Lição 11
09 a 15 de março
As sete últimas pragas
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Js 5–8
Verso para memorizar: “Quem não temerá e não glorificará o Teu nome, ó Senhor? Pois só Tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de Ti, porque os Teus atos de justiça se fizeram manifestos” (Ap 15:4).
Leituras da semana: Ap 7:1-3; 14:9, 10; 15:1; 16:1-12, 16; 17:1; Dn 5; 2Ts 2:9-12

Em Apocalipse 11:18, são resumidos os eventos que ocorrerão na Terra pouco antes da batalha final do Armagedom são resumidos: “As nações se enfureceram.” Essa situação na Terra coincide que Jesus fez dos últimos dias (Lc 21:25), e é sucedida pela ira de Deus, que são Seus juízos na forma das sete últimas pragas sobre os impenitentes (Ap 15:1).

O capítulo 15 de Apocalipse começa com a imagem de sete anjos segurando sete taças cheias dessa ira divina. Mas antes de ocorrer o derramamento dessa ira, temos um vislumbre do povo de Deus no futuro
(Ap 15:1-4). Os fiéis foram descritos como os vencedores “da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome” (Ap 15:2), achando-se em pé em algo semelhante a um mar de vidro e cantando o Cântico de Moisés e do Cordeiro – todas essas imagens nos fazem lembrar dos hebreus nas margens do Mar Vermelho, celebrando a vitória de Deus sobre os egípcios (Êx 15).

Esses santos vencedores são os mesmos referidos como os 144 mil em Apocalipse 14:1 a 5. Tendo recusado a marca da besta, eles serão protegidos das sete últimas pragas. Em seguida, no segundo advento de Cristo, seus corpos mortais serão transformados e revestidos de imortalidade (1Co 15:51-54), e eles se juntarão aos santos ressuscitados quando Jesus vier em poder e glória (1Ts 4:17).


Anote na agenda da sua família: De 13 a 20 de abril teremos a Semana Santa. O título será “Renascidos, um Novo Coração”. Permita que Deus use você e sua igreja para alcançar pessoas.

Domingo, 10 de março
Ano Bíblico: Js 9–13
O significado das sete últimas pragas

As pessoas já terão escolhido Deus ou Babilônia. No entanto, antes que Cristo venha, os ventos destruidores da fúria de Satanás que haviam sido retidos (Ap 7:1-3) serão soltos e seguidos pelas sete últimas pragas.

1. Leia Apocalipse 15:1 e Êxodo 7–11. O que as pragas egípcias, consideradas como pano de fundo para as sete últimas pragas, ensinam sobre o propósito e o significado dessas últimas pragas?_______________________________________________________________________________________________

As sete últimas pragas são referidas como as “últimas” pragas porque virão no fim da história da Terra. Em contrapartida, as pragas das sete trombetas compreendem o período de tempo que inclui toda a era cristã e são restritas em seu alcance. Elas são tocadas enquanto o evangelho ainda está sendo pregado (Ap 10:8-11:14) e a intercessão, ocorrendo (Ap 8:2-5). As trombetas são misturadas com misericórdia, e seu propósito é levar os inimigos do povo de Deus ao arrependimento.

Por outro lado, as sete últimas pragas serão derramadas pouco antes da segunda vinda de Cristo. Elas cairão sobre aqueles que, como Faraó, endureceram o coração contra o amor redentor de Deus e não se arrependeram (veja Ap 16:11). A ira divina é o justo juízo de Deus sobre as escolhas que as pessoas fizeram (veja Rm 1:26-28), e os perdidos colherão as consequências das próprias escolhas.

2. Leia Apocalipse 15:5-8; Êxodo 40:34, 35 e 1 Reis 8:10, 11. O que a declaração de que “ninguém podia penetrar no santuário” (Ap 15:8) sugere a respeito do tempo das sete últimas pragas? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Ninguém poderá entrar no santuário porque o Céu estará vazio.

B. (  ) As sete últimas pragas ocorrerão quando a porta da graça já estiver fechada.

A expressão “ninguém podia penetrar no santuário” (Ap 15:8) indica o fechamento da porta da graça (Ap 22:11). Quando o ministério mediador de Cristo no Céu chegar ao fim, a porta da oportunidade para o arrependimento se fechará para sempre. Portanto, as últimas pragas não levarão ninguém a se arrepender; elas apenas revelarão a dureza do coração dos que escolheram se juntar a Babilônia, levando-os a odiar Deus ainda mais (Ap 16:9, 11).

Considerando que o mundo está cada vez pior e que as pragas têm sido adiadas até agora, o que aprendemos sobre a piedade e a paciência de Deus?


Segunda-feira, 11 de março
Ano Bíblico: Js 14–17
O derramamento das últimas pragas

Com o fim da intercessão de Cristo no santuário celestial, o destino de cada indivíduo terá sido determinado para sempre. Então, para os que rejeitaram o evangelho, chegará o momento de experimentar a ira de Deus em sua plenitude.

As sete últimas pragas refletem as pragas derramadas sobre o Egito (Êx 7–11). Assim como as pragas egípcias afetaram os egípcios enquanto os israelitas foram poupados, também o povo de Deus será protegido durante esse tempo de provação (Sl 91:3-10; veja O Grande Conflito, p. 629, 630). As pragas no Egito revelaram a dureza do coração de Faraó e mostraram aos egípcios a incapacidade de seus deuses para protegê-los. Semelhantemente, as últimas pragas endurecerão cada vez mais o coração dos adoradores da besta do mar e revelarão a impotência de Babilônia para protegê-los do juízo divino.

3. O que ocorre em Apocalipse 16:1-11 e como isso é retratado?_______________________________________________________________________________________________

As primeiras quatro pragas “não são universais; do contrário, os habitantes da Terra seriam inteiramente exterminados” (O Grande Conflito, p. 628). A primeira praga infligirá feridas dolorosas e repugnantes exclusivamente aos adoradores da besta. A segunda e terceira pragas afetarão o mar, os rios e as fontes das águas, que se tornarão em sangue. Sem água para beber, a humanidade rebelde não poderá sobreviver. A quarta praga afetará o sol de maneira que seu calor queimará as pessoas, causando uma dor insuportável.

Essa dor, infligida pelas pragas, não amolecerá o coração da humanidade injusta de maneira a mudar sua atitude rebelde. Em vez disso, ela amaldiçoará e blasfemará a Deus, que executa essas pragas. Também ninguém se arrependerá.

Em Apocalipse 16:10, 11 (veja também Êx 10:21-23), podemos ver que a quinta praga atingirá o trono da besta. Satanás foi o responsável por delegar o trono à besta (Ap 13:2). Naquele momento, nem mesmo a sede da autoridade de Satanás poderá suportar a força dessas pragas. Ao sofrerem dor, as pessoas perceberão a incapacidade de Babilônia para protegê-­las. No entanto, a mente delas estará decidida contra Deus, e nem mesmo o terror das pragas mudará seu coração.

Como podemos manter uma caminhada íntima com o Senhor para que, se a tragédia nos atingir, conheçamos o amor de Deus a ponto de confiar Nele mesmo em meio ao sofrimento?


Terça-feira, 12 de março
Ano Bíblico: 18–21
O secamento do rio Eufrates

4. Leia Apocalipse 16:12 e 17:1, 15. O que o símbolo do Eufrates representa? Qual é o significado do secamento do rio Eufrates no contexto das sete últimas pragas?_______________________________________________________________________________________________

No Antigo Testamento, o rio Eufrates era um meio de sustento crucial para os inimigos de Israel: Assíria e Babilônia. O rio percorria Babilônia e era importante para a cidade porque alimentava as plantações e fornecia água às pessoas. Babilônia não poderia sobreviver sem o Eufrates.

Em Apocalipse 17:1, descreve-se a Babilônia do tempo do fim sentada sobre muitas águas, talvez uma referência ao rio Eufrates (veja Jr 51:13). Em Apocalipse 17:15, explica-se que as águas sobre as quais a Babilônia do tempo do fim está sentada representam o povo que a apoia: os poderes mundiais civis, seculares e políticos por trás do sistema. No entanto, esses poderes acabarão retirando seu apoio.

A cena da sexta praga reflete a conquista da antiga Babilônia por Ciro, o persa (veja Dn 5). De acordo com o antigo historiador Heródoto, na noite em que o rei Belsazar e seus oficiais deram um banquete, os persas desviaram o curso das águas do Eufrates e entraram em Babilônia ao longo do leito do rio, tomando-a de surpresa.

O secamento simbólico do Eufrates em Apocalipse 16:12 resulta no colapso de Babilônia no tempo do fim. Visto que no Apocalipse o rio Eufrates representa os poderes civis, seculares e políticos do mundo, que apoiam Babilônia, o secamento do Eufrates simboliza a retirada de seu apoio e seu posterior ataque contra Babilônia, assim, causando sua queda.

Ao testemunharem a revolta na natureza (veja Ap 16:3-9), as pessoas se voltarão para Babilônia a fim de obter proteção. No entanto, quando a quinta praga atingir a sede da autoridade de Babilônia (Ap 16:10, 11), elas verão a inutilidade de buscar ajuda ali. Sentindo-se enganadas, elas se voltarão contra Babilônia, causando sua queda (veja Ap 17:16). No entanto, como vimos, o coração dessas pessoas permanecerá endurecido contra Deus e Seu povo. Assim, elas se tornarão um solo fértil para o engano final, pelo qual Satanás levará o mundo a se unir contra o povo de Deus a fim de exterminá-lo da face da Terra.

Por que é arriscado depositar confiança no ser humano e nas instituições humanas?

Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org

Quarta-feira, 13 de março
Ano Bíblico: Js 22–24
Último grande engano de Satanás

Em Apocalipse 16:12, revela-se que o propósito do secamento do Eufrates é preparar o caminho “para os reis que vêm do Oriente” (NVI). No Antigo Testamento, “os reis que” vieram “do Oriente” foram Ciro e seus exércitos. Eles vieram do Norte, aproximando-se, então, de Babilônia pelo Leste (Is 41:25). Sua conquista de Babilônia tornou possível o retorno do povo de Deus à sua terra natal (Is 44:27, 28). Da mesma forma, a seca simbólica do Eufrates preparará o caminho para a chegada dos reis que vêm do Oriente a fim de prover libertação ao povo de Deus no tempo do fim.

Em Apocalipse 16:12, os reis que vêm do Oriente são Cristo e Seu exército de anjos celestiais. Em Sua segunda vinda, Jesus aparecerá com Sua hoste angélica, “com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro” (Ap 19:14), que são as vestes dos anjos sem pecado (Ap 15:6). Acompanhado da hoste celestial, como mostra Apocalipse 17:14, Cristo vencerá as forças satânicas que oprimem Seu povo (compare com Mt 24:30, 31). O conflito final contra Cristo e Seus fiéis culminando com a segunda vinda de Jesus é conhecido como a batalha do Armagedom.

5. Leia Apocalipse 16:13, 14. Qual é a função dos três espíritos imundos semelhantes a rãs na preparação para a batalha do Armagedom? Por que eles são uma contrafação satânica das três mensagens angélicas (Ap 14; veja 1Tm 4:1)?_______________________________________________________________________________________________

Mediante os eventos finais que levarão ao fim do período de possibilidade de arrependimento, todo ser humano será levado a escolher em qual dos dois lados permanecerá na batalha do Armagedom. Como um prenúncio dessa guerra espiritual, João viu três espíritos demoníacos semelhantes a rãs. A última tentativa de Satanás de enganar envolverá espíritos demoníacos e mentirosos.

O dragão (paganismo e espiritualismo), a besta do mar (catolicismo romano) e o falso profeta (o protestantismo apostatado) se unirão sob o comando de Satanás (veja Ap 13:11, 12). Satanás habilitará a besta semelhante ao cordeiro a realizar sinais miraculosos (veja Ap 13:13-17), que incluem manifestações espiritualistas. Esses sinais fazem parte da estratégia enganosa de Satanás no tempo do fim para persuadir o mundo a segui-lo, em vez de seguir o Deus verdadeiro.

Cegos por seu ódio a Deus e à Sua verdade, os líderes do mundo prontamente crerão nas mentiras de Satanás, mascaradas por uma agradável aparência religiosa (2Ts 2:9-12). Finalmente, eles se unirão na última batalha, que levará ao fim desse mundo.



Quinta-feira, 14 de março
Ano Bíblico: Jz 1–3
Reunião para a batalha do Armagedom

6. Leia Apocalipse 16:16. Em seu engano no tempo do fim, Satanás terá sucesso em reunir o mundo para a batalha do Armagedom?_______________________________________________________________________________________________

Os enganosos milagres demoníacos alcançarão sucesso mundial. Tendo desprezado os ensinos bíblicos, as pessoas crerão em uma mentira acompanhada de milagres enganosos (veja 2Ts 2:9-12). Elas se unirão em um propósito, simbolizado pela reunião dessas pessoas em um “lugar” chamado, em hebraico, Armagedom, que significa “Monte de Megido”. Megido não era um monte, mas uma cidade-fortaleza localizada no vale de Jezreel (ou planície de Esdrelão), no sopé da cordilheira do monte Carmelo, e era também um importante lugar estratégico.

A planície foi o local de muitas batalhas decisivas (veja Jz 5:19; 6:33; 2Rs 9:27; 23:29, 30). O Apocalipse usa esse contexto para descrever essa batalha entre Cristo e as forças do mal, chamada de Armagedom. Os povos do mundo são descritos como um exército unificado, sob a liderança da aliança satânica.

O “Monte de Megido” parece ser uma alusão ao monte Carmelo, que se eleva acima do vale no qual a antiga cidade de Megido estava localizada. O Monte Carmelo foi o local de um dos maiores confrontos da história de Israel entre o verdadeiro profeta de Deus (Elias) e os falsos profetas de Baal (1Rs 18). Esse confronto respondeu à pergunta: “Quem é o verdadeiro Deus?”. O fogo que veio do Céu demonstrou que o Senhor era o único Deus verdadeiro e o único a ser adorado. Enquanto a questão espiritual da batalha do Armagedom (obedeceremos a Deus ou ao homem?) é resolvida antes que venham as pragas, os que se posicionarem do lado do dragão, da besta e do falso profeta (Ap 16:13) serão então totalmente controlados pelo diabo (como ocorreu no caso de Judas, levando à crucificação de Cristo [Lc 22:3]). Tendo escolhido o lado perdedor, eles estarão entre os que clamarão para que os montes os escondam (Ap 6:16; leia também 2Ts 1:7, 8).

Contudo, antes que as pragas sejam derramadas, em Apocalipse 13:13, 14 descreve-se a besta da terra fazendo descer fogo do Céu para enganar o mundo, levando-o a pensar que seja obra de Deus a falsificação de Satanás, que incluirá falsos reavivamentos guiados por outro espírito.

O Armagedom não é uma batalha militar entre nações do Oriente Médio, mas uma disputa espiritual, em que Cristo confrontará as forças das trevas (veja 2Co 10:4). O resultado será como foi no monte Carmelo, mas em uma escala mundial: a vitória de Deus sobre as forças das trevas.

A grande batalha do Armagedom é o desfecho de uma guerra que travamos todos os dias. Você tem lutado do lado dos vencedores?


Sexta-feira, 15 de março
Ano Bíblico: Jz 4, 5
Estudo adicional

As multidões rejeitam a verdade das Escrituras, por ser ela contrária aos desejos do coração pecaminoso e amante do mundo. Satanás proporciona às multidões enganos terríveis para impedir o acolhimento da verdade de Deus.

“Mas Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas. As opiniões de homens instruídos, as deduções da ciência, os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes como são as igrejas que representam, a voz da maioria – nenhuma destas coisas, nem todas em conjunto, deveriam considerar-se como prova em favor ou contra qualquer ponto de fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro ‘Assim diz o Senhor’ […].

“Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. A igreja tem há muito tempo professado considerar o advento do Salvador como a realização de suas esperanças. Assim, o grande enganador fará parecer que Cristo veio. Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre os homens como um ser majestoso, com brilho deslumbrante, assemelhando-se à descrição do Filho de Deus dada por João no Apocalipse (1:13-15). […] Em tom manso e compassivo […] alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. Declara que aqueles que persistem em santificar o sétimo dia estão blasfemando de Seu nome, pela recusa de ouvirem Seus anjos a eles enviados com a luz e a verdade. É esse o poderoso engano, quase invencível” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 593-595, 624).

Perguntas para discussão:

1. Leia a exortação inserida na descrição da preparação para a batalha do Armagedom (Ap 16:15). O estilo de palavras é semelhante ao apelo anterior de Cristo à igreja de Laodiceia (Ap 3:18). Como as palavras de Cristo revelam a importância da mensagem a Laodiceia para o povo de Deus no tempo de preparação para o conflito final? Essa mensagem se aplica a você?

2. As vestiduras brancas no Apocalipse simbolizam a justiça de Cristo
(Ap 3:4, 5; 19:7-9). Como lavar nossas vestiduras e alvejá-las no sangue do Cordeiro (Ap 7:14)?

Respostas e atividades da semana:

1. Assim como as pragas no Egito representaram o castigo final para os egípcios, já que o faraó havia endurecido seu coração e tomado sua decisão contra o povo de Deus, também as sete últimas pragas serão o castigo dos impenitentes. A essa altura, não haverá possibilidade de arrependimento.

2. B.

3. Os anjos derramaram suas taças sobre os adoradores da besta; o primeiro a derramou sobre a Terra; o segundo sobre o mar; o terceiro sobre os rios e as fontes das águas; o quarto a derramou sobre o sol e o quinto sobre o trono da besta.

4. O rio Eufrates representava o sustento de Babilônia, visto que esse rio abastecia a cidade. O secamento do rio Eufrates simboliza a retirada do apoio dos poderes civis, políticos e seculares que apoiam Babilônia, causando sua ruína.

5. Comente com a classe.

6. Comente com a classe.



Resumo da Lição 11
As sete últimas pragas

RESUMO DA LIÇÃO 11 – As sete últimas pragas

PARTE I: ESBOÇO

TEXTO-CHAVE: Apocalipse 15:4

FOCO DO ESTUDO: Apocalipse 16 descreve as sete últimas pragas (Ap 15:1) da história da Terra. Inserida nessas pragas está a única menção do nome “Armagedom” na Bíblia.

INTRODUÇÃO: Essa seção começa com o povo de Deus do tempo do fim em pé junto ao mar de vidro, cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro, uma alusão ao Êxodo (Ap 15:1-4). A seguir as sete pragas são introduzidas com uma visão do templo celestial esvaziado por causa da glória de Deus, o que significa que o ministério celestial de Cristo terminou. Esse momento é marcado por uma manifestação da glória divina semelhante àquela que havia sido vista na inauguração do santuário terrestre (Ap 15:5-8; compare com Êx 40:34, 35). Essa cena simboliza o fechamento da porta da graça. Sete anjos foram então instruídos a derramar as taças da cólera de Deus sobre a Terra, uma após a outra (Ap 16).

TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:

I. O povo de Deus é denominado com diferentes nomes.

O texto mostra que nomes como remanescente, 144.000 e santos se referem ao mesmo grupo do tempo do fim.

II. Por que Deus enviará pragas quando não haverá arrependimento?

III. O significado simbólico do rio Eufrates em Apocalipse 16:12

IV. Dois evangelhos no Apocalipse

Os três anjos (Ap 14:6-12) e as três rãs (Ap 16:13, 14) são símbolos contrastantes de dois evangelhos.

V. Ciro, o persa, e a segunda metade do Apocalipse

Um rei pagão prenuncia o Messias.

VI. O significado do Armagedom

APLICAÇÃO PARA VIDA: Esta seção explora como a descrição da batalha do Armagedom em Apocalipse promove a preparação espiritual para o tempo do fim.

PARTE II: COMENTÁRIO

Ver na Introdução da Parte I o resumo de Apocalipse 15 e 16.

EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO 11:

I. O povo de Deus é denominado com diferentes nomes.

Vimos na lição anterior desta edição do professor que os fiéis do tempo do fim são chamados de remanescente em Apocalipse 12:17 e 144.000 em Apocalipse 14:1.

A alusão a Joel 2:32 em Apocalipse 14:1 deixa claro que João via esses dois grupos como sendo o mesmo grupo. Há mais evidências em Apocalipse de que os diferentes nomes para o povo de Deus se refiram ao mesmo grupo do tempo do fim, e não a grupos distintos.

Os 144.000 e a grande multidão parecem ser grupos diferentes. Como vimos na edição do professor, lição seis (veja o tema IV), há duas visões sobre esse assunto. O povo de Deus do tempo do fim é chamado de 144.000 em Apocalipse 14:1 e “santos” em Apocalipse 14:12, mas os “santos” de todas as eras, especialmente os que viveram durante o período de 1.260 dias-anos, são descritos em Apocalipse 17:6. Então, o povo de Deus do tempo do fim é chamado de várias formas em Apocalipse: 144.000, remanescente e santos (Ap 14:12). Eles estão em pé no mar de vidro (Ap 15:2); são eles que guardam suas vestes (Ap 16:15); e que são chamados de eleitos e fiéis seguidores do Cordeiro (Ap 17:14).

II. Por que ocorrerão as pragas quando não haverá arrependimento?

Os enganos e pragas da crise final expõem a verdade sobre Satanás e aqueles que o seguem (2Ts 2:10-12). Não é culpa de Deus que os ímpios não sejam redimidos. Nem a graça de Deus (Rm 2:4) nem as pragas do tempo do fim (Ap 16:9, 11, 21) trazem arrependimento aos perversos. Os não redimidos se tornam endurecidos no curso que escolheram, e com isso, até a destruição dos ímpios glorifica o caráter de Deus no final (Ap 15:3, 4). Eles mesmos se tornaram aptos para a salvação e, assim, com tristeza Deus os deixa ir (Os 11:7, 8). Mesmo após o milênio e uma perspectiva clara do caráter divino, nada muda no caráter deles (Ap 20:7-10). As pragas expõem sua inadequação para a eternidade e vindicam o juízo divino em cada caso.

III. O significado simbólico do rio Eufrates em Apocalipse 16:12

Qual é o significado do rio Eufrates em Apocalipse 16:12? Não resta dúvida quando o próprio texto define um símbolo. Apocalipse 17:1 introduz uma explicação de uma das pragas, uma que tem algo a ver com água, referindo-se, provavelmente, à sexta praga, pois a mulher que está sentada sobre as águas é chamada de Babilônia (Ap 17:5), e as “muitas águas” de Babilônia descrevem o rio Eufrates (Jr 51:13).

O significado do rio é definido em Apocalipse 17:15. As águas do versículo 1 representam “povos, multidões, nações e línguas”. Em outras palavras, são os poderes civil e secular de todo o mundo. Esses poderes concedem sua fidelidade a Babilônia por um curto período de tempo (Ap 17:3, 12, 13), criando uma confederação mundial no tempo do fim em oposição a Deus e ao Seu povo.

IV. Dois evangelhos no Apocalipse

Os três anjos de Apocalipse 14:6-12 proclamam juntos a mensagem final do evangelho ao mundo. O que muitos leitores desse livro passam por alto é o falso evangelho também proclamado ao mundo em Apocalipse 16:13, 14.

Da boca do dragão, da besta e do falso profeta (a falsa tríade de Apocalipse 13) saem espíritos imundos como rãs (Ap 16:13). De acordo com o versículo 14, essas rãs são os “espíritos de demônios” que vão aos reis de todo o mundo habitado para reuni-los para a batalha do Armagedom (ver também Ap 16:16). Ora, demônios são anjos maus. Portanto, há três anjos santos atuando por meio da igreja remanescente de Deus, apresentando o verdadeiro evangelho no capítulo 14 e três anjos maus apresentando um falso evangelho nos capítulos 13 e 16.

Ambos os “evangelhos” são pregados no mundo inteiro (Ap 14:6; 16:14). Esse falso evangelho é descrito também em 2 Tessalonicenses 2:9-12 e Mateus 24:24-27. Aqueles que não confiam nas palavras das Escrituras serão enganados na crise final.

V. Ciro, o persa e a segunda metade de Apocalipse

Em Apocalipse 16:12, o secamento do rio Eufrates, o sistema de apoio político e militar de Babilônia (Jr 50:37, 38; 51:35, 36), prepara o caminho para os reis que vêm do oriente. Essa breve descrição lembra como os exércitos de Ciro vieram do norte e do leste de Babilônia. Seus engenheiros escavaram uma depressão na paisagem próxima e desviaram o fluxo do Rio Eufrates para aquela depressão, permitindo que os soldados de Ciro marchassem sob os portões do rio para a cidade. Planejando o desvio para aproveitar um dia de festa dentro da cidade, os soldados de Ciro descobriram que os guardas bêbados haviam deixado abertos os portões ao longo da margem do rio. Os soldados invadiram a cidade, conquistando-a e matando seu governante, Belsazar (como é descrito em Daniel 5). Nos meses e anos que se seguiram, Ciro iniciou um processo no qual os remanescentes dispersos de Israel foram encorajados a voltar para casa e reconstruir o templo e a cidade de Jerusalém.

Observe toda a sequência mais uma vez: nos tempos do Antigo Testamento, Ciro, rei da Pérsia, secou o rio Eufrates para conquistar a Babilônia e libertar Israel. Essa narrativa define claramente a base para a última parte do livro do Apocalipse. No livro do Apocalipse, as águas do rio Eufrates do tempo do fim são secadas a fim de abrir caminho ao Ciro do tempo do fim (“os reis que vêm do oriente”, NVI), que conquista a Babilônia do tempo do fim para livrar o Israel do tempo do fim! A narrativa da batalha do Armagedom está fundamentada na história do Antigo Testamento sobre Ciro e a queda de Babilônia.

VI. O significado do Armagedom

A palavra “Armagedom” é Har-Magedon em grego. Apocalipse 16:16 explica que a palavra se baseia no hebraico, idioma no qual har significa monte. Portanto, o significado mais natural de Armagedom é “Monte de Megido”. O problema é que no mundo não existe um monte chamado Megido. Há águas de Megido (Jz 5:19), um vale de Megido (2Cr 35:22) e uma cidade de Megido (1Rs 9:15). Outros sugerem “Monte da matança” (com base em Zc 12.11) ou “monte da congregação” (ecoando Is 14:13).

O Anchor Bible Dictionary conclui que a melhor explicação para Har-Magedon é aquela que o associa à montanha que paira sobre as águas, vale e cidade de Megido, o Monte Carmelo, o lugar em que Elias chamou fogo do céu à Terra para demonstrar quem era o verdadeiro Deus (Ap 13:13, 14). Nos últimos dias da história, haverá um confronto entre o verdadeiro Deus (Ap 4 e 5) e a falsa trindade (Ap 16:13, 14); entre os três anjos (Ap 14:6-12) e as três rãs. Nesse combate final, o fogo cairá no altar errado (Ap 13:13, 14), mas o verdadeiro Deus será vindicado (Ap 15:3, 4).

PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA

1. Em meio ao relato da batalha do Armagedon (Ap 16:13-16) é proferida uma bênção àquele que vigia e guarda as suas vestes (Ap 16:15). Na lição 3, tema V, vimos que essa referência é uma clara alusão a Apocalipse 3:18, a advertência de Cristo a Laodiceia. Existe, portanto, uma conexão clara entre a igreja de Laodiceia e o chamado final de Deus ao mundo no contexto do Armagedom. A igreja que passará pela última crise da história da Terra tem sérios defeitos, mas é o objeto do cuidado de Jesus e finalmente vencerá (Ap 3:21). Esse paradoxo deve ser uma fonte de alerta e encorajamento para o povo de Deus hoje.

2. Em um único versículo (Ap 16:15), João reúne vários apelos do Novo Testamento à luz do fim: “Venho como ladrão” (NVI) e “Bem-aventurado aquele que vigia”, ecoam declarações de Jesus repetidas por Paulo (Mt 24:42-44; Lc 12:37-39; 1Ts 5:1-6). Todos esses textos falam sobre a preparação para a segunda vinda de Jesus. Ao ecoar esses conceitos em meio à batalha do Armagedom, o livro do Apocalipse deixa claro que hoje é o dia de atender a advertência para que não estejamos do lado errado naquela ocasião. É nossa tarefa espiritual vigiar nosso coração, pensamentos e comportamento, e permanecer fiéis, não importando o engano e a coerção que possamos enfrentar. Há necessidade de perseverança e discernimento. Precisamos ser fortalecidos pelas palavras de Jesus, de Paulo, e pela mensagem de Cristo a Laodiceia. Quando escolhemos ser fiéis hoje em meio a várias tentações, estamos sendo preparando para batalhas ainda maiores no fim dos tempos.


Amizade que cura 

Algo estava muito errado quando Vitalina se preparava para dar à luz seu segundo filho em São Tomé e Príncipe. Aos 19 anos, ela teve uma hemorragia e os médicos, erroneamente, realizaram uma transfusão com um tipo diferente de sangue. O garotinho nasceu saudável, mas Vitalina sofreu uma infecção grave nas pernas. Para salvar a vida, foi necessário amputá-las. 

Depois de nove meses, voltou para casa e descobriu que o esposo estava com outra mulher. Ele ficou somente alguns dias em casa. A depressão a atingiu e ela chegou a pensar em cometer suicídio. Naquela ocasião, uma senhora adventista passou a visitá-la. Ela costumava lavar roupas no rio mais perto de sua casa, todas as semanas, até que o médico a proibiu de entrar no rio, por motivos de saúde. 

Então, a irmã adventista chamou alguns membros da igreja para substitui-la na tarefa de lavar a roupa. Vitalina era grata pela ajuda, mas não se sentia à vontade. “Eu ficava tímida porque não era adventista”, ela disse. “Não compreendia porque decidiram lavar minhas roupas”. Com isso, ela entregava algumas roupas e escondia outras no quarto. Durante duas semanas, disse aos visitantes: “É isto. Eu não tenho muitas roupas nesta semana”. As irmãs não acreditavam nessa explicação e procuravam pela casa, até que encontraram uma pilha de roupas sujas escondidas, as quais lavaram. 

Vitalina orou pedindo que Deus a ajudasse a sobreviver. Depois de algum tempo, adquiriu uma máquina de costura usada e aprendeu a costurar calças. Sua empresa cresceu e teve mais cinco filhos. Então, o esposo faleceu. Enquanto isso, um membro da igreja falava sobre a Bíblia com a Vitalina, mas ela não estava interessada; não queria mudar a alimentação. 

Em 2012, um pastor adventista realizou uma série evangelística de duas semanas. “Quando ouvi as palestras, comecei a perceber as coisas maravilhosas que Deus fez em minha vida”, Vitalina disse. “Ele respondeu às minhas orações e me ajudou a descobrir uma maneira de ganhar dinheiro com a máquina de costura. Esse foi um dos motivos pelos quais aceitei o evangelho.” 

Vitalina assistiu as reuniões todas as noites e foi batizada. Ansiosa em compartilhar a fé, testemunha com todas as pessoas que podem ouvir. “Olhe para mim”, ela diz às pessoas que a visitam. “Deus está trabalhando em mim e estou a Seu dispor. Deus é maravilhoso e precisamos confiar Nele.” Nessas conversas, ela convenceu sete pessoas a acompanhá-la à igreja adventista, localizada há três quilômetros. Vitalina pagava a passagem delas. Todas as sete são membros batizados da igreja. 

Um grupo de estudos bíblicos foi organizado no quintal de sua casa, inicialmente levou ao batismo seis pessoas. Em pouco tempo, 40 pessoas foram batizadas, incluindo dois de seus filhos e os líderes da igreja elaboraram planos para abrir uma igreja em seu bairro. Por falta de condições financeiras para comprar terras, a igreja aceitou uma oferta de Vitalina para construir uma igreja temporária no terreno de sua casa. A igreja de madeira foi construída em setembro de 2017. 

“Fico tão feliz ao ver a igreja em frente à minha porta”, diz Vitalina, sentada no sofá da sala de estar. “Porém, mais importante que isso, sou feliz ao ver a conversão de muitas pessoas!” Vitalina diz que o segredo de levar pessoas a Cristo é a amizade. 

“É difícil mostrar Deus às pessoas sem amizade”, diz. “Faço amizade entre pessoas da comunidade e as convido para conhecer a igreja”. Seu verso bíblico favorito é Mateus 6:33: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” 

“Esse verso é encorajador pela garantia de que, se colocarmos Deus em primeiro lugar, Ele dará todas as coisas de que precisamos”, Vitalina diz. “Por experiência própria, sei que isso é verdade.” Parte da oferta do trimestre ajudará na construção de uma igreja para alcançar a classe média em São Tomé. Muito lhe agradecemos. 

 


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2019

Tema Geral: O livro do Apocalipse

Lição 11: 9 a 16 de março

“As sete últimas pragas”

Autor: Érico Tadeu Xavier

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Os eventos de Apocalipse 15 e 16 ocorrerão pouco antes da ceifa. Esses capítulos descrevem a tribulação que ocorrerá entre o fim do tempo da graça (Ap 22:11) e a segunda vinda de Jesus Cristo. Quando Cristo deixar de interceder no santuário celestial o período da graça estará encerrado. As sete últimas pragas serão derramadas nesse tempo e constituirão os mais terríveis juízos lançados sobre a humanidade. Cairão sobre os que declararam lealdade definitiva aos poderes religiosos que desafiam a Deus nos últimos dias.

A ira de Deus – “Ninguém que leia Apocalipse 16 pode evadir-se à penosa percepção de que esse é o capítulo da ira de Deus. A tendência moderna é subestimar esse aspecto do caráter de Deus. A pregação sobre o fogo do inferno é antiquada, e é bom que seja assim, mas a proclamação sentimentalista do amor de Deus certamente não poderá ser considerada um substituto apropriado. O que o mundo necessita é do salutar equilíbrio da verdade evangélica refletida na declaração de Paulo: ‘Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus’ (Rm 11:22). A ira de Deus é o amor de Deus transformado em indignação moral contra os que persistentemente calcam aos pés os princípios da ordem espiritual” (S. Júlio Schwantes, “As Sete Últimas Pragas”, Liberty – março/abril de 1974, p. 19).

Essas pragas são literais ou simbólicas? As pragas do Egito foram literais. (Ver Êxodo 7:20 a 12:31.) O povo teve tumores e foi afligido por rãs, piolhos, moscas, gafanhotos, etc.

"A linguagem do Apocalipse é comumente simbólica e, às vezes, impressionista. A linguagem que descreve as pragas talvez não seja literal. Mas perde bem pouco de sua força se for encarada como está no texto. 'Úlceras malignas e perniciosas', 'sangue como de morto', 'os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam', 'grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento' são bastante graves ao ser interpretadas literalmente. As 'trevas' 'sobre o trono da besta' e os 'espíritos imundos semelhantes a rãs' que saem da boca do 'dragão', da boca da 'besta' e da boca do falso profeta' requerem alguma interpretação, mas certamente não são misteriosos a esta altura de nosso estudo do Apocalipse” (C. Mervyn Maxwell, God Cares, v. 2, p. 430).

As pragas não são universais – “Estas pragas não são universais, pois, se fossem, os habitantes da Terra seriam inteiramente exterminados” (O Grande Conflito, p. 628). Parece ser evidente que algumas pragas ocorrerão numa região, e outras, noutra. Todo o mundo sofrerá, porém, apenas algumas dessas pragas. “O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na antiguidade” (O Grande Conflito, p. 614).

A primeira praga – Incidirá sobre os que aceitarem o sinal da besta. Podemos determinar até certo ponto a natureza de seu pecado. Tais pessoas não amaram suficientemente a Cristo para ser "fiéis até à morte" (Ap 2:10). A ameaça de um boicote econômico (Ap 13:17) as leva a duvidar do cuidado de Deus. Confortos materiais e o bem-estar pessoal são mais importantes para elas do que a obediência a Deus.

A segunda praga – Será derramada sobre o mar e punirá a adoração ao poder econômico que tantas vezes tem sido usado com finalidades pecaminosas. Os mares eram as avenidas do comércio nos tempos antigos – e ainda são. Essa praga desmantelará o comércio.

A terceira praga – Essa praga, que transforma a água potável em sangue, julgará a última confederação político-religiosa por seu espírito assassino que pretende erradicar a presença do povo de Deus deste mundo.

A quarta praga – "Não é difícil ver a implicação religiosa na quarta praga que afeta o Sol. ... O Sol era o objeto mais comum de adoração no mundo pagão. ... Se a 'marca da besta' ... será a observância do domingo – quando esse dia for imposto por lei e os homens o observarem a despeito da questão de lealdade envolvida – então não é de surpreender que o Sol seja usado por Deus na quarta praga para mostrar a insensatez da humanidade. O Sol, que universalmente se acreditava ser uma fonte de bênção, transforma-se numa fonte de desgraça, porque 'eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador'” (Rm 1:25; S. Júlio Schwantes, "As Sete Últimas Pragas", Liberty – março/abril de 1974, p. 21 e 22).

A quinta pragaA praga de trevas literais que caíram sobre o Egito durou três dias, mas nas habitações dos israelitas havia luz (Êx 10:21-23). A quinta praga parece ser um tanto semelhante, mas se restringe ao "trono" ou sede da besta papal (Roma) e de seu "reino" – provavelmente os que são súditos eclesiásticos do papa.

A sexta praga – No decorrer de sua história, os adventistas têm sugerido uma ou outra de duas interpretações diferentes desses versículos. Note o seguinte:

(Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 934-938).

Nota: A IASD hoje defende, prega e aceita a interpretação simbólica da sexta praga.

A sétima praga – Será universal, pois a atmosfera envolve o globo. Cidades serão reduzidas a escombros quando a saraivada e o terremoto destruírem as realizações humanas.

Conclusão – “O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas conquanto perseguido e angustiado, conquanto suporte privações, e sofra pela falta de alimento, não será abandonado a perecer. ... Enquanto os ímpios estão a morrer de fome e pestilências, os anjos protegerão os justos, suprindo-lhes as necessidades” (O Grande Conflito, p. 629).

Conheça o autor do comentário: Érico Tadeu Xavier é graduado em Teologia Pastoral (1991) e tem mestrado (2000) pelo Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia; Doutorado (PhD) pelo South African Theological Seminary (2011). Pós-doutorado (2014) na área de teologia sistemática pela FAJE – Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta, de Belo Horizonte. Foi professor de teologia na Bolívia e na Bahia, na FADBA. Atualmente é professor de teologia sistemática no SALT – IAP. Autor de 11 livros, é casado com a psicopedagoga e mestre em educação Noemi, com quem tem dois filhos, Aline e Joezer, que são casados e vivem no Paraná.