Terça-feira
12 de outubro
Simplicidade infantil
Deixem vir a Mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas. Mateus 19:14

Podemos aprender grandes lições com as crianças. Despretensiosas, elas criam um clima de alegria e leveza onde quer que estejam. Quando ensaiam os primeiros passos, já nos ensinam que as quedas fazem parte do processo de aprendizagem e nos transmitem, sem palavras, o valor da perseverança e da determinação. Nada é mais iluminado do que o sorriso infantil.

Com sua simplicidade, as crianças nos ensinam a amar a natureza, apreciar a beleza e viver sem ansiedade quanto ao futuro. Elas sentem a natureza em sua forma mais pura. Elas a absorvem pelos poros, pela vida. Conhecem a natureza não com os olhos experimentados do cientista nem com a ambição do comerciante, mas como quem se sente naturalmente parte dela. Para elas, as nuvens, os animais, as árvores, os rios e os lagos, tudo está em seu devido lugar. A seus olhos não existem ameaças, não há medo.

As crianças não são uma ameaça ao mundo físico e não deturpam os valores nobres. Elas não têm culpa de este mundo estar destruído e de os valores estarem invertidos. Elas não produzem automóveis, não lançam satélites e não poluem. A vida delas não é artificial nem virtual. Em seus relacionamentos, com a mesma facilidade com que se desentendem, elas fazem as pazes.

Jesus disse: “Deixem vir a Mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas.” Se o reino de Deus pertence às crianças, será que ainda há chance para nós? Jesus mesmo responde: “A não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino do céus. Portanto, quem se faz humilde como criança, este é o maior no Reino dos céus” (Mt 18:3, 4). Assim, apesar de nossas falhas, ainda existe esperança. O reino dos Céus pertence às crianças e a nós, se nos tornarmos como elas.

Precisamos deixar de seguir o frenesi da vida moderna e passar mais tempo investindo na sinceridade, na espontaneidade e na disposição para amar e ser amados. Assim seremos herdeiros do reino dos Céus.