Domingo
10 de novembro
Armadilha de areia
Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. 1 Pedro 5:8

Quem primeiro chamou a minha atenção para alguns buracos no chão onde havia um sumidouro de insetos foi meu filho. Não sabíamos do que se tratava, mas descobrimos que os buracos eram armadilhas da formiga-leão, que não é formiga, mas sim um inseto chamado lavadeira, que na aparência é uma mistura de borboleta com libélula. A lavadeira enterra os ovos na areia, onde o calor do sol se encarrega de desenvolvê-los. As larvas que saem dos ovos têm o corpo chato, três pares de patas e a cabeça armada com duas poderosas mandíbulas.

Para sobreviver, a larva prepara uma armadilha na areia. Com duas patas põe a areia sobre a cabeça e como se fosse uma pá, joga-a para cima. Faz isso muitas vezes e de tal maneira que à medida que vai descendo, constrói um cone invertido, com uma inclinação chamada de ângulo de repouso, onde a areia escorrega ao menor estímulo.

Ela se posiciona na ponta do funil, com as duas mandíbulas bem abertas. Quando um inseto se aproxima da beira do cone, a parede de areia desmorona e ele escorrega para o interior. Quando para, já está entre as mandíbulas da formiga-leão e aí, “um abraço”. As mandíbulas ocas funcionam como agulhas de injeção. Ela suga todos os líquidos da vítima e depois joga a casca vazia para fora. Se uma formiga cai no buraco de modo que dificulte o golpe mortal, a larva tem outra estratégia: joga a formiga para cima e espera que caia em melhor posição. Se a formiga tenta escapar, a larva usa a cabeça para bombardeá-la com areia, fazendo-a se desequilibrar e escorregar para o funil da morte.

Satanás também é um devorador de vidas. Ele suga suas vítimas até a última gota. Então, quando não servem mais para seus propósitos malignos, mata-as e joga fora o que sobrou: a casca, nada. Aids. Você já viu essa sigla ou já ouviu falar dessa doença. Muitas pessoas a adquirem em transfusões de sangue; outras, por usar drogas ou em relações sexuais com pessoas contaminadas.

Entre as campanhas de prevenção da Aids, deveríamos enfatizar que relações sexuais devem ser exclusividade do casamento e o uso de drogas deve ser definitivamente evitado. Essa atitude salvaria milhares de vidas. Drogas e sexo fora do casamento são armadilhas de areia. No fundo desse funil só tem tristeza, culpa e dor. Não se aproxime dele. Fazer a vontade de Deus é a única forma de viver seguro.