Terça-feira
15 de outubro
Ao triunfo com Jesus
Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo. 2 Coríntios 2:14 (ARA)

Ele não corre, não voa, não se camufla e não consegue nadar. Está seguro enquanto não é visto, mas com seu andar vagaroso, um caracol é uma criatura sempre vulnerável. Meu caracol é um joguete em minhas mãos. Ele anda aonde eu quero e vai aonde eu deixo que ele vá.

Mantenho controle sobre seus passos para a própria segurança, mas até que ele me compreenda… Tento mantê-lo nas proximidades de casa, evitando que fuja, que seja comido por um gavião, ou que morra atropelado. Todos os dias, à tarde e de manhã cedo, confiro a posição do meu caracol e o deixo sempre onde, depois de dez horas se arrastando, à “velocidade” de um quilômetro a cada 20 horas, eu possa achá-lo com alguma facilidade. Mas ele não entende nada disso. Quando o pego pelas costas e o trago de volta para o lugar de onde saiu, ele se encolhe todo e deixa só os olhinhos pretos de fora, talvez me achando um sujeito inconveniente.

O controle que exerço sobre a vida desse bicho indefeso me fez lembrar a forma como Deus age para cuidar de mim. Às vezes, Ele deixa coisas totalmente contrárias aos meus planos acontecerem comigo. E no momento em que elas acontecem é difícil entender o porquê. Mas, depois, o motivo se torna claro. O fato de conhecer o futuro coloca Deus em uma posição privilegiada, de onde pode enxergar todas as coisas.
É como se Ele estivesse no alto de uma pirâmide, com vista panorâmica para os quatro lados. Em relação ao caracol, consigo ver muito mais. E sei exatamente os lugares onde ele corre risco de vida. Ele não me entende, mas eu estou cuidando de sua segurança.

O meu relacionamento com o caracol lembra outra coisa: quando fugimos de Deus corremos o risco de nos tornar joguetes nas mãos de Lúcifer. Ele manipula e escraviza da forma mais sutil que há, pois, normalmente, seus escravos ignoram esse fato. Pensam ser livres, mas são prisioneiros levados de um lado para o outro por suas ilusões, até serem lançados no abismo da morte eterna. Mesmo sem entender todos os atos de Deus, pela fé devemos confiar em Sua direção. Com Ele a vitória já está garantida, pois em Cristo somos levados ao triunfo da vida eterna. Deus não é um perdedor.