é uma espada afiada. Ele não retornará com uma espada literal em Sua boca. Essa imagem mostra que a batalha do Armagedom será espiritual, não física. Estaremos do lado vencedor se atendermos à Palavra de Deus e permanecermos fiéis a ela.

3. V; F.

4. Comente com a classe.

5. Assim como no Éden as coisas eram lindas e perfeitas, também será na nova Terra.

6. “Tinha uma grande e alta muralha com doze portas e doze anjos junto às portas. Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel […]. A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro […]. A cidade era quadrangular […]. A muralha era feita de jaspe e a cidade de ouro puro, semelhante ao vidro puro. Os fundamentos dos muros da cidade eram ornamentados com toda sorte de pedras preciosas” (Ap 21:12, 14, 16, 18, 19, NVI).

7. O rio da água da vida e a árvore da vida. O pecado jamais entrará na cidade. Portanto, não haverá mais maldição.



Resumo da Lição 13
“Faço novas todas as coisas”

RESUMO DA LIÇÃO 13 – “Faço novas todas as coisas”

PARTE I: ESBOÇO

TEXTO-CHAVE: Apocalipse 21:5

FOCO DO ESTUDO: O trecho de Apocalipse 19 a 22 começa narrando os acontecimentos finais que se darão pouco antes da segunda vinda de Jesus, durante esse evento (Ap 19) e, em seguida a esse acontecimento, dá aos leitores um vislumbre do futuro além da volta de Jesus: o milênio (Ap 20) e a eternidade (Ap 21 e 22).

INTRODUÇÃO: Os últimos quatro capítulos do Apocalipse oferecem o relato mais claro e detalhado da Bíblia acerca dos eventos que se darão pouco antes, durante e após a segunda vinda de Cristo. Embora existam indícios de um milênio em outros lugares das Escrituras (1Co 15:20-22; Is 26:19-21), esses capítulos finais do Apocalipse são o único lugar em que um período de tempo é claramente definido. O relato dos mil anos está entre a segunda vinda de Jesus e Seu terceiro e permanente retorno a esta Terra.

TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:

I. Deus vai transformar a antiga Terra ou fazer uma nova?

II. A relação da queda de Babilônia com o quinto selo

III. Três pontos de vista sobre o milênio

IV. A eternidade será entediante? O que o povo de Deus fará em todo esse tempo?

V. O contexto que explica a nova Jerusalém

VI. A forma da nova Jerusalém

APLICAÇÃO PARA A VIDA: Esta seção fala do propósito de Deus para os mil anos de Apocalipse 20 e para a profecia bíblica. Nesta última semana do trimestre ela explora também as atitudes que devemos ter diante dos ensinamentos do Apocalipse.

PARTE II: COMENTÁRIO

Ver na introdução da parte I um breve resumo de Apocalipse 19 a 22.

EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO:

I. Deus vai transformar a antiga Terra ou fazer uma nova?

Apocalipse 20:11 afirma que a Terra e o céu “fugiram” da presença Daquele que se assenta no grande trono branco. Bons sinônimos para “fugir” (em grego, ephugen) são “dissipar-se” e “desaparecer”. Porque “não se achou lugar para eles” depois que desapareceram, essa formulação pode implicar que, quando Deus diz: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5), Ele vai construir uma Terra nova, em vez de “reciclar” os materiais da antiga. Por outro lado, o estudo de quarta-feira enfatiza que “novo” em grego (kainos) significa algo novo em termos de qualidade e não de origem ou tempo (ver 2Co 5:17). Mas observe também Marcos 2:21, onde novo em termos de tempo também está implícito.

II. A relação da queda de Babilônia com o quinto selo

O estudo de sábado à tarde afirma: “Com a destruição da Babilônia, a oração do povo de Deus, na cena do quinto selo, é finalmente respondida.” Como assim? Apocalipse 19:1, 2 faz uma forte alusão a Apocalipse 6:10. Nesse versículo, as almas do altar clamam a Deus: “Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue [...]?” (Ap 6:10). O que o texto grego diz literalmente é: “Quanto tempo [...] não julgando [grego: krineis] e não vingando [grego: ekdikeis]?” A ideia presente no original pode ser traduzida adequadamente assim: “Até quando não irás julgar?”. Da perspectiva das metafóricas almas sob o altar, não há evidência de que Deus esteja julgando ou vingando seus casos.

É impressionante, portanto, que Apocalipse 19 use as mesmas duas palavras do contexto do juízo (“julgar” e “vingar”) no tempo passado para descrever a queda da Babilônia. A grande multidão no Céu celebra o fato de que Deus “julgou” [grego: ekrinen] a grande meretriz [...] e “vingou” [grego: exedikêsan] o sangue de Seus servos (Ap 19:2). Há uma relação clara entre a oração do quinto selo e a queda de Babilônia.

III. Três pontos de vista sobre o milênio

1. Pré-milenarismo: a segunda vinda de Jesus se dará antes dos mil anos. 2. Pós-milenarismo: a segunda vinda de Jesus ocorre depois dos mil anos. 3. Amilenarismo: os mil anos são simplesmente uma metáfora para toda a era cristã; não há mil anos literais. O último ponto de vista requer que a primeira ressurreição (Ap 20:4, 5) no início do milênio seja espiritual, isto é, a nova criação que advém do evangelho (Jo 5:22-25, 2Co 5:17).

Qual é a evidência bíblica para o pré-milenarismo, a posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre os mil anos de Apocalipse 20? A Bíblia aponta para o seguinte: (1) a estrutura do Apocalipse. O dragão (Ap 12), a besta (Ap 13:1-10), o falso profeta (Ap 13:11-18) e a Babilônia aparecem no cenário do tempo do fim nessa ordem. Eles, então, saem de cena na ordem inversa: Babilônia (Ap 18), falso profeta (Ap 19), besta (Ap 19), e o dragão (Ap 20). Se a besta, o falso profeta e a Babilônia não aparecem em Apocalipse 20:3, então, logicamente, o milênio deve ocorrer após a segunda vinda. (2) O significado normal de “viveram” (Ap 20:4; em grego: ezêsan) e “ressurreição” (Ap 20:5; em grego: anastasis) é uma ressurreição corporal, não espiritual (Jo 11:25; Rm 14:9; Ap 2:8). (3) A ressurreição de pessoas que foram “decapitadas” (Ap 20:4) deve ser mais do que apenas espiritual. (4) As “almas decapitadas” sofreram a decapitação porque aceitaram o evangelho. Sua ressurreição não acontece quando recebem o evangelho, mas após sua decapitação. Não há nenhum significado espiritual para a palavra “decapitação” (em grego: pepelekismen?n).

IV. A eternidade será entediante? O que o povo de Deus fará em todo esse tempo?

A Bíblia indica três papéis significativos que os pecadores redimidos desempenharão por toda a eternidade: serão reis, sacerdotes e estudantes.

1. Apocalipse indica que os pecadores redimidos se juntarão a Deus no governo sobre o Universo (Ap 3:21; 7:15-17). Eles se sentarão com Jesus em Seu trono, ou seja, farão parte do governo do Universo.

2. Eles não serão apenas reis, mas também sacerdotes. No mundo antigo, havia dois tipos de pessoas com elevada posição. O status mais elevado no reino político era o de rei, e o status mais elevado no reino religioso era o de sacerdote. O poder corrompe, mas Deus poderá conceder poder aos que foram humilhados pelo sofrimento. Ser um sacerdote na eternidade incluirá tomar uma liderança ativa na adoração (Ap 5:9-13) e ter um testemunho único fundamentado na experiência terrestre com o pecado e suas consequências (Ap 14:3). Aquele que é fiel nas pequenas coisas será colocado no comando de grandes coisas (Mt 25:21).

3. A escola às vezes pode ser entediante, mas a aprendizagem real nunca é. Deus arraigou a curiosidade no âmago do nosso ser, e há poucas alegrias tão significativas como a descoberta. Quando aprendemos em nosso próprio ritmo, quando aprendemos em nossas áreas de interesse, quando nossa curiosidade desperta nossa atenção, aprender é a mais alegre das experiências possíveis. E há tantas coisas no Universo para aprender! Vamos passar uma eternidade aprendendo e crescendo, e será verdadeiramente um prazer.

V. O pano de fundo que explica a nova Jerusalém

A visão da nova Jerusalém está fundamentada no restante da Bíblia. As águas que fluem do trono (Ap 22:1) e a árvore da vida (Ap 22:2) relembram o jardim do Éden. O esplendor da cidade e sua forma quadrangular, cúbica (Ap 21:11, 16) recordam o tabernáculo e o templo (Êx 40:34, 35; 1Rs 6:20; 1Rs 8:11). Há apenas dois cubos na Bíblia: o lugar santíssimo do santuário e a nova Jerusalém. O próprio nome “nova Jerusalém” traz à mente a capital do reino de Davi. Muitas partes do projeto da cidade também relembram o templo da visão de Ezequiel (Ez 40–48) e muitos detalhes da nova Jerusalém recordam as promessas para os vencedores das sete igrejas do Apocalipse (por exemplo, a árvore da vida; Ap 2:7; 22:2). Assim, a visão da nova Jerusalém tem precursores na história da liderança de Deus em toda a Bíblia.

VI. A forma da nova Jerusalém

O comprimento, largura e altura da nova Jerusalém são todos iguais, sugerindo um cubo perfeito (Ap 21:16). A maioria das pessoas a visualizam como um cubo, e essa forma provavelmente seja correta. A descrição da nova Jerusalém faz uso abundante do número 12: 12 portas, 12 fundamentos, muralha com 144 côvados de altura, dimensões que medem 12 mil estádios (Ap 21:12-21). Um cubo tem 12 arestas. Embora o texto não especifique a forma, um cubo seria consistente com o simbolismo e recordaria o lugar santíssimo.

Parte III: Aplicação para a vida

1. Por que o milênio é necessário quando a segunda vinda de Cristo parece ter trazido todas as coisas a um fim?

I. Será um tempo de recuperação para os justos. Haverá uma necessidade de entender e aceitar o fato de que alguns estarão ali e outros não. Embora não existam conversões no Céu, haverá a necessidade contínua de crescimento pessoal e relacional. Apocalipse 22:2 fala que as folhas da árvore da vida “são para a cura dos povos”. Pode haver pessoas lá de quem você não gostou ou não esperava ver no Céu, e ainda outros que você esperava ver e que não estarão ali. Os mil anos proporcionarão um tempo para aprender e crescer à medida que começa a eternidade.

II. Tempo de exame para os justos. Os redimidos serão livres para explorar os “livros do Céu”, obtendo respostas para perguntas sobre Deus, sobre aqueles que amamos que não estão lá, e sobre questões do grande conflito. Haverá muitas perguntas para responder.

III. Tempo de demonstração para Satanás e seus seguidores. No fim do milênio, Satanás e seus seguidores irão demonstrar uma última vez sua natureza destrutiva. Essa demonstração final irá garantir a lealdade dos redimidos a Deus por toda a eternidade.

2. Qual é o propósito do livro do Apocalipse? O propósito da profecia não é satisfazer nossa curiosidade sobre o futuro; é nos ensinar a viver hoje. A revelação foi concebida para preparar as pessoas para os desafios do fim e, no processo, trazer esperança, significado e propósito para milhões em toda a era cristã (Ap 1:3).


Expulsando os demônios

Uma mãe solteira de 35 anos abordou o pioneiro da Missão Global com um dilema incomum: todas as manhãs ela acordava nua e assustada. “Por que isso acontece?”, perguntou Mordecai, líder de uma série evangelística de duas semanas em Nkai, Zimbábue. “Eu não sei”, a mulher respondeu.

Mordecai teve um pressentimento sobre o estranho acontecimento. Ele tinha ouvido histórias similares e todas envolviam maus espíritos. Portanto, ele sabia o que devia fazer. “Você aceita Cristo?”, perguntou. “Se você aceitá-Lo, podemos orar e Cristo mostrará a razão porque você acorda sem roupa.”

Ela disse que aceitava Cristo em sua vida e Mordecai reuniu os irmãos da igreja para orar. Oraram durante três dias. No terceiro dia, Mordecai pediu que a moça desse novas informações. “Eu me senti bem nos últimos três dias”, ela disse. “Minhas roupas não foram retiradas”. Posteriormente, ela foi batizada e nunca mais foi perturbada pelos maus espíritos.

A presença de maus espíritos é um tema comum em Zimbábue, país africano com uma população supersticiosa e que pratica crenças tradicionais. Mordecai, pioneiro da Missão Global que trabalha em uma região sem presença adventista, teve várias experiências com esses espíritos. Em seu atual distrito, sul de Matopo, ele foi convidado para pregar em uma igreja que guarda o domingo. Uma mulher com um problema de joelho pediu oração. Quando Mordecai mencionou o nome de Jesus durante a oração, ela caiu abruptamente no solo. “Quando isso acontece, significa que um demônio saiu”, diz Mordecai. “Eu orei por ela e a levantei. Hoje, ela é membro da Igreja Adventista por haver testemunhado o poder de Deus.”

Nem todas as histórias de Mordecai envolvem demônios. Ele está entusiasmado com o tempo que passou em Zezana, para onde foi enviado em 2007, um ano depois de se tornar pioneiro da Missão Global. Ele visitava todas as casas, ensinando as pessoas sobre a verdade do sábado e a vinda de Jesus. Como resultado, todos os 16 membros de uma igreja, incluindo o pastor, foram batizados e estabeleceram a primeira igreja adventista na região.

Algum tempo depois, Mordecai teve um encontro direto com oito espíritos malignos quando liderava uma série evangelística em uma escola pública em Beitbridge, perto da fronteira do Zimbábue com a África do Sul. Enquanto ele mostrava na tela uma imagem de Cristo crucificado, uma mulher de 48 anos levantou-se e saiu correndo da sala. Depois da reunião, Mordecai encontrou a mulher deitada no pátio da escola. Ela estava imóvel e parecia estar morta. Várias pessoas a carregaram de volta para a escola e a colocaram no chão.

Mordecai reuniu dez membros da igreja ao redor da mulher e os liderou cantando e orando. Enquanto falavam o nome de Jesus, a mulher subitamente se sentou, sacudiu violentamente e desabou de novo no chão. Suas ações indicavam que um espírito maligno havia fugido de seu corpo. Agora ele queria saber se estava livre.

“Você quer orar a Cristo?”, Mordecai perguntou. A mulher permaneceu imóvel no chão. “Era um sinal de que ela ainda estava possuída”, disse ele. Os membros da igreja continuaram cantando e orando. Ao ouvir o nome de Jesus, a mulher sentou-se novamente, sacudiu-se e caiu no chão. Outro demônio havia saído.

“Vamos orar?”, Mordecai perguntou. A mulher não se moveu. O cenário se repetiu várias vezes. O grupo cantou e orou das 21h às 3h da manhã. Finalmente, depois da oitava vez, a mulher respondeu ao convite de Mordecai para orar. Ela sentou-se e com voz clara orou: “Querido Jesus, muito obrigada por me libertar dos demônios. Peço-lhe que venha em meu auxílio para que eu possa me tornar membro da igreja e tão forte quanto os outros nesta sala.”

Atualmente, ela é adventista e serve como diaconisa na igreja.

“Deus é bom todo o tempo”, Mordecai diz.

Deus é bom o tempo todo! Muito obrigado pelas orações em favor das 193 milhões de pessoas que vivem nos 18 países da Divisão Sul-Africana-Oceano Índico. Também agradecemos pela oferta especial do trimestre que ajudará a espalhar as novas sobre a breve vinda de Jesus.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2019

Tema Geral: O livro do Apocalipse

Lição 13: 23 a 30 de março

“Faço novas todas as coisas”

Autor: Érico Tadeu Xavier

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Apocalipse 19 fala de júbilo e lamentação. Apresenta também dois aspectos relacionados com os eventos finais:

1. Cânticos de louvor pela vitória de Cristo sobre Babilônia e as bodas do Cordeiro ao tempo da Volta de Jesus - Apocalipse 19:1-10.

“Os v. 1 a 7 constituem em um arranjo antifonal de vozes, composto de duas antífonas e dois coros litúrgicos e duas respostas: (1) Nos v. 1 a 3, uma grande voz no Céu introduz o tema do cântico, atribuindo honra e justiça a Deus por ter punido Babilônia. (2) No v. 4, os ‘anciãos’ e os ‘seres viventes’ respondem em afirmação. (3) No v. 5 uma voz do trono convoca todos os súditos leais do universo a reconhecerem em conjunto a verdade do tema. (4) Nos v. 6 e 7, o universo inteiro se une em aclamação ao direito de divino à soberania universal. Este hino de louvor está em contraste com a elegia fúnebre dos aliados de Babilônia (Ap 18:1-19)”. (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, pág. 967).

2. A descrição simbólica da Segunda Vinda de Cristo. Apocalipse 19:11-16.

João vê o Céu aberto. Jesus vem, e ocorre a batalha do Armagedom. Este é o “grande dia do Deus Todo-poderoso” (Apo 16:14; comparar com o verso 19; 14:17-20). “Em breve será travada a batalha do Armagedom. Aquele em cuja vestimenta está escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores, conduz os exércitos do Céu montados em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. Apocalipse 19:11-16”. (Ellen White, Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, pág. 1098). A grande ceia das aves (Apo 19:17, 19 e 21) simboliza a destruição dos inimigos do Céu quando Cristo voltar. (Comparar com Sal. 79:2; I Sam. 17:44 e 46; Eze. 39:17-20.)

O Começo do Milênio - Apocalipse 20:1-15

O diagrama abaixo apresenta os acontecimentos que ocorrerão no começo e no fim do Milênio, e também as condições que existirão durante esse período de tempo:

O milênio

(Mil anos entre as duas ressurreições)

O julgamento perante o grande trono branco, a fase executiva do juízo final (Apo 20:11-15) abrange o mesmo aspecto que Apo 20:9. Simplesmente declara de modo mais pormenorizado que acontecerá entre o ataque à Cidade Santa por Satanás e as hostes dos perdidos, e sua destruição pelo fogo. A fase executiva do juízo final é descrita por Jesus de outra perspectiva (Mat. 25:31-46). Tanto os salvos como os perdidos receberão sua recompensa ou retribuição. Os justos herdarão o reino eterno (Mat. 25:34). Os ímpios sofrerão destruição – a segunda morte.

Um Novo Céu e uma Nova Terra Apocalipse 21:1-8

O livro do Apocalipse e a Bíblia terminam da maneira que era de se esperar: com o pecado eliminado do Universo e a Terra restaurada a sua perfeição edênica. As dificuldades desta vida, por mais severas que possam ser, são insignificantes em comparação com a autêntica alegria e realiza da vida por vir. "Por que para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós." Rom. 8:18.

O Éden Restaurado - Tudo que Adão e Eva perderam quando pecaram (Gên. 3) será restaurado na Nova Terra. Note estas comparações:

Adão e Eva perderam o privilégio de comunicar-se com Deus face a face. Na Nova Terra "contemplarão a Sua face" (Apo 22:4).

Adão e Eva perderam sua pureza - sua veste de inocência. Os remidos recebem as vestes da justiça de Cristo - o Seu "linho finíssimo" (Apo 19:8).

Adão e Eva perderam seu lar edênico. Os santos de Deus serão reintegrados no Éden Restaurado.

Adão e Eva não puderam mais comer da árvore da vida. Os salvos comerão para sempre da árvore da vida (Apo 22:2).

Adão e Eva perderam o domínio sobre os outros seres criados. Na Nova Terra, leões, cordeiros leopardos e bezerros andarão juntos "e um menino pequeno os guiará" (Isa. 11:6).

Estresse, medo, confusão, ansiedade, e tudo o mais que resultou do pecado terá desaparecido. Em seu lugar existira "a paz de Deus que excede todo o entendimento" (Fil. 4:7; ver também Isa. 26:3 e 4).

A Descrição da Cidade Santa - Apo 21:9 a 22:5

A Nova Jerusalém pode ser assim resumida ou explicada:

Iluminação - A cidade é iluminada pela glória de Deus (Apo 21:23).

Doze tribos - Os nomes das doze tribos de Israel estão nas doze portas da sólida muralha. (Apo 14-3`14). As cidades antigas eram protegidas por muros bem altos. João compreenderia, portanto, o que lhe foi mostrado.

As portas - Havia três portas de cada lado da cidade vista por Ezequiel, e nelas estavam os nomes das tribos de Israel (Eze. 48:31-34). As doze tribos foram mencionadas em Apocalipse 7:4-8. As três portas de cada lado da Cidade Santa também contêm os nomes das tribos (Apo 21:12). Estes fatos dão a entender que tanto o Israel literal como o Israel espiritual são considerados como "tribos" na Bíblia.

Os porteiros - Anjos do Céu são os porteiros. (Apo 21:12).

Os doze apóstolos - Os nomes dos doze apóstolos nos doze fundamentos (Apo 21:14) representam o fato de que a Igreja do Novo Testamento foi edificada sobre o fundamento de Cristo e Seus apóstolos. (Ver Efé. 2:20.) O povo de Deus de todas as épocas estará entre os habitantes da Nova Terra.

O tamanho da cidade - Apocalipse 21:15-17 não diz se os 2.218 quilômetros (ver Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, pág. 992) constituem a medida de um lado ou dos quatro lados da cidade. O fato importante é que haverá espaço suficiente para todos.

Ouro e pedras preciosas - A magnificência da cidade é representada pelo ouro e pelas pedras preciosas (versos 18-21).

Ellen White disse: “Algumas vezes penso que não mais posso permanecer aqui; todas as coisas da Terra parecem demasiado áridas. Sinto-me muito solitária aqui, pois vi uma Terra melhor”. (Primeiros Escritos, pág. 20).

Conclusão – Faça as seguintes comparações: Apocalipse 22:17 com Apocalipse 3:20. São João 4:14 e 15 com São João 6:32-35. Em Apocalipse 22 é feito o convite final. É o convite de Cristo à humanidade.

Conheça o autor do comentário: Érico Tadeu Xavier tem graduação em Teologia Pastoral (1991) e mestrado (2000) pelo Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia; Doutorado (PhD) pelo South African Theological Seminary (2011). Pós-doutorado (2014) na área de teologia sistemática pela FAJE – Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta, de Belo Horizonte. Foi professor de teologia na Bolívia e na Bahia, na FADBA. Atualmente é professor de teologia sistemática no SALT – IAP. Autor de 11 livros, é casado com a psicopedagoga e mestre em educação Noemi, com que tem dois filhos, Aline e Joezer, que são casados e vivem no Paraná.