Sábado
27 de novembro
PEQUENOS DEUSES
Não vos virareis para os ídolos, nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o Senhor, vosso Deus. Levítico 19:4

Milhões de “cristãos” em nossos dias cometem o pecado da idolatria. Frequentam igrejas, mas servem a Deus com os lábios, enquanto o coração se volta para o culto de pequenos deuses. Não cultuam ídolos colocados em nichos, mas deuses impotentes entronizados no coração. É muito urgente hoje o apelo feito por Jacó quando voltava a Betel! Dirigindo-se à sua família, ordenou: “Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos” (Gn 35:2).

Toda vez que negligenciamos nossa relação com o Criador, colocamos instintivamente outros deuses em Seu lugar. Essa realidade se reflete na resposta de um estudante universitário a Billy Graham. Interrogado sobre se cria em Deus, o jovem respondeu afirmativamente, mas acrescentou: “Tenho, porém, meus deuses particulares.”

Denunciando o humanismo que permeia o pensamento contemporâneo, Davi Winter escreveu: “A igreja cristã não enfrentou nenhum outro inimigo tão sutil quanto esse, que lhe tire do trono o seu Deus e O substitua pela Sua criatura.” Essa substituição irreverente inspirou o novo cântico, entoado por milhares de vozes regidas pela batuta de Satanás: “Glória ao ser humano nas alturas!”

Prescindindo de Deus, a humanidade em sua arrogância divinizou a ciência. Quando a serpente tentou nossos primeiros pais no Éden, disse-lhes: “Sereis como Deus” (Gn 3:5, ARC). Os triunfos da ciência em nossos dias são tão surpreendentes que os cientistas passaram a ser glorificados como os deuses de uma geração torturada pelo “vazio existencial”.

Além do humanismo e da ciência, o ser humano em seu embrutecimento espiritual, adora os valores perecíveis: casa, automóvel, status, dinheiro, moda, influência, prestígio, etc. Rejeitando as divindades das civilizações primitivas, como o Sol, a Lua, o fogo, a água e os animais, muitos se voltam para o culto da própria personalidade, à adoração de pequenos deuses concebidos na imaginação.

Em meio à idolatria deste século, somos exortados a ter “cuidado com os ídolos” (1Jo 5:21, ARC) e estimulados a adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7).

 

Enoch de Oliveira, 10/4/1990