Lição 7
09 a 15 de fevereiro
As sete trombetas
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Lv 23–25
Verso para memorizar: “Nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai se cumprir o mistério de Deus, da forma como Ele o anunciou aos Seus servos, os profetas” (Ap 10:7, NVI).
Leituras da semana: Ap 8:1-13; 10:1-11; 11:1-13; Nm 10:8-10; Ez 10:2; Dn 12:6, 7; Lv 16

Na cena do quinto selo, vimos que o clamor do povo oprimido de Deus reflete o clamor dos fiéis de todos os séculos. Esses fiéis foram descritos como almas que estavam debaixo do altar, clamando a Deus por justiça e vindicação, dizendo: “Até quando, ó Soberano Senhor?” (Ap 6:10). A voz do Céu exortou-os a aguardar, pois estava chegando o dia em que Deus julgaria aqueles que os haviam ferido. Em Apocalipse 6:15 a 17, descreve-­­se o retorno de Jesus à Terra, trazendo o juízo sobre os que fizeram mal a Seus seguidores fiéis.

A cena do quinto selo representa a experiência do povo sofredor de Deus ao longo da história, desde os dias de Abel até o momento em que Deus finalmente julgará e vingará “o sangue dos Seus servos” (Ap 19:2). O povo sofredor de Deus deve permanecer firme e acreditar que Ele ouve suas orações.

A visão das sete trombetas mostra que Deus já interveio, ao longo da história, em favor de Seu povo oprimido e julgou os que os prejudicaram. O propósito das sete trombetas é assegurar ao povo de Deus que o Céu não é indiferente a seu sofrimento.


Na próxima quinta-feira, 14 de fevereiro, iniciaremos os Dez Dias de Oração! Prepare sua família, seu pequeno grupo e sua igreja para o tempo do fim.

Domingo, 10 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 26, 27
As orações dos santos

Apocalipse 8 começa com uma imagem de sete anjos diante de Deus, prontos para tocar suas trombetas. Antes do toque das trombetas, outra cena é inserida. O propósito dela é explicar o significado teológico das trombetas.

Leia Apocalipse 8:3, 4, juntamente com a descrição dos serviços diários no templo em Jerusalém. Um comentário judaico sobre a Bíblia explica que, no sacrifício da tarde, o cordeiro era colocado sobre o altar do holocausto e o sangue era derramado na base do altar. Um sacerdote escolhido levava o incensário de ouro para dentro do templo e oferecia incenso no altar de ouro, no lugar santo. Quando o sacerdote saía, ele jogava o incensário no chão, produzindo um barulho forte. Nesse momento, sete sacerdotes tocavam suas trombetas, marcando o fim dos serviços do templo naquele dia.

Pode-se ver como a linguagem do serviço da tarde realizado no santuário é usada em Apocalipse 8:3 a 5. É significativo o fato de o anjo receber incenso no “altar de ouro que se acha diante do trono” (Ap 8:3). O incenso representa as orações do povo de Deus (Ap 5:8). As orações deles estão agora sendo respondidas por Ele.

Em Apocalipse 8:3 a 5, apresentam-se informações importantes sobre as trombetas no Apocalipse:

1. As sete trombetas são os juízos de Deus sobre a humanidade rebelde em resposta às orações de Seu povo oprimido.

2. As trombetas dão sequência à morte de Jesus como Cordeiro e continuam de maneira consecutiva ao longo da História até a segunda vinda de Cristo (veja Ap 11:15-18).

1. Leia Apocalipse 8:5 e Ezequiel 10:2. Como a visão de Ezequiel do fogo sendo lançado sobre a apóstata Jerusalém elucida a natureza das trombetas no Apocalipse?_______________________________________________________________________________________________

O anjo enche o incensário com o fogo do altar e o atira à Terra. Significativamente, esse fogo vem do altar sobre o qual foram oferecidas as orações dos santos. O fato de que o fogo vem do próprio altar mostra que os juízos das sete trombetas caem sobre os habitantes da Terra em resposta às orações do povo de Deus, e que Deus intervirá em favor deles em Seu tempo designado. O lançamento do incensário também pode ser uma advertência de que a intercessão de Cristo não durará para sempre. Haverá o fechamento da porta da graça (veja Ap 22:11, 12).


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Segunda-feira, 11 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 1–3
O significado das trombetas

Ao retratar as intervenções de Deus em favor de Seu povo, o Apocalipse usa a imagem das trombetas no Antigo Testamento. Elas eram uma parte importante do cotidiano de Israel (Nm 10:8-10; 2Cr 13:14, 15). Seu som lembrava as pessoas da adoração no templo; as trombetas também eram tocadas nas batalhas, na época da colheita e durante as festas.

O toque das trombetas andava de mãos dadas com a oração. Durante a adoração no templo ou durante as festas, as trombetas “lembravam” o Senhor de Sua aliança com Seu povo. Elas também lembravam o povo de se preparar para o “Dia do Senhor” (Jl 2:1). Durante a batalha, o som da trombeta dava instruções e advertências essenciais e clamava a Deus para que salvasse Seu povo. Esse conceito é o pano de fundo das trombetas no Apocalipse.

2. De acordo com Apocalipse 8:13; 9:4, 20, 21, quem sofrerá os juízos das sete trombetas?_______________________________________________________________________________________________

Os eventos desencadeados pelas trombetas indicam a intervenção de Deus na história em resposta às orações de Seu povo. Enquanto os selos dizem respeito principalmente aos que professam ser povo de Deus, as trombetas anunciam juízos contra a humanidade (Ap 8:13). Elas são advertências aos habitantes da Terra, a fim de que eles sejam levados ao arrependimento antes que seja tarde, pois o dia do juízo final chegará.

As sete trombetas percorrem o curso dos acontecimentos desde os dias de João até a conclusão da história da Terra (Ap 11:15-18). Elas são tocadas enquanto continua a intercessão no Céu (Ap 8:3-6), e o evangelho é pregado na Terra (Ap 10:8-11:14). Os juízos provocados pelas trombetas são parciais. Eles afetam apenas um terço da criação. A sétima trombeta anuncia que chegou o momento de Deus assumir Seu legítimo governo. As sete trombetas se aplicam aproximadamente aos mesmos períodos compreendidos pelas sete igrejas e pelos sete selos: (a) As duas primeiras trombetas anunciam juízos sobre as nações que crucificaram a Cristo e perseguiram a igreja primitiva, a saber, a rebelde Jerusalém e o Império Romano. (b) A terceira e quarta trombetas retratam o juízo celestial contra a apostasia da igreja cristã no período medieval. (c) A quinta e a sexta trombetas descrevem as facções rivais no mundo religioso no final da era medieval e na época pós-Reforma. Esses períodos são caracterizados por uma crescente ação demoníaca, que, por fim, atrai o mundo para a batalha do Armagedom.



Terça-feira, 12 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 4–6
O anjo com um livro aberto

A sexta trombeta nos leva ao tempo do fim. O que o povo de Deus é chamado a fazer durante esse período? Antes que a sétima trombeta seja tocada, ocorre um intervalo, explicando a missão e a experiência do povo de Deus no tempo do fim.

3. O que ocorre em Apocalipse 10:1-4?_______________________________________________________________________________________________

“O poderoso Anjo que instruiu João não era ninguém menos que Jesus Cristo” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1.084). Ele coloca Seus pés sobre o mar e sobre a Terra, significando que tem domínio universal e que a proclamação que Ele estava prestes a fazer tem um significado mundial. O Anjo brada como o rugido de um leão. Um bramido de leão simboliza a voz de Deus (veja Os 11:10; Ap 5:5).

João não teve permissão para escrever o que os trovões falaram. Há coisas sobre o futuro que Deus não nos revelou por intermédio do apóstolo.

4. Leia Apocalipse 10:5-7 e compare essa passagem com Daniel 12:6, 7. Quais palavras esses textos têm em comum?_______________________________________________________________________________________________

Quando o Anjo declara que “já não haverá demora” (Ap 10:6), a palavra grega chronos mostra que Ele Se refere a um período de tempo. Isso remete novamente a Daniel 12:6, 7, em que um anjo declara que a perseguição dos santos duraria um tempo, dois tempos e metade de um tempo, ou 1.260 anos (538 a.C. – 1798 d.C.), durante os quais a igreja foi perseguida pelo papado (compare com Dn 7:25). Visto que em Daniel e em Apocalipse um “dia” profético simboliza um ano (Nm 14:34; Ez 4:6), 360 “dias” equivalem a 360 anos, e três tempos e meio (ou “anos”) representam 1.260 “dias” ou anos. Algum tempo depois desse período profético, viria o fim.

A afirmação de que “já não haverá demora” (Ap 10:6) se refere às profecias de tempo de Daniel, especialmente os 2.300 dias proféticos de Daniel 8:14 (457 a.C. – 1844 d.C.). Após esse período, não haverá mais períodos de tempo proféticos. Ellen White declarou: “Esse tempo, que o Anjo mencionou com solene juramento […] é […] tempo profético, que precederia o advento de nosso Senhor. Ou seja, o povo não terá outra mensagem com tempo definido. Após o fim desse período de tempo, que vai de 1842 a 1844, não pode haver um esboço definido de tempo profético. O mais longo cômputo chega ao outono de 1844” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1.085).

Por que devemos evitar a marcação de datas para os acontecimentos futuros?


Quarta-feira, 13 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 7, 8
Comendo o livro

Leia Apocalipse 10:8 a 11. Na Bíblia, o verbo “comer” é usado para descrever a aceitação de uma mensagem de Deus a fim de proclamá-la ao povo (veja Ez 2:8-3:11; Jr 15:16). Quando recebida, a mensagem é uma boa notícia; mas, quando é proclamada, às vezes resulta em amargura, pois muitos resistem a ela e a rejeitam.

A experiência agridoce de João ao comer o livro (que representa o livro de Daniel) está relacionada à revelação das profecias do tempo do fim, reveladas em Daniel. João representa aqui a igreja remanescente, comissionada a proclamar o evangelho eterno (veja Ap 14:6, 7) a partir do fim das profecias de tempo de Daniel (Dn 7:25; 8:14).

O contexto indica que a visão de João apontava para a experiência agridoce da conclusão do período profético de 2.300 anos. Quando, fundamentados nas profecias de Daniel, os mileritas pensaram que Cristo retornaria em 1844, essa mensagem foi doce para eles. No entanto, quando o Senhor não voltou como esperavam, eles experimentaram um amargo desapontamento. Então examinaram as Escrituras a fim de obter uma compreensão mais clara.

A comissão de João para profetizar novamente ao mundo aponta para os adventistas que guardam o sábado, levantados para proclamar a volta de Cristo em conexão com as profecias de Daniel e Apocalipse.

5. De acordo com Apocalipse 11:1, 2, o que João foi ordenado a fazer?_______________________________________________________________________________________________

Essa passagem dá continuidade à cena de Apocalipse 10. João foi ordenado a medir o templo, o altar e os adoradores. Na Bíblia, o conceito de medir se refere figurativamente ao juízo (veja Mt 7:2). O templo que devia ser medido está no Céu, onde Jesus ministra em nosso favor. A referência ao templo, ao altar e aos adoradores aponta para o Dia da Expiação (veja Lv 16:16-19). Esse dia era destinado a “medir”, visto que Deus julgava os pecados do povo. Portanto, em Apocalipse 11:1, há uma referência ao juízo que ocorre antes da segunda vinda de Jesus. Esse juízo diz respeito apenas ao povo de Deus, os adoradores no templo.

Em Apocalipse 11:1, revela-se que a mensagem do santuário celestial está no centro da proclamação final do evangelho, que inclui a vindicação do caráter de Deus. Como tal, ela apresenta a dimensão completa da mensagem do evangelho em relação à obra expiatória de Cristo e à Sua justiça como único meio de salvação para o ser humano.

Visto que o sangue era essencial para o Dia da Expiação (Lv 16), como manter diante de nós a realidade de que o juízo é uma boa notícia? Por que essa verdade é tão importante?


Quinta-feira, 14 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 9–11
As duas testemunhas

6. Leia Apocalipse 11:3-6. De que maneira as duas testemunhas refletem Zorobabel e Josué em suas funções reais e sacerdotais? (Veja Zc 4:2, 3, 11-14).

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A ideia de duas testemunhas vem do sistema jurídico judaico, que requer pelo menos duas testemunhas para que algo seja estabelecido como verdade (Jo 8:17). As duas testemunhas representam a Bíblia; o Antigo e o Novo Testamentos. As duas não podem ser separadas. O povo de Deus é chamado a proclamar ao mundo a mensagem completa das Escrituras: “toda a vontade de Deus” (At 20:27, NVI).

As testemunhas são retratadas profetizando em panos de saco durante o período profético de 1.260 dias/anos (538 d.C. – 1798 d.C.). O pano de saco é a vestimenta que representa o luto (Gn 37:34); ela indica o tempo difícil em que as verdades da Bíblia foram enterradas e encobertas pelas tradições humanas.

7. De acordo com Apocalipse 11:7-13, o que ocorreu com as duas testemunhas no final dos 1.260 dias/anos proféticos? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Elas foram mortas pela besta que surge do abismo. Porém, ressuscitaram após três dias e meio e subiram ao Céu.

B. (  ) Elas receberam sua recompensa e coroa de glória.

A besta que matou as duas testemunhas surge da própria morada de Satanás. Esse assassinato das testemunhas se aplica historicamente ao ataque ateísta à Bíblia e à abolição da religião em conexão com os eventos da Revolução Francesa. O sistema antirreligioso estabelecido na França possuía a degradação moral de Sodoma, a arrogância ateísta do Egito e a rebeldia de Jerusalém. O que ocorreu com Jesus em Jerusalém passa a ocorrer com a Bíblia por meio desse sistema antirreligioso.

A ressurreição das testemunhas indica o grande reavivamento do interesse na Bíblia após a Revolução Francesa, que resultou no surgimento do Movimento do Segundo Advento com sua restauração da verdade bíblica, no estabelecimento das sociedades bíblicas e na distribuição mundial da Bíblia.

Justamente antes do fim, o mundo testemunhará uma proclamação final e global da Palavra de Deus (Ap 18:1-4). Essa mensagem final provocará uma oposição fortalecida por entidades demoníacas, que realizarão milagres para enganar o mundo e atrair os adoradores da besta para uma batalha final contra as testemunhas fiéis de Deus (veja Ap 16:13-16; 14:12).


Dez Dias de Oração: Nestes últimos dias da História, ore por um reavivamento pessoal, por meio de uma comunhão viva com Deus.

Sexta-feira, 15 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 12–14
Estudo adicional

sétima trombeta (Ap 11:15-18) sinaliza a conclusão da história terrestre. Chegou a hora de Deus revelar Seu poder. O planeta rebelde, que tem estado sob o domínio de Satanás, está prestes a voltar ao governo de Deus. Após a morte de Cristo e Sua ascensão ao Céu, Ele foi proclamado o legítimo soberano da Terra (Ap 12:10, 11). Satanás continua destruindo tudo o que pode, sabendo que seu tempo é curto (Ap 12:12). A sétima trombeta anuncia que o usurpador foi punido e que o mundo finalmente passou ao governo de Cristo.

A sétima trombeta resume o conteúdo do restante do livro: (1) As nações se enfureceram: em Apocalipse 12 a 14, Satanás é descrito como cheio de ira (Ap 12:17). Com seus dois aliados, a besta do mar e a besta da Terra, ele prepara as nações para lutar contra o povo de Deus. (2) Chegou, porém, a Tua ira: Deus responde à ira das nações com as sete últimas pragas (veja Ap 15:1). (3) O tempo determinado para serem julgados os mortos é descrito em Apocalipse 20:11-15. (4) Para se dar o galardão aos Teus servos: o cumprimento desse ponto é retratado em Apocalipse 21 e 22. (5) Para destruíres os que destroem a Terra: em Apocalipse 19:2, declara-se que Babilônia será julgada porque destruiu a Terra. A destruição de Satanás, seus exércitos e seus dois aliados é o ato final do grande conflito (Ap 19:11–20:15).

Perguntas para discussão

1. A pregação do evangelho pode ser uma experiência amarga (Ap 10:10); nossas palavras são rejeitadas. Quais personagens da Bíblia enfrentaram essas provações, e o que aprendemos com a experiência deles?

2. Reflita sobre a seguinte declaração: “Tenho sido repetidamente advertida com referência a marcar tempo. Nunca mais haverá para o povo de Deus uma mensagem com base em tempo. Não devemos saber o tempo definido nem para o derramamento do Espírito Santo nem para a vinda de Cristo” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 188). Qual é o problema com a elaboração de quadros proféticos excessivamente detalhados dos eventos finais após 1844? Como nos proteger das armadilhas que esses quadros produzem?

Respostas e atividades da semana:

1. O fogo vem do altar do Senhor, onde foram feitas as orações dos santos. Isso mostra que os juízos das sete trombetas caem sobre os habitantes da Terra em resposta às orações do povo de Deus.

2. Comente com a classe.

3. “Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco-íris por cima de sua cabeça; o rosto era como o Sol, e as pernas, como colunas de fogo; e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo, sobre a Terra, e bradou em grande voz, como ruge um leão, e, quando bradou, desferiram os sete trovões as suas próprias vozes. Logo que falaram os sete trovões, eu ia escrever, mas ouvi uma voz do céu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete trovões falaram e não as escrevas” (Ap 10:1-4).

4. Ambos falam de um homem/Anjo em pé sobre as águas/mar, que levanta a mão direita para o Céu e jura por Aquele que vive pelos séculos do séculos.

5. Comente com a classe.

6. As testemunhas, representadas por Zorobabel, governador de Judá, e Josué, sacerdote, profetizaram pelos 1.260 anos.

7. A.


Dez Dias de Oração: Jesus voltará! Ore por seus parentes, vizinhos e amigos de seu bairro, cidade ou região. Peça que Deus use você para salvá-los.

Resumo da Lição 7
As sete trombetas

RESUMO DA Lição 7 – As sete trombetas

PARTE I: ESBOÇO

TEXTO-CHAVE: Apocalipse 10:7

FOCO DO ESTUDO: As sete trombetas (Ap 8:2–11:18) baseiam-se numa visão do ministério celestial e do altar do incenso (Ap 8:3, 4) e contêm um “interlúdio” (Ap 10:1–11:14) que apresenta o povo de Deus em meio à terrível sexta trombeta (Ap 9:13-21).

INTRODUÇÃO: O propósito das trombetas é esclarecido em conexão com o quinto selo (Ap 6:9-11). A referência ao incensário de ouro e ao altar do holocausto, bem como às orações dos santos em Apocalipse 8:3, 4 conectam as trombetas com a cena em Apocalipse 6: 9, 10. As sete trombetas respondem às orações dos santos reivindicando o julgamento daqueles que os perseguiram. Portanto, os eventos retratados nas trombetas provavelmente recaiam sobre os opositores do povo de Deus ao longo da história cristã.

TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:

I. O significado das trombetas na Bíblia

II. O início do toque das trombetas

III. O significado dos símbolos nas primeiras seis trombetas

IV. A relação do “interlúdio” com as sete trombetas

V. A alusão a Daniel 12 em Apocalipse 10

APLICAÇÃO PARA A VIDA: Depois de ler sobre as trombetas, considere como elas e o quinto selo encorajam os que sofrem por causa do evangelho e revelam o destino dos que se opõem a ele.

PARTE II: COMENTÁRIO

As sete trombetas do Apocalipse (em especial Ap 8:2–9:21) é uma das passagens mais difíceis de se interpretar da Bíblia. Estudiosos adventistas não chegaram a um acordo sobre seu significado ao longo dos anos. Contudo, há aspectos da passagem que são razoavelmente claros e alguns deles são explanados a seguir.

EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO 7:

I. O significado das trombetas na Bíblia

As palavras gregas para trombetas e toque de trombetas ocorrem 144 vezes na tradução grega do Antigo Testamento. A grande maioria dessas referências (105 de 144) refere-se à sinalização de guerra, adoração e oração, ou uma combinação destas. A única passagem mais clara sobre o significado das trombetas é Números 10:8-10. No antigo Israel, somente os sacerdotes deviam tocá-las (Nm 10:8), mesmo na guerra. Portanto, há um significado espiritual que Israel deveria discernir no seu toque. O toque da trombeta podia representar uma oração a Deus pela intervenção na batalha (Nm 10:9). Da mesma forma, no templo e nos dias de festa, seu sonido convidava a intervenção espiritual de Deus na vida de Seu povo (Nm 10:10). Assim, o significado essencial das trombetas no Antigo Testamento é a oração fundamentada na aliança, pedindo a Deus que Se lembre do Seu povo.

A maioria das ocorrências de trombetas e toques de trombeta no Novo Testamento está em Apocalipse 8 e 9. À primeira vista, pode parecer que a sinalização na guerra seja o significado principal no caso das sete trombetas do Apocalipse, contudo, a conexão entre elas e o quinto selo (veja a Introdução acima) enfatiza o tema da oração como igualmente importante. As trombetas são uma resposta às orações dos santos (Ap 6:9,10; 8:2-6), e assegura-lhes que Deus notou seu sofrimento e, embora Ele possa parecer silencioso, já está agindo na história contra aqueles que os perseguiram (compare Ap 6:10 e Ap 8:13; ver “Aplicação Para a Vida”, número 1).

II. O início do toque das trombetas

O ato de lançar fogo sobre a Terra em Apocalipse 8:5 sugere a alguns intérpretes adventistas um vislumbre do fim do período de possibilidade de arrependimento. As sete trombetas parecem prever eventos no curso da história cristã até o fechamento da porta da graça. Várias indicações no texto fundamentam essa interpretação.

Primeiro, o padrão na primeira metade do livro é que as visões começam com a era do Novo Testamento e abrangem os eventos ao longo da história cristã. Segundo, qualquer que seja o significado do ato de lançar fogo sobre a Terra em Apocalipse 8:5, está evidente que a provação não termina com a sexta trombeta. A intercessão no altar ainda está ocorrendo (Ap 9:13), o evangelho ainda está avançando (Ap 10:11; 11:3-6). O tema IV a seguir mostra que o “interlúdio” de Apocalipse 10:1–11:13 deve ser incluído em nossa compreensão da sexta trombeta. Finalmente, a proclamação do evangelho termina e a provação se encerra completamente ao soar da sétima trombeta (Ap 10:7). Assim, as sete trombetas do Apocalipse parecem abranger todo o curso da história desde os dias de João até o final da provação e os eventos finais.

III. O significado dos símbolos nas primeiras seis trombetas

1. A primeira trombeta usa a linguagem do Antigo Testamento acerca dos juízos de Deus (saraiva, fogo e sangue - Êx 9:23-26; Is 10:16-20; Ez 38:22) dirigidos contra os símbolos do povo de Deus no Antigo Testamento (vegetação e árvores – Sl 1:1-3; Is 61:3; Jr 11:16, 17). Por isso, a sugestão da lição é que a primeira trombeta representa o juízo divino sobre a Jerusalém que rejeitou Cristo (Mt 23:37, 38; Lc 23:28-31).

2. A segunda trombeta lembra, em geral, os juízos de Deus sobre aqueles que se opuseram a Ele (Êx 7:19-21) e, em particular, a queda da antiga Babilônia (Jr 51:24, 25, 41, 42). A lição, portanto, associou essa trombeta à queda do império romano (observe que Pedro aparentemente indica que Roma era “Babilônia [1Pe 5:13]).

3. O simbolismo da terceira trombeta é paralelo às figuras bíblicas para a obra de Satanás (Is 14:12-19; Lc 10:18; Ap 12:9). Mas o simbolismo da estrela, nascentes, rios e água sugerem vida e crescimento espiritual (Sl 1:3; 84:6, 7; 119:105; Jr 2:13). A queda da estrela e o amargor das águas conectam as duas ideias, sugerindo perversão da verdade e aumento da apostasia. Sendo assim, a lição associou essa trombeta à condição da igreja na Idade Média.

4. Na quarta trombeta, as fontes de luz (Sol, Lua e estrelas) são escurecidas, os símbolos da verdade são parcialmente eclipsados. Esse escurecimento pode representar o aprofundamento da apostasia na igreja (Êx 10:21-23; Jó 38:2; Is 8:22; Jo 1:4-11; 3:18-21).

5. Com a quinta trombeta, a escuridão parcial da quarta torna-se total e mundial (Ap 9:1, 2). Isso representa o triunfo da apostasia religiosa e do secularismo na era moderna. Com Deus e a verdade totalmente eclipsados, a humanidade pecadora é deixada ao tormento demoníaco dos desejos destrutivos (Ap 9:3-11; Lc 10:17-20). A única segurança está em um relacionamento genuíno com Deus (Ap 9:4; Ef 1:13,14).

6. Enquanto as primeiras cinco trombetas têm muitas alusões ao antigo Egito, a sexta trombeta ecoa particularmente os relatos bíblicos sobre a antiga Babilônia. Há referências ao rio da Babilônia (Ap 9:14), à idolatria da Babilônia (Ap 9:20; Dn 5:4, 23) e à queda da Babilônia (Ap 9:21; Is 47:9-12). Há também muitos paralelos com a sexta taça (Eufrates, linguagem de batalha, figuras demoníacas - Ap 16:12-16). Assim, a sexta trombeta descreve uma oposição a Deus semelhante à da Babilônia do tempo do fim (Ap 17:4, 5).

IV. A relação do “interlúdio” com as sete trombetas

As trombetas focalizam os ímpios (Ap 9:4, 20, 21), mas o “interlúdio” (Ap 10:1–11:13) enfoca o povo de Deus. O “interlúdio”, no entanto, não é separado das trombetas; faz parte da sexta trombeta. Apocalipse 8:13 descreve três ais sobre os que vivem na Terra. O primeiro é a quinta trombeta (Ap 9:12). O segundo ai é a sexta trombeta, mas não termina até Apocalipse 11:14. Assim, a maior parte dos capítulos 10 e 11 são parte da sexta trombeta. Enquanto as forças do mal estão se reunindo para a crise final durante a sexta trombeta (Ap 9:16), as forças dos justos estão se reunindo para combatê-las (Ap 7:4; Ap 10:1–11:13).

V. A alusão a Daniel 12 em Apocalipse 10

Uma das mais claras alusões ao Antigo Testamento em todo o Apocalipse é encontrada no capítulo 10:5, 6. Essa passagem e Daniel 12:7 têm oito palavras principais em comum. Ambas as passagens têm figuras celestiais de pé sobre ou acima de corpos de água. Em ambos os casos, a figura celestial ergue a mão para o céu e jura por Aquele que vive para todo o sempre. A conexão entre “tempo, dois tempos e metade de um tempo” de Daniel 12:7 com o “não haverá mais demora” de Apocalipse 10:6 indica que o anjo de Apocalipse 10 está anunciando a conclusão das profecias de tempo de Daniel no contexto da sexta trombeta (preparação para os eventos finais; ver tema IV acima).

PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA

O conteúdo da passagem das sete trombetas não tem muita aplicação para a vida. Mas o professor poderia fazer as seguintes perguntas, com possíveis respostas sugeridas.

1. Como a conexão entre a introdução das trombetas (Ap 8:3-5) e o quinto selo (Ap 6:9-11) oferecem encorajamento para aqueles que sofrem em favor do evangelho hoje? O clamor dos mártires por julgamento no quinto selo é respondido pelas sete trombetas. A mensagem das trombetas é que Deus vê o sofrimento do Seu povo e responde à injustiça, não somente no fim dos tempos, mas ao longo do curso da história. Como Jó, nem sempre podemos entender o que Deus está fazendo, mas temos razão para confiar Nele, mesmo nos momentos mais sombrios.

2. Os juízos das duas primeiras trombetas recaem sobre aqueles poderes que se combinaram para crucificar Jesus (as autoridades religiosas de Jerusalém sob Caifás e a autoridade civil romana sob Pilatos). O que esse fato nos diz sobre a oposição ao evangelho? A oposição ao evangelho tende a vir de duas formas distintas: de dentro e de fora da igreja. Jesus foi crucificado quando os líderes de Israel (de dentro) se combinaram com poderes externos (Roma). A maior oposição muitas vezes vem daqueles que professam a mesma fé, mas são realmente lobos em pele de ovelha.

Uma dinâmica semelhante é vista na parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32). O pai é rejeitado pelo filho que ficou. Embora pareça ser leal, no final, ele é motivado pelo ganho egoísta.


Um homem e três esposas

Carlos tinha três esposas e vivia em São Tomé, capital da ilha de São Tomé e Príncipe, localizado na costa oeste africana. Ele e sete irmãos foram criados pela avó adventista. Mas abandonaram a igreja após o falecimento dela. Aos 21 anos, ele foi morar com a namorada, Edite, e tiveram uma filha. Então, surgiu a primeira divergência entre o casal. Na ilha, era comum colocar brincos nas meninas recém-nascidas porque acreditava-se que isso as protegeria do mal. Embora não frequentasse a igreja, ele não concordava com o uso de joias e pediu que Edite não furasse a orelha da filha.

Enquanto o casal ainda discutia seriamente sobre o assunto, Edite chamou um padre para batizar a bebê sem o conhecimento de Carlos. Ao descobrir sobre o batismo, Carlos a deixou e encontrou uma segunda esposa, Maria. Porém, Edite não aceitava o fim do relacionamento e continuou entrando em contato com Carlos. “Por isso, no final das contas, eu estava com duas esposas”, Carlos diz.

Então, conheceu uma terceira mulher e começou a se relacionar com ela; decidiram morar juntos e tiveram um filho. Assim, Carlos tinha cinco filhos com a primeira esposa, quatro com a segunda e um filho com a terceira. Enquanto Carlos se dividia entre as três famílias, a primeira esposa começou a se sentir sozinha e fez amizade com um casal de adventistas. Passou a frequentar a igreja e foi batizada.

Nesse tempo, Carlos trabalhava para Voice of America [Voz da América], uma emissora de notícias financiada pelo governo americano, e não estava interessado pelas coisas divinas. Mas aceitou o convite para assistir ao batismo de duas filhas. As filhas, adolescentes, cantaram um hino especial e ele se emocionou. Lembrou-se do tempo da infância, quando frequentou a igreja, tendo o cuidado de esconder o rosto para que não vissem suas lágrimas.

Quando a segunda esposa, Maria, soube que ele havia visitado a igreja, o acusou de planejar abandoná-la. “Os adventistas não permitem que casais vivam juntos sem se casar. Isso significa que quer casar com a Edite”, ela dizia. Carlos não ia à igreja em busca de casamento, mas em busca da salvação. Aproveitando as reclamações da esposa, convidava-a para acompanhá-lo. Então, ela passou a frequentar a igreja. Todos os sábados, Carlos levava sua primeira esposa para a igreja. Em seguida levada a segunda para outra igreja. Ele fazia escala entre as duas esposas.

Naquele período, a terceira esposa o abandonou por outro homem e as coisas se complicaram. Ele precisava decidir com qual esposa iria se casar. Carlos jejuou e orou todos os sábados durante dois meses. Cada vez mais, ele se sentia impressionado a casar com a primeira esposa, mas precisava de confirmação bíblica. Certo dia ele abriu a Bíblia e orou: “Ajude-me a encontrar a resposta na Bíblia.” Folheando-a, seus olhos foram atraídos para Malaquias 2:14: “E vocês ainda perguntam: ‘Por quê?’ É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial.”

A segunda esposa ficou desolada com a decisão de Carlos. Eles choraram bastante, mas ela entendeu. Carlos se casou com Edite em 29 de dezembro de 2013 e depois foi batizado. “Então, comecei uma nova vida”, diz. “Agora sou nova criatura, preparado para ir a qualquer lugar e contar ao mundo o que Deus fez por mim.”

Parte da oferta do trimestre ajudará a construir uma igreja para alcançar a classe média em São Tomé. Muito obrigado pelas ofertas.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2019

Tema Geral: O livro do Apocalipse

Lição 7: 9 a 16 de fevereiro

As sete trombetas

Autor: Érico Tadeu Xavier

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Sobre o significado e a interpretação das sete trombetas do Apocalipse, Ángel M. Rodrigues (PhD) assim se expressou: “Um ciclo visionário muito difícil de ser interpretado no Apocalipse é o das sete trombetas (Ap 8–11). A linguagem e as imagens são complexas. Sua aplicação a eventos históricos específicos tem resultado em vários pontos de vista. Essa incerteza de interpretação pode confundir os estudantes interessados em encontrar uma interpretação clara e final dessa profecia. Atualmente, essa interpretação final está indisponível” (Revista Ministério – MAI/JUN/2012, p. 17). Diante disso, este comentário seguirá o conceito tradicional adventista.

1. O significado das trombetas – Apocalipse 8, 9 e 11

O conceito tradicional adventista defende que as trombetas abrangem a história da Era Cristã como fazem as sete igrejas (Ap 2; 3), mas de uma perspectiva diferente. As trombetas são interpretadas como os acontecimentos na História que tiveram influência sobre a história da Igreja (Ver Uriah Smith, As Profecias do Apocalipse, p. 123-182; Roy Allan Anderson, O Apocalipse Revelado, p. 97-127).

Sete trombetas assinalam o colapso do Império Romano

1ª: Invasão gótica do Império Romano do Ocidente ["a terça parte"] (410 d.C.).

2ª: Os vândalos atacam Roma pelo mar, destruindo a frota romana pelo fogo (455 d.C.).

3ª: Roma é atacada pelos hunos, sob a liderança de Átila (quinto século).

4ª: O governo romano é destruído sucessivamente: primeiro os imperadores, depois os senadores e então os cônsules (quinto e sexto séculos; Ver As Revelações do Apocalipse, p. 104).

5ª. Os sarracenos (forças islamíticas) invadiram a parte oriental do Império Romano (sétimo século).

6ª. Tropas turcas destroem o Império Romano Oriental (séculos catorze e quinze).

7ª. O fim do mundo.

(Ver mais em Estudos Bíblicos: Guia Completo de Orientação e Estudo das Sagradas Escrituras, p. 112 a 116).

Esse conceito das trombetas se concentra na História como palco da ira de Deus. O Império Romano é destacado como objeto da ira divina por causa do papel que Roma desempenhou na perseguição ao povo de Deus e na supressão de Sua Palavra. Esse conceito é compatível com a interpretação profética da História como a esfera em que Deus revela tanto Suas ações salvíficas como Suas manifestações de ira. Quando a Era Cristã é encarada do ponto de vista do grande conflito entre Cristo e Satanás, o livro do Apocalipse assume especial relevância e significado.

2. O anjo e o livro aberto – Apocalipse 10

O “Anjo forte” – "O poderoso Anjo que instruiu João não era ninguém menos do que Jesus Cristo. Colocando Seu pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra seca, (Ele) mostra a parte que está desempenhando nas cenas finais do grande conflito com Satanás. Essa posição denota Seu supremo poder e autoridade sobre toda a Terra" (Comentários de Ellen White no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1084-1085).

O livro de Daniel – Foi ordenado a Daniel: 'Encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim' (12:4). Essa admoestação se aplica particularmente à parte das profecias de Daniel que trata dos últimos dias e, sem dúvida, especialmente ao fator de tempo dos 2.300 dias (Dn 8:14), pois se relaciona com a pregação das mensagens dos três anjos (Ap 14:6-12). Visto que a mensagem do Anjo que estamos considerando trata do tempo e presumivelmente de acontecimentos do tempo do fim, quando seria retirado o selo do livro de Daniel (Dn 12:4), parece ser razoável deduzir que o livrinho aberto na mão do Anjo representava o livro de Daniel. Com a apresentação a João do livrinho aberto, são reveladas as partes seladas da profecia de Daniel. O fator do tempo, indicando o fim da profecia dos 2.300 dias, torna-se claro. Consequentemente, o capítulo em apreço focaliza o tempo em que foi feita a proclamação dos versos 6 e 7, isto é, os anos de 1840 a 1844. (Ver Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 882).

A experiência doce e amarga – A mensagem da breve volta de Cristo para 22 de outubro de 1844 foi algo doce para os crentes. Porém o dia chegou e passou e Ele não voltou, deixando milhares de pessoas em profundo desapontamento. Depois dessa grande decepção, os crentes genuínos não abandonaram sua crença na segunda vinda de Cristo nem a convicção de que seu movimento era de origem divina. Renovado interesse no estudo da Bíblia resultou em mais clara compreensão da profecia. A breve volta de Jesus tornou-se uma grande certeza. A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi estabelecida com a missão mundial de avisar ao mundo que Cristo voltará. Fundaram-se instituições médicas e educacionais em muitas partes do Globo. Foram erigidas igrejas, escolas, hospitais e casas publicadoras para ajudar a levar o evangelho eterno a toda nação, tribo, língua e povo (Ver Apocalipse 10:11).

3. As duas testemunhas – Apocalipse 11

Os Adventistas do Sétimo Dia têm interpretado tradicionalmente as duas testemunhas do Apocalipse como símbolos do testemunho das Escrituras Sagradas – o Antigo e o Novo Testamentos. As duas testemunhas não são membros da Divindade (v. 3, 4). Podem ser atacadas por seres humanos, mas são capazes de se defender (v. 5). Têm poder para produzir calamidades e pragas, e profetizam (v. 6). Podem ser mortas (v. 7, 8), mas ressuscitam (v. 11). São dois profetas (v. 10). Ao serem ressuscitadas, sobem ao Céu para que seus inimigos as contemplem (v. 12).

Identificação:

Duas testemunhas: O Antigo e o Novo Testamentos.

Pano de saco: As Escrituras estão de luto quando a tradição está em ascendência.

Duas oliveiras: "Dos santos que estão na presença de Deus, Seu Espírito é comunicado a instrumentos humanos que são consagrados para Seu serviço" (Parábolas de Jesus, p. 408).

Dois candeeiros: Humanos portadores de luz.

Besta que surge do abismo: Ateísmo, e, de modo mais específico naquele ponto do tempo profético, a Primeira República Francesa.

Sodoma e Egito: Símbolos de degeneração moral e de desafio aos mandamentos de Deus.

Três Dias e Meio: O período de tempo profético que se estendeu de 26 de novembro de 1793, quando um decreto, promulgado em Paris, aboliu a religião, até 17 de junho de 1797, quando o governo francês removeu as restrições à prática da religião.

"Subiram ao Céu": Importância e exaltação dadas à Bíblia depois da supressão indicada acima.

Décima parte: Uma das dez pontas ou divisões do Império Romano. Neste caso, a França.

Conclusão – O capítulo 11 do Apocalipse termina em triunfo. Deus vindicará Seu nome na Terra e estabelecerá Seu domínio de justiça para todo o sempre.

Conheça o autor do comentário: Érico Tadeu Xavier possui graduação em Teologia Pastoral (1991) e mestrado (2000) pelo Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia; Doutorado (PhD) pelo South African Theological Seminary (2011). Pós-doutorado (2014) na área de teologia sistemática pela FAJE – Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta, de Belo Horizonte. Foi professor de teologia na Bolívia e na Bahia, na FADBA. Atualmente é professor de teologia sistemática no SALT – IAP. Autor de 11 livros, é casado com a psicopedagoga e mestre em educação Noemi, com que tem dois filhos, Aline e Joezer, que são casados e vivem no Paraná.