Quinta-feira
11 de outubro
Cristocentrismo
A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. Provérbios 16:18, ARA

Durante a Idade Média, acreditava-se que a Terra estava parada no Universo, e o Sol, a Lua, as estrelas e os outros planetas giravam em torno dela. Essa teoria se chama geocentrismo. Nos dois últimos séculos do período medieval, surgiram dois homens que mudaram essa visão. O primeiro foi Nicolau Copérnico, que lançou as bases do heliocentrismo, e Galileu Galilei deu continuidade a esse pensamento. O modelo apresentado pelos dois mostrava que quem estava parado era o Sol, e os planetas giravam em torno dele.

Algumas pessoas são “eucêntricas”. Acham que a vida gira em torno delas. Não é muito agradável ficar perto de alguém que não para de contar vantagens sobre si mesmo. Parece que, para estas pessoas, tudo gira em torno delas. A Bíblia nos apresenta um princípio muito importante a respeito desse assunto. O prejuízo do orgulho não é apenas social, mas também espiritual.

Encontramos em 2 Crônicas 32, a história do rei Ezequias. Depois de ter sido miraculosamente curado por Deus, ele recebeu a visita de príncipes babilônios e, em vez de contar as bênçãos espirituais, resolveu contar vantagens sobre suas riquezas e conquistas materiais. O orgulho que morava em seu coração fez com que valorizasse mais o que ele tinha do que aquilo que Deus havia feito. Como resultado, seu reino foi invadido, e suas riquezas levadas embora.

Pessoas orgulhosas estão trabalhando contra si mesmas. É como se elas estivessem preparando a própria queda. O orgulho é o resultado direto de um coração não consagrado a Deus, pois essa distância do Salvador faz o ser humano achar que é maior e melhor do que realmente é.

Conforme ensina Ellen White, o contrário disso ocorre: “Quando a mente e o coração estão cheios do amor a Deus, não será difícil partilhar aquilo que faz parte da vida espiritual. Grandes pensamentos, nobres aspirações, clara percepção da verdade, propósitos altruístas, desejos de piedade e santidade encontrarão expressão em palavras que revelem a qualidade dos tesouros do coração” (Profetas e Reis, p. 347, 348).

Quem alimenta o orgulho está cavando o buraco em que será enterrado. Por isso, não basta decidir abandonar o orgulho; é preciso se aproximar de quem pode eliminá-lo da vida. O foco não deve estar em nós. Abramos o coração hoje para que Jesus seja o centro de nossa vida.