Lição 2
02 a 08 de julho
Os crisóis da vida
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Sl 100-105
Verso para memorizar: “Amados, não estranhem o fogo que surge no meio de vocês, destinado a pô-los à prova, como se alguma coisa extraordinária estivesse acontecendo. Pelo contrário, alegrem-se na medida em que são coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de Sua glória, vocês se alegrem, exultando” (1Pe 4:12, 13).
Leituras da semana: 1Pe 4:12-19; 5:8-11; Rm 1:21-32; Jr 9:7-16; 2Co 12:7-10

Em laboratórios de química, com frequência são colocados em um pequeno recipiente diferentes materiais, que são aquecidos a temperaturas extremas. À medida que o recipiente fica mais quente, os materiais nele colocados ou se derretem, chiam, esguicham ou se incandescem, dependendo do que são feitos. O recipiente é chamado de crisol.

Um crisol é definido no dicionário como (1) recipiente utilizado para derreter uma substância em altas temperaturas, (2) uma prova severa, (3) lugar ou situação em que forças concentradas interagem para causar ou influenciar mudanças ou desenvolvimento.

Essas definições também nos dão uma percepção útil sobre o que acontece em nossa vida espiritual. Nesta semana destacaremos algumas razões pelas quais podemos nos encontrar sob pressão e passar por provas cujas circunstâncias nos fazem mudar, nos desenvolver e crescer em caráter. Isso nos ajudará a ter ciência do que Deus faz em nossa vida para que, ao passarmos por um crisol, tenhamos noção de como reagir.

Resumo da semana: Por que passamos por momentos difíceis?

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Domingo, 03 de julho
Ano Bíblico: Sl 106-110
Surpresas

“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse” (1Pe 4:12, ARC).

Surpresas dolorosas podem ocorrer de muitas formas. Um carro que se desvia na estrada em sua direção, uma notificação súbita de que você perdeu o emprego. Um exame médico que lhe dá más notícias. Ser traído por alguém que você imaginava que o amasse. Por mais lamentável que seja a dor, é pior ainda quando acontece de surpresa.

Nesta semana, veremos alguns tipos específicos de situações dolorosas ou crisóis que não deveriam nos surpreender.

Em 1 Pedro 4:12, a palavra grega para “estranheis” significa ser “alheio” ou “estrangeiro”. Pedro estava exortando seus leitores a não cair na armadilha de acreditar que tribulações e dificuldades atrozes sejam alheias à experiência cristã. Em vez disso, deveriam ser consideradas normais – elas podem e devem ser esperadas.

A palavra usada para “ardente prova” (ARC) ou “dura prova de aflição” (NTLH) vem de outra palavra grega e significa “queimadura”. Em outros lugares é traduzida por “fogo” (NAA). Essa experiência de sofrer pela fé pode, portanto, ser considerada um “processo de fundição”, o processo do crisol.

1. Leia 1 Pedro 4:12-19. Qual é a mensagem do apóstolo?

Muitos são surpreendidos pelo sofrimento porque têm uma visão muito simplificada da vida cristã. Há dois lados – Deus, que é bom; e Satanás, que é mau. Com frequência, colocamos automaticamente tudo o que é bom na caixa de Deus e tudo o que é ruim na caixa de Satanás. Mas a vida não é tão simples. Não podemos usar nossos sentimentos para decidir o que está numa caixa e o que está na outra. Caminhar com Deus pode ser desafiador e difícil, e seguir Satanás pode parecer vantajoso. Jó, que era justo, mas sofreu, ilustra isso com uma pergunta: “Como é que os ímpios continuam vivos, envelhecem e ainda se tornam mais poderosos?” (Jó 21:7).

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Pedro estava se referindo a provas que acontecem porque seguimos a Cristo. Mas existem outros motivos para as dificuldades. Como 1 Pedro 4:12-19 pode nos ajudar a explicar a um amigo por que ele não deve se surpreender com as provações da vida?


Segunda-feira, 04 de julho
Ano Bíblico: Sl 111-118
Crisóis de Satanás

“Sejam sóbrios e vigilantes. O inimigo de vocês, o diabo, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8).

2. Leia o verso acima. Qual é a mensagem para nós? Pergunte a si mesmo: “com que seriedade considero essas palavras?” Que atitudes demonstram se você as leva a sério ou não?

Você já observou um leão com fome? É terrível porque sabemos que ele pode pegar e comer quase qualquer coisa que desejar. Pedro disse que Satanás está ao redor como um leão. Quando olhamos em volta, podemos ver as consequências de seu desejo de matar. Morte, sofrimento e a distorção e perversão de princípios e valores estão em toda parte. Não podemos passar por alto a obra de Satanás.

3. Leia 1 Pedro 5:8-11. Como os cristãos devem reagir a essa atitude de Satanás?

4. O que Deus promete fazer por aqueles que sofrem? 1Pe 5:10

Pedro escreveu essas palavras no contexto da reação aos ataques satânicos à fé cristã. Mas, como mencionamos, Satanás atua de diferentes maneiras. Embora devamos estar cientes da realidade e do poder do nosso inimigo, nunca podemos desanimar, pois precisamos sempre nos lembrar de que Jesus derrotou Satanás, e enquanto estivermos ligados ao Senhor, apegados a Ele com fé, nunca seremos vencidos. Por causa da cruz, a vitória de Cristo é a nossa vitória.

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Pense nas outras maneiras pelas quais Satanás causa dor. Como 1 Pedro 5:8-11 nos ajuda a lidar com a angústia que experimentamos por viver neste mundo de pecado, do qual Satanás faz um caos?


Terça-feira, 05 de julho
Ano Bíblico: Sl 119
Crisóis do pecado

“A ira de Deus se revela do Céu contra toda impiedade e injustiça dos seres humanos que, por meio da sua injustiça, suprimem a verdade” (Rm 1:18).

Tudo o que fazemos tem consequências. Se você permanecer ao sol forte com um sorvete, ele vai derreter. Causa e efeito andam juntos. Não importa quanto queiramos que as coisas sejam diferentes, com o pecado ocorre a mesma coisa. Ele tem consequências. Deus não Se assenta no Céu imaginando que coisas terríveis pode fazer às pessoas que pecam; não! O próprio pecado traz suas consequências.

O problema é que muitas vezes pensamos que, de alguma forma, podemos enganar a Deus e pecar sem experimentar as consequências. Isso nunca acontece. Paulo deixou bem claro que o pecado tem consequências não só para a eternidade, mas resultados dolorosos e angustiantes também no presente.

5. Em Romanos 1:21-32, Paulo falou de pessoas que caíram no pecado e das consequências dessa escolha. Leia esses versos com oração e resuma a essência do que o apóstolo disse, focalizando especificamente as fases do pecado e as consequências dele.

Alguns versos antes Paulo descreveu essas consequências como a “ira de Deus” (Rm 1:18). A ira divina nessa passagem é simplesmente o ato divino de permitir que os seres humanos colham o que semearam. Mesmo para os cristãos, Deus nem sempre intervém de imediato para remover a dor que resulta de nossas próprias ações. Muitas vezes, Ele permite que experimentemos as consequências de nossas atitudes para que entendamos quão profundamente danoso e ofensivo é o pecado.

Temos considerado as consequências de transgredir a lei moral. Mas e quanto à quebra das leis de saúde? Nosso corpo é a morada do Senhor. Se o maltratamos, deixando de comer de forma saudável ou de fazer exercícios, ou mesmo trabalhando em excesso, isso também é pecado, e suas consequências podem trazer um crisol.

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Você tem colhido as consequências imediatas de seus pecados? Que lições tem aprendido? Que mudanças deve fazer para não passar por algo semelhante novamente?


Quarta-feira, 06 de julho
Ano Bíblico: Sl 120-134
Crisóis de purificação

“Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: ‘Eis que Eu os depurarei e os provarei. Pois que outra coisa poderia Eu fazer com a filha do Meu povo?’” (Jr 9:7).

“Se o Espírito de Deus traz à sua mente uma palavra do Senhor que o fere, tenha a certeza de que há algo em você que Ele quer ferir até ao ponto da morte” (Oswald Chambers, My Utmost for His Highest [Uhrichsville, OH: Barbour & Company, Inc., 1963], p. 271).

6. Como você entende a citação e o verso bíblico acima? Qual tem sido sua experiência com a dor envolvida no processo de purificação?

7. Leia Jeremias 9:7-16. Deus disse: Eu “depurarei [ou “fundirei”, ARC] e provarei” Judá e Jerusalém (Jr 9:7). Quais duas razões Deus deu para isso? (Jr 9:13, 14). Como aconteceria o refinamento? Jr 9:15, 16

A prova e o refinamento divinos envolvem uma ação drástica. Talvez existam três razões pelas quais a prova e o refinamento podem parecer um crisol. Primeiro, experimentamos a dor à medida que Deus permite que as circunstâncias chamem nossa atenção para o nosso pecado. Poucos versos antes, Jeremias escreveu com tristeza: “O fole sopra com força, e o chumbo já se derreteu com o calor. Em vão continua a depuração, porque os maus não são separados” (Jr 6:29). Assim, às vezes é necessária uma ação drástica para se obter nossa atenção. Segundo, nos angustiamos à medida que nos sentimos pesarosos pelo pecado que então enxergamos claramente. Terceiro, nos frustramos ao tentar viver de forma diferente. Pode ser bastante desconfortável e difícil continuar escolhendo desistir das coisas que tanto fizeram parte de nós.

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Pense sobre os pecados contra os quais você luta. Se Deus fosse prová-lo e refiná-lo hoje, como Ele faria isso? Que atitude você poderia tomar agora para deixar seu pecado antes que Deus precise tomar atitudes drásticas, como fez com Israel?


Quinta-feira, 07 de julho
Ano Bíblico: Sl 135-139
Crisóis de maturidade

“E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar” (2Co 12:7).

Existe uma grande diferença entre corte e poda. Cortamos plantas que não queremos mais; podamos as plantas para que se desenvolvam e frutifiquem mais. No entanto, ambos os processos envolvem uma faca afiada. A poda exige que se corte partes da planta que podem parecer, a um jardineiro iniciante, o mesmo que a morte. No contexto espiritual, Bruce Wilkinson escreveu: “Você está orando pelas bênçãos superabundantes de Deus e suplicando que Ele o torne mais parecido com Seu filho?

“Se sua resposta for sim, então você está pedindo pelas podadeiras” (Bruce Wilkinson, Secrets of the Vine [Sisters, OR: Multnomah Publishers, Inc., 2001], p. 60).

O que Paulo quis dizer com “espinho na carne” (2Co 12:7)? As hipóteses de respostas para isso vão desde ataques constantes de inimigos a uma dificuldade na fala. Uma das possibilidades mais prováveis é que fosse um problema com a visão (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 1.235). Curiosamente, Paulo acreditava que seu “espinho” havia sido “dado” a ele.

8. O que Paulo quis dizer com a expressão “foi-me dado”? Quem deu a ele o espinho? Como Deus poderia usá-lo para o benefício de Paulo?

O “espinho” de Paulo tinha um propósito: A fim de que ele não se exaltasse (2Co 12:7). Não foi por causa de um pecado específico, mas para evitar o pecado. Paulo reconhecia sua fraqueza para o pecado e que esse “espinho” poderia protegê-lo.

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9. Leia 2 Coríntios 12:7-10. Como Paulo lidava com seu “espinho”? Essa fraqueza tinha outros benefícios espirituais para ele? A reação do apóstolo ajuda você a lidar com “espinhos” que tenha que carregar?

 

 

As ideias de Deus para seu desenvolvimento são bem diferentes das suas próprias? Em quais áreas da vida você precisa se tornar mais frutífero em justiça? Quais qualidades espirituais deseja pedir que Deus desenvolva em você por meio de Sua “poda”?


Sexta-feira, 08 de julho
Ano Bíblico: Sl 140-144
Estudo adicional

Textos de Ellen G. White: Signs of the Times, 18/11/1903 (“Oração eficaz”); Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1303; Minha Consagração Hoje, p. 84 (“Deus permite para me purificar”).

“Ele, que lê o coração dos homens, conhece melhor do que eles mesmos seu caráter. Vê que alguns têm faculdades e possibilidades que, bem dirigidas, poderiam ser empregadas no avanço de Sua obra. Em Sua providência, Deus colocou essas pessoas em diferentes situações e circunstâncias para que descubram, em seu caráter, defeitos que a eles mesmos estavam ocultos. Dá-lhes oportunidade de corrigir tais defeitos e se tornar aptos para O servir. Permite por vezes que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 471).

Perguntas para consideração

  1. É triste colher as consequências do pecado. “Serei capaz de estar em harmonia com Deus novamente?”, nos perguntamos. Que promessas Deus fez que nos encorajam a perseverar? (Leia Rm 5:1-11.) O que dizer a alguém que faça essa pergunta?
  2. O que Ellen G. White quis dizer com “Sua providência”? Como isso funciona? Como saber quando algo acontece pela providência divina? A providência trouxe provas à sua vida? O que aprendeu com essa experiência? Como ajudar outra pessoa que está perguntando se algum acontecimento é providência divina?
  3. Você conhece alguém que esteja passando por um crisol? É importante saber qual foi a causa da situação? Como reagir ao sofrimento dessa pessoa?
  4. Um jovem da América do Sul passou por uma prova. Depois de se mudar para a Europa, ele disse: “Deixei meu cadáver na América do Sul”. Por que devemos, em certo sentido, “deixar nosso cadáver” em algum lugar? Qual é o papel das provações?
  5. Planeje uma visita a um hospital ou a algum lugar em que possa confortar aflitos.

Respostas e atividades da semana: 1. Sofrer pela fé não deve ser surpresa para o cristão. Isso deve ser considerado algo positivo. 2. Comente com a classe. 3. Ser vigilantes e resistir firmes na fé. 4. Aperfeiçoar, firmar, fortalecer e fundamentar. 5. Alguns se afastam de Deus, O rejeitam e Lhe desobedecem. Eles colhem os resultados de seus pecados. 6. Comente com a classe. 7. Deixaram a lei de Deus e não Lhe deram ouvidos. Deus os espalharia entre nações desconhecidas e enviaria a espada após eles. 8. Deus deu a Paulo esse espinho para proteger o apóstolo do pecado. 9. Com boa vontade. Isso o impedia de se gloriar e fazia com que dependesse mais ainda de Deus. Comente com a classe.

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Resumo da Lição 2
Os crisóis da vida

Os crisóis da vida

TEXTO-CHAVE: 1Pe 4:12, 13

FOCO DO ESTUDO: Jr 9:7-16; Rm 1:21-32; 2Co 12:7-12; 1Pe 4:12-19; 5:8-11

ESBOÇO

Provações de todos os tipos atingiram Pedro em ondas sucessivas ao longo de sua vida. Ele lutou literalmente contra as ondas espumantes do lago durante as noites frias que passou pescando para o sustento de sua família. Lutou contra as ondas de arrependimento amargo quando traiu seu Senhor. Lutou contra as ondas de incerteza na prisão depois de pregar o evangelho. Lutou contra as ondas de frustração ao trabalhar para estabelecer a igreja cristã primitiva. Ele se tornou, por assim dizer, um estudante na escola do sofrimento, avaliando suas provações da causa para o efeito e capacitando-se, assim, a crescer a partir de suas experiências. Aprendeu especialmente qual é o papel do sofrimento, tanto na obra divina de salvação quanto em sua esperança pessoal de fazer o que Deus queria e de se tornar o que Ele esperava que Pedro se tornasse. Por ter se tornado um especialista em sofrimento e provações, o apóstolo Pedro é o personagem mais adequado para nos ensinar nesta semana. Portanto, essa lição destaca vários tipos de crisóis: aqueles que são gerados por Satanás, os que são gerados pelo nosso pecado, os que são causados por Deus para nos purificar e formar nosso caráter e os crisóis de maturidade. Cada um desses crisóis tem sua fonte (Satanás, nós ou Deus) e critérios para gerenciamento e resposta.

Temas da lição

A lição desta semana destaca dois temas principais.

  1. O sofrimento é uma realidade presente em nosso mundo decaído, e, como cristãos, devemos aprender a lidar com ele e dele tirar lições.
  2. Como mordomos de nossa espiritualidade, precisamos aprender a distinguir entre os diferentes tipos de provações e sofrimentos. Isso nos ajudará a entender como lidar com as crises em nossa vida e a tirar as melhores lições.

COMENTÁRIO

Sofrendo com Cristo

O texto de 1 Pedro 4:12, 13 nos intriga com dois temas principais. Primeiro, o que Pedro quis dizer ao afirmar que não devemos nos surpreender quando as provações nos atingem? O mal e o pecado são intrusos na ordem criada por Deus, não são naturais para a vida biológica ou moral, como originalmente criadas. Não devemos nos acostumar com eles, nem aceitá-los como parte do mundo original divino. O mal e o pecado não durarão. Chegará o tempo em que Deus acabará com eles.

O que Pedro estava comunicando é que, no mundo posterior à queda, o pecado, o mal, o sofrimento e a morte são onipresentes. Para sobreviver nesse mundo, devemos aceitar que essa é a nova realidade, embora temporária. Não devemos viver em angústia constante, temendo que o mal nos sobrevenha a qualquer momento. No entanto, precisamos estar prontos para o que pode acontecer como consequência dele.

Nesse contexto, estar pronto significa: (1) estar atento ao panorama do grande conflito; (2) estar continuamente conectado a Deus em oração e por meio de Sua revelação de Si mesmo; e (3) ter amigos espirituais que estejam prontos para nos consolar e apoiar em tempos de sofrimento, de maneira sábia, compassiva e bíblica.

Em segundo lugar, o que Pedro quis dizer ao afirmar que devemos nos alegrar em participar do sofrimento de Cristo? Ele destacou o sofrimento do Senhor várias vezes em sua primeira epístola. No capítulo 1, todo o evento da primeira vinda de Cristo, conforme predito pelo Espírito Santo, é descrito como os “sofrimentos de Cristo” (1Pe 1:11, NVI). No capítulo 2, Pedro explicou que Jesus sofreu injustamente porque Ele é o Servo Sofredor de Isaías 53 (1Pe 2:21-25). No capítulo 3, enfatizou que Jesus “padeceu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir vocês a Deus” (1Pe 3:18). No capítulo 4, acrescentou que “Cristo sofreu na carne” (1Pe 4:1) e, no capítulo 5, confirmou que ele mesmo testemunhou “os sofrimentos de Cristo” (1Pe 5:1).

Pedro também relacionou todo o nosso sofrimento ao de Cristo.

No capítulo 1, ele disse aos cristãos que eles deviam se alegrar na salvação oferecida por Cristo, mesmo que “por breve tempo, se necessário, [fossem] contristados por várias provações” (1Pe 1:6). Esse sofrimento, entretanto, só resultaria “em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1:7).

No capítulo 2, Pedro explicou que sofrer injustamente é louvável (1Pe 2:19, 20), pois Jesus também sofreu injustamente (1Pe 2:21-25).

No capítulo 3, ele continuou com o mesmo tema do sofrimento injusto: “Se você sofrer pelo que é certo, você é ‘bem-aventurado’, pois, se for da vontade de Deus, é melhor que vocês sofram por praticarem o bem do que praticando o mal” (1Pe 3:14, 17). Isso é assim porque, humanamente falando, não houve nada de justo no fato de que Jesus, o Justo, morreu pelos injustos; mas esse mesmo ato resultou em justiça e salvação para os pecadores, para Deus e para o Universo. Esse princípio também se aplica a nós em relação ao nosso sofrimento como cristãos; não há nada de justo em relação à perseguição que sofremos por sermos cristãos, mas esse sofrimento pode ser usado para o bem, pois levará à transformação do nosso caráter e à salvação de muitas outras pessoas, ao mesmo tempo que glorifica a Deus (1Pe 1:6, 7).

No capítulo 4, Pedro explicou o bem que o sofrimento faz em nós e por nós: o sofrimento nos ajuda a disciplinar nosso corpo e nossos desejos (1Pe 4:1, 2). Contudo, essa disciplina moral não é simplesmente um resultado natural do sofrimento causado pelos nossos vários erros (1Pe 4:15). Nosso sofrimento é eficaz porque somos “coparticipantes dos sofrimentos de Cristo” (1Pe 4:13), sofremos “como cristãos” levando o nome de Deus (1Pe 4:16) e segundo a vontade Dele (1Pe 4:19).

No capítulo 5, Pedro nos lembra de que não estamos sozinhos, pois muitos outros irmãos e irmãs cristãos em todo o mundo estão “passando por sofrimentos iguais aos” nossos (1Pe 5:9). Temos a certeza de que, na perspectiva da graça e salvação da parte de Deus, esse sofrimento é apenas “por um pouco” (1Pe 5:10).

O diabo do Iluminismo (1Pe 5:8-11)

A figura do diabo foi real para os cristãos ao longo da história. Os reformadores protestantes consideravam real sua existência. No entanto, durante e após o Iluminismo, filósofos e teólogos construíram uma visão de mundo que rejeitava a existência de pessoas ou fenômenos que operassem além do mundo conhecido. Essa cosmovisão condicionou o cristianismo liberal a negar a existência do diabo como um ser real no presente. Em vez disso, esse grupo declara que o diabo é apenas uma representação mítica do princípio do mal. Consequentemente, o mal agora é considerado o resultado da ignorância ou o produto de um longo e violento processo evolutivo do qual a raça humana emergiu. Assim, o mal é resultado de um determinismo material, genético e social. Mesmo que alguns cristãos admitissem a existência do diabo, achariam difícil acreditar que ele seja realmente assim tão perverso e poderoso como descrito na Bíblia.

Sendo cristãos que creem na Bíblia, porém, consideramos real a existência do diabo. Para Jesus, Satanás era um ser real, não um símbolo de alguns aspectos obscuros internos de sua mente (ver, por exemplo, Mt 4:1-11). Paulo também via o cristão engajado em uma luta travada contra “as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais” (Ef 6:12), e, em nossa lição, Pedro insiste para que sejamos vigilantes contra os ataques do diabo (1Pe 5:8). No entanto, embora o inimigo seja real, o cristão não se concentra no diabo. Sim, devemos estar cientes de sua existência e cuidar para não cair em seus enganos, mas o centro, a essência e a alegria de nossa vida é Cristo e Sua salvação.

Ellen G. White: o papel do sofrimento após a queda

“E a vida de trabalho árduo e preocupações, que dali em diante deveria ser o destino do homem, foi ordenada com amor. Uma disciplina que se tornara necessária pelo seu pecado foi o obstáculo posto à satisfação do apetite e dos maus desejos, para desenvolver hábitos de domínio próprio. Fazia parte do grande plano de Deus para restaurar o ser humano da ruína e degradação do pecado” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 36 [60]).

APLICAÇÃO PARA A VIDA

  1. Como ter uma vida concentrada em Cristo, sabendo que Satanás é real e ativo no mundo?
  2. Embora não mais nos surpreendamos com o fato de haver sofrimento no mundo, sempre é uma surpresa quando as provações nos atingem pessoalmente. Estar preparados para enfrentar o sofrimento na vida pessoal e responder a ele de maneira cristã é essencial. Os cristãos estão cientes dos vários tipos de crisóis e os levam a sério, e querem tirar deles as lições corretas. Muitas vezes, o cristão deseja ter certeza de que não é responsável por nenhuma crise pessoal. No caso de uma doença, ele se sentiria muito melhor sabendo que não é responsável por sua causa, certo? Essa garantia faz muita diferença para quem está passando pela provação. Ao mesmo tempo, devemos reconhecer que, se uma doença surge devido ao nosso estilo de vida, a experiência pode ser corretamente vista como um crisol de pecado e precisa ser tratada como tal (1Pe 2:20; 3:10, 11, 17; 4:15, 16). Por quais tipos de crisóis você passou recentemente? O que aprendeu? Como superou essas situações?
  3. Concentre-se, por exemplo, no crisol de maturidade. De que forma podemos identificar esse tipo de crisol em nossa vida? Como o sofrimento contribui para nossa maturidade?

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Milagre na pandemia

Guilherme | Bolívia

A Bolívia entrou em confinamento em meio à pandemia de COVID-19. Todas as igrejas foram fechadas, e os cultos e outras atividades da igreja foram proibidos por medo de espalhar o vírus. Pequenos grupos de crentes começaram a se reunir em casas em El Alto, a segunda maior cidade da Bolívia.

Guillermo orou fervorosamente. Como as pessoas poderiam adorar em meio a uma pandemia? Enquanto Guillermo orava, uma ideia se formou em sua mente. Por que não deixar a cidade e realizar cultos de adoração em um lugar deserto?

Com muita oração e com a ajuda de vários membros da igreja, ele decidiu adorar a Deus em uma das muitas colinas ao redor da cidade. O grupo escolheu uma colina que, na língua aimará, é chamada de “Waña Quta” ou “Lago Seco”. Ela está localizada no sopé de uma montanha nevada. Oito homens membros da igreja compareceram à primeira reunião de sábado. Os homens não desanimaram e continuaram a se reunir todos os sábados. Enquanto oravam e adoravam, as pessoas continuavam chegando. Depois de três meses, o grupo cresceu para 100 pessoas, incluindo adventistas, evangélicos e membros de outras denominações cristãs. O frio, a chuva e o cansaço não desanimaram homens e mulheres, jovens e crianças de fazer a caminhada de 2 quilômetros colina acima. Um único pensamento prevaleceu em suas mentes: “Vamos continuar caminhando. Deus está conosco”. Eles confiara em Deus com meditação,  jejum e oração. Ajoelhados na colina, eles oraram com fervorosa alegria ao Senhor.

“Foi uma grande bênção reunir-nos na colina todos os sábados”, diz Guilhermo. Muitas pessoas buscavam o senhor em meio a dificuldades com o desemprego e a doença. Elas deixavam a colina com lágrimas nos olhos e fé de que Deus permaneceria no controle e faria grandes milagres em suas vidas. Elas encorajaram umas às outras com Filipenses 4:19, que diz: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, tudo aquilo de que vocês precisam” (NAA). Enquanto o mundo ficava mais lento por causa da pandemia, a pregação do evangelho eterno não parava. Como resultado das reuniões milagrosas no topo da colina durante a pandemia, 13 pessoas entregaram suas  vidas ao seSenhor  por meio do batismo. Hoje, o grupo de fiéis do topo da colina tornou-se um grupo organizado de mais de 50 membros que se reúnem todos os sábados em um salão alugado. Apesar da pandemia, o evangelho está se espalhando em El Alto, a segunda maior cidade da Bolívia. Mas partes de El Alto ainda não têm uma Igreja Adventista. A oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a estabelecer uma igreja em um desses bairros. Obrigado por planejar uma oferta generosa para o décimo terceiro sábado, em 24 de setembro, para apoiar o estabelecimento desta igreja e de três outras na Bolívia.

Dicas para a história

  • Baixe as fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.

  • Baixe publicações sobre a missão e fatos rápidos da Divisão

    Sul-Americana: bit.ly/sad-2022.

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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º trimestre de 2022

Tema geral: Provados pelo fogo

Lição 2 – 2 a 9 de julho de 2022

Os crisóis da vida

Autor: Célio Barcellos

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Um dos períodos mais vibrantes e de grande riqueza intelectual do cristianismo primitivo tem a ver com a igreja no norte da África. Concomitante à prosperidade intelectual e expressão da fé, também foi um período de duras perseguições. Das muitas figuras de destaques, como Atanázio, Orígenes, Cipriano, Tertuliano e tantas outras, uma em especial chama a atenção por ser mulher e ter uma fé resiliente – Vibia Perpétua. Conhecida como Santa Perpétua, ela foi martirizada em Cartago (Tunísia), por volta dos anos 202 e 203 d.C. Era uma jovem de apenas 22 anos que, por ordem do imperador Sétimo Severo, foi presa ao se negar a adorar os ídolos de Roma. Além de ser jovem, ela ainda amamentava um bebê. Mesmo com o apelo de seu pai, ela não renegou a Cristo, preferindo ser morta e deixar uma criança órfã.

Certamente, Perpétua tinha em mente o seguinte texto: “Seja fiel até a morte, e Eu lhe darei a coroa da vida” (Ap 2:10). O seu contexto de vida coincide com o período atribuído à igreja de Esmirna. De acordo com o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, p. 825, esse período “pode ter se iniciado por volta do fim do primeiro século (c. 100 d.C.), estendendo-se até cerca de 313 d.C.)”. Então, Perpétua está inserida no elogio aos crentes dessa igreja, os quais só receberam manifestações de aprovação do Salvador. De acordo Wiersbe, não existe nenhuma “palavra de acusação para a congregação de Esmirna! É possível que não tivessem a aprovação dos homens, mas certamente recebiam o louvor de Deus” (Warren W. Wiersbe, Comentário Bíblico Expositivo, p. 710).

Perpétua e tantos outros cristãos passaram pelos crisóis da vida. Essa situação não é diferente para os cristãos atualmente. Imagino que você, que está lendo este texto agora, em algum momento da sua vida tenha suportado provações. De repente, uma injustiça cometida o levou a um inquérito policial, ou até mesmo à prisão. Talvez tenha sido caluniado e viu sua reputação ir para o “ralo” devido à ferocidade dos comentários na internet. Possivelmente, por causa do sábado, seu contrato de trabalho foi rescindido e, por causa do desemprego, você tenha passado por uma situação difícil, a ponto de querer desistir da fé, pois a família estava em necessidade e os amigos fortemente censuraram sua atitude. Por favor! Diante de situações como essas, devemos olhar para a igreja de Esmirna e para a vida de pessoas como Perpétua e tantos outros fiéis. Acima de tudo, devemos olhar para Cristo!

Em 2021, tive a oportunidade de conversar com o Pr. Antônio Monteiro dos Anjos. Ele gentilmente cedeu seu tempo para um momento com os membros do FORLIR (Fórum Regional de Liberdade Religiosa) da Associação Paulista Central (APaC). Seu testemunho é impressionante! Natural de Cabo Verde (África), ele foi detido injustamente em seu período como missionário no Senegal. Por falsas acusações, ele ficou preso durante 22 meses e amargou a crueldade da injustiça ao ver seu rosto e seu nome expostos em vários jornais do mundo. Após esse longo tempo em que pessoas do mundo inteiro oraram por ele e os defensores dos direitos humanos apelavam por sua inocência, em 13 de janeiro de 2014, o Tribunal de Apelação da cidade do Togo inocentou o Pr. Monteiro de todas as acusações.

Assim como Perpétua, Antônio Monteiro enfrentou o crisol da prisão, mas, conseguiu sair com vida e retornar para sua terra natal, onde atualmente desfruta de sua jubilação pastoral na companhia de sua família. Perpétua e tantos outros mártires ao longo dos séculos não retornaram para seus lares, mas morreram com a certeza de um lar eterno. O livro do Apocalipse, na abertura do quinto selo, relata a visão dos mártires por causa da Palavra de Deus (Ap 6:9). O Senhor recompensará Seus fiéis. Nenhum crisol pode destruir a fidelidade daquele que escolher viver para Cristo. Nada separa o fiel do amor que ele tem por Jesus Cristo (Rm 8:35).

O apóstolo Pedro, ao esboçar em sua primeira epístola o incentivo aos irmãos para perseverar na fé, estava consciente do que falava, pois conviveu com Jesus e entendia que era preciso suportar os crisóis da vida (1Pe 4:12, 13), pois presenciou o sofrimento de Cristo em favor do ser humano. A despeito de ter negado a Jesus na véspera da crucifixão (Lc 22:54-62), o que resultou numa profunda vergonha e na vontade de se esconder de todos, por causa do grande vitupério trazido sobre Jesus, Pedro foi restaurado pelo perdão de Cristo. Após o encontro com Jesus na praia, o apóstolo se sentiu perdoado e reintegrado ao serviço do Mestre (Jo 21:15-19). O pecado de Pedro o lançou no crisol da culpa e da tristeza por ter negado o Mestre, mas Deus usou essa experiência para transformar sua vida e seu ministério.

Quando olhamos a história de Pedro e percebemos que ele também experimentou o crisol da provação, isso deve nos ensinar que não estamos acima do testemunho do apóstolo nem de outros fiéis a ponto de ficarmos isentos das duras provas. É preciso compreender que é bem-aventurado o cristão que suporta a provação (Tg 1:12). Os discípulos tinham essa consciência e os mártires também. Se achamos que as histórias de Pedro e de Perpétua estão muito distantes de nós, temos o exemplo recente do Pr. Antonio Monteiro e de tantos outros que padecem perseguições e até a morte por causa do evangelho de Jesus Cristo.

Há um filme intitulado “O Fora da Lei de Deus”, que já fez parte da grade da TV Novo Tempo, que traz o relato da história de William Tyndale. Ele foi um camponês da Inglaterra que se tornou versado em Grego, Hebraico e Latim, e que sonhava em ver a Bíblia traduzida para o povo inglês. Ele foi duramente perseguido e morto. Mas, no momento em que ateavam fogo a seu corpo e as chamas o consumiam, ele disse a seguinte frase: “Senhor, abre os olhos do rei da Inglaterra”. Tempos depois, o rei Henrique VIII autorizou a tradução da Bíblia. Ou seja, Tyndale arriscou a vida ao publicar de forma clandestina a Palavra de Deus. Passou pelo crisol ardente, mas foi bem-aventurado no Senhor ao suportar a provação.

É possível que, ao observarmos essas histórias, sejamos tentados a imaginar que Deus tenha Se esquecido dos servos Dele e os tenha abandonado aos crisóis de Satanás. De fato, não é fácil compreender porque alguém que escolhe servir a Deus padece perseguições e morte à semelhança de um condenado por delitos. Apesar de todas essas coisas acontecerem, mais do que ninguém, Deus está ciente de tudo o que ocorre e, no fim da história do pecado sobre a Terra, Ele retribuirá aos inimigos do Seu povo de todos os tempos. Não é Seu desejo que essas coisas aconteçam. Na história do grande conflito entre o bem e o mal, existem situações que não sabemos explicar. No entanto, o melhor é confiar plenamente no Senhor.

O que sabemos é que Deus envia o sol e a chuva para bons e maus, para justos e injustos (Mt 5:45). A partir dessa premissa das palavras de Jesus é derivado o entendimento de graça comum que, em outras palavras, é a revelação geral de Deus. De acordo com Nancy Piarcey, o entendimento de revelação geral “se enquadra na categoria de graça comum”, que nada mais é do que “as bênçãos que Deus concede a todas as pessoas, independentemente da sua condição espiritual”. Para Piarcey, a “graça comum funciona como um testemunho constante da bondade de Deus” (Nancy Piarcey, A Busca da Verdade [São Paulo: Cultura Cristã, 1ª ed., 2018], p. 25).

O diferencial nessa história é que os servos de Deus, além de entender a graça comum, aceitam a graça especial de Deus, que é a revelação de Jesus Cristo. Essa graça especial é a que promove a transformação na vida dos crentes, incluindo a sua resiliência diante das provas e até mesmo da morte. Essa graça poderosa esteve com Perpétua, Tyndale, com o Pr. Monteiro e com todos os mártires, desde Estevão, e envolve todos os que atualmente propagam o evangelho de Jesus ao mundo. Os crisóis da vida são reais. A qualquer momento, os servos de Deus poderão ser provados neles. Nessas situações, a melhor coisa que podemos fazer para enfrentar as provas é apegar-nos a Cristo, o nosso Salvador e protetor. Se tivermos que sofrer, Ele está ao nosso lado e promete a recompensa de vida eterna.

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Célio Barcellos é pastor no distrito de Pirassununga, na Associação Paulista Central. Atualmente cursa jornalismo e possui MBA em Liderança Missional. Contribui com artigos em veículos denominacionais e seculares, além de transcrever palestras e pregações para auxiliar a igreja. É natural de Itaúnas/Conceição da Barra, ES. Casado com Salomé Barcellos, tem dois filhos, Kairos Álef, de 18 anos, ilustrador e estudante de Arquitetura, e Krícis Barcellos, de apenas 10 anos.