Lição 10
27 de fevereiro a 05 de março
Fazendo o impensável
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Dt 8-10
Verso para memorizar:
Leituras da semana: Is 50:4-10; 52:13-15; 53

Lough Fook, um cristão chinês, compadeceu-se de seus compatriotas que haviam se tornado escravos em minas africanas. Ele desejava apresentar-lhes a esperança do evangelho, mas como poderia ter acesso a eles? Sua solução foi se vender como escravo por um período de cinco anos. Ele foi transportado para Demerara, onde trabalhou arduamente nas minas e contou aos seus colegas sobre Jesus.

Antes de seu falecimento, Lough Fook conduziu 200 pessoas à aceitação de Cristo como Salvador e Senhor. Elas foram libertas do desespero para a esperança divina.

Que incrível sacrifício pessoal pelo bem dos outros! Que exemplo!

Ao fazer o impensável, isto é, humildemente “assumindo a forma de Servo” (Fp 2:7), Jesus também alcançou os inalcançáveis – cada um de nós e todo o mundo afundado e perdido no abismo do pecado.

Nesta semana, examinaremos esse evento maravilhoso, profetizado centenas de anos antes de acontecer.



Domingo, 28 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 11-13
A difícil verdade de Isaías (Is 50:4-10)

Se Isaías tivesse a intenção de transmitir somente informações, ele teria apresentado todos os detalhes sobre o Messias de uma só vez. Mas, a fim de ensinar, persuadir e oferecer ao seu público-alvo um encontro com o Servo do Senhor, ele desenvolveu, de maneira sinfônica, uma rica estrutura de temas recorrentes. O profeta revelou a mensagem de Deus em etapas para que cada aspecto pudesse ser compreendido em relação ao restante do quadro. Isaías foi um artista cuja tela era o coração de seu ouvinte.

1. Leia Isaías 50:4-10. Resuma o que esses versos dizem. Como você vê ­Jesus nessa passagem?

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Em Isaías 49:7 vimos que o Servo de Deus seria desprezado, detestado e “servo dos dominadores”, mas que os reis O veriam, e os príncipes se inclinariam; e eles O adorariam. Em Isaías 50, descobrimos que o vale seria mais profundo para o gentil Mestre, cujas palavras sustentam o cansado (Is 50:4). O caminho para a vindicação passaria pela violência física (Is 50:6).

Essa violência parece ruim para nós das culturas ocidentais modernas. Mas, numa cultura antiga do Oriente Próximo, a honra era uma questão de vida ou morte para uma pessoa e seu grupo. Se alguém insultasse e maltratasse uma pessoa dessa maneira, era melhor estar bem protegido; se a vítima ou seu grupo tivessem a mínima chance, certamente retaliariam.

O rei Davi atacou e conquistou Amom (2Sm 10:1-12) porque o rei deles havia tomado os servos de Davi, rapado metade da barba deles, cortado metade de suas vestes, até às nádegas, e os despedido (2Sm 10:4; ARC). Porém, em Isaías 50, as pessoas golpeiam o Servo, Lhe arrancam dolorosamente os cabelos e cospem Nele. O que torna essas ações um incidente intercósmico é que a Vítima era um enviado do divino Rei dos reis. Ao compararmos Isaías 9:6, 7 e Isaías 11:1-16 com outras passagens sobre “servos”, descobrimos que esse Servo é o Rei, o poderoso Libertador! Mas com todo esse poder e honra, por alguma razão impensável, Ele não Se salvou! Essa situação era tão estranha que o povo não creu. Na cruz de ­Jesus, os líderes zombavam Dele: “Salvou os outros. Que salve a Si mesmo, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido” (Lc 23:35); “Desça da cruz, e então creremos Nele” (Mt 27:42).

Anote os princípios espirituais descritos em Isaías 50:4-10 que devemos aplicar à nossa vida. Examine a si mesmo à luz desses princípios. Em quais áreas você precisa melhorar?


Segunda-feira, 01 de março
Ano Bíblico: Dt 14-17
O poema do Servo sofredor (Is 52:13–53:12)

A passagem de Isaías 52:13–53:12, conhecida como “o poema do Servo sofredor”, confirma a reputação de Isaías como “o profeta do evangelho”. Em harmonia com a excelência do evangelho, o poema se eleva acima de outras literaturas. Embora seja surpreendentemente curto, cada frase tem um significado profundo que revela a essência da busca impensável de Deus para salvar a humanidade mergulhada e perdida no pecado.

Esse não é o “leite” espiritual de Isaías, mas algo profundo. Ele já vinha preparando sua audiência ao desenvolver o tema messiânico desde o início de seu livro. Seguindo o curso geral da vida do Messias na ­Terra, o profeta havia começado com Sua concepção e nascimento (Is 7:14), apresentado Sua identidade como Rei da descendência de Davi (Is 9:6, 7), detalhado Sua obra da restauração de Israel (Is 11:1-16) e o pacífico ministério de libertação da injustiça e do sofrimento (Is 42:1-7). Em seguida, Isaías tinha revelado que o drama do Messias incluía o contraste da tragédia antes da exaltação (Is 49:1-12; Is 50:6-10). O poema do Servo sofredor então sonda as profundezas dessa tragédia.

2. Releia as seções listadas acima. O que elas revelam sobre Jesus, o ­Messias? Como elas nos preparam para o que é apresentado em Isaías 52 e 53?

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Isaías 52:13–53:1 introduz o poema com uma prévia contendo um contraste impressionante: o Servo prosperaria e seria exaltado, mas Sua aparência seria desfigurada a ponto de não ser reconhecida. Quem creria?

Isaías 53:2, 3 inicia um doloroso declínio da origem do Servo e de Sua aparência comum até Seu sofrimento e rejeição. Isaías 53:4-6 faz uma ­pausa para explicar que Seu sofrimento era realmente o nosso castigo, que Ele suportaria a fim de nos curar. Isaías 53:7-9 continua o declínio do inocente Servo rumo ao túmulo.

Em Isaías 53:10-12, o Servo ascende à exaltada recompensa prevista no início do poema (Is 52:13), com a percepção adicional de que Seu sacrifício para salvar os outros era da vontade de Deus.

Compare esse poema com a estrutura de “vale” de Filipenses 2:5-11, na qual Jesus começa na forma de Deus, mas desce ao Se esvaziar para assumir a escravidão da forma humana, humilhando-Se até a morte de cruz (a mais humilhante das mortes). Portanto, Deus O exalta sobremaneira, para que todos O reconheçam como Senhor (Is 49:7).

Leia Isaías 52:13–53:12. O que Jesus fez por nós e o que significam essas ações?


Terça-feira, 02 de março
Ano Bíblico: DT 18-20
Quem creu? (Is 52:13–53:12)

Em Isaías 52:13, o Servo de Deus é grandemente exaltado; porém, de repente, o verso seguinte descreve Sua aparência como tão desfigurada que Ele não podia ser reconhecido como um dos “filhos dos homens”. O Novo Testamento descreve os fatores que fizeram com que a aparência de Jesus ficasse desfigurada, incluindo açoitamento, a coroa de espinhos, a crucifixão, mas, acima de tudo, o fato de Ele ter carregado os pecados da humanidade. O plano nunca foi que o pecado fosse natural para o ser humano; o ato de carregá-lo fez com que o “Filho do Homem” tivesse uma aparência sub-humana.

Compare isso com a história de Jó, que subitamente despencou de uma posição de grande riqueza, honra e poder a um miserável e infeliz lugar entre as cinzas no chão, raspando suas feridas dolorosas com um caco (Jó 1; 2). O contraste foi tão grande que nem os amigos de Jó o reconheceram a princípio (Jó 2:12). A pergunta é: por que Jó sofreu? Por que o Messias de Deus deveria sofrer? Nenhum deles merecia isso. Ambos eram inocentes. Por que, então, o sofrimento?

3. Leia Isaías 52:13–53:12 e anote as partes em que aparece o tema do sofrimento do inocente pelos culpados. Qual é a mensagem essencial para nós nessa passagem?

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Examine as perguntas em Isaías 53:1. Essas perguntas enfatizam o desafio de crer no inacreditável (compare com Jo 12:37-41) e nos advertem a aguardar o restante da história. Mas as perguntas também sugerem um apelo. Nesse contexto, o paralelo entre as duas perguntas sugere que o braço ou o poder de salvação do Senhor (compare com Is 52:10) é revelado àqueles que creem no relato. Você deseja experimentar o poder salvífico de Deus? Então creia no relato.

4. Leia atentamente Isaías 53:6. Qual é a mensagem específica desse ­texto? Como essas palavras podem lhe dar esperança, apesar de seus pecados e falhas do passado, de modo que você possa levar esperança a outras pessoas?

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Quarta-feira, 03 de março
Ano Bíblico: Dt 21-23
Os inalcançáveis somos nós! (Is 53:3-9)

O Servo sofredor é retratado aqui como um “renovo” vulnerável, aparentemente sem valor especial, e desprezado (Is 53:2, 3). Isaías rapidamente nos leva por meio da juventude inocente à beira do abismo. Mesmo com o pano de fundo apresentado anteriormente, não estamos preparados para nos conformar com o destino do Servo. Pelo contrário! Isaías nos ensinou a estimar o Filho nascido a nós, o supremo Príncipe da Paz. Outros o desprezam, mas sabemos quem Ele realmente é.

Alguém disse: “Encontramos o inimigo, e o inimigo somos nós”. O Servo não foi o primeiro a ser desprezado, rejeitado ou a ser homem de dores. O rei Davi foi considerado tudo isso quando fugiu de seu filho Absalão (2Sm 15:30). Mas o sofrimento suportado por esse Servo não era Dele e não resultava de Seu próprio pecado. Ele também não o levou apenas por uma pessoa; “o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Is 53:6).

A resposta para o “Por quê?” é a difícil verdade de Isaías: por causa do amor de Deus, Seu Messias escolheria sofrer. Mas por quê? Isaías colocou o último elemento que faltava para completar a verdade impensável: Ele escolheria sofrer para alcançar o inalcançável, e o inalcançável somos nós!

Os que não entendem consideram o Servo como “ferido de Deus” (Is 53:4). Os amigos de Jó pensaram que o sofrimento dele devia ter sido causado por seu pecado, e os discípulos de Jesus Lhe perguntaram: “Quem pecou para que este homem nascesse cego? Ele ou os pais dele?” (Jo 9:2). Assim também, os que viram Jesus na cruz pensaram o pior. Moisés não havia dito que “o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt 21:23; compare com Nm 25:4)?

No entanto, tudo isso foi da vontade de Deus (Is 53:10). Por quê? Porque “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3:13). “Aquele que não conheceu pecado, Deus O fez pecado por nós, para que, Nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21).

“Que preço elevadíssimo foi esse que Deus pagou por nós! Olhem para a cruz e para a Vítima nela pendurada. Olhem para aquelas mãos traspassadas de cravos e para aqueles pés pregados no madeiro. Cristo levou em Seu próprio corpo o nosso pecado. Aquele sofrimento, aquela agonia, representa o preço de nossa redenção” (Ellen G. White, A Maravilhosa ­Graça de Deus, p. 172).

O peso, a culpa, o castigo pelos pecados do mundo inteiro recaíram sobre Cristo na cruz, de uma só vez, como o único meio de nos salvar! O que isso revela sobre a perversidade do pecado, a ponto de exigir esse preço para nos resgatar? O que a entrega de Jesus por nós, mesmo a um custo tão elevado, revela sobre Seu amor?


Quinta-feira, 04 de março
Ano Bíblico: Dt 24, 25
Uma transformadora oferta de reparação (Is 53:10-12)

5. O que significa o fato de que a vida do Servo é uma “oferta pelo pecado” (Is 53:10)? Assinale a alternativa correta:

A.( ) O Servo daria a vida como oferta pelos próprios pecados.
B.( ) O Servo Se ofereceria em sacrifício pelas transgressões da humanidade.

A palavra hebraica se refere a uma oferta de expiação pela culpa ou oferta de reparação (Lv 5:14–6:7; Lv 7:1-7), que poderia expiar pecados deliberados cometidos contra outras pessoas (Lv 6:2, 3). Esses pecados foram destacados por Isaías (Is 1–3; Is 10:1, 2; Is 58). Além disso, o pecador devia devolver à pessoa prejudicada o que havia sido tomado, além de uma multa, antes de oferecer o sacrifício para receber o perdão de Deus (Lv 6:4-7; compare com Mt 5:23, 24). No caso de involuntário uso indevido de algo que pertencia a Deus, a reparação iria para Ele (Lv 5:16).

Agora podemos entender Isaías 40:2, em que Deus conforta Seu povo exilado, ao dizer-lhe que ele havia feito restituição suficiente por seus pecados.

Mas após a reparação, devia haver um sacrifício. Esse sacrifício se encontra em Isaías 53: em vez de um carneiro, o Servo de Deus seria levado como uma ovelha ao matadouro (Is 53:7) em prol de pessoas que haviam se desviado (Is 53:6).

Embora fosse “cortado da terra dos viventes” (Is 53:8; compare com Dn 9:26), completamente consumido no sacrifício que nos acende a chama da esperança, o Servo ressurgiria da morte, a terra sem retorno, a fim de receber exaltação, ver Sua “posteridade” e prolongar Seus dias (Is 53:10-12).

6. Examine os seguintes versos. Como cada um deles reflete a mensagem básica de Isaías 53?

Sl 32:1, 2_________________________________________________________

Rm 5:8 __________________________________________________________

Gl 2:16 __________________________________________________________

Fp 3:9 __________________________________________________________

Hb 2:9 __________________________________________________________

1Pe 2:24 _________________________________________________________



Sexta-feira, 05 de março
Ano Bíblico: Dt 26-28
Estudo adicional

Cristo levou nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro. [...] Que seria do pecado, uma vez que nenhum ser finito podia fazer expiação? Qual seria sua maldição, se só a Divindade a podia dissipar? A cruz de Cristo testifica a todo homem de que a pena do pecado é a morte. [...] Oh! tem que haver algum fascinante poder que prende as sensibilidades morais, adormecendo-as quanto às impressões do Espírito de Deus!” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, p. 44).

“A lei do governo de Deus devia ser engrandecida pela morte do unigênito Filho de Deus. Cristo arcou com a culpa dos pecados do mundo. Nossa suficiência só se encontra na encarnação e na morte do Filho de Deus. Ele pôde sofrer, porque foi sustentado pela Divindade. Ele pôde suportar, porque era sem uma mancha de deslealdade ou pecado. Cristo triunfou em favor do homem, ao assim suportar a justiça da punição. Ele assegurou aos homens a vida eterna, exaltando a lei e fazendo-a gloriosa” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 302).

Perguntas para consideração

1. Isaías 53:7-9 desce às profundezas do abismo, pois retrata a morte e a sepultura do Servo. Quais aspectos desses versos se cumpriram no fim da vida de Jesus? (Mt 26:57–27:60; Mc 14:53–15:46; Lc 22:54–23:53; Jo 18:12–19:42).

2. A última citação acima afirma que a morte de Cristo exaltou a lei. O que Ellen White quis dizer com isso? Como entendemos Sua morte como prova da perpetuidade da lei?

Resumo: Após ter falado sobre o nascimento, a identidade e a trajetória do Libertador divino, Isaías finalmente revelou a tragédia suprema que nos dá esperança: a fim de alcançar, salvar e curar pessoas perdidas como nós o Servo de Deus suportaria voluntariamente o nosso sofrimento e castigo.

Respostas e atividades da semana: 1. Ele tinha uma boa palavra ao cansado e suportou o sofrimento injusto. 2. Isaías traçou a trajetória do Messias, desde Seu nascimento ao Seu sofrimento e sacrifício. Isso nos prepara para a revelação de que antes da Sua exaltação o Servo sofredor seria humilhado. 3. Se o próprio Messias sofreu injustamente, nós também podemos sofrer. 4. Ele Se fez pecado por nós! 5. B. 6. Salmo 32:1, 2: É uma bênção ter nosso pecado coberto e perdoado pelo Senhor; Romanos 5:8: Deus prova Seu amor por nós pelo fato de Cristo ter morrido na cruz; Gálatas 2:16 e Filipenses 3:9: Entendemos o papel da graça, visto que não somos justificados por obras da lei; Hebreus 2:9: Vemos a exaltação de Jesus por Ele ter vencido a morte; 1 Pedro 2:24: É apresentado o sacrifício de Cristo por nós. Todas essas passagens falam sobre a obra do Servo sofredor de Isaías 53.



Resumo da Lição 10
Fazendo o impensável

Foco de estudo: Isaías 50; 52; 53

Esboço

Este estudo explora a mensagem relacionada ao Servo Messiânico em Isaías 50, 52 e 53.

A figura do Servo Messiânico é um tema central no livro de Isaías. Os capítulos 52 e 53 constituem um ótimo cântico sobre o Servo. Há muitos debates entre os estudiosos sobre a identificação do Servo no cântico. Alguns consideram que, nesses capítulos, Ele representa Israel. No entanto, o próprio livro de Isaías apresenta algumas ideias que nos auxiliam a fazer uma identificação clara e positiva do Servo como o Messias. O cântico primeiramente identifica o Messias como Rei (Is 52:7, 8); segundo, ele identifica o Messias como Salvador e Redentor (Is 52:9-15); e, finalmente, O identifica como o Servo sofredor (Is 53).

Três tópicos principais são explorados neste estudo: (1) O Senhor como Servo; (2) O Messias, o Servo sofredor; e (3) O Messias, o Redentor e o Rei.

Comentário

O Senhor como Servo

Ao estudarmos o cântico do Servo (Is 52 e 53), também precisamos estudar o capítulo 50, que começa com a expressão “Assim diz o Senhor” (Is 50:1). É o Senhor que diz: “Seco o mar e transformo os rios em deserto. [...] Posso vestir os céus de escuridão e cobri-los com pano de saco” (Is 50:2, 3). Nos versos seguintes, “o Servo do Senhor” afirma que “o Senhor DEUS fez” isso. O Servo declara: “O Senhor Deus me deu uma língua erudita, para que Eu saiba dizer boa palavra ao cansado” (Is 50:4); “O Senhor DEUS Me abriu os ouvidos, e Eu não fui rebelde” (Is 50:5); “Porque o Senhor Deus Me ajuda. Por isso, não serei humilhado” (Is 50:7); e “O Senhor DEUS Me ajuda. Quem poderá Me condenar? (Is 50:9).

O verso seguinte (Is 50:10), que é expresso como um paralelismo explicativo, é apresentado:

A. “Quem de vocês teme o Senhor

E ouve a voz do Seu Servo?

B. Aquele que anda em trevas,

Sem nenhuma luz,

A’. Confie no nome do Senhor

E se firme sobre o seu Deus”.

Está claro que o Servo é um paralelo com o Senhor em A, assim como Deus é um paralelo com o Senhor em A’.

Ellen G. White comenta sobre esse capítulo: “E o Prometido não tinha profetizado de Si mesmo por intermédio de Isaías, dizendo: ‘Ofereci as costas aos que Me feriam e as faces, aos que Me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que Me afrontavam e Me cuspiam’?” (Is 50:6. ARA; Atos dos Apóstolos, p. 225).

O Messias, o Servo sofredor

Isaías 52 e 53 apresentam, em várias etapas, um dos melhores retratos do Messias. Primeiro, esses capítulos apresentam o Messias como Rei (Is 52:7, 8). Segundo, o Messias é descrito como Salvador e Redentor (Is 52:9-15). Uma terceira etapa segue, mostrando-nos o Messias como sofredor (Is 53). Este estudo começa com a última etapa, porque parece que o autor coloca essas etapas em ordem inversa.

Se seguirmos a interpretação inspirada, não há dúvida de que esse Servo sofredor é Cristo. O Evangelho de João declara: “Para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? [...] Isaías disse isso porque viu a glória Dele” (Jo 12:38, 41).

É claro que o sacrifício do Servo é uma morte substitutiva, como evidenciado pelo texto:

“Certamente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si” (Is 53:4).

“Mas Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas feridas fomos sarados” (Is 53:5).

“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Is 53:6).

“O Meu Servo, o Justo, com o Seu conhecimento justificará a muitos, Porque as iniquidades deles levará sobre Si” (Is 53:11).

Ellen G. White escreveu: “Paulo mostrou quão intimamente Deus havia relacionado o sacrifício expiatório com as profecias referentes Àquele que seria, como um cordeiro, “levado ao matadouro” (Is 53:7). O Messias daria Sua vida como “oferta pelo pecado” (v. 10). Vendo através dos séculos as cenas do sacrifício expiatório do Salvador, o profeta Isaías testificara que o Cordeiro de Deus “derramou a Sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre Si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (v. 12, ARA). O Salvador profetizado viria, não como um rei deste mundo, para livrar a nação judaica de opressores terrestres, mas como um Homem entre homens, para viver uma vida de pobreza e humildade e ser por fim desprezado, rejeitado e morto. O Salvador predito nas Escrituras do Antigo Testamento Se ofereceria como sacrifício em favor da raça decaída, cumprindo assim cada requisito da lei quebrantada. Nele, os tipos sacrificais encontrariam seu antítipo, e Sua morte na cruz daria significado a todo o sistema judaico” (Atos dos Apóstolos, p. 227, 228).

O Messias, o Redentor e o Rei

O cântico do Servo em Isaías 52 enfatiza mais duas etapas do trabalho do Servo Messiânico.

Após a expiação vicária feita pelo Servo, a redenção de Seu povo se tornaria possível. “Quando Ele der a Sua alma como oferta pelo pecado, verá a Sua posteridade” (Is 53:10). Essa é também a imagem de Isaías 52 (começando na segunda metade do verso 9). A cena do povo redimido não inclui mais a imagem do Servo sofredor, mas a imagem de um bravo guerreiro, que “desnudou o Seu santo braço” (Is 52:10). O braço sagrado é o símbolo de Seu poder, o que torna possível o resgate de Seu povo.

A cena em Isaías 52 impressiona com seu poder e majestade. Ao fundo, está a imagem de um comandante, o líder exaltado: “Será exaltado e elevado, e será mui sublime” (Is 52:13).

Há um maravilhoso motivo para Sua exaltação: o sucesso final de Sua missão. O Senhor anuncia a exaltação de Seu Servo por causa de Sua morte substitutiva e satisfatória pelos pecados de Seu povo e dos gentios (ver F. Duane Lindsey, The Servant Songs: A Study in Isaiah [Os Cânticos do Servo: Um Estudo em Isaías]. Chicago: Moody Press, 1985, p. 138).

Embora Seu aspecto estivesse “tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens”, Ele não obstante causaria “admiração às nações e os reis” fechariam “a Sua boca por causa Dele” (Is 52:14, 15).

Todas as nações serão testemunhas de Seu júbilo, pois, como lemos, Ele será triunfante “à vista de todas as nações, e todos os confins da Terra verão a salvação do nosso Deus” (Is 52:10).

A próxima etapa do cântico (embora, tecnicamente, na ordem de aparição no livro de Isaías, esta fase seja a primeira) é o Messias como Rei. O Messias redimiu Seu povo; a obra está completa. Agora os mensageiros do Rei dizem a Sião: “O seu Deus reina!” (Is 52:7). “Eis o grito dos seus atalaias! Eles erguem a voz e juntos gritam de alegria” (Is 52:8) e, como já foi anunciado anteriormente, “Ele estenderá o Seu governo, e haverá paz sem fim” (Is 9:7)

Deus não apenas redime Seu povo da opressão, aflição e escravidão de nações estrangeiras, especialmente Babilônia, e os traz de volta à sua terra natal, Jerusalém. Ele também envia Jesus Cristo, o Messias, como Servo sofredor, para morrer na cruz e redimir da escravidão do pecado Seu povo e todos os seres humanos que O receberem. Um dia, Ele levará Seus remidos para o lar, e então reinará para sempre.

O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia declara a esse respeito: “O livramento aqui predito era, primeiramente, o do Israel nacional resgatado das nações que o oprimiam (ver com. de Is 40:1; 44:28–45:13). Em segundo lugar, era o maior livramento do pecado e de todo o mal, por meio do Servo sofredor (ver com. de Is 41:8; 42:1) do cap. 53, isto é, o Messias. [...] O poder para libertar Israel e, mais tarde, o triunfo do evangelho provam que Ele reina, não Satanás” (v. 4, p. 302).

Aplicação para a vida

1. Nesta lição, estudamos o Messias como o Servo sofredor. Em sua opinião, por que o Senhor decidiu Se revelar para nós como Servo? Leia Isaías 52 e 53 para obter algumas ideias.

2. Como você entende Isaías 53:10: “Ao Senhor agradou esmagá-Lo, fazendo-O sofrer”? Como o apóstolo Paulo nos ajuda a entender esse mistério, conforme relatado neste verso: “Aquele que não conheceu pecado, Deus O fez pecado por nós, para que, Nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21)?

3. Nossa esperança é que o Deus que libertou Seu povo no passado venha em breve para levar Seu povo à nova Jerusalém. De acordo com o livro de Isaías, muitos reinos chegaram ao palco da história da Terra, mas tiveram um fim. E quanto ao reino do Messias? Quanto tempo permanecerá o reinado do “Filho do Homem”? Leia Daniel 7:14: “Foi-lhe dado o domínio, a glória e o reino, para que as pessoas de todos os povos, nações e línguas O servissem. O Seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o Seu reino jamais será destruído”.


Quando o esporte transforma vidas

Jesús quase morreu durante uma cirurgia complicada no ombro, para reparar uma lesão esportiva. Depois da cirurgia, sentiu um desejo muito grande de fazer algo especial para Deus. Mas, o que poderia ser feito? Então, resolveu agradecer a Deus trabalhando por um mês na colportagem, depois de formatura na Universidade Adventista Del Plata, Argentina. Ele entregou todo seu lucro na venda de livros à Igreja Adventista.

Durante seu último ano de estudos, Jesús considerou um desafio participar da prática de ginástica. Seu ombro não estava totalmente recuperado. Os professores alertaram que ele não se formaria em Educação Física, se não pudesse cumprir todos os requisitos. O médico o aconselhou a mudar de modalidade esportiva. “Se você continuar participando de equipe de ginástica, seu ombro pode piorar”, alertou. Porém, ele não queria mudar de modalidade tão perto da formatura. Além disso, não tinha dinheiro para permanecer na universidade mais alguns anos.

Enquanto Jesús contemplava o futuro, um amigo, Marcos, perguntou o que planejava fazer após a formatura. Ele respondeu que estava pensando trabalhar na colportagem durante um mês e entregar o lucro para a igreja. Marcos gostou da ideia, mas ele tinha outra sugestão. “Por que você não vai para o Quirguistão?”, perguntou. Marcos trabalhou como voluntário em uma escola adventista no Quirguistão durante um ano. Jesús nunca havia pensado em viajar para outra parte do mundo, mas gostou da sugestão. Ele orou sobre o assunto e prometeu a Deus ir até o Quirguistão, caso conseguisse se formar.

Quando chegou a época dos exames finais em ginástica, Jesús orou pedindo ajuda para fazer os exercícios aparentemente impossíveis. Para sua surpresa, ele completou todos os exercícios com sucesso. Em seguida, o médico examinou o ombro dele e expressou surpresa. O osso havia sido curado completamente. Era um real milagre.

Jesús graduou-se e viajou até o Quirguistão após um mês. Ao chegar à escola adventista em Tokmok, Jesus assumiu as funções de professor de Educação Física e técnico do time de futebol organizado para crianças do bairro. A equipe de futebol se reunia na nova academia construída com a ajuda das ofertas missionárias de 2017.

Mas esse não é o fim da história. Enquanto Jesús e as crianças jogavam, percebeu grandes mudanças no comportamento das crianças. Os meninos costumavam discutir e se agredir, mas pararam quando Jesús dizia: “Somos irmãos. Não podemos brigar.” Após ver alguns meninos beberem álcool, os aconselhou a parar. “Isso faz mal para o corpo”, disse. Os meninos obedeceram.

Jesús é muito grato por doar um ano da sua vida como voluntário no Quirguistão. “Posso ver grande transformação nos meus alunos”, disse. “Também nunca perdemos um jogo contra outra escola!”

Há três anos, parte da oferta do trimestre ajudou a construir o ginásio da Escola Adventista em Tokmok, Quirguistão. Muito agradecemos por apoiar a educação adventista no Quirguistão e em outros lugares da Divisão Euroasiática.

Dicas da história
• Pronúncia de Jesús: .
• Fazer o download das fotos no Facebook (bit.ly/fb-mq).
• Para mais informações missionárias e outras notícias da Divisão Euroasiática, acesse o site: bit.ly/2021-ESD.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2021
Tema Geral: Isaías: consolo para o povo de Deus
Lição 10 – 27 de fevereiro a 6 de março de 2021

Fazendo o impensável

Autor: Sérgio Monteiro
Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega

Chegamos ao principal texto da proclamação messiânica do livro de Isaías. O capítulo 53 é o coração da mensagem do livro e, de certa forma, o coração da mensagem profética veterotestamentária. Nesta semana, temos o privilégio de estudar Isaías 53 em seu contexto.

Como vimos na lição passada, Isaías apresentou 3 servos distintos: o povo de Israel, Ciro e um Servo sem nome. É desse último Servo que falam os capítulos 50 a 53. Não é uma mensagem simples nem fácil. De fato, Isaías iniciou a construção de sua mensagem – para ser mais preciso, Deus – de modo a atingir um clímax na apresentação da figura do Servo aqui descrito. Entretanto, não são apresentadas características físicas, mas informações de Seu caráter, mensagem e disposição de servir. Essas informações têm o claro objetivo de prover um meio de identificação do Servo e devem ser suficientes, muito além de qualquer declaração de nome.

Não obstante, um apanhado da história das interpretações da figura do Servo parecem demonstrar que a facilidade de identificação sejam apenas aparente. De fato, os estudiosos judeus desde a antiguidade se dividem na identificação do Servo com o Messias ou com o próprio povo de Israel. O Zoar, um tratado místico judaico do 10º século d.C., por exemplo, em sua seção 2, de Êxodo, p. 212, identifica o Servo com o Messias. Mas noutros lugares o identifica com Israel, Moisés, Elias, o anjo Metraton e justos de Israel. E, de igual maneira, o Talmud judaico, apresenta identificações variadas, sendo prevalecente a que identifica o Servo com o povo de Israel.

A literatura cristã, antes do advento da crítica-histórica no século 18, era praticamente unânime na identificação do Servo com o Messias, indicando na descrição de Suas características, claros elementos que apontavam para Jesus. Já Paulo, escrevendo aos Romanos, no capítulo 10:36 citou parte do capítulo 53 de Isaías, e o aplicou a Jesus. O encontro de Felipe com o Eunuco desenvolveu-se em torno da compreensão de Isaías 53 e sua aplicação ao ministério de Jesus. Mateus 8:17 cita Isaías 53:4, e João 12:38 refere-se a Isaías 53:1. Dentre os pais da igreja, Clemente de Roma, tão cedo quanto o primeiro século d.C., citou Isaías 53:1-4 e identificou o Servo com Jesus. Justino Mártir, em sua primeira apologia, não apenas identificou o Servo com Jesus, como também delimitou o texto como uma unidade começando no capítulo 52:13. Anos mais tarde, Orígenes também utilizou Isaías 53 em sua resposta ao filósofo Celso, escrita por volta de 248 d.C. Os reformadores foram praticamente unânimes na identificação desse Servo com Jesus, utilizando Isaías 53 como centro da argumentação messiânica.

Não obstante, o cristianismo atual abdicou, de certa forma, da identificação histórica do Servo com Jesus, adotando identificações diferentes, indo de Jeremias e Zorobabel até Dario e Ciro. O Messias é, então, encontrado em um cumprimento através do Sensus Plenior, ou do significado maior, tipológico, que vai além da figura histórica. Com isso, dizem os proponentes dessas identificações, a importância natural, local e contextual do texto é preservada, sem perder seu significado para a pregação neotestamentária.

Para onde devemos nos encaminhar? Qual identificação é mais segura? Imediatamente é preciso descartar a identificação judaica que torna Israel o Servo de Isaías 53. Na seção de Isaías 52:13-53:12, o Servo é constantemente descrito como fiel e justo, mesmo em meio às aflições e angústia, uma descrição que não pode ser aplicada a Israel. Se Israel fosse realmente justo e leal como descrito em Isaías 53, de acordo com as promessas da aliança em Levítico 26 e Deuteronômio 28, Israel seria abençoado e não amaldiçoado, e não seria vítima de sofrimento. Ademais, o resultado do sofrimento do Servo de Isaías 52-53 é o espanto dos reis do mundo e estes se inclinando diante Dele. Novamente, isso não pode ser dito sobre Israel.

No que diz respeito às intepretações não judaicas, que apontam para outras pessoas como sendo a identidade principal do Servo, com a tipologia sendo necessária para manter a identificação messiânica, ainda que de forma secundária, é preciso cuidado. A base de uma parte dessas identificações é a negação tácita de que possa haver profecia preditiva. A escola crítica afirma de maneira explícita que não é possível haver predição do futuro, porque o futuro é desconhecido e inexistente. A profecia, portanto, expressa muito mais eventos passados narrados com voz futura, para prover esperança no presente. Dessa forma, nenhum significado futuro existe em textos proféticos, exceto os que são enxergados pela tipologia, que olha para o passado e encontra semelhanças entre eventos e pessoas separadas pelo espaço e pelo tempo.

Ora, esse pensamento esvazia a profecia de sua função de demonstrar a capacidade divina de controlar o futuro e Se revelar historicamente. O próprio livro de Isaías, no capítulo 48, fala de Deus como sendo Aquele que anuncia o futuro desde o princípio, contrapondo a noção naturalística. Ademais, ao afirmar que a profecia fala do passado com linguagem do futuro, há uma acusação direta de manipulação da realidade e de mentira proposital por parte dos autores dos textos, e, em última instância, do próprio Deus.

É preciso, portanto, adentrar ao texto sem pressuposições para permitir que ele apresente elementos que permitam identificar o Servo Sofredor. Ao fazer isso, o quadro que se apresenta é muito claro: O Servo é voluntário, diferente dos servos involuntários, que devem ser atraídos. Ele é justo (Is 53:9), sublime (52:13), sofreria por muitos (53:4), entregaria a Si mesmo por oferta (53:10) e seria rejeitado (53:3). Ele também morreria violentamente (53:7-8) e seria desfigurado (52:14; 53:2). Como última e principal característica, o Servo morreria pelos pecados do povo de Deus e intercederia por ele (53:8-12).

As informações são suficientes para nos proporcionar uma visão clara do cumprimento da profecia. Não é possível encontrar na história do tempo de Isaías, nem em qualquer outro tempo imediato, nenhuma pessoa que possua as características apresentadas nessa profecia. De fato, é somente na narrativa da vida e do ministério de Jesus, contida no Novo Testamento, que podemos visualizar as informações dadas por Isaías. Elas são agrupadas para formar um quadro coerente e completo. Não é preciso, portanto, recorrer ao Sensus Plenior nem à tipologia para alcançar os tempos e a pessoa de Jesus e identificá-Lo como o Messias Servo de Isaías. Cada elemento descritivo desse personagem no livro de Isaías nos levam unicamente a Ele: Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor.

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: O Pr. Sérgio Monteiro é casado com Olga Bouchard de Monteiro. É pai de Natassjia Bouchard Monteiro e Marcos Bouchard Monteiro. É bacharel em Teologia, mestre em Teologia Bíblica e cursa doutorado em Bíblia hebraica. É pastor na Escola do Pensar e no Instituto de Estudos Judaicos Feodor Meyer. É membro da Adventist Theological Society, International Association for the Old Testament Studies e Associação dos Biblistas Brasileiros.