Lição 8
13 a 20 de maio
Jesus nos escritos de Pedro
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 2Cr 10–13
Verso para memorizar: “Carregando Ele mesmo em Seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por Suas chagas, fostes sarados” (1Pe 2:24).
Leituras da semana: 1Pe 1:18, 19; Cl 1:13, 14; Is 53:1-12; Jo 11:25; Sl 18:50; 2Pe 1:1

A despeito do contexto ou dos problemas específicos abordados por Pedro, seu foco estava em Jesus. Cristo permeia todos os escritos do apóstolo; Ele é o fio de ouro que atravessa toda a sua carta.

Desde a primeira frase, em que Pedro afirmou ser “apóstolo” (enviado) de Jesus Cristo, até sua última declaração: “Paz a todos vocês que estão em Cristo” (1Pe 5:14, NVI), Jesus é seu tema central. Nessa primeira epístola, Pedro escreveu sobre a morte de Jesus como sacrifício oferecido em nosso favor. Falou sobre o grande sofrimento pelo qual Cristo passou, deixando Seu exemplo naqueles momentos de dor como modelo para nós. Ele também discorreu sobre a ressurreição de
Jesus e seu significado para nós. Além disso, escreveu sobre Ele não apenas como o Messias, o Cristo “ungido”, mas como o Messias divino; ou seja, vemos em 1 Pedro mais evidências da divindade de Jesus. Ele é o próprio Deus, que veio à Terra com a natureza humana, viveu e morreu para que tenhamos a esperança e a promessa da vida eterna.

Nesta semana, voltaremos às páginas de 1 Pedro e analisaremos mais atentamente o que elas revelam sobre Jesus.



Domingo, 14 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 14–16
Jesus, nosso sacrifício

Talvez o principal tema da Bíblia seja a obra de Deus em salvar a humanidade. Desde a queda de Adão e Eva, em Gênesis, até a queda de Babilônia em Apocalipse, as Escrituras, de uma ou de outra maneira, revelam a obra de “buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Esse tema também é revelado nas cartas de Pedro.

1. Leia 1 Pedro 1:18, 19 e Colossenses 1:13, 14. O que significa ser redimido? Qual é a relação entre o sangue e a redenção? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Ser resgatado do reino das trevas para o reino da luz pelos méritos de Jesus. O preço da redenção foi pago com sangue.

B.( ) Ser resgatado do controle da natureza pecaminosa e ser santificado. A redenção só é possível com derramamento de sangue.

C.( ) As duas alternativas anteriores estão corretas.

Em 1 Pedro 1:18, 19 há uma descrição da importância da morte de Jesus: “Vocês […] foram redimidos […] pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (NVI). Existem duas ideias fundamentais nessas palavras: redenção e sacrifício de animais.

A palavra redenção foi empregada na Bíblia em diversos contextos. Por exemplo, o primeiro jumentinho que nascesse (que não poderia ser sacrificado) e o filho primogênito (Êx 34:19, 20) eram redimidos pelo sacrifício de um cordeiro substituto. Era possível usar dinheiro para comprar de volta (redimir/resgatar) itens que haviam sido vendidos por causa da pobreza (Lv 25:25, 26). E o mais importante, um escravo podia ser redimido (Lv 25:47-49). Primeiramente, Pedro revelou aos seus leitores que o custo para redimi-los de seu “fútil procedimento” que seus pais os haviam legado (1Pe 1:18) foi nada menos do que o “precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1Pe 1:19). A imagem do cordeiro evidentemente evoca o conceito do sacrifício animal.

Portanto, Pedro comparou a morte de Cristo à de um animal sacrificado no Antigo Testamento. O pecador trazia para o santuário uma ovelha sem defeito. Em seguida, colocava as mãos sobre ela (Lv 4:32, 33). O animal então era abatido e parte de seu sangue era espalhado sobre o altar. O sacerdote derramava o restante do sangue na base do altar (Lv 4:34). A morte do animal sacrificial provia a “expiação” por aquele que oferecia o sacrifício (Lv 4:35). Com isso, Pedro estava dizendo que Jesus morreu em nosso lugar e que Sua morte nos libertou da velha vida e da condenação que, de outra maneira, recairia sobre nós.

Nossa esperança está no Substituto que morreu em nosso lugar. O que isso ensina sobre nossa dependência de Deus?


Segunda-feira, 15 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 17–20
A paixão de Cristo

Muitas vezes, os cristãos falam sobre “a paixão de Cristo”. A palavra paixão vem de um verbo grego que significa “sofrer”. A expressão “paixão de Cristo” geralmente se refere aos sofrimentos de Jesus no período final de Sua vida, começando com Sua entrada triunfal em Jerusalém. Pedro também discorreu longamente sobre o sofrimento de Cristo naqueles últimos dias.

2. De acordo com 1 Pedro 2:21-25 e Isaías 53:1-12, o que Jesus sofreu em nosso lugar? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) As consequências do pecado e da morte eterna.

B.( ) A morte em favor dos anjos caídos.

C.( ) O castigo que era nosso.

Há um significado especial para o sofrimento de Jesus. Ele carregou “em Seu corpo, sobre o madeiro, nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça” (1Pe 2:24. O madeiro é uma referência à cruz. Compare com At 5:30.). O pecado trouxe a morte (Rm 5:12). Como pecadores, merecemos morrer. No entanto, o perfeito Jesus, em quem não Se achou nenhum dolo (1Pe 2:22), morreu em nosso lugar. Nessa substituição, temos o plano da salvação.

3. Leia Isaías 53:1-12. O que Jesus sofreu ao executar o plano da salvação em nosso favor? O que isso revela sobre o caráter de Deus? Complete as lacunas:

Cristo foi rejeitado e ________________________; foi ________________________ por nossas transgressões e moído por nossas ________________________. Isso mostra que o ________________________ de Deus é tão grande, que Ele não mediu esforços para nos ________________________.

“Satanás torturava com cruéis tentações o coração de Jesus. O Salvador não podia enxergar além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Jesus temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus que Sua separação fosse eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando a misericórdia não mais interceder pela humanidade culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Jesus, como substituto do homem, que tornou tão amargo o cálice que Ele sorveu e quebrantou o coração do Filho de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753).

Qual deve ser nossa resposta diante do que Cristo sofreu por nós? De acordo com 1 Pedro 1:21, como podemos seguir Seu exemplo?


Terça-feira, 16 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 21–23
A ressurreição de Jesus

4. Leia 1 Pedro 1:3, 4, 21; 3:21; João 11:25; Filipenses 3:10, 11 e Apocalipse 20:6. Qual é a razão da esperança mencionada nesses textos? O que isso significa para nós? Assinale a alternativa correta:

A.( ) As riquezas que teremos no Céu. Sem elas, seremos somente servos pobres na eternidade.

B.( ) O segundo Pentecostes. Sem ele, não terminaremos a obra.

C.( ) A ressurreição de Jesus. Sem ela, não temos nenhuma esperança em relação à morte.

Conforme já vimos, a primeira epístola de Pedro foi endereçada aos que estavam sofrendo em razão de sua crença em Jesus. Por isso, logo no início de sua carta, o apóstolo dirigiu a atenção de seus leitores à esperança que os aguardava, algo considerado especialmente apropriado. Como ele disse, a esperança do cristão é viva porque está fundamentada na ressurreição de Jesus (1Pe 1:3). Graças à Sua ressurreição, podemos aguardar com expectativa uma herança celestial que jamais perecerá nem passará (1Pe 1:4). Em outras palavras, não importa quanto as coisas se tornem difíceis, pense no que nos espera quando tudo terminar.

A ressurreição de Jesus é a garantia de que também podemos ser ressuscitados (1Co 15:20, 21). Como expressou Paulo, “se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé; e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15:17). Contudo, por ter ressurgido dos mortos, Ele provou que tem poder para vencer a própria morte. Portanto, a esperança cristã encontra seu alicerce no fato histórico da ressurreição de Cristo. Sua ressurreição é o fundamento que possibilitará nossa ressurreição no fim dos tempos.

Onde estaríamos sem essa esperança e promessa? Tudo o que Cristo fez por nós culmina na promessa da ressurreição! Sem ela, que esperança teríamos? Afinal de contas, sabemos que, ao contrário da crença cristã popular, os mortos dormem um sono inconsciente na sepultura.

“Para o cristão, a morte é apenas um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e ‘quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória’ (Jo 8:51, 52; Cl 3:4). [...] Em Sua segunda vinda, todos os queridos mortos Lhe ouvirão a voz, saindo para uma vida gloriosa, imortal” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 787).

Por que a promessa da ressurreição é tão importante para nossa fé?

Viva em comunidade: Convide uma família do seu bairro para almoçar em sua casa. Convide também amigos da igreja. Semeie o amor e multiplique esperança!

Quarta-feira, 17 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 24, 25
Jesus como o Messias

Como vimos anteriormente, um dos momentos decisivos do ministério de Jesus na Terra foi quando, em resposta à pergunta sobre quem Ele era, Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). A palavra “Cristo” (christos, em grego; em hebraico, mashiyach) significa “ungido”, o “Messias”. O termo vem da raiz “ungir”, tendo sido utilizado em diversos contextos do Antigo Testamento. Foi usado até mesmo para designar um rei pagão, Ciro (veja Is 45:1). Portanto, quando Pedro chamou Jesus de “o Cristo”, estava expressando um ideal derivado do Antigo Testamento.

5. Leia os seguintes textos do Antigo Testamento que empregam a palavra “Messias” ou “ungido”. O que o contexto revela sobre seu significado? Ao chamar Jesus de “Messias”, como Pedro entendeu seu sentido?

Sl 2:2 __________________________________________________________________

Sl 18:50 __________________________________________________________________

Dn 9:25 __________________________________________________________________

1Sm 24:6 __________________________________________________________________

Is 45:1 __________________________________________________________________

Embora Pedro tenha sido inspirado pelo Senhor quando declarou que Jesus era o Messias (Mt 16:16, 17), com certeza ele não havia entendido plenamente o que isso significava. Ele não compreendia exatamente quem era o Messias, qual era Sua obra e, talvez o mais importante, como Ele a realizaria.

Pedro não estava sozinho em sua falta de compreensão a respeito desse assunto. Havia muitas concepções diferentes acerca do Messias em Israel. Por mais que o uso das palavras “Messias” ou “ungido” nos textos acima prenunciasse o que Ele finalmente seria e faria, isso não apresentava um panorama completo.

João 7:40 revela um pouco do que os judeus esperavam do Messias. Ele seria descendente de Davi, da cidade de Belém (Is 11:1-16; Mq 5:2). Essa parte eles entenderam corretamente. Contudo, no imaginário popular, o Messias da linhagem de Davi faria o que Davi fez, isto é, derrotaria os inimigos dos judeus. Ninguém esperava um Messias crucificado pelos romanos.

Evidentemente, quando escreveu suas epístolas, Pedro tinha uma compreensão mais clara acerca de Jesus como o Messias e sobre tudo o que Ele faria pela humanidade, visto que ele O chamou de “Jesus Cristo” 15 vezes em suas duas cartas.

 


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Quinta-feira, 18 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 26–28
Jesus, o Messias divino

Pedro sabia que Jesus não era apenas o Messias, mas também o próprio Senhor. Ou seja, ao escrever suas epístolas, ele tinha conhecimento de que o Messias era o próprio Deus. Embora a palavra “Senhor” [Lord, em inglês] possa ter um significado secular, o termo também pode ser uma clara referência à divindade. Em 1 Pedro 1:3 e 2 Pedro 1:8, 14, 16, o apóstolo se referiu a Jesus como o Messias, o Cristo, o Senhor, o próprio Deus.

Assim como outros escritores do Novo Testamento, Pedro descreveu a relação entre Deus e Jesus empregando as palavras Pai e Filho. Por exemplo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Pe 1:3; compare com 2Pe 1:17). Jesus é retratado como o Filho amado (2Pe 1:17), e parte de Sua autoridade como Senhor e de Seu status celestial vem desse relacionamento especial que Ele tem com Deus, o Pai.

6. Leia 2 Pedro 1:1; João 1:1 e João 20:28. O que esses textos revelam sobre a divindade de Jesus? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Ele é Filho de Deus, mas não é Deus.

B.( ) Ele é uma criatura assim como os anjos.

C.( ) Ele é o próprio Deus encarnado, o Senhor.

Em 2 Pedro 1:1, o apóstolo diz: “Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”. No original grego, o mesmo artigo definido (“o”) é usado para Deus e para Salvador. Gramaticalmente, isso significa que tanto “Deus” quanto “Salvador” se referem a Jesus. Portanto, essa passagem é uma das indicações muito claras da plena divindade de Cristo no Novo Testamento.

À medida que os primeiros cristãos se esforçavam para compreender quem era Jesus, eles colocaram gradualmente as evidências da Sua divindade no Novo Testamento. Nos escritos de Pedro, assim como nos textos de outros autores, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são distintos (por exemplo, Pai/Filho: 1Pe 1:3; 2Pe 1:17; Espírito Santo: 1Pe 1:12; 2Pe 1:21). Contudo, ao mesmo tempo, Cristo é retratado como plenamente divino, assim como o Espírito Santo. Com o passar dos anos, e depois de muita discussão, a igreja desenvolveu a doutrina da Trindade a fim de explicar o mistério da divindade da melhor maneira possível. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem a doutrina da Trindade como uma de suas 28 crenças fundamentais. Portanto, vemos em Pedro uma representação clara de Jesus não apenas como o Messias, mas como o próprio Deus.

 

Mesmo sendo o Filho de Deus, Jesus veio para viver e morrer como ser humano, para nos salvar. O que isso revela sobre o Deus a quem servimos? Ele merece o nosso amor e confiança?


Sexta-feira, 19 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 29–31
Estudo adicional

Ao falar dos títulos de Jesus, “parece lógico começar com ‘Messias’, visto que a igreja cristã deve seu nome ao equivalente grego Christos, o ‘Ungido’. A palavra hebraica designa a figura do libertador a quem os judeus aguardavam e que seria o agente divino na inauguração de uma nova era para o povo de Deus. Tanto o termo grego como o hebraico derivam de raízes que significam ‘ungir’. É evidente que, ao chamar Jesus de ‘Cristo’, os escritores do Novo Testamento viam-O como alguém especialmente separado para uma tarefa específica.

“O título Christos ocorre mais de 500 vezes no Novo Testamento. Embora houvesse entre os contemporâneos de Jesus mais de um conceito de messianidade, geralmente se admite que, por volta do primeiro século, os judeus concebiam o Messias como alguém que possuía especial relacionamento com Deus. Ele surgiria no fim do tempo, quando o reino de Deus seria estabelecido. Era alguém por meio de quem Deus interviria na História para o livramento do Seu povo. Jesus aceitava o título de “Messias”, mas não encorajava seu uso, pois o termo encerrava conotações políticas que dificultavam o seu emprego. Embora relutasse em tirar proveito desse título em público para descrever Sua missão, Jesus não repreendeu Pedro (Mt 16:16, 17) nem a mulher samaritana (Jo 4:25, 26) quando o utilizaram. Ele sabia que era o Messias, conforme se deduz do relato de Marcos, onde Jesus afirma que receberia galardão quem desse de beber um copo de água a um de Seus seguidores, porque eles eram discípulos de Cristo (Mc 9:41)” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 186).

Perguntas para reflexão

1. De acordo com Isaías 53:1-12, o que Jesus fez por nós? Por que precisamos dEle como nosso substituto?

2. Ao longo da História, a promessa bíblica de vida após a morte foi usada para manter as pessoas oprimidas. Por isso, muitos rejeitam a noção cristã de vida futura. Qual seria sua resposta a esse pensamento?

3. O que a divindade de Jesus revela sobre o caráter de Deus?

Respostas e tarefas da semana: 1. C. 2. V; F; V. 3. Desprezado – traspassado – iniquidades – amor – salvar. 4. C. 5. Com pelo menos uma semana de antecedência, escolha 5 alunos e dê a cada um deles um dos textos mencionados, pedindo que preparem uma breve resposta para apresentar na classe. Peça a opinião dos outros alunos sobre as respostas dadas quanto ao significado dos textos bíblicos. 6. C.



Resumo da Lição 8
Jesus nos escritos de Pedro

TEXTO-CHAVE: 1 Pedro 1:18-21

O ALUNO DEVERÁ

Saber: Que Jesus Cristo está no centro da teologia e dos ensinamentos de Pedro, que incluem Sua messianidade, Seu sofrimento, morte, ressurreição e segunda vinda.

Sentir: O privilégio de ser chamado por Deus para participar dos sofrimentos de Cristo, e a experiência de fé e esperança na glória que há de ser revelada em nós por ocasião de Seu retorno.

Fazer: Abandonar a maneira vazia de viver, e fazer o que é correto, servindo aos outros em amor.

ESBOÇO

I. Saber: Jesus como Messias, Redentor e Senhor

A. Quais aspectos específicos da vida e ministério de Jesus foram destacados por Pedro nessa epístola?

B. Qual é o foco central das referências de Pedro à vida e ao ministério de Cristo?

II. Sentir: O chamado para seguir os passos de Jesus

A. Em qual contexto específico Pedro chamou seus leitores a seguir os passos de Jesus?

B. Como o fato de Cristo ter cumprido as profecias do Antigo Testamento influencia nossa decisão de segui-Lo hoje?

III. Fazer: Preparação para a volta de Jesus

A. O que Pedro aconselhou seus leitores a fazer enquanto se preparavam para o retorno de Cristo?

B. Como vemos o juízo iminente? Com medo ou com grande expectativa? Discuta.

RESUMO: Uma mensagem clara sobre Jesus permeia toda a argumentação de Pedro. Cristo é o Messias divino da profecia do Antigo Testamento, enviado para redimir Seu povo da vida pecaminosa por meio de Seu próprio sacrifício. Ele ressuscitou e em breve Se revelará em glória. NEle está a esperança do cristão.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: 1 Pedro 1:3-9

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo. Essa esperança inclui uma herança no Céu que jamais perecerá, nem se corromperá nem perderá seu valor. Ela está guardada para os que, mediante a fé, são protegidos pelo poder de Deus até que venha a salvação a ser revelada na volta de Cristo. Louvamos a Deus com alegria por essa esperança de salvação, e somos transformados pela expectativa da glória que será revelada em nós. Amamos a Jesus e uns aos outros. Suportamos as provações com paciente perseverança. Confiamos em Deus e em Sua Palavra e, por fim, alcançamos o alvo da nossa fé, a salvação.

Para o professor: Jesus transformou a vida de Pedro, que era ousado, arrogante, impetuoso e franco. Muitas vezes ele falava sem pensar. Como resultado, fazia promessas que não poderia cumprir e acabou negando Seu Senhor. No entanto, diferentemente de Judas, em vez de perder a esperança e desistir, Pedro se arrependeu e buscou uma nova experiência com Cristo, tornando-se um de Seus defensores e seguidores mais fervorosos. Talvez Pedro tenha sido o líder mais notório da igreja primitiva, pelo menos até Paulo se tornar um preeminente apóstolo dos gentios. Paulo considerava Pedro uma das principais “colunas” da igreja (Gl 2:9). Pedro sabia quem era Jesus e conhecia Seu poder. Não é de admirar que sua epístola esteja repleta de passagens que falam da importância de Jesus na vida do cristão.

Discussão e atividade inicial: Peça que os alunos leiam 1 Pedro 1:3-9, 18-21. Solicite que identifiquem os vários elementos do processo de salvação mencionados nessas passagens, bem como sua relação com a vida e obra de Jesus.

Compreensão

Para o professor: A vida e a obra de Jesus permeiam a primeira epístola de Pedro. Mas o foco central de Sua vida e obra se encontra em 1 Pedro 3:18, isto é, a morte substitutiva de Jesus por nossos pecados e Sua ressurreição para a vida no Espírito. Há dez referências explícitas ao sofrimento e morte de Jesus nessa epístola (1Pe 1:2, 11, 19; 2:21, 23, 24; 3:18; 4:1, 13; 5:1), sendo, pelo menos, uma delas em cada capítulo. Há também quatro referências diretas à Sua ressurreição (1Pe 1:3, 21; 3:18, 21). Além disso, há uma referência à Sua ascensão (1Pe 3:22), e cinco à Sua segunda vinda (1Pe 1:5, 7, 13; 5:1, 4).

Comentário bíblico

I. O sofrimento e a morte de Jesus

(Recapitule com a classe 1 Pedro 1:18, 19; 2:24; 3:18.)

A maioria das referências à vida e obra de Cristo se refere ao Seu sofrimento e morte. Seu sofrimento é mais mencionado, em grande parte como exemplo àqueles que também estão sofrendo (1Pe 1:11, 12; 2:21-23; 4:1, 13-16); porém, a morte de Cristo como sacrifício por nossos pecados é teologicamente mais importante para nossa salvação eterna (1Pe 1:18, 19; 2:24; 3:18). Essas passagens revelam uma expiação substitutiva. Ela era necessária para pagar o preço do resgate por nossos pecados. Não fosse o sacrifício substitutivo de Jesus, não haveria provisão para nossa salvação. Essa é a única maneira de nos achegarmos a Deus (1Pe 3:18; Jo 14:6; At 4:10-12; Hb 9:27, 28; 10:19-22).

Pense nisto: Quanto tempo diário ou semanal você dedica à contemplação do sofrimento e da morte de Jesus?

II. A ressurreição de Jesus

(Recapitule com a classe 1 Pedro 1:3, 21; 3:18, 21.)

Por mais importante que seja a morte de Cristo para nossa salvação, ela teria sido ineficaz, não fosse Sua ressurreição (1Pe 1:3; 3:21; 1Co 15:14, 17-19). Temos esperança de vida eterna porque Ele não está morto, mas ressurreto (Mt 28:5, 6; Lc 24:5, 6), e Se tornou “as primícias dos que dormem” (1Co 15:20). Mediante Sua ressurreição, temos a certeza de que podemos ressuscitar para a vida eterna. Pedro entendeu claramente esse princípio, defendendo-o diante de seus leitores como o fundamento para sua esperança, a despeito do sofrimento ou da morte que eles pudessem enfrentar.

Pense nisto: Em Romanos 6:4, Paulo argumentou que a ressurreição de Jesus não é apenas nossa esperança de futura vida eterna, mas também um “tipo” da nova vida espiritual no presente. Qual é o fundamento da nossa esperança de vida eterna?

III. A ascensão e o retorno de Cristo

(Recapitule com a classe 1 Pedro 1:5, 7, 13; 3:22; 5:1, 4.)

Além do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, Pedro destacou outros acontecimentos importantes na vida e obra de Jesus. Em 1 Pedro 3:22, ele se referiu à Sua ascensão e fez até mesmo uma alusão ao Seu ministério sacerdotal ao afirmar que Ele estava “à destra de Deus” (compare com At 5:31; Hb 8:1; 9:24; 10:11, 12). Em seguida, Pedro fez cinco referências à segunda vinda de Cristo, a qual ele mencionou como “Sua revelação em glória no último tempo” (1Pe 1:5,
7, 13; 5:1) ou “Sua manifestação” (1Pe 5:4). Todas as esperanças do cristão culminam nessa manifestação em glória (Tt 2:13). Ela é a bendita herança reservada no Céu para nós. Nós a temos aguardado com ansiedade e para ela fomos chamados (1Pe 1:4, 3:9).

Pense nisto: Jesus era geralmente conhecido como Jesus Cristo (Christos, o Ungido, Messias). Portanto, Pedro proclamou repetidas vezes que Ele era o Messias prometido nas profecias do Antigo Testamento, ressaltando explicitamente esse fato em 1 Pedro 1:10-12. Para você, Ele é o Messias prometido?

Perguntas para discussão

1. Em 1 Pedro 1:10-12, o apóstolo se referiu aos profetas do Antigo Testamento e às suas previsões. Qual função essas referências têm em seu enfoque da vida e ministério de Cristo?

2. Ao ressaltar os sofrimentos e a morte de Jesus como foco principal de sua epístola, por que Pedro também ordenou a seus leitores que santificassem “Cristo como Senhor no coração” (1Pe 3:15, NVI)?

Aplicação

Para o professor: Muitas vezes achamos mais fácil nos concentrar em questões doutrinárias do que em questões relacionais. A lição desta semana focaliza ambos os aspectos, considerando alguns acontecimentos da vida de Jesus, importantes para nossa salvação, bem como o relacionamento pessoal de Pedro com Cristo, que transformou a própria vida e ministério do apóstolo. Ao conduzir esta lição, certifique-se de que as questões relacionais não sejam negligenciadas em favor das questões doutrinárias. Discuta sobre o relacionamento de Pedro com Jesus, que o levou a manter o foco nEle em sua epístola. Não deixe de personalizar esse relacionamento. De que maneira temos santificado Cristo como Senhor em nosso coração?

Perguntas para reflexão

1. Quais fatores fundamentais à conversão de Pedro fizeram dele um importante líder espiritual, tendo Jesus como o centro de seu ensinamento e esperança?

2. Tendo santificado Jesus como Cristo e Senhor no coração, devemos nos esforçar para ter um relacionamento significativo com Ele. Como podemos ter uma esperança viva em Jesus?

Atividade: Peça que os alunos leiam juntos 1 Pedro 4:1, 2, 7, 8; 5:6-10. O exemplo de Jesus deve ter influência transformadora em nossa vida, assim como teve na vida de Pedro. De que maneira as pessoas verão nosso relacionamento com Cristo, com base no que elas observam em nossa vida? O que precisamos mudar?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Pedro começou sua epístola revelando mudanças que Deus deseja realizar em nossa vida. Deus nos escolheu mediante a obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e a aspersão (metáfora para purificação) de Seu sangue (1Pe 1:2). “Segundo a Sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível” (1Pe 1:3, 4). Depois de descrever como essas mudanças deveriam ocorrer em nossa vida e como podemos reivindicar essa esperança viva, Pedro concluiu sua epístola assegurando seus leitores de que o Deus de toda graça os havia “de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1Pe 5:10). Ele garantiu a seus leitores, em 1 Pedro 5:12, que essa “é a verdadeira graça de Deus. Mantenham-se firmes” nela (NVI).

Atividade: Desenvolva com a classe uma estratégia por meio da qual a verdadeira graça de Deus, revelada mediante a vida e ministério de Jesus Cristo, seja proclamada à comunidade ao redor de sua igreja, oferecendo a essas pessoas uma regeneração para uma esperança viva e uma herança que não perecerá nem perderá seu valor. Como a mensagem de 1 Pedro pode contribuir para essa estratégia?

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

 


Mais que um simples jogo – parte 1

Silvano se prostrou ajoelhado, em tristeza e vergonha. Desde a infância, havia aprendido com a família a guardar o sábado. Mas, ao chegar à idade em que devia trabalhar, todas as tentativas de conseguir emprego emperravam na exigência de trabalhar aos sábados. “Senhor!”, ele orou, “quero guardar o santo sábado. Por favor, ajuda-me a encontrar um emprego que permita servir-Te.”

Após algumas semanas, o locador da casa em que Silvano morava ordenou-lhe que pegasse seus pertences e fosse embora. Silvano pediu um prazo maior para pagar o aluguel, mas foi obrigado a sair naquela mesma noite. Ele pegou o que foi possível e, impotente, viu o restante ser jogado no quintal.

Naquela noite, Silvano dormiu na rua. Entretanto, a dúvida sobre o que fazer a seguir o fez perder o sono. “Senhor, preciso de um novo emprego e um lugar para morar”, orou, desanimado com a crescente lista de pedidos. A única coisa que o animou foi que o dia seguinte era sábado, quando teria oportunidade de rever os amigos.

Ao chegar à igreja, contou a um amigo o que estava acontecendo. “Fique comigo”, disse o amigo. “Tenho outro amigo que está lá em casa temporariamente e há espaço suficiente para nós três.”

Silvano ainda não conhecia a Universidade Babcock, mas aquele amigo estudava lá. Quando soube que Silvano era caminhoneiro, disse que falaria aos pais sobre ele. “Eles o ajudarão a encontrar um emprego,” disse o amigo.

Resposta à oração

Em pouco tempo, Silvano foi convidado a fazer parte do quadro de funcionários da Universidade, e ficou muito agradecido. Deus não proveu apenas um lugar excelente para ele morar, mas também lhe deu a oportunidade de trabalhar no que ele tanto ama. Deus o abençoou muito e ele desejou retribuir.

Quando Silvano se mudou para a Universidade Babcock, soube que muitos alunos não eram cristãos. Então, desejou resgatá-los por meio de algum tipo de ministério e orou para que Deus lhe mostrasse o que deveria fazer.

Certo dia, ele estava deitado embaixo do caminhão, fazendo reparos, quando percebeu dois tênis enormes próximos à sua cabeça.

“Sr. Silvano, você se lembra de mim?”, perguntou-lhe uma voz grave. Ele se levantou e viu um jovem alto e corpulento. Ele sempre se sentia mal quando não conseguia se lembrar de alguém. Respondeu: “Desculpe-me, não me lembro.”

“Há três anos, precisei sair do campus para fazer um trabalho prático para a faculdade”, explicou o interlocutor. “Vi que você tinha um veículo, então lhe pedi uma carona e você ficou muito feliz em me ajudar.”

De repente, Silvano se lembrou do garoto esguio que havia se aproximado pedindo ajuda, mas agora se apresentava como homem feito, mostrando confiança.

“Preciso de outro favor”, ele disse com um sorriso. “Temos uma equipe de futebol no campus que participa de uma liga. Porém, é mais do que apenas um jogo. É uma missão. É um dos nossos projetos do Ministério Jovem Adventista para chegar aos estudantes não cristãos no campus e na comunidade. Precisamos de um treinador. Você pode nos ajudar?” – Continua.

Mensagem missionária

“Olá!

“Sou Oyewole Oyerinde, pastor dos jovens na igreja da Universidade Babcock. A oferta deste trimestre ajudará na construção de um centro multiuso para centenas de jovens. Atualmente, esses jovens, alguns dos quais não são cristãos, não têm um local em que possam se reunir para adorar a Deus ou participar dos programas do ministério jovem.

“O novo centro desempenhará papel importante em ajudar nossos jovens a se tornarem discípulos comprometidos com Cristo, apaixonadamente empenhados em compartilhar a mensagem do advento com alunos não adventistas e com a comunidade de estudantes. Muito obrigado por seu apoio!”


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º trimestre de 2017
Tema geral: “Apascenta as Minhas ovelhas”: 1 e 2 Pedro
Lição 8: 13 a 20 de maio
Jesus nos escritos de Pedro

Autor: Moisés Mattos

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Além deste comentário escrito, o Pr Moisés Mattos publica a cada semana um esboço para professores, em sua página do Facebook e no Youtube 

Introdução: Max Melitzer podia ser visto pelas ruas de Salt Lake City, nos Estados Unidos, catando materiais recicláveis. Mas um investigador contratado por uma empresa deu a notícia que mudou a vida do morador de rua: um irmão dele, que morreu de câncer, deixou de herança uma grande soma em dinheiro. O investigador David Lundberg disse ter encontrado o homem empurrando um carrinho de compras de supermercado com seus objetos pessoais num parque da cidade. O investigador, que não quis revelar o montante herdado por Melitzer, disse que a quantia é “significativa”.

“Ele não viverá mais nas ruas nem em galpões abandonados”, disse Lundberg. “Ele poderá ter uma vida normal, uma casa, pagar suas próprias despesas, roupas, comida e plano de saúde.”

A história parece boa demais para ser verdade. Mas essa é uma boa verdade para esse mendigo que teve a vida transformada graças a um irmão mais velho. Nós também temos um irmão que nos oferece uma herança. Não uma herança terrestre, mas a vida eterna. Jesus Cristo é nosso irmão. Ele Se tornou nosso irmão quando escolheu encarnar-Se e nascer da virgem Maria. O Messias precisava Se identificar com os pecadores que iria salvar. Por isso, Ele Se tornou nosso irmão para que pudéssemos ser erguidos do pecado e nos tornássemos semelhantes a Ele. Ele desceu para que pudéssemos subir. Ele deu Sua vida para que vivêssemos Sua vida e, por Sua morte e ressurreição, tivéssemos a herança da vida eterna.

À semelhança de Max, Pedro também encontrou seu "irmão mais velho”: Jesus. E o que Jesus foi para ele?

I. Quem era Jesus para Pedro?

1. Jesus era o Messias

Muito tempo antes de escrever suas epístolas, o apóstolo fez a confissão crucial sobre quem era Jesus Cristo. Quando o Mestre perguntou quem os homens diziam ser Ele, o discípulo rápido, e às vezes impetuoso, respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16).

Na época, embora essas palavras não pudessem ser entendidas em sua plenitude, elas revelaram a certeza de que Jesus cumpria as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias, que seria enviado por Deus para a salvação da humanidade. A palavra “Cristo” (christos, em grego; em hebraico, mashiyach) significa “Ungido”, o “Messias”. O termo vem da raiz “ungir”, tendo sido utilizado em diversos contextos do Antigo Testamento. Passagens como Gênesis 3:15; Gênesis 49:10; Isaías 7:14; Isaías 9:1-7; Jeremias 23:5, 6; Miqueias 5:1-4; Zacarias 9:9 e outras, são estudadas como referências ao Messias.

2. Jesus é o sacrifício perfeito

O Antigo Testamento determinava que os animais oferecidos em sacrifício pelo pecado fossem sem defeito (Lv 22:19-21). Pedro seguiu a mesma linha de raciocínio quando disse que não foi com prata nem ouro que fomos comprados e libertos dos nossos pecados e da nossa vã maneira de viver, mas "pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (1Pe 1:19).

Três expressões sobre a qualidade do sacrifício de Cristo são destacadas nesse texto:

a. Precioso. A palavra indica a singularidade do sangue de cristo ao contrastá-lo com o sangue de animais derramado no tempo do santuário terrestre.

b. Sem mancha, isto é, irrepreensível.

c. Sem defeito, em contraste com o sacrifício de animais do santuário terrestre, que, embora fossem “perfeitos”, do ponto de vista humano não tinham o poder salvífico do "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.”

3. Jesus é o Servo sofredor que morreu em nosso lugar.

Isaías 53 expõe a figura do Servo sofredor que tem sido aplicada a Cristo, que sofreu e morreu por nós. Esse ato de sofrer vicariamente (isto é, no lugar de alguém) foi captado por Pedro: "Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam Seus passos” (1Pe 2:21, NVI).

"Há um significado especial para o sofrimento de Jesus. Ele carregou ‘em Seu corpo, sobre o madeiro, nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça’ (1Pe 2:24). Como pecadores, merecemos morrer. No entanto, o perfeito Jesus, em quem não Se achou nenhum dolo (1Pe 2:22), morreu em nosso lugar. Nessa substituição, temos o plano da salvação” (Lição de segunda-feira).

4. Jesus é a ressurreição e a vida

Em sua pregação Pedro destacou a essencialidade da ressurreição de Cristo para a nossa salvação. O texto exalta a ressurreição de Jesus como a prova de que o sacrifício de Cristo foi completo. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a Sua grande misericórdia, Ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pe 1:3 NVI). Ele sintetiza o assunto da morte tratado nas Escrituras. Na Bíblia, a morte é uma intrusa que aparece depois do pecado:

I. Ela independe de classe social, ideologia, etnia ou religião. A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte. (Rm 6:23).

II. Em João 5:28, 29 e Eclesiastes 9:5, 6, A Bíblia ensina que os que morrem estão na sepultura aguardando o dia do juízo. Os que tiverem feito o bem sairão para a ressurreição da vida, mas os maus para a ressurreição da perdição. Portanto, não estão no Céu, nem no inferno, nem em qualquer outro lugar, mas na sepultura.

III. Entretanto, a mesma Bíblia diz que por Sua morte Jesus Cristo venceu a morte. Paulo disse: “Tragada foi a morte na vitória” (1Co 15:26).

IV. Essa vitória de Cristo é também nossa. Como Cristo ressuscitou dos mortos nós também seremos ressuscitados, se crermos nEle e se, porventura, formos para a sepultura antes da segunda vinda de Jesus. “Assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1Co 15:21; 1Pe 1:3, 4, 21).

5. Jesus é Deus

Em 2 Pedro 1:1, o apóstolo declarou: “Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”. No original grego, isso significa que tanto “Deus” quanto “Salvador” se referem a Jesus. Portanto, essa passagem é uma das indicações muito claras da plena divindade de Cristo no Novo Testamento.

O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 651, confirma essa interpretação dizendo que: "A construção grega sugere que “nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” se refere a uma só pessoa: Jesus Cristo. A frase pode ser traduzida como “o nosso Deus, o Salvador Jesus Cristo”.

Conclusão: "Desde a primeira frase, em que Pedro afirmou ser “apóstolo” (enviado) de Jesus Cristo, até sua última declaração: “Paz a todos vocês que estão em Cristo” (1Pe 5:14, NVI), Jesus é seu tema central. Nessa primeira epístola, Pedro escreveu sobre a morte de Jesus como sacrifício oferecido em nosso favor. Falou sobre o grande sofrimento pelo qual Cristo passou, deixando Seu exemplo naqueles momentos de dor como modelo para nós. Ele também discorreu sobre a ressurreição de Jesus e seu significado para nós. Além disso, escreveu sobre Ele não apenas como o Messias, o Cristo, o “Ungido”, mas como o Messias divino; ou seja, vemos em 1 Pedro mais evidências da divindade de Jesus. Ele é o próprio Deus, que veio à Terra com a natureza humana, viveu e morreu para que tenhamos a esperança e a promessa da vida eterna” (Lição da Escola Sabatina - Introdução).