Quinta-feira
25 de novembro
RESPOSTA À ORAÇÃO DA FÉ
E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; [...] orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Tiago 5:15, 16

Na Nicarágua, um médico cubano foi ao Hospital Adventista para operar uma pessoa. Antes do início da cirurgia, uma das enfermeiras perguntou ao médico:

– Doutor, o senhor não vai fazer uma oração antes de começar?

– Enfermeira – respondeu o médico –, eu já fiz muitas vezes essa cirurgia. Posso fazê-la sozinho; não preciso de Deus.

A cirurgia foi iniciada. De repente, o anestesista chamou a atenção do médico para a pressão, que começava a cair. Aquele médico se empenhou ao máximo para salvar a vida do paciente. Uma hora depois, nada mais havia a ser feito. O paciente veio a falecer.

O médico tirou as luvas, jogou-as em cima do corpo e disse à enfermeira:

– Enfermeira, se o seu Deus pode fazer alguma coisa, então que Ele comece a trabalhar! – E saiu da sala a fim de dar a notícia para a família.

As duas enfermeiras ficaram ali, junto ao corpo. Então uma delas disse:

– Não pode ser. Deus não pode ser zombado dessa maneira!

As enfermeiras se ajoelharam, dentro da sala de cirurgia, e oraram dizendo: – Senhor, agora é a Tua vez. É o momento da Tua intervenção! Levantaram-se, e mediram a pressão do paciente. Zero. Ajoelharam-se de novo e oraram com mais fervor ainda, suplicando:

– Senhor, é a Tua hora. Mostra o Teu poder!

Levantaram-se e ouviram o aparelho do eletrocardiograma começar a fazer seus bipes. O paciente havia revivido, e a pressão tinha voltado ao normal, mas estava com o campo operatório todo aberto e sem anestesia. Uma das enfermeiras saiu correndo para avisar o médico. O profissional voltou à sala, completou a cirurgia e, uma semana depois, o paciente teve alta.

Aqui está um exemplo eloquente do poder da oração intercessória feita com fervor. Esta é uma condição essencial: a oração deve ser feita com fé.

Mas é interessante notar que Deus não atendeu à oração do apóstolo Paulo, para que lhe fosse tirado o “espinho na carne, mensageiro de Satanás” (2Co 12:7-10). O problema não era falta de fé do apóstolo. Deus permitiu que esse problema o afligisse para protegê-lo do orgulho.

Portanto, a afirmação de Tiago não é incondicional, como alguns pensam. Ela deve ser entendida assim: “E a oração da fé salvará o enfermo, se Deus achar que isso é o melhor para ele.” A oração da fé sempre deve incluir o seguinte pensamento submisso: “Se isso for da Tua vontade.”

 

Rubem Scheffel, 17/1/2010