Eu havia passado um ótimo sábado com meu namorado, Michael, em uma cidade vizinha, na Romênia. Meus pais vieram nos encontrar à tarde e, depois de horas agradáveis juntos, estávamos prontos para irmos embora. Meus pais saíram primeiro no carro deles, e cinco minutos mais tarde, meu namorado e eu seguimos no carro dele.

Enquanto viajavam, meu pai percebeu que o carro deles precisava de combustível, então parou em um posto, que estava no lado esquerdo da estrada. Meu pai não tinha um meio para nos avisar que havia parado, pois não havia celular. Então minha mãe saiu do carro e correu para o outro lado da pista para nos parar e pedir que esperássemos por eles.

Minha mãe apareceu do nada, na escuridão da estrada, bem em frente do nosso carro! Num instante, antes que pudéssemos reagir, ela foi atirada para cima do capô do carro, e depois caiu no meio do asfalto. Ficamos em choque. Algo terrível havia acontecido! Ambos saímos do carro, e fiquei atônita ao ver meu pai cuidando da vítima que estava caída, com o rosto virado para baixo. Minha mente rapidamente concluiu que meu pai, que é médico, havia parado para abastecer o carro e, ao testemunhar o acidente, havia se apressado para prestar os primeiros socorros à vítima. Corri até o posto para chamar uma ambulância e a polícia. Enquanto isso, Michael permaneceu com meu pai. Quando retornei, eles precisaram me dizer quem era a vítima: minha mãe!

Meu pai se levantou quando percebeu que não havia mais nada que ele pudesse fazer por ela. Seu coração estava despedaçado, mas em nenhum momento sequer ele nos censurou. Ao invés disso, ele colocou os braços em nossos ombros e tentou nos consolar. Lágrimas rolaram pelo seu rosto, e havia inúmeras perguntas sem resposta. Mas jamais me esquecerei de um detalhe. Naquele momento, eu senti que todos nós fomos abraçados por Deus e fortalecidos durante aquela situação tão dolorosa. Naquela manhã de sábado, a meditação havia sido Filipenses 4:7.

Quando a polícia chegou, eles ficaram impressionados por estarmos calmos. Eles nos perguntaram qual era a nossa religião. Além das nossas lágrimas e corações despedaçados, eles podiam ver a paz que “excede todo entendimento”, e isso manteve nossa mente em Jesus Cristo.

Teodora Goran