04. Deus e o sofrimento humano: 15 a 22 de outubro

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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Mc 4-6)” tags=””]

[disponivel em=”2016-10-14″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2016″]

VERSO PARA MEMORIZAR: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6:43, ARC).

Leituras da semana: Rm 1:18-20; Jó 12:7-10; Ap 4:11; Cl 1:16, 17; Mt 6:34; Jó 10:8-12; Rm 3:1-4

Diferente de todos os outros livros da Bíblia, o livro de Jó está completamente separado do contexto da terra e do povo de Israel. Desde o Gênesis, com a promessa de que o Senhor faria de Abraão “uma grande nação” (Gn 12:2), até o Apocalipse, em que há a descrição da “cidade santa”, Jerusalém (Ap 22:19), de algum modo, seja ele direto ou indireto, o contexto de Israel e sua aliança com Deus ajuda a dar forma a cada livro da Bíblia. No entanto, não existe nada disso registrado no livro de Jó, nem sequer uma menção ao evento precursor na história do antigo Israel, o Êxodo. A primeira razão é que Moisés teria escrito o livro de Jó, juntamente com o livro de Gênesis, no deserto de Midiã (veja também o Comentário Bíblico Adventista, v. 3, p. 1291). O Êxodo ainda não havia acontecido, o que explicaria porque ele não é mencionado no livro de Jó.

Mas talvez haja outra razão ainda mais importante. Um dos principais temas do livro de Jó, o sofrimento humano, é universal. Esse tema não está limitado a um povo ou época. Judeus ou gentios, todos entendemos alguma coisa das aflições de Jó e do sofrimento que envolve a existência neste mundo caído. Embora seu sofrimento tenha sido singular, Jó representa todos nós em nossos sofrimentos.

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[cv_toggle title=”DOMINGO -Deus na natureza (Ano Bíblico: Mc 7-9)” tags=””]

[disponivel em=”2016-10-14″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2016″]

1. Leia Romanos 1:18-20. Que evidências da natureza revelam os atributos, o poder e a divindade do Criador?

Que texto poderoso! A realidade e a existência de Deus são suficientemente reveladas por meio “das coisas criadas” (NVI), isto é, por intermédio do mundo criado, de tal maneira que as pessoas serão indesculpáveis por sua incredulidade. Paulo diz que, tendo apenas o conhecimento da criação, os seres humanos podem saber o suficiente sobre a existência e a natureza de Deus, de modo que possam ser condenados justamente no dia do juízo.

Sem dúvida, o mundo natural revela muito a respeito da existência de Deus.
A ciência moderna também tem revelado detalhes sobre as maravilhas da criação que nossos antepassados não poderiam sequer começar a imaginar, mesmo há apenas 300 anos, muito menos há 3.000 anos. Há também uma ironia interessante aqui: quanto mais a ciência encontra complexidade na vida, menos provável se torna sua origem por meio do acaso, como é sugerido pela ciência. Um smartphone, por exemplo, que aparenta ter sido projetado e atua de maneira planejada, revela tanto por dentro quanto por fora um projeto e funciona somente por meio de um projeto, obviamente, é um aparelho planejado. O ser humano, que aparenta ter sido planejado e atua de acordo com um planejamento, revela tanto por dentro quanto por fora um projeto e funciona apenas mediante um projeto. No entanto, a ciência afirma que ele é somente um produto do simples acaso. Infelizmente muitas pessoas são levadas a crer nessas afirmações enganosas.

2. Leia Jó 12:7-10. Como essa passagem reflete a ideia apresentada em Romanos 1:18-20? Marque a opção correta:

A. ( ) Jó afirma que Deus é soberano e por isso devemos crer que Ele criou todas as coisas.

B. ( ) Jó sugere que as criaturas nada têm a dizer sobre a criação.

C. ( ) Jó nega que a criação seja perfeita.

D. ( ) Jó afirma que todas as coisas, animais, aves, peixes e a própria Terra declaram que Deus é o Criador e que Ele mantém tudo.

Nesse texto também podemos ver que a existência de Deus é vista no mundo criado. Embora a natureza não revele o pleno caráter de Deus, especialmente em seu estado decaído, ela certamente revela o Seu poder criador e igualmente aspectos de Sua bondade.

Quais coisas na natureza lhe revelam de maneira especial o poder e a bondade de Deus? Você se sente fortalecido e animado com a mensagem que a natureza lhe traz?

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[cv_toggle title=”SEGUNDA – Nada surgiu de si mesmo (Ano Bíblico: Mc 10-12)” tags=””]

[disponivel em=”2016-10-14″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2016″]

Há muitos argumentos bons e poderosos em favor da existência de Deus. Além do testemunho da criação, existe igualmente o que chamamos de argumento “cosmológico”. Basicamente, ele descreve a seguinte ideia: nada surgiu de si mesmo e nada se criou. Em vez disso, o que foi criado, foi feito por alguma coisa que já existia antes, e o que já existia antes teve que ser criado por algo que o antecedeu; e assim por diante, até que nos deparamos com alguém não criado, alguém que sempre existiu, isto é, alguém que nunca foi inexistente. E quem seria esse alguém senão o Deus descrito nas Escrituras?

3. O que os seguintes textos ensinam sobre a origem de todas as coisas?

Ap 4:11

Cl 1:16, 17

Jo 1:1-3

Esses textos mostram a explicação mais lógica para a Criação: um Deus que sempre existiu. Alguns pensadores, completamente hostis à ideia de Deus, apresentam uma sugestão alternativa. Em lugar de um Deus onipotente e eterno como Criador do Universo, eles dizem que tudo foi criado pelo “nada”. Até mesmo um cientista famoso como Stephen Hawking, que atualmente ocupa a posição que um dia pertenceu a Isaac Newton, defende que o “nada” criou o Universo.

“Visto que existe uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai se criar do nada” – Stephen Hawking e Leonard Mlodinow, The Grand Design (Nova York: Random House, 2010), p. 180.

Embora Hawking certamente tenha muitos cálculos matemáticos complicados e profundos para descrever sua ideia, fica a pergunta: aqui estamos nós, a uns 400 anos desde o início da revolução científica, e um dos melhores cientistas do mundo argumenta que o Universo e tudo o que nele há vieram “do nada”? Erro é erro, mesmo quando proferido por um grande cientista.

Nesse contexto, leia 1 Coríntios 3:19. Por que é importante que os cristãos mantenham sempre diante de si essa relevante verdade?

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[cv_toggle title=”TERÇA – O mais antigo dos livros (Ano Bíblico: Mc 13, 14)” tags=””]

[disponivel em=”2016-10-14″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2016″]

Apesar da propaganda enganosa dos que não acreditam em Deus, os que acreditam nEle possuem muitas boas razões para crer. No entanto, para justificar sua descrença, muitas pessoas, durante os séculos, têm usado o constante problema do sofrimento humano e da existência do mal. Se Deus é completamente bom, amoroso e onipotente, como o mal ainda pode existir? Isso foi e continua sendo uma pedra no caminho de muitas pessoas. Além disso, se formos honestos, qual crente ou qual pessoa que tenha provado e experimentado a realidade de Deus e de Seu amor já não lutou com essa pergunta?

Dos dois primeiros livros bíblicos a serem escritos, um deles, Jó, trata do problema do sofrimento. Isto é, Deus sabia que essa seria uma grande questão para o ser humano e, por isso, desde o princípio, na Palavra, Ele fez com que Moisés escrevesse a história de Jó. Deus nos fez saber, logo no início, que não estamos abandonados em nossa dor e sofrimento, mas Ele está aqui conosco e sabe de tudo. Assim, podemos ter a esperança de que Ele, por fim, consertará as coisas.

4. O que os seguintes textos ensinam sobre a realidade do mal? Relacione as colunas aos versos bíblicos:

A. Mt 6:34               1. ( ) Miguel, o grande Príncipe, se levantará e libertará as nações.

B. Jo 16:33              2. ( ) Nação se voltará contra nação. Haverá fomes e terremotos.

C. Dn 12:1                3. ( ) Não se preocupem com o amanhã, cada dia tem seu próprio mal.

D. Mt 24:7               4. ( ) No mundo haverá aflições, mas tenham ânimo. Ele venceu o mundo.

Por mais compreensível que seja usar a realidade do mal como argumento contra a existência de Deus, à luz das Escrituras, isso não faz sentido. Embora a Bíblia ensine a realidade de um Deus onisciente, onipotente e totalmente amoroso, ela também ensina a realidade do mal, do sofrimento humano e da dor. O mal não é uma desculpa para não se crer em Deus. Na verdade, uma leitura superficial do livro de Jó revela que, mesmo em meio ao seu completo desalento, Jó nunca questionou a existência de Deus. A pergunta válida, em vez disso, é: Por que aquelas coisas estavam acontecendo com ele?

É natural ter questões sobre o mal que vemos. Como podemos aprender a confiar na bondade de Deus a despeito desse mal?

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[cv_toggle title=”QUARTA – O dilema (Ano Bíblico: Mc 15, 16)” tags=””]

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5. Qual era a questão com a qual Jó lutava? Que pergunta ele não fez? Jó 6:4-8; Jó 9:1-12

Como afirmamos no estudo de ontem, a questão da existência de Deus nunca sequer surgiu no livro de Jó. Em vez disso, a pergunta era: por que Jó estava passando por aquelas provações? E, considerando tudo o que havia acontecido com ele, certamente essa era uma pergunta justa, principalmente porque ele acreditava em Deus.

Se, por exemplo, alguém fosse ateu e lhe sobreviessem aflições, a resposta para essa inquietação poderia ser relativamente simples e direta: vivemos em um mundo sem sentido e sem propósito que não dá a mínima importância para nós. Portanto, em meio às cruéis, frias e insensíveis forças da natureza ao nosso redor, às vezes somos vítimas de sofrimentos que não servem a propósito algum. Como eles poderiam servir? Se a própria vida não tem nenhum propósito, os sofrimentos que a acompanham devem também ser insignificantes.

Embora muitos julguem insatisfatória e desanimadora essa resposta, ela certamente faz sentido diante da premissa de que não há Deus. Por outro lado, para alguém como Jó, o dilema era diferente.

6. Leia Jó 10:8-12. Como esse texto nos ajuda a compreender as terríveis perguntas com as quais Jó lutava? Preencha as lacunas:
Podemos entender a partir deste trecho que ________________ estava lutando com a seguinte ________________: Por que ________________ estava permitindo que ________________ passasse por tudo aquilo?

Sim, a interrogação com a qual Jó lutava é a mesma com que muitos crentes lutaram e ainda lutam: Se Deus existe, um Deus de bondade e amor, por que o ser humano sofre? Por que até mesmo as “boas” pessoas como Jó enfrentam calamidades e provações que, muitas vezes, parecem não servir para nada? Volto a dizer: Se não houvesse Deus no Universo, a resposta seria que esse é simplesmente o significado de se viver em um mundo puramente materialista, no qual o ser humano é meramente um subproduto acidental de átomos e moléculas.

Jó sabia que isso não era verdade. Nós também sabemos; por isso, enfrentamos o mesmo dilema.

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[cv_toggle title=”QUINTA – Teodiceia (Ano Bíblico: Lc 1, 2)” tags=””]

[disponivel em=”2016-10-14″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2016″]

7. Leia Romanos 3:1-4. Embora o contexto imediato dessa passagem seja a infidelidade de algumas pessoas à aliança com Deus, qual é a questão mais importante ali? O que Paulo disse a respeito de Deus? Analise as afirmações abaixo e marque as alternativas corretas:

A. ( ) Paulo falou sobre a justiça de Deus.

B. ( ) Ele destacou a fidelidade do Senhor.

C. ( ) Paulo tratou do assunto da circuncisão.

D. ( ) O apóstolo não falou a respeito de nenhum desses assuntos.

Citando Salmos 51:4, Paulo falou a respeito de como o próprio Senhor será “justificado em [Suas] palavras e [vencerá] quando for julgado” (Rm 3:4, ARC). A ideia apresentada aqui aparece em várias passagens das Escrituras. Ela é chamada de teodiceia, que significa compreender a bondade de Deus em face do mal. É a velha questão que temos estudado durante toda a semana. Na verdade, o próprio tema do grande conflito é uma teodiceia. Diante dos seres humanos, dos anjos e de todo o Universo, a bondade de Deus será revelada a despeito do mal que se manifesta no mundo.

“Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora esclarecidas. Os resultados da rebelião, os frutos de se colocar de parte os estatutos divinos, foram revelados à vista de todos os seres criados. Os resultados do governo de Satanás em contraste com o de Deus foram apresentados a todo o Universo. As próprias obras de Satanás o condenaram. A sabedoria de Deus, Sua justiça e bondade, acham-se plenamente reivindicadas. Vê-se que toda a Sua ação no grande conflito foi orientada para o bem eterno de Seu povo, e o bem de todos os mundos que criou” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 670, 671).

Por mais difícil que seja entender o sofrimento agora, porque estamos imersos neste mundo de pecado e sofrimento (e se é difícil para nós, imagine o que Jó deve ter pensado!), quando tudo isso tiver terminado, seremos capazes de ver a bondade, a justiça e o amor de Deus em todo o Seu trato com a humanidade, com Satanás e com o pecado. Isso não significa que tudo o que acontece seja bom; claramente não é! Apenas significa que Deus cuida desse assunto da melhor maneira e, quando terminar essa terrível experiência com o pecado, iremos exclamar: “Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações” (Ap 15:3).

Por que é tão importante louvar a Deus, mesmo agora, em meio às provações que parecem tão difíceis de suportar?

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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: Lc 3-5)” tags=””]

[disponivel em=”2016-10-14″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2016″]

O escritor e apologista cristão C. S. Lewis escreveu um livro que fala sobre a morte de sua esposa e a luta que ele teve para aceitar e superar essa perda. Lewis escreveu: “Não que eu esteja (penso eu) correndo o perigo de deixar de crer em Deus. O verdadeiro perigo é eu acreditar em coisas tão terríveis sobre Ele. A conclusão que temo não é: ‘Então realmente não existe Deus’, mas: ‘Então é assim que Deus realmente é? Não se engane mais’” (A Anatomia de uma Dor, p. 6, 7).

Jó também lutou com essas perguntas. Como vimos anteriormente, ele nunca duvidou da existência de Deus. O motivo de sua luta era a questão do caráter divino. Jó serviu ao Senhor fielmente; ele foi um homem “bom”. Portanto, ele sabia que não merecia as coisas pelas quais estava passando. Dessa forma, ele fez a pergunta que muitos crentes fazem em meio às tragédias: Como Deus realmente é? E não é essa a pergunta fundamental do grande conflito? A questão em jogo não é a existência de Deus, mas Seu caráter. E embora haja muitas coisas envolvidas na resolução do grande conflito, não há dúvida de que a morte de Jesus na cruz, onde o Filho de Deus “Se entregou a Si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Ef 5:2), mais do que qualquer outra coisa revelou ao Universo o verdadeiro caráter do nosso Criador. A cruz nos mostrou que podemos confiar em Deus.

Perguntas para reflexão

1. Os que não creem em Deus não precisam lutar com as mesmas perguntas que os crentes lutam ao enfrentar tragédias. Por outro lado, que esperança eles têm de um dia obter respostas? Imagine acreditar que a sepultura seja o fim de todas as coisas. Muitos incrédulos se desesperam com a vida ou com a ausência de significado para a existência. A literatura secular está repleta de exclamações e protestos a respeito da falta de sentido da vida. Em meio às tristezas, como podemos obter esperança por meio da fé, apesar das perguntas difíceis que permanecem?

2. Por que é tão importante sempre pensarmos na cruz, a revelação mais poderosa do amor de Deus e de Seu caráter? Quando somos engolidos pela tristeza, tragédia e pelo mal inexplicável, o que a cruz nos diz sobre o caráter de Deus? Quando mantemos a realidade da cruz sempre diante de nós, que esperança temos sobre o resultado final de tudo o que enfrentamos hoje?

Respostas sugestivas: 1. Se possível, com uma semana de antecedência, desafie os alunos a pesquisar evidências do poder do Criador e Seus atributos na natureza. Peça que eles apresentem à classe pelo menos uma evidência verificada. Eles podem levar textos, fotos e outros recursos. 2. D. 3. Por meio de Jesus Cristo, Deus criou todas as coisas e todos os seres vivos, por Sua vontade e poder. Por isso, Ele merece toda honra e glória. 4. A = 3; B = 4; C = 1; D = 2. 5. Se Deus existe e se o Criador é justo, amoroso e poderoso, por que Jó estava sofrendo? O dilema se complicava pela aparente falta de informação de Jó a respeito do grande conflito e da atuação de Satanás. Por isso, todos imaginavam que a aflição humana fosse produzida por Deus em resposta aos pecados específicos de cada pessoa. 6. Jó/pergunta/Deus/ele. 7. A e B.

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[disponivel em=”2016-10-14″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2016″]

TEXTO-CHAVE: Jó 10:8-12; Romanos 3:1-4; Colossenses 1:16, 17

O ALUNO DEVERÁ

Saber: Que tanto a natureza quanto os seres criados evidenciam a existência de um Criador que está no controle do Universo.

Sentir: Perceber a revelação suprema do caráter de Deus no fato de que Ele enviou Seu Filho para morrer na cruz por nossos pecados.

Fazer: Decidir não perguntar: “Por que, Deus?” na próxima vez que o sofrimento bater à sua porta, mas indagar, “Para que, Senhor?”.

ESBOÇO

I. Saber: Deus na natureza

A. Que coisas na natureza falam de um Criador amoroso?

B. Que limitações existem àquilo que a natureza nos diz sobre um Criador amoroso? Onde podemos descobrir mais sobre Ele?

II. Sentir: Deus na cruz

A. Por que a questão do sofrimento humano e de um Deus amoroso é resolvida por meio da morte de Cristo na cruz?

B. Como Jó experimentou uma solução para suas perguntas sobre o caráter de Deus?

III. Fazer: Vendo Deus em nosso sofrimento

A. Qual é a nossa reação natural quando o sofrimento surge em nosso caminho?

B. Como podemos ir além da nossa reação natural quando enfrentamos a dor e o sofrimento em nossa vida?

RESUMO: O caráter de Deus está no centro do grande conflito e também por trás da maioria das perguntas sobre o sofrimento humano. Chegará um momento na história deste planeta – e, espera-se, também na nossa vida – em que o louvor será dado a Deus por Seu amor imensurável, mesmo que nem todas as perguntas sejam respondidas antes da segunda vinda de Jesus.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Romanos 1:18-20

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? Essa pergunta permanente e universal ecoa desde os dias de Jó e atravessa a História. Ela é tratada a partir de diversas perspectivas. No entanto, a verdadeira questão não é apenas sobre o sofrimento, mas também sobre Aquele que permite esse sofrimento. Porém, ao observar a criação e a natureza, vemos ali a revelação de um Deus amoroso que enviou Seu Filho para morrer pelos pecados da humanidade. Essa é a verdadeira perspectiva a partir da qual todas as perguntas podem ser respondidas.

Para o professor: A única coisa certa sobre o sofrimento humano é que, mesmo que ainda não o tenhamos experimentado, temos a certeza de que o experimentaremos ao longo da vida. Em algum momento, a grande pergunta será feita: Como pode um Deus amoroso permitir tal sofrimento, especialmente quando ele acontece com pessoas boas (como se o sofrimento das pessoas más tornasse essa questão menos difícil de entender)? Esse tema também produz uma sucessão de argumentos de céticos que negam a realidade de um Deus (amoroso) e que muitas vezes envolvem os cristãos com perguntas intrigantes para as quais não existem respostas fáceis. Nesta discussão inicial, é importante não apenas ouvir as experiências de seus alunos em relação ao sofrimento, bem como seus diálogos com os céticos, mas também se certificar de que a lição vá além dos porquês.

Discussão de abertura

Ouça as palavras de um amigo que perdeu a filha para o câncer (nomes e datas são fictícios): “A tampa do porta-malas foi abaixada de maneira definitiva e cruel. Eu ainda podia ver o caixão de pinho de cor clara através da janela traseira, mas, em seguida, o agente funerário ligou o carro e partiu. Ela se foi. Minha filha se foi! Meus óculos estavam embaçados pelas lágrimas. Doía muito! Era como se tivessem me cortado ao meio. Embora eu soubesse há meses que aquele momento um dia chegaria; embora eu tivesse concordado quando o agente funerário perguntou: ‘Posso fechar o caixão agora?’; embora minha mente tivesse há muito tempo consentido quando a Andrea orou: ‘Senhor, deixe-me morrer! Eu não consigo mais lutar!’; embora eu estivesse aliviado porque ela não precisaria mais sentir dor e nunca mais iria temer outro resultado de exame, meu coração gritou: ‘Não! É tão injusto! Ela era tão jovem! Eu queria ter morrido no lugar dela!’. Andrea tinha apenas 25 anos de idade quando sua luta contra o câncer terminou.”

Essa história não é, de maneira nenhuma, inédita. Com certeza, todos nós podemos substituí-la por nossa própria experiência. Como podemos relacionar a ideia de um Deus amoroso com o incompreensível sofrimento que enfrentamos em nossa vida?

Compreensão

Para o professor: Jó 6:4-10 expressa a profunda dor de Jó. Essa passagem não é um simples retrato das frustrações do patriarca numa contínua discussão intelectual e teológica que impossibilitava qualquer envolvimento pessoal. Longe disso! Esse texto descreve a experiência de profunda agonia existencial de Jó. O patriarca descreve Deus como um guerreiro (Jó 6:4), mas não como o guerreiro que defende Seu povo, como em outros textos do Antigo Testamento (por exemplo, Sl 18:29-42). Dessa vez, as setas de Deus traspassaram Seu fiel servo Jó, e a dor que ele sentiu o levaram a pedir que Deus o esmagasse (Jó 6:9). O sofredor estava à procura de algum tipo de resolução, positiva ou negativa, mas ele não podia continuar vivendo na incerteza de não ser capaz de compreender as ações de Deus. Isso se refletiu na maneira pela qual outros escritores bíblicos abordaram esse assunto universal e atemporal (compare com Sl 38:2; 88:13-18; 120:4).

Comentário bíblico

O sofrimento é um tema universal e atemporal. O livro de Jó aborda esse assunto de uma maneira ainda relevante, mesmo depois de 3.500 anos repletos de sofrimento pessoal e coletivo. É importante examinar o contexto histórico do livro e entender como a questão de Deus e do sofrimento tem sido vista e expressada desde a criação até o tempo do fim.

I. Contexto histórico do livro
(Recapitule com a classe Jó 1:1; Ezequiel 14:14, 20 e Tiago 5:11.)

A maioria dos comentaristas concorda que é difícil identificar com precisão o período e o local em que o livro de Jó foi escrito. Ellen G. White menciona que Moisés o escreveu durante sua curta permanência em Midiã, em algum momento entre 1490 e 1450 a.C., antes de ocorrer o Êxodo do Egito. A tradição rabínica, no Talmude, também sugere Moisés como autor (Tratado de Baba Bathra 14b).

No entanto, a história poderia ser muito mais antiga, e alguns a tem associado ao período patriarcal e aos dias de Abraão (por volta de 2000 a.C.). A referência à terra de Uz, em Jó 1:1, tem sido associada ao texto de Lamentações 4:21, no qual Jeremias refere-se a Uz em conexão com Edom. A fauna e a flora de Edom refletem as imagens utilizadas no livro de Jó. Por exemplo: as atividades de mineração descritas em Jó 28:1-11, texto em que são usadas cinco palavras diferentes para o ouro e treze termos diferentes para pedras preciosas e metais. Pesquisas arqueológicas recentes têm revelado pelo menos treze minas de cobre na região de Khirbat en-Nahas, que fica a sudeste do Mar Morto, na atual Jordânia (o antigo território de Edom).

Alguns comentaristas também têm sugerido que Jó não foi uma pessoa histórica, e que seu livro é mais uma obra de sabedoria literária do que um relato histórico. Embora o caráter do livro seja definitivamente muito literário e poético, existem outros autores bíblicos que se referem a Jó como personagem histórico (compare com Ez 14:14, 20; Tg 5:11), trazendo mais evidências que apontam para a historicidade do homem Jó. No entanto, referências geográficas e temporais ainda permanecem escassas ao longo do livro, o que resulta numa obra com uma forte mensagem universal e atemporal. Ao mesmo tempo, é confortante saber que Jó foi uma pessoa real, que sofreu como muitos de nós.

II. Revelação geral e especial
(Recapitule com a classe Jó 12:8-10; Colossenses 2:16, 17 e Romanos 1:18-20.)

Quando Satanás atacou Jó, na realidade, ele estava atacando o caráter de Deus. Essa contenda está no âmago do grande conflito. A resolução do conflito sobre o caráter de Deus deve estar fundamentada no conhecimento de Deus, a partir daquilo que Ele revelou sobre Si mesmo, e não por meio daquilo que Satanás sugeriu sobre o Criador.

Normalmente formamos nossa compreensão das revelações geral (natural) e especial nesse contexto maior do conhecimento de Deus. Ambas as formas de revelação estão presentes no livro de Jó. Todas as pessoas podem saber sobre Deus por intermédio da natureza (Rm 1:18-20). Saber sobre Deus ou reconhecer Sua existência não significa necessariamente conhecê-Lo de maneira pessoal. Mas o que vemos na natureza aponta para Ele como Criador. Paulo, em Romanos, fala sobre uma moralidade básica que Deus colocou na humanidade. Essa moralidade é refletida na ordem natural (Rm 2:14, 15). No entanto, um mundo pecaminoso e uma natureza humana pecaminosa obscureceram esse conhecimento geral de Deus e da moralidade básica, de modo que se tornou necessária uma revelação especial. Deus Se revela em Sua Palavra, e a revelação mais completa de Deus pode ser encontrada em Cristo, que é o logos (“palavra”) encarnado de Deus (compare com João 1:1-3). Esses dois aspectos, a revelação geral e especial, são encontrados no livro de Jó. Embora a revelação geral aponte para Deus (Jó 12:7-10), ela não pode responder às perguntas de Jó de forma satisfatória. Somente a revelação especial de Deus no fim do livro – Suas palavras ditas diretamente a Jó – finalmente oferecem as verdadeiras respostas (Jó 38–41).

Pense nisto: Defina a revelação geral e a especial. Como elas aprofundam a nossa compreensão de quem é Deus?

III. Teodiceia na história
(Recapitule com a classe Jó 10:8-12.)

Teodiceia é o conceito fundamental que procura explicar por que um Deus bom permite que o mal aconteça. Essa questão tem intrigado os estudiosos da Bíblia desde o surgimento das Escrituras, embora o termo teodiceia tenha sido atribuído ao filósofo alemão Gottfried Leibniz (1710). Falamos das teodiceias Agostinianas, Irineias, Origenianas e outras que, em última análise, são tentativas de justificar Deus a partir de uma perspectiva humana, filosófica e racionalista. Porém, talvez Deus não precise de nossas tentativas de justificação. Em vez disso, Suas revelações no livro de Jó e em toda a Bíblia são suficientes para mostrar um Deus amoroso, que justifica a pessoa de Jó em vez de ser, Ele mesmo, justificado.

Pense nisto: Para você, tem sido difícil aceitar o conceito de teodiceia? Qual tem sido sua resposta para as perguntas que ele apresenta? Como a cruz se encaixa em qualquer teodiceia?

Aplicação

Para o professor: A grande questão do sofrimento humano e do caráter de Deus tem implicações muito práticas em nossa vida. Ela é mais do que apenas uma indagação teológica ou filosófica.

Perguntas para reflexão e aplicação

1. Pense em um momento de sofrimento em sua vida no qual você sentiu amargura em relação a Deus. Como você pode se livrar desses sentimentos em seu relacionamento com Ele?

2. E quanto à amargura em relação às outras pessoas? Você se sentiu injustiçado? Como consequência, você tem guardado rancor daqueles que lhe feriram? O que você pode fazer para eliminar a mágoa e o ressentimento, estimulando a cura e a renovação?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor:  Que tipo de Deus estamos servindo? Precisamos estar conscientes da imagem que fazemos de Deus, pois a imagem que temos dEle é justamente aquela que vamos passar para as outras pessoas.

Atividades individuais ou em classe

1. Durante a semana, pense em sua imagem favorita de Deus na Bíblia – uma história predileta ou uma metáfora (Deus como Pastor, Rocha, Fortaleza, e assim por diante).

2. Compartilhe com a classe sua imagem favorita de Deus.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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