Quinta-feira
26 de março
Atenção, celebridades!
Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva. Mateus 20:26

O conceito de celebridade não é novo, existindo como fenômeno social desde o século 15, atrelado aos primeiros passos que a imprensa dava para se firmar. Dos 25 livros chamados de noticiosos publicados em 1616 na Inglaterra, 30% foram sobre pessoas famosas. No século 20, a ideia recebeu o impulso da indústria cultural, promotora do culto aos famosos.

Há celebridades por todos os lados: nas artes, nos esportes, na política, no empresariado, na comunicação, na religião, na ciência, e em outras áreas de atividade. As redes sociais também possibilitam que pessoas comuns tenham seu minuto de fama. Há quem tenha se tornado celebridade sem que jamais tenha se preocupado em viver sob holofotes. Simplesmente estudaram, pesquisaram e trabalharam corretamente, motivados por objetivos altruístas. Como resultado, alcançaram êxito, e hoje recebem o merecido reconhecimento daqueles que são beneficiados pelos resultados de seu esforço. Mas há também pessoas que têm trabalhado especificamente para se tornarem famosas a qualquer preço, chegando inclusive a sacrificar valores. Alcançar a fama pela fama é tudo o que desejam.

Nos dias de Cristo, houve celebridades segundo os dois modelos. Um exemplo foi João Batista, a respeito de quem o Mestre disse: “Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista” (Mt 11:11). Por quê? A resposta está na humildade com que ele desempenhou sua missão. “Mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-Lhe as correias das sandálias”, disse, referindo-se ao Messias por ele anunciado (Lc 3:16, 17). “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30) foi a resposta dada a seus discípulos quando estes o informaram de que Jesus, de quem ele havia sido precursor, também atraía muitos discípulos.

No entanto, a mãe de Tiago e João quis articular para que os filhos ocupassem lugares de destaque no suposto futuro governo de Jesus. A proposta incomodou os demais discípulos, que não estavam dispostos a abrir mão da mesma coisa. O Mestre respondeu: “Não sabeis o que pedis” (Mt 20:22). Explicou o marcante contraste entre Sua filosofia e a do mundo, e concluiu: “Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo” (v. 26, NVI).

A grandeza verdadeira é a da humildade e do serviço. Isso vai na contramão do mundo, mas é o modelo real de vida célebre, que satisfaz os anseios de Deus.