Lição 7
06 a 12 de agosto
Esperança indestrutível
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Is 52-55
Verso para memorizar: “Ora, a esperança não nos deixa decepcionados, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi dado” (Rm 5:5).
Leituras da semana: Hc 1:1-4; Jó 38–41; Is 41:8-14; Jr 29:1-10; Hb 12:1-13

Quando se está na igreja, cercado de pessoas sorridentes, é fácil falar e cantar sobre esperança. Mas quando nos encontramos dentro do crisol, ter esperança nem sempre parece tão fácil. À medida que as circunstâncias nos pressionam, começamos a questionar tudo, principalmente a sabedoria de Deus.

Em um de seus livros, C. S. Lewis escreveu sobre um leão fictício. Querendo conhecer o animal, alguém pergunta se ele é de confiança. A resposta é que ele é perigosíssimo, “mas acontece que é bom” (O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, São Paulo: Martins Fontes, 2020, p. 82).

Nem sempre entendemos Deus, e muitas vezes Ele parece fazer coisas imprevisíveis. Contudo, isso não significa que Ele esteja contra nós, mas que simplesmente não temos a compreensão de todo o cenário. Lutamos com a ideia de que, para ter paz, confiança e esperança, Deus deve ser com- preensível e previsível. Em nosso pensamento, Ele tem que ser “de con- fiança” e deve agir de acordo com as nossas expectativas. Por isso, muitas vezes ficamos decepcionados.

Resumo da semana: Como nossa compreensão do caráter de Deus nos ajuda a manter a esperança em meio ao crisol?

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Domingo, 07 de agosto
Ano Bíblico: Is 56-58
O quadro mais amplo

Quando estamos sofrendo, é muito fácil presumir que o que nos acontece seja a única coisa que importa. Mas há um cenário um pouco maior do que apenas “eu” (veja Ap 12:7; Rm 8:22).

1. Leia Habacuque 1:1-4. O que Habacuque enfrentou?

Talvez você esperava que Deus dissesse algo como: “Isso é mesmo terrível, Habacuque; vou ajudá-lo agora mesmo”. Mas a resposta de Deus foi o oposto. Ele disse a Habacuque que a situação iria piorar. Leia Habacuque 1:5-11.

Israel havia sido levado ao cativeiro pelos assírios, mas Deus prome- teu que o pior ainda estava por vir: os babilônios levariam o povo de Judá. Habacuque clamou novamente nos versos 12-17 e então esperou para ver o que Deus diria.

2. Como a introdução à promessa de destruição de Babilônia em Habacuque 2:2, 3 traz esperança?

Habacuque 2 relata a promessa de Deus de destruir os babilônios. Hebreus 10:37 cita Habacuque 2:3, sugerindo uma aplicação messiânica a essa passagem. Assim como aconteceu com a antiga Babilônia, podemos estar certos também da destruição da “grande Babilônia” (Ap 18:2).

Habacuque estava preso entre o grande mal que o cercava e a promessa de Deus de que o pior estava por vir. É precisamente esse o local em que nos encontramos na história da salvação. Um grande mal está ao nosso redor, mas a Bíblia prediz que algo muito pior está por vir. A chave para a sobrevivência de Habacuque foi que ele pôde ver o cenário completo. Por isso, no capítulo 3, ele fez uma oração incrível de louvor pelo que Deus faria no futuro.

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Leia Habacuque 3:16-19. Quais são as razões para a esperança de Habacuque? Qual é a esperança do povo de Deus à medida que aguardamos o desenrolar das últimas cenas proféticas? Como você pode fazer dessa esperança a sua própria?


Segunda-feira, 08 de agosto
Ano Bíblico: Is 59-62
Quem nosso Pai é

Oswald Chambers escreveu: “Você tem perguntado a Deus o que Ele fará? Ele nunca vai dizer. Deus não lhe diz o que Ele vai fazer; Ele lhe revela quem Ele é” (My Utmost for His Highest [Uhrichsville, OH: Barbour & Company, Inc., 1963], 2 de janeiro).

3. O que Chambers quis dizer com as palavras acima?

O livro de Jó começa com uma grande tragédia pessoal. Ele perdeu tudo, exceto sua vida e sua esposa, e ela sugeriu que ele amaldiçoasse a Deus e morresse (Jó 2:9). O que se seguiu foi uma discussão em que seus amigos tentavam descobrir por que tudo aquilo havia acontecido. Enquanto isso, Deus permanecia em silêncio.

Então, em Jó 38, Deus falou: “Quem é este que obscurece os Meus planos com palavras sem conhecimento?” (Jó 38:2). Deus fez a Jó cerca de 60 perguntas de “cair o queixo”. Abra sua Bíblia e examine-as em Jó 38 e 39. Após a última pergunta, Jó respondeu: “Sou indigno. Que Te responderia eu? Ponho a mão sobre a minha boca. Uma vez falei, e não direi mais nada” (Jó 40:4, 5). Em seguida, Deus fez outro conjunto de “grandes” perguntas em sucessão.

4. Leia a resposta final do patriarca em Jó 42:1-6. O que Deus estava tentando dizer a e qual foi o efeito sobre ele?

Deus não respondeu às questões dos amigos de Jó, mas pintou um quadro de Sua grandeza, revelada nas surpreendentes obras da criação. Depois, Jó não precisou de respostas. A necessidade de explicações foi obs- curecida pela magnificência divina.

Essa história revela um paradoxo fascinante. Esperança e encoraja- mento podem brotar da consciência de que sabemos bem pouco. Instinti- vamente, tentamos encontrar conforto buscando saber sobre tudo e, por isso, ficamos desanimados quando não temos respostas. Mas às vezes Deus ressalta nossa ignorância para que possamos perceber que a esperança humana só encontra segurança em um Ser muito maior.

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Há acontecimentos que você não consegue entender? Concentre-se no caráter de Deus. Isso pode lhe dar a esperança para perseverar em meio ao que é incompreensível?


Terça-feira, 09 de agosto
Ano Bíblico: Is 63-66
A presença do nosso Pai

“Eu, o Senhor, seu Deus, o tomo pela mão direita e lhe digo: Não tenha medo, pois Eu o ajudarei” (Is 41:13).

Alguém disse: “Quando Deus parece distante, quem é que se afastou?” Quando surgem problemas, presumimos que Deus nos abandonou. A verdade é que Ele não foi a lugar nenhum.

A presença de Deus parecia muito distante para os judeus no exílio. No entanto, por meio de Isaías, o Senhor lhes garantiu libertação futura. Embora o retorno a Jerusalém devesse ocorrer muitos anos à frente, Deus queria que Seu povo soubesse que Ele não havia Se afastado dele e que havia motivos para esperança.

5. Leia Isaías 41:8-14. Quais motivos para esperança nessa passagem? Como essa promessa nos ajuda enquanto esperamos o fim de nosso exílio na Terra?

Uma das imagens mais poderosas nesses versos encontra-se em Isaías 41:13. O Deus soberano do Universo disse que Seu povo não precisava temer, pois era Ele quem o tomava pela mão direita. Uma coisa é imaginar Deus conduzindo os eventos na Terra a partir de um grande trono que está a anos-luz de distância de nosso planeta. Outra totalmente diferente é perceber que Ele está perto o suficiente para segurar as mãos de Seu amado povo.

Quando estamos ocupados, pode ser difícil lembrar que Deus está tão perto de nós. Mas quando nos lembramos de que Ele é Emanuel, “Deus conosco”, isso faz uma grande diferença. Quando Deus está conosco, também estão Seus propósitos, Suas promessas e Seu poder transformador.

Nos próximos dias, faça uma experiência. A cada momento possível, tente se lembrar de que o Deus do Universo está perto o suficiente de você para segurar sua mão e ajudá-lo. Mantenha um registro de como isso muda sua maneira de viver. Esteja preparado para discutir sua experiência com a classe no sábado.

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Quarta-feira, 10 de agosto
Ano Bíblico: Jr 1-3
Os planos de nosso Pai para nós

6. Todos buscamos esperança. Mas onde ela está? Para alguns, ela está no sorriso de um amigo. Para outros, na segurança financeira ou em um casamento estável. Onde você procura esperança e coragem?

O profeta Jeremias escreveu para pessoas que tinham perdido a esperança. “Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião” (Sl 137:1). Embora o povo estivesse de coração partido, Jeremias apresentou motivos pelos quais eles não deviam perder as esperanças.

7. Que razões para esperança encontramos em Jeremias 29:1-10?

Nessa passagem há três fontes importantes de esperança que vale a pena destacar. Primeiro, Deus disse a Seu povo que não devia perder a esperança, pois sua situação não resultou do acaso nem de um mal imprevisível. Deus disse: “Eu deportei [os exilados] de Jerusalém para a Babi- lônia” (Jr 29:4). Embora o mal parecia cercá-los, Deus nunca deixou de proteger Judá.

Em segundo lugar, Deus disse a Seu povo que não devia perder a esperança porque Ele podia atuar mesmo em meio às dificuldades presentes. “Procurem a paz da cidade para onde Eu os deportei e orem por ela ao Senhor; porque na sua paz vocês terão paz” (Jr 29:7).

Terceiro, Deus disse ao povo que não devia perder a esperança, pois Ele poria fim ao exílio no tempo determinado. “Assim diz o Senhor: ‘Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vocês e cumpri- rei a promessa que fiz a vocês, trazendo-os de volta a este lugar’” (Jr 29:10). Depois de explicar como esteve no comando do passado deles, estava no comando naquele momento e estaria no comando do seu futuro, o Senhor então demonstrou Seu terno cuidado por Seu povo (ver Jr 29:11-14).

Leia Jeremias 29:11-14, dizendo seu nome, como se Deus estivesse fazendo essas promessas a você pessoalmente. Aplique-as a si mesmo em suas lutas.

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Quinta-feira, 11 de agosto
Ano Bíblico: Jr 4-6
A disciplina do nosso Pai

8. Leia Hebreus 12:5-13. Qual é a mensagem para nós e de que forma ela se encaixa no que temos estudado neste trimestre?

Em Hebreus 12:5-13, Paulo descreveu as provações no contexto da disciplina. Nessa passagem, aparecem diferentes formas da palavra disciplina. No mundo grego, essa era a palavra mais básica para “instrução”. Portanto, entender a “disciplina” é entender como Deus nos instrui na escola da fé, descrita por Paulo antes em Hebreus 11.

Ao longo de Hebreus 11, o apóstolo retratou homens e mulheres de fé. Sua fé foi o que os manteve quando enfrentaram todo tipo de situação difícil. No capítulo 12, Paulo se voltou para nós, leitores, observando que assim como tantas pessoas antes de nós perseveraram em meio a adversidades incríveis, também podemos correr e terminar a carreira da fé. A chave é manter os olhos em Jesus (Hb 12:2), para que Ele seja um exem- plo em tempos difíceis (Hb 12:3). Ler o capítulo 12 é como ganhar um par de óculos de leitura, sem os quais nossa visão ou compreensão das dificuldades sempre será confusa. Mas olhar através dessas lentes corrigirá a explicação borrada sobre o sofrimento que nossa cultura impõe. Então, seremos capazes de entender claramente e responder às provações com inteligência.

9. Leia através dos “óculos” de Hebreus 12:1-13. Concentre-se nos versos 5-13 e responda:

Qual é a fonte da disciplina?

Qual é a nossa resposta à disciplina?

Qual é o objetivo da disciplina?

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Leia Hebreus 12:1-13 novamente. Faça uma lista de todas as razões para se ter esperança. Como você experimentou essa esperança em tempos de “instrução” espiritual?


Sexta-feira, 12 de agosto
Ano Bíblico: Jr 7-9
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White: Educação, p. 211-216 [301-309] (“A escola do além”); A Ciência do Bom Viver, p. 470, 471 (“Auxílio na vida diária”).

“Todos nós passamos por dias de profunda decepção e extremo desâ- nimo – dias em que só predomina a tristeza, nos quais é difícil crer que Deus ainda seja o bondoso benfeitor de Seus filhos na Terra; dias em que os problemas nos perturbam de tal forma que parece melhor mor- rer do que continuar vivendo. É nesse momento que muitos perdem sua confiança em Deus e são levados à escravidão da dúvida e ao cativeiro da incredulidade. Se nesses momentos pudéssemos discernir com per- cepção espiritual o significado das providências de Deus, veríamos anjos procurando nos salvar de nós mesmos, esforçando-se para firmar nos- sos pés num fundamento mais firme que os montes eternos; e nova fé, nova vida jo rariam para dentro do ser” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 94 [162]).

Perguntas para consideração

  1. “Todos” passam por momentos de “profundo desapontamento e extremo desencorajamento”. Podemos discernir quando as pessoas atravessam momentos assim? Podemos ser agentes de esperança quando experimentamos decepções?

  2. Faz diferença em sua vida manter em mente a realidade da proximidade do Senhor?

  3. Leia partes de Jó 38–41. Que imagens de Deus nos dão esperança e en- corajamento? O sábado se encaixa nesse quadro? Isso ajuda a refletir sobre o caráter de Deus?

  4. A esperança que transforma vem do Céu. Por isso, oramos para que a esperança seja introduzida na vida uns dos outros. Ore por aqueles cuja esperança tem vacilado.

  5. Conhece alguém que, no desespero e nas provações, perdeu a esperança e a fé? O que transformou essa pessoa? Como podemos ajudar as pessoas nesses momentos?

Respostas e atividades da semana: 1. Opressão, destruição, discórdias e injustiças. 2. Ele viu o quadro mais amplo. 3. É mais importante saber quem é Deus do que saber o que Ele irá fazer. Se conhecemos a Deus, confiamos Nele. 4. Que Ele estava no controle de tudo. Jó entendeu a grandeza e a superioridade divina e se arrependeu. 5. Deus disse que estaria com eles, lhes daria forças e os ajudaria. Se Deus cuidou de Seu povo no passado, fará o mesmo agora. 6. Comente com a classe. 7. Deus atua em meio às dificuldades; Ele protege Seu povo; Ele poria fim ao exílio no tempo determinado. 8. Assim como um pai amoroso, Deus nos disciplina para nos instruir e para crescermos espiritualmente. Os crisóis servem para fortalecer nossa fé e nos transformar. 9. O Senhor; devemos nos sujeitar; tornar- nos participantes da Sua santidade.

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Resumo da Lição 7
Esperança indestrutível

TEXTO-CHAVE: Rm 5:5

FOCO DO ESTUDO: Jó 38–41; Is 41:8-14; Jr 29:1-10; Hc 1:1-4; Hb 12:1-13

ESBOÇO

Com o pós-modernismo promovendo a desconstrução e revisão de conceitos e visões de mundo, muitos sentem que a noção de esperança para a humanidade e a fonte da esperança também precisam de uma revisão. O que é esperança? Qual é a sua fonte ou fundamento? A lição anterior focalizou a importância da verdade e da compreensão. A lição desta semana examina a esperança da perspectiva da verdade bíblica sobre Deus, que é a fonte da verdadeira esperança. Em tempos de crise, a esperança de que precisamos não é um desejo autogerado, mas uma confiança solidamente fundamentada nas promessas divinas. Várias lições surgem a partir deste presente estudo. Primeiro, Deus amplia nosso horizonte para que possamos localizar a nós mesmos e nossa experiência dentro da estrutura mais ampla do plano da salvação e dos eventos proféticos. A vida de Daniel, Habacuque e Jó exemplificam essa realidade. Em segundo lugar, Deus Se apresenta a nós como Criador e Redentor, como Aquele que nos ama e está presente conosco. Terceiro, Ele nos revela Seus planos conosco e para nós. Não somos elementos dispensáveis em uma crise, e sim partes indispensáveis da criação, da vida e dos planos de Deus. Mesmo em meio a uma crise, Deus vai fazer todo o possível para que não nos percamos. Em João 10:10-15, 28, 29 Jesus disse com toda solenidade que somos Suas ovelhas, que Ele é nosso Pastor, que Seu plano é nos dar a vida eterna e que ninguém jamais nos arrebatará de Suas mãos ou das mãos do Pai. Sim, Deus pode permitir que passemos por várias crises, mas essas crises têm o objetivo de nos ajudar a crescer.

Temas da lição

A lição desta semana destaca dois temas principais:

  1. Ter a compreensão da estrutura mais ampla do plano da salvação e dos eventos proféticos desempenha um papel crucial em nos ajudar a cultivar a esperança que nos ajuda a vencer os crisóis da vida.

  2. A fonte bíblica de esperança está em compreender quem Deus é, que Ele está ao nosso lado e que tem planos para nós e conosco.

COMENTÁRIO

Esperança no Novo Testamento

Desde os primeiros momentos da crise do pecado em nosso planeta, Deus teceu a esperança na própria trama de nossa história, prometendo-nos que Ele nos salvaria e nos 

restauraria ao Seu reino. Um breve estudo da esperança no NT revela vários aspectos importantes: 1. No NT, foi o apóstolo Paulo que tratou do tema da esperança de maneira mais sistemática. Em sua carta aos coríntios, ele enumerou as três principais virtudes cristãs: fé, esperança e amor (1Co 13:13). É verdade que ele escolheu o amor como o “maior” dos três, mas em outro lugar explicou que tanto a fé quanto o amor existem “por cau- sa da esperança” (Cl 1:4, 5). Na definição de esperança, Paulo disse que ela é “âncora da alma”, é “segura e firme”. Mas essa esperança está ancorada em Jesus Cristo no santuário celestial (Hb 6:19).

A fé também é definida levando-se em consideração a esperança (Hb 11:1). Hebreus 11 lista os heróis da fé ao longo dos séculos. Todos passaram por provações (Hb 11:33-38), mas o que eles tinham em comum era a fé definida com base na promessa e na esperança. Nenhum deles recebeu o cumprimento final da promessa divina (Hb 11:39), mas todos olhavam para além de seu tempo, para o país futuro, o reino eterno de Deus (Hb 11:15, 16).

Paulo tratou do tema da esperança no contexto do sofrimento. Ele se gloriava no próprio sofrimento porque este produz perseverança, a perseverança produz caráter e o caráter produz esperança (Rm 5:4; ver também Rm 12:12). Paulo tinha esperança em meio ao seu sofrimento e a grandes crises (2Co 4:9). Quando somos disciplinados, explicou ele, não devemos perder a esperança (Hb 12:5). O apóstolo também via toda a criação lutando contra a “vaidade” em seu próprio crisol, não por causa de sua falha, mas por causa de Deus “que a sujeitou na esperança” (Rm 8:20-24).

Em Romanos 8:18-27, Paulo tomou tempo para discutir amplamente a esperança. Ele começou com o sofrimento pelo qual passamos atualmente: “Tenho por certo que os so- frimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18). Paulo não se limitou ao nosso sofrimento humano, mas destacou o fato de que toda a natureza sofre (Rm 8:19-22). O sofrimento é um pacote complexo. Nada no mundo natural está isento dele. Ele também abrange a totalidade do que nos torna humanos – as dimensões física, moral, emocional e espiritual de nosso ser (Rm 8:23).

Assim, a redenção por parte de Deus deve, necessariamente, incluir também toda a Sua criação – natureza, corpo, emoções e todos os outros aspectos do ser humano. Paulo ressaltou que esse plano de restauração é a nossa esperança cristã, porque “na esperança fomos salvos” (Rm 8:24). Embora essa restauração seja certa, ainda não é visível; isto é, ainda não foi efetivada na história. Contudo, é algo que Deus promete fazer; portanto, podemos ter certeza de que isso acontecerá (Rm 8:24; veja também 1Co 9:10). Exatamente porque a esperança ainda não foi efetivada é que se constitui esperança; ainda está no futuro, e “com paciência o aguardamos” (Rm 8:25).

Sim, experimentamos sofrimento, decepção, falta de compreensão, falta de habilidade para nos expressar e orar adequadamente, mas o Espírito Santo nos ajuda com Sua me- diação diante de Deus (Rm 8:26-28). Em última análise, o aspecto essencial em tudo isso é crer que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8:28). É por isso que os cristãos exercitam a “paciência da esperança” (1Ts 1:3, ACF).

Um estudo bíblico mais aprofundado sobre a esperança apresenta vários pontos adicionais:

  1. A esperança bíblica está ancorada em Deus, não em nós mesmos (Sl 42:11; 2Co 1:9; 1Tm 6:17). As três Pessoas da Trindade fazem parte da fonte de esperança. Deus, o Pai, “nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça” (2Ts 2:16; ver também 1Tm 4:10; Tt 1:2). Cristo Jesus e Seu evangelho da graça são nossa esperança (Ef 1:12; Cl 1:27, 1Tm 1:1; 2Tm 1:1). O Espírito Santo traz a esperança à vida dos crentes e a mantém (Rm 5:5; 15:13; Gl 5:5). Sem Deus, não há esperança na vida, não há aliança e, sendo assim, somos separados de Deus (Ef 2:12; 1Ts 4:13); mas em Cristo todos nós temos a mesma esperança dada por Deus a Israel por meio do evangelho (Ef 3:6; Cl 1:23). O apóstolo Pedro nos disse que Deus é nosso Pai e que nos deu uma “viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pe 1:3).
  2. O conteúdo da esperança bíblica é a promessa divina de nos salvar do pecado, da morte e do sofrimento por meio de Jesus Cristo. Mateus citou Isaías para descrever Jesus como a esperança das nações (Is 42:1-4; Mt 12:21). Jesus disse que Abraão esperava ver o dia do Messias (Jo 8:56). Essa é a esperança da justiça pela fé (Gl 5:5).

  3. A esperança de Deus já é vigente para nossa vida agora. Nossa esperança se concentra na salvação por meio do sacrifício de Jesus na cruz, e nos dá, nesta vida, inúmeros benefícios, tanto espirituais (como o relacionamento com Deus) quanto psicológicos (paz, otimismo, etc.). A “esperança da glória de Deus” (Rm 5:2) é a justificação dos pecadores pela graça por meio da fé, pela qual Deus nos dá paz em Jesus Cristo (Rm 5:1-3). Essa esperança “não nos deixa decepcionados, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi dado” (Rm 5:5). Portanto, ela não é falsa; está fundamentada nas ações divinas concretas; isto é, “No devido tempo [...] Cristo morreu pelos ímpios” (Rm 5:6, NVI). Desse modo, Jesus demonstrou Seu amor por nós (Rm 5:8), nos salvando de nossos pecados e nos reconciliando com Deus (Rm 5:9-11)
  4. Contudo, o primeiro advento de Cristo e Seu sacrifício na cruz não são o fim da história da redenção. O apóstolo Paulo nos disse que “se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo” (1Co 15:19). Por esse motivo, nossa esperança está ancorada no Senhor Jesus Cristo ressuscitado, que nos ressuscitará para uma vida eterna e gloriosa (Cl 1:5, 27; Tt 1:2; 3:7; Hb 10:23; veja também 2Co 1:9; 1Tm 4:8). Paulo declarou que foi perseguido por causa da esperança da ressurreição (At 23:6; 24:15). A ressurreição não foi uma invenção de Paulo, mas a mesma esperança que Deus deu aos pais de Israel (At 26:6; 28:20). Segundo o apóstolo, Abraão tornou-se pai de muitas nações porque, “esperando contra a esperança, creu” (Rm 4:18), confiando no “Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem” (Rm 4:17). A esperança da ressurreição será consumada na segunda vinda de Jesus, que é a “bendita esperança” do cristão (Tt 2:13).
  5. Era precisamente essa esperança que constituía o chamado, a identidade, as crenças, a vida e a missão da nação de Israel (At 26:7). Essa esperança de salvação que Deus nos oferece por meio de Cristo alcançou a humanidade por meio dos patriarcas, de Israel e, posteriormente, por intermédio da igreja (Rm 15:4; 1Co 1:7; Ef 2:12). Somos participantes da missão de distribuir a esperança divina a todas as pessoas. Deus prometeu a Eva que sua semente salvaria o mundo (Gn 3:15). Deus prometeu a Abraão que bênçãos e salvação para as nações viriam por meio dele; isto é, por meio de sua semente (Gn 12:3, 7; 18:18; Rm 9:4; Gl 3:8, 15, 16). Deus prometeu a Davi que sua semente se assentaria para sempre no trono (Rm 15:12; ver Is 11:1, 2; 2Sm 22:51).

  6. Paulo invocou a esperança ao abençoar o povo de Deus em meio ao sofrimento: “O Deus da esperança encha vocês de toda alegria e paz na fé que vocês têm, para que sejam ricos de esperança no poder do Espírito Santo” (Rm 15:13; 2Ts 2:16). A esperança é o capacete da armadura do cristão (1Ts 5:8).

APLICAÇÃO PARA A VIDA

Daniel passou por uma “experiência de espera” semelhante à de Habacuque. No fim de sua vida, esperava que os 70 anos de exílio profetizado por Jeremias (Jr 25:11, 12) terminassem e que a salvação de Deus fosse manifestada. No entanto, Deus revelou a Daniel que a história de sofrimento e morte se estenderia por mais 70 semanas (490 anos). Além disso, esse período se estenderia por mais 1.810 anos, além das 70 semanas adicionais, totalizando 2.300 anos! Alguns cristãos não gostam de profecias porque elas trazem preocupações. Talvez não precisem se concentrar em profecias o tempo todo, mas surgem momentos e situações na vida em que é necessário ter a visão do quadro mais amplo, por mais dolorosa que seja a resposta profética. Esse panorama é apresentado pela revelação divina por meio de Seus profetas. Sem as profecias divinas, incluindo as apocalípticas, o povo de Deus lutaria desesperadamente para manter a esperança enquanto experimentaria um número cada vez maior de crises globais e pessoais. Como o quadro mais amplo da revelação profética o ajuda a confiar em Deus e em Sua providência para vencer os crisóis?

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Orando por uma Igreja

Simone

Brasil | 6 de agosto

Tarde da noite, Simone foi ao espaço de repouso do hospital onde trabalhava como enfermeira no sul do Brasil. Ela viu que a televisão estava ligada no espaço de repouso e começou a mudar de canal. Então, ela percebeu que um homem idoso estava falando e parou para ouvir o que ele dizia. As palavras dele chamaram sua atenção. Ele estava falando sobre saúde, e Simone quis ouvir mais.  O programa estava sendo transmitido pela Novo Tempo, afiliada em língua portuguesa da rede de televisão Hope Channel International.

A partir daquela noite, Simone passou a assistir regularmente ao canal Novo Tempo. Ela se apaixonou por seus programas e se interessou pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Por algum tempo, Simone vinha orando a Deus por um emprego estável. Ela trabalhava como enfermeira contratada em vários hospitais, preenchendo turnos aqui e ali, mas ansiava por um trabalho estável para poder comprar uma casa e dar segurança financeira para suas duas filhas, Jaqueliny e Ana Claudia.

“Querido Deus”, ela orou, “por favor, ajude-me a encontrar um emprego estável”.

Enquanto orava, ela recebeu um contrato para trabalhar como enfermeira em uma cidade localizada a cerca de 1.500 km ao norte, na região central do Brasil. Ela ainda estava assistindo à Novo Tempo e decidiu procurar uma Igreja Adventista em sua nova cidade. Mas não havia Igreja Adventista na cidade.

Simone mudou suas orações. Em vez de orar por um emprego estável, ela decidiu pedir a Deus para abrir uma Igreja Adventista em sua cidade.

“Querido Deus”, ela orou, “por favor, abra uma Igreja Adventista aqui”.

Pouco tempo depois, Simone conseguiu um contrato para trabalhar como emfermeira em mais uma cidade. Ela e suas filhas não tiveram que se mudar para muito longe dexta vez. A cidade, Uruíta, ficava a apenas 25 minutos de carro. Simone esperava encontrar uma Igreja Adventista em sua nova cidade, mas novamente não havia nenhuma. Então, ela continuou orando, pedindo a Deus que abrisse uma Igreja Adventista na cidade.

“Querido Deus”, orava ela, “por favor, abra uma Igreja Adventista aqui”. Um dia, quando voltava do trabalho no hospital para casa, ela passou pelo centro da cidade e viu uma placa do lado de fora de um prédio onde se lia “Novo Tempo”. No Brasil, muitas igrejas adventistas têm placas com os dizeres “Novo Tempo”.

Simone não conseguia acreditar no que via! Uma nova Igreja Adventista do Sétimo Dia tinha acabado de ser inaugurada em sua cidade. Ela estava tão cheia de alegria que parecia que seu coração quase não cabia dentro do peito. Deus respondeu às suas orações!

Simone entrou direto na igreja, inaugurada pouco tempo antes, e se apresentou com alegria aos dois pastores, Luis e Israel, exclamando: “Há muito tempo oro por uma Igreja Adventista!” os pastores ficaram felizes em conhecê-la e regozijaram-se ao saber que ela havia aprendido sobre a Igreja Adventista por meio da Novo Tempo.

Hoje, Simone está concluindo os estudos bíblicos e se preparando para entregar sua vida a Jesus por meio do batismo. Mas ela já é uma testemunha brilhante. Sempre que tem oportunidade, ela convida alguém para visitar a igreja que Deus abriu em resposta às suas orações.

“Deus realizou meu sonho de ter uma Igreja Adventista aqui em minha cidade”, diz ela. “Agora, meu desejo é que Deus nos ilumine e nos sustente para que Sua obra cresça aqui e muitas vidas sejam alcançadas por Seu amor.”

Obrigado por planejar uma oferta generosa para o décimo terceiro sábado, em 24 de setembro, que ajudará a estabelecer quatro novas igrejas no Brasil para que mais pessoas, como Simone, possam encontrar uma Igreja Adventista em sua cidade.

Dicas para a história

  • Baixe as fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.

  • Baixe publicações sobre a missão e fatos rápidos da Divisão Sul-Americana: bit.ly/sad-2022.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º trimestre de 2022

Tema geral: Provados pelo fogo

Lição 7 – 6 a 13 de agosto de 2022

Esperança indestrutível

 

Autor: Célio Barcellos

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

Em seu livro “Cazuza”, Viriato Corrêa menciona a história de algumas crianças que se alegravam por ocasião de velórios, pois enquanto seus pais choravam, eles se encontravam entre amigos para brincar. Até o dia em que um desses amiguinhos morreu e a vida não foi mais a mesma. E agora, como se alegrar no próximo velório? Qual era a esperança que tinham para sair de tal situação? Aquelas crianças, do ponto de vista da história, estavam enfrentando um crisol insuportável, sem entender muita coisa.

A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que passaram pelos crisóis da provação e não duvidaram do caráter de Deus diante de grandes infortúnios. O patriarca Jó, por exemplo, chegou a dizer que mesmo que Deus o matasse, ele ainda assim continuaria a confiar no Senhor (Jó 13:15). No momento em que era acusado e condenado, antes de ser apedrejado até a morte, Estêvão conseguiu enxergar a “glória de Deus” e Jesus em Seu trono (At 7:55). João, mesmo aprisionado na Ilha de Patmos, exaltou a Cristo dizendo que Ele é o “Alfa e Ômega”, o “Todo-Poderoso” (Ap 1:8).

Esses homens tinham em comum a esperança indestrutível como fruto da fé inabalável. Eles não duvidavam de Deus, mas criam que Ele estava no controle de todas as coisas. Eles tinham a real noção do que o pecado fez com a humanidade, e sabiam que todo ser humano está sujeito a provações, especialmente os fiéis, por escolherem viver por Cristo na pregação do evangelho. O cristão deve estar consciente de que os crisóis poderão ser constantes em sua vida e que a esperança em Cristo precisa ser indestrutível.

Imagine como foi o início da experiência de Daniel e seus três amigos em Babilônia? Primeiro, foram levados cativos (Dn 1:1-6); em seguida, foram forçados a estudar na Universidade de Babilônia para servir na presença do rei (v. 4); suportaram provações intensas durante o período do cativeiro (Dn 1:8; 3:20, 21; 6:16,17), mas Deus os engrandeceu naquele lugar distante, de modo que eles suportaram os crisóis com coragem e nobreza extraordinárias, e ainda se tornaram homens de grande influência no Império de Babilônia. Foram pessoas importantes desde o período de Nabucodonosor até o período dos medos e persas.

Certamente, Daniel e seus amigos brincavam em Jerusalém livremente quando crianças à semelhança dos amiguinhos na história de Viriato Côrrea. A grande diferença é que um velório pela perda de algum querido não seria capaz de destruir a esperança desses jovens hebreus, pois possuíam formação religiosa que os preparava para ter atitudes de resiliência desde a mais tenra idade, de maneira que suportassem as possíveis adversidades. Pelo relato do livro de Daniel, dá para perceber a esperança indestrutível desses jovens. Eles passaram por situações adversas e foram resistentes nos crisóis.

No que se refere a Daniel, por exemplo, personagem bem conhecido do Antigo Testamento, Alan Millard considera Daniel “como um homem desarraigado da sua terra natal, educado numa sociedade estrangeira, que manteve uma lealdade inabalável ao Deus de seu povo” (F. F. Bruce, Comentário Bíblico NVI, ed. Allan R. Millard, Daniel, 2009, p.1174). De acordo com Jackes Doukhan, Daniel foi feito eunuco e nunca se casou, mas nem por isso deixou de acreditar em Deus nem o culpou pelas muitas adversidades impostas a ele em Babilônia.

Será que os cristãos atuais possuem a mesma convicção e esperança indestrutível à semelhança de homens e mulheres do passado? Será que compreendem as provações como testes da fé e até mesmo como artimanhas do diabo para desestimulá-los em seu compromisso de perseverar no evangelho? O fato é que pessoas abandonam a igreja porque culpam a Deus por causa dos muitos crisóis que lhes sobrevêm na caminhada cristã. Não é nada fácil padecer sofrimentos, mas existem situações que durarão a vida inteira e é preciso confiar em Deus.

Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, existia um salão de moda em Auschwitz dedicado à fabricação de roupas para a elite nazista. As mulheres judias designadas para as funções desenvolveram ainda mais profundos laços familiares e de amizade para resistir aos infortúnios do campo de concentração. Essas mulheres trabalhavam mais de 10 horas por dia em regime análogo à escravidão. Além disso, diariamente corriam o risco de ser lançadas na câmara de gás (ver Lucy Adlington, The Dressmakers of Auschwitz: The True Story of the Women Who Sewed to Survive [New York: Harper Paperbacks, 2021], Loja Kindle).

Na situação em que se encontravam as costureiras de Auschwitz, do ponto de vista humano, era praticamente impossível pensar em sair vivas daquele lugar. Em sua narração das histórias, Adlington chega a chamar de “grotesco” a existência de um “salão de modas” em um “complexo de extermínio”. Em outras palavras, era desumano e irracional a atitude da elite nazista ao desfrutar de um estilo social em um ambiente de morte e escravidão. Mas as mulheres judias se agarraram às suas crenças e à força da amizade para a sobrevivência.

Algo que é bastante positivo na leitura bíblica é o estilo de vida da igreja primitiva. Apesar dos muitos problemas e perseguições, eles permaneceram firmes na comunhão, no relacionamento e na missão (At 2:42-47). Os muitos crisóis que surgiram não foram capazes de amordaçar a fé. Pelo contrário, as provações se transformaram em combustível para que avançassem mais e mais na pregação do evangelho, com o propósito de alcançar cada ser humano debaixo do sol (Cl 1:23).

Convém lembrar que os cristãos atuais não ficarão livres dos crisóis até o fim da história do pecado sobre a Terra. O fato de ser cristão não isenta o indivíduo das muitas atrocidades existentes, nem o faz melhor do que as demais pessoas do mundo. O único diferencial na vida daquele que serve a Deus deveria ser a sua resiliência para enfrentar os problemas e a esperança indestrutível de que ele viverá em um mundo futuro bem melhor do que o atual.

Portanto, o cristão verdadeiro é consciente das provações na caminhada, uma vez que ele entende que ao aceitar a Cristo e seguir Seu passos terá que tomar a cruz para ser digno Dele (Mt 10:38, 39). O mais interessante nisso é que Jesus Cristo não enganou ninguém, pois disse que durante o percurso desta vida muitas aflições surgiriam (Jo 16:33). Ele alertou que os crisóis poderiam ser multifacetados, envolvendo fatores internos e externos que causariam dores, desânimos e até mesmo a morte. Apesar de todas as aflições deste mundo de pecado, com Jesus Cristo em nosso coração, podemos sofrer em paz, seguindo o exemplo de Cristo, que sentiu paz enquanto morria para nos salvar. Em meio aos momentos de dor, olhemos para a cruz e encontremos a paz prometida por Cristo.

 

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Célio Barcellos é pastor no distrito de Pirassununga, na Associação Paulista Central. Atualmente cursa jornalismo e possui MBA em Liderança Missional. Contribui com artigos em veículos denominacionais e seculares, além de transcrever palestras e pregações para auxiliar a igreja. É natural de Itaúnas/Conceição da Barra, ES. Casado com Salomé Barcellos, tem dois filhos, Kairos Álef, de 18 anos, ilustrador e estudante de Arquitetura, e Krícis Barcellos, de apenas 10 anos.