05. A guerra visível e a invisível: 23 a 30 de abril

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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: 2Rs 6–8)” tags=””]

[disponivel em=”2016-04-22″ ate=”2016-06-30″ mensagem=”Disponível a partir de 22 de abril de 2016″]

VERSO PARA MEMORIZAR: “Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos Céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele” (Mt 11:12, NVI).

Leituras da semana: Mt 11:11, 12; Ap 5:5; Mt 12:25-29; Is 27:1; Mt 11:1-12; Hb 2:14

Cada dia fazemos importantes escolhas a respeito do estilo de vida, relacionamentos, profissão, prioridades, entretenimento e amigos. Para compreender verdadeiramente o significado dessas escolhas, precisamos nos certificar de que entendemos a essência delas. Devemos afastar a cortina e ver o invisível, pois a Bíblia ensina que há uma realidade invisível que impacta grandemente o que vemos.

Uma vez que vivemos na era científica, não deveria ser difícil crer nas realidades invisíveis. Nós que temos conhecimento dos raios-X, das ondas de rádio e da comunicação sem fio deveríamos ter facilidade para crer no que não podemos ver. Em toda chamada de celular que fazemos ou recebemos, ou em qualquer comunicação por satélite à qual assistimos, estamos trabalhando com a pressuposição de realidades invisíveis que tornam reais essas experiências vistas (e ouvidas).

De fato, o grande conflito entre Cristo e Satanás forma o invisível cenário de fundo por trás do mundo visível que experimentamos todos os dias. Nesta semana, examinaremos textos de Mateus, e de outras partes da Bíblia, que ajudam a revelar essas forças invisíveis e seu impacto sobre nossa vida e nossas escolhas.

Promova em sua igreja a leitura do livro Esperança Viva. Planeje reuniões para leitura do livro.

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[cv_toggle title=”DOMINGO – Mateus 11:11, 12 (Ano Bíblico: 2Rs 9–11)” tags=””]

[disponivel em=”2016-04-24″ ate=”2016-06-30″ mensagem=”Disponível a partir de 24 de abril de 2016″]

A Bíblia é a Palavra de Deus, e nela o plano da salvação se torna claro. Contudo, alguns textos podem ser difíceis de entender. Isso, porém, não deve ser surpresa. Afinal de contas, em todo aspecto da vida natural encontramos coisas difíceis de entender. Não seria isso muito mais verdadeiro em relação a certas partes da Palavra de Deus, a qual nos revela verdades e realidades espirituais e sobrenaturais?

Ellen G. White expressou esse conceito muito claramente: “Mesmo as mais simples formas de vida apresentam problemas que o mais sábio dos filósofos é impotente para explicar. Encontram-se por toda parte maravilhas que escapam à nossa percepção. Deveríamos, então, surpreender-nos ao verificar que no mundo espiritual existem também mistérios que não podemos sondar? Toda a dificuldade jaz na debilidade e estreiteza do espírito humano. Nas Escrituras, Deus nos deu suficientes provas de Seu caráter divino, e não devemos duvidar de Sua Palavra pelo fato de não podermos entender todos os mistérios de Sua providência” (Caminho a Cristo, p. 106).

Por exemplo, um dos textos mais difíceis de se entender em toda a Bíblia é Mateus 11:11, 12: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: de todos os homens que já nasceram, João Batista é o maior. Porém quem é menor no Reino do Céu é maior do que ele. Desde os dias em que João anunciava a sua mensagem, até hoje, o Reino do Céu tem sido atacado com violência, e as pessoas violentas tentam conquistá-lo” (NTLH).

1. Como você entende os versos mencionados acima? O que você não entende em relação a eles? Mt 11:11, 12

Eis o que dizem algumas traduções do verso 12: “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele” (NVI). “Desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos Céus, e pela força se apoderam dele” (ARC). O que Jesus está nos dizendo nesse texto?

Que coisas da vida continuam sendo mistérios para nós? Deixamos de crer na existência do Sol simplesmente por causa dos muitos mistérios a respeito dele? Deveria ser diferente com as questões relacionadas à fé e à Palavra de Deus?

Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site https://reavivadosporsuapalavra.org/

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[cv_toggle title=”SEGUNDA – As fronteiras das trevas (Ano Bíblico: 2Rs 12–14)” tags=””]

[disponivel em=”2016-04-25″ ate=”2016-06-30″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de Abril de 2016″]

Os estudantes da Bíblia ao longo dos séculos têm lutado para entender Mateus 11:12 porque as palavras que descrevem o reino e as pessoas, nesse verso, podem ser usadas em sentido positivo ou em sentido negativo. O verbo grego basmati pode significar “avançar energicamente” ou “sofrer violência”; e a palavra grega biastes pode significar “homens enérgicos ou entusiastas”, ou “homens violentos”.

Será que esse verso significa que o manso e pacífico Reino dos Céus está sofrendo violência, e que pessoas violentas o estão atacando? Ou que o reino dos Céus está avançando energicamente, em sentido positivo, e que os homens enérgicos que estão se apoderando dele são, na verdade, os seguidores de Cristo?

2. Leia os textos seguintes. O que eles dizem poderia lançar alguma luz sobre a pergunta feita acima?

Mt 10:34

Ap 5:5

Mq 2:13

Alguns têm argumentado que a interpretação mais provável de Mateus 11:12 é aquela que aplica o uso mais comum de biazomai (geralmente positivo) e de biastes (geralmente negativo); a interpretação, então, seria a seguinte: o Reino dos Céus está avançando energicamente, com “santo poder e grande energia que tem feito recuar as fronteiras das trevas”; e enquanto isso está acontecendo, “homens violentos e ambiciosos têm tentado devastá-lo” (D.A. Carson, The Expositor’s Bible Commentary With the New International Version: Matthew [Comentário Bíblico Expositivo com a Nova Versão Internacional: Mateus]. Grand Rapids: Zondervan, 1995; p. 266, 267).

Essa interpretação parece estar em harmonia com o contexto mais amplo do evangelho de Mateus. Na verdade, ela expressa também o quadro geral da luta entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, um tema que permeia toda a Bíblia mas é tornado explícito no Novo Testamento. Há de fato uma guerra, visível e invisível, na qual todos estamos envolvidos e na qual todos escolhemos um lado. Experimentamos essa guerra todos os dias, não importa quanto compreendamos ou deixemos de compreender a respeito do que está ocorrendo. Essa é a essência de viver em meio ao grande conflito.

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[cv_toggle title=”TERÇA – A cosmovisão do conflito (Ano Bíblico: 2Rs 15–17)” tags=””]

[disponivel em=”2016-04-26″ ate=”2016-06-30″ mensagem=”Disponível a partir de 26 de abril de 2016″]

Seja qual for o sentido conclusivo de Mateus 11:12, como vimos ontem, esse verso ajuda a revelar a realidade do grande conflito. Ele retrata uma luta, uma batalha e, como sabemos por meio de outros textos bíblicos, essa batalha é, em essência, entre Cristo e Satanás.

3. O que as passagens seguintes nos dizem sobre a realidade do grande conflito?

Mt 12:25-29

Is 27:1

1 Jo 5:19

Rm 16:20

Gn 3:14-19

Ef 2:2; 6:10-13

Esses são apenas alguns entre muitos textos, do Antigo e do Novo Testamento, que se referem ao que um teólogo contemporâneo (não adventista) chamou de “cosmovisão do conflito”, isto é, a ideia de que está ocorrendo uma batalha entre poderes sobrenaturais no cosmos, uma guerra na qual estamos, de uma forma ou de outra, envolvidos. Essa noção, é claro, não é nova para os adventistas do sétimo dia. Ela faz parte de nossa teologia desde os primórdios de nossa igreja; na verdade, nossos pioneiros acreditavam nela mesmo antes da organização oficial da igreja.

De que forma você percebe a realidade dessa luta em sua vida? O conflito se desenrola nas escolhas que você faz e nas tentações que enfrenta? Como sua compreensão da realidade do conflito o ajuda a fazer as escolhas certas e a resistir à tentação?

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[cv_toggle title=”QUARTA – Quando a batalha se torna perigosa (Ano Bíblico: 2Rs 18, 19)” tags=””]

[disponivel em=”2016-04-27″ ate=”2016-06-30″ mensagem=”Disponível a partir de 27 de abril de 2016″]

Como já vimos, as palavras de Jesus em Mateus 11:12, embora profundas, revelam o fato de que o reino de Deus não será estabelecido sem luta, ou sem combate. Esse combate, segundo entendemos, é o grande conflito, que esteve, está e continuará sendo travado até a destruição final do pecado, de Satanás e dos perdidos. Às vezes, ele pode se tornar muito perigoso ao longo do caminho.

Podemos ver a realidade do grande conflito, e quanto ele pode se tornar perigoso, no contexto do que o próprio Jesus disse em Mateus 11:12.

4. Leia Mateus 11:1-12. Como vemos ali o grande conflito sendo travado em vários níveis? Em outras palavras, como o grande conflito nos ajuda a entender os acontecimentos relatados nessa passagem?

Para começar, quem inspirou os líderes a colocar João na prisão? Podemos ver nisso a tentativa de Satanás não apenas de deter João, mas de desencorajar a fé em Jesus. Afinal de contas, se João, o precursor de Jesus, teve tal destino, o que se poderia esperar em relação ao próprio Cristo?

Além disso, não há dúvida de que Satanás poderia ter levado os seguidores de Jesus e de João a indagar: Se esse Jesus de Nazaré pode fazer tantas coisas maravilhosas, e tem tanto poder, por que está deixando um homem tão bom e fiel como João, Seu primo, apodrecer na prisão?

Além disso, quem estava colocando dúvidas na cabeça de João: Por que estou aqui? Por que Ele não me liberta? Por isso, não é de admirar que ele haja perguntado: “És Tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11:3). Lembre-se, este é o mesmo João que batizou Jesus, que viu “o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele” (Mt 3:16) e que ouviu a voz do Céu declarando: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Mt 3:17). Agora, porém, com tudo o que aconteceu, ele ficou cheio de dúvidas? Obviamente, por mais que a situação de João fosse ruim, ela ficaria ainda pior (pelo menos em curto prazo), o que só continuaria a alimentar mais dúvidas (Mc 6:25-28).

Se alguma coisa está fazendo com que você duvide, em que assunto pode se concentrar, sobre o que pode meditar e orar, para repelir a dúvida e ajudá-lo a compreender maravilhosas razões que tem para confiar na bondade de Deus?

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[cv_toggle title=”QUINTA – Uma causa perdida (Ano Bíblico: 2Rs 20, 21)” tags=””]

[disponivel em=”2016-04-28″ ate=”2016-06-30″ mensagem=”Disponível a partir de 28 de abril de 2016″]

Ao longo de toda a História, os seres humanos têm se envolvido em guerras. Algo na natureza humana faz com que um grupo deseje saquear, pilhar e matar outro grupo. Katherine Tait mencionou em um livro que seu pai, o filósofo britânico Bertrand Russell, estava preocupado, após a deflagração da Primeira Guerra Mundial, a respeito da alegria nas ruas da Inglaterra pela possibilidade de guerra com a Alemanha. “Ele havia crescido com uma crença vitoriana otimista de progresso automático, com a confiança de que o mundo todo, em seu próprio tempo, seguiria o sábio curso dos ingleses, saindo da antiga brutalidade para o autogoverno civilizado. Então, de repente, ele encontrou seus amados compatriotas dançando nas ruas ante a perspectiva de matar grande número de seres humanos que, por acidente, falavam alemão” (My Father Bertrand Russell [Meu pai, Bertrand Russel]. Inglaterra: Thoemmes Press, 1997; p. 45). Multiplique-se essa mesma ideia ao longo da História, entre quase todos os povos, e veremos a realidade da natureza humana caída em uma de suas formas mais trágicas e com suas maiores consequências.

Ora, na maioria dessas guerras, ninguém conhecia de antemão quais seriam os resultados. As pessoas iam para a batalha sem saber se estariam do lado vencedor
ou do lado perdedor.

Na “cosmovisão do conflito” temos uma grande vantagem: sabemos qual lado já venceu. Cristo conquistou a vitória decisiva em nosso favor. Após a cruz, não restou nenhuma dúvida sobre quem é o vencedor e sobre quem pode participar dos frutos dessa vitória. A causa de Satanás é, de fato, uma causa perdida.

5. O que as seguintes passagens dizem sobre o resultado do grande conflito? Hb 2:14; 1Co 15:20-27; Ap 12:12; 20:10

Assim como Satanás perdeu a guerra no Céu, perdeu também a batalha na Terra. Mas, com ódio e vingança, ele ainda está procurando quem possa devorar (ver
1Pe 5:8). Embora a vitória de Cristo tenha sido completa, a batalha ainda continua, e nossa única proteção está em nos colocarmos, de corpo e mente, do lado vencedor. Realizamos isso pelas escolhas que fazemos cada dia. Estamos fazendo escolhas que nos colocam do lado vencedor, onde a vitória é assegurada, ou do lado perdedor, onde a derrota é certa? Da resposta a essa pergunta depende nosso destino eterno.

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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: 2Rs 22, 23)” tags=””]

[disponivel em=”2016-04-29″ ate=”2016-06-26″ mensagem=”Disponível a partir de 29 de abril de 2016″]

Quem entre nós não conhece a realidade do grande conflito? Conhecemos essa guerra porque a sentimos dentro de nós diariamente. Vivemos neste mundo desestruturado, amaldiçoado pela ansiedade e pela dor, onde a serpente não está limitada a uma árvore no meio do jardim, mas todo o jardim está infestado de serpentes. Um mundo cheio de sussurros de tentações que vêm de todas as formas e que tão facilmente enredam aqueles que não são diligentes na fé e na oração. Não é de admirar que Jesus tenha dito: “Vigiai e orai.” Para que não caiamos nas muitas ciladas que nos aguardam, temos que vigiar e orar. De todas as ciladas, talvez a mais perigosa para o cristão seja acreditar na mentira que diz: “Quando você sucumbe à tentação, já foi longe demais. Não há um Deus cheio de graça que vai recebê-lo de volta em Seus braços.” Quem já não ouviu essa voz sussurrando em seus ouvidos? Em certo sentido, essa ideia está correta: quando você cai em tentação, mesmo que seja uma única vez, já foi longe demais para voltar. Foi exatamente por isso que Jesus veio, conquistou a vitória por nós onde todos nós falhamos, e então nos oferece Seu triunfo. Essa é a essência do evangelho: No grande conflito, Jesus fez por nós o que nunca poderíamos fazer por nós mesmos. Porém, ao mesmo tempo, precisamos escolher cada dia, cada hora, cada momento, nos colocarmos do lado dEle, e fazemos isso obedecendo à Sua Palavra e clamando pelas promessas de vitória que Ele nos fez, apoiando-nos o tempo todo em Seus méritos, que nos dão certeza da salvação.

Perguntas para reflexão

1. Quais são algumas realidades físicas imperceptíveis aos nossos sentidos? Como essas realidades abrem nossa mente para a existência de outras forças e poderes que não podemos ver? Como a consciência quanto à existência dessas realidades invisíveis nos ajuda a compreender a realidade do grande conflito?

2. Por que ainda estamos aqui tanto tempo após Jesus ter obtido a vitória na cruz? Depois de Sua morte, ressurreição e ascensão, por que Jesus ainda não voltou para destruir o diabo de uma vez por todas? Como você lida com essas perguntas?

Respostas sugestivas: 1. Os seres humanos e profetas do Antigo Testamento foram menores do que João Batista porque ele estabeleceu o batismo, foi irrepreensível, preparou o caminho do Messias e O batizou. O menor entre os doze discípulos de Jesus foi maior do que João Batista porque teve a honra de conviver com Jesus e iniciar Sua igreja. Desde o tempo de João Batista, multidões procuraram entrar no reino dos Céus com o mesmo ímpeto com o qual pessoas violentas tomam uma cidade. Ao mesmo tempo, há um conflito entre o reino dos Céus e o reino das trevas. 2. Jesus não veio trazer paz, mas espada, porque temos uma luta espiritual para deixar as trevas. Jesus sofreu violência, mas venceu o pecado na cruz. Sendo nosso Rei, Ele nos guia ao Seu reino. 3. Há um conflito entre Deus e Satanás; essa luta se manifesta também no coração humano e na natureza. Cada ser humano precisa escolher de que lado ficará, mas a vitória será dos que escolherem o bem. 4. Por causa do conflito, João foi preso e teve dúvidas sobre Jesus. João acabou sendo assassinado por causa dessa guerra espiritual. Jesus compreendeu a angústia de João, mas advertiu os discípulos quanto ao problema da dúvida. Apesar das perseguições terrestres, devemos nos esforçar para manter a fé no reino de Deus. 5. A morte de Cristo garantiu a destruição de Satanás, do mal e da morte. Na Sua vinda, os salvos serão ressuscitados e glorificados. Quando o conflito terminar, os seres humanos se unirão à celebração celestial.

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[cv_toggle title=”AUXILIAR” tags=””]

[disponivel em=”2016-04-25″ ate=”2016-06-30″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de abril de 2016″]

TEXTO-CHAVE: Mateus 11:12

O ALUNO DEVERÁ

Compreender: O conflito entre o reino de Deus e o de Satanás.

Sentir: Como Cristo assegurou a vitória do reino de Deus por meio de Seu ministério.

Fazer: Experimentar a vitória de Cristo no grande conflito.

ESBOÇO

I. Compreender: O conflito entre os dois reinos

A. Como o conflito começou?
B. Quais são as questões importantes no conflito?
C. Até que ponto o conflito é real em nossa vida?
D. Como o tema do grande conflito afeta nossa cosmovisão?

II. Sentir: A vitória de Cristo no conflito

A. Explique a expressão: “O reino dos Céus tem avançado vigorosamente” (Mt 11:12, New Living Translation, tradução livre).
B. Onde e de que modo ocorre esse avanço?
C. Como e quando o reino de Deus deve esperar violência contra si mesmo?
D. Como e quando terminará o conflito entre os dois reinos?

III. Fazer: Experimentar a vitória do reino de Deus

A. Até que ponto estamos envolvidos na guerra entre Cristo e Satanás? Estamos usando adequadamente nossa armadura? (Ver Ef 6:10-18)
B. De que maneira nossas escolhas diárias revelam o lado em que estamos no conflito
entre os reinos?

RESUMO: Embora o grande conflito envolva questões cósmicas e seja uma demonstração para todo o Universo, de modo mais imediato ele é uma batalha na mente e no coração humano. O lado em que estamos é decidido na mente, e dessa decisão depende nosso destino.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Mateus 11:12

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A lição desta semana está concentrada em Mateus 11:12: “Desde o tempo em que João Batista começou a pregar até agora, o Reino dos Céus tem avançado vigorosamente, e pessoas violentas o estão atacando” (Mt 11:12, New Living Translation, tradução livre). Nessa declaração, Jesus faz uma afirmação profunda sobre Seu conflito com Satanás. O reino de Deus tem sido a esperança e a força vital do Seu povo desde que o pecado entrou no mundo. Esse reino se transformou em realidade histórica quando o Filho, a segunda Pessoa da Trindade, tomou sobre Si a natureza humana para redimir do pecado a humanidade. Desde então, o reino de Deus tem avançando em ritmo constante, ainda que o reino de Satanás tenha tentado impedir a iniciativa divina.

No contexto desse conflito entre os reinos, todas as coisas registradas nos evangelhos acerca da vinda do reino de Deus na pessoa e no ministério de Cristo (a matança das crianças por ordem de Herodes em Belém, as tentações no deserto, o aprisionamento e a decapitação de João Batista, as contínuas conspirações e estratégias armadas contra Jesus, e a crucifixão) ilustram a grande violência e determinação das forças satânicas em sua guerra contra o reino de Deus. No entanto, o triunfo de Deus no conflito está garantido. Como testemunha, veja como o ministério do Filho transformou trágicas consequências do pecado em prova triunfante da Sua vitória: “Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho” (Mt 11:5).

Para o professor: Jesus disse: “Quem não é por Mim é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12:30). Escolher estar com Jesus significa vida eterna. Escolher estar com Satanás significa destruição.

Comente com a classe

1. Examine a importância de escolher entre os dois reinos em conflito.
2. Como o grande conflito entre Cristo e Satanás entra em cada etapa da experiência humana?

Compreensão

Para o professor: Quem sou eu? De onde vim? Para onde estou indo? O que estou fazendo aqui? Qual é o sentido da História? Qual é o meu papel na vida? Essas são algumas questões básicas com as quais nos deparamos, e temos a tendência de respondê-las de acordo com a cosmovisão que adotamos. A fé em um Deus pessoal conduzirá a um tipo específico de cosmovisão, e a negação da existência de Deus terá como resultado uma cosmovisão completamente diferente. De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia descreve uma cosmovisão básica: no mundo existe o conflito entre os poderes do bem e do mal. Para os adventistas, ele é conhecido como o grande conflito entre Cristo e Satanás. Nesse confronto entre reinos, precisamos nos apoderar da restauradora fé em Deus e afirmar nosso papel em fazer avançar o Seu reino. Para isso, precisamos compreender o conflito entre os dois reinos, inclusive a vitória de Cristo nessa batalha, e experimentá-la em nossa vida.

Comentário bíblico

I. O conflito entre os dois reinos
(Recapitule com a classe Apocalipse 12:7-10.)

De Gênesis (3:15) a Apocalipse (12:7-10) a Bíblia revela um contínuo conflito entre Cristo e Satanás, entre o reino da justiça e o reino do pecado. A Bíblia nunca subestima a existência e a função de Satanás nos assuntos da história humana. Na verdade, ela retrata a origem de Satanás em seu esforço para ser como Deus (Is 14:12-15; Ez 28:12-15); em sua rebelião contra o Senhor, resultando em sua expulsão do Céu (Lc 10:18; Ap 20:7-9); e mostra o fim que o aguarda na aniquilação apocalíptica (Ap 20:7-10).

A questão central nesse conflito cósmico é o caráter de Deus: justiça e amor podem coexistir na natureza de Deus? A lei que guia Suas criaturas é injusta, arbitrária e impossível de ser cumprida? Enquanto o “plano estudado de Satanás” é “desfigurar o caráter de Deus” como sendo “arbitrário, severo, inexorável” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 738), a intenção de Cristo é demonstrar que Deus é amor e que Sua lei é razoável e justa.

Com esse propósito, Jesus veio ao mundo. Sua vida, Seu ministério, Sua crucifixão e a segunda vinda fazem parte do plano eterno de Deus para “salvar o Seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; compare com Ef 1:7-11) e estabelecer Seu reino para sempre (Ap 11:15; 20:7-10; 21:1-5).

Pense nisto: É necessário que todo cristão enxergue “como esse conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato da vida a pessoa revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, querendo ou não, ela está mesmo agora decidindo de que lado do conflito estará” (Ellen G. White, Educação, p. 190).

Comente com a classe

Peça que alguém leia a citação anterior. Depois, convide os membros da classe para contarem como esse conflito cósmico faz parte da vida deles, incluindo as batalhas pessoais que eles enfrentam.

II. A vitória de Cristo no conflito
(Recapitule com a classe 1 João 3:8.)

O apóstolo João, que observou por mais tempo a dinâmica do grande conflito, colocou a vitória nessa guerra no contexto mais apropriado: “O diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1Jo 3:8). O conflito começou com Satanás (Ap 12:7) e deve terminar com a destruição dele. Não há outro modo. Portanto, a segunda Pessoa da Trindade encarnou, teve uma vida de vitória sobre cada tentação que Satanás colocou em Seu caminho e o derrotou na cruz, ao dar a vida em resgate pelo pecado (Mc 10:45; ver também Cl 2:13-15), redimindo assim a humanidade das garras do diabo. Por isso, Paulo disse: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15:57).

A cruz é a maior expressão do amor e da justiça de Deus. Ela revela, por um lado, Seu infinito amor pela humanidade (Jo 3:16) e, por outro lado, a imutabilidade da Sua lei. Essa expressão de amor e justiça na cruz é o cerne do evangelho, diante do qual Satanás e seu reino são derrotados. E a derrota foi selada para sempre pela ressurreição de Cristo.

Pense nisto: 1. Por que a cruz foi essencial para a vitória de Cristo no grande conflito? Mencione alguns aspectos em que Satanás tentou impedir o plano de Deus e a garantia da Sua vitória no grande conflito. 2. Atualmente, qual é a intensidade desse conflito entre os dois reinos no coração humano?

III. Experimente a vitória de Cristo
(Recapitule com a classe Efésios 6:12.)

Pouco antes da Sua angústia no Getsêmani, Jesus disse a Pedro: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22:31, 32). Isso era verdade em referência não somente a Pedro, mas também aos demais discípulos. O objetivo de Satanás é nos conduzir para longe do reino de Deus e nos tornar presas de seus planos astutos. Desse modo, o grande conflito não é apenas uma guerra invisível entre o bem e o mal, é uma realidade em nossa vida diária. Cada discípulo de Cristo é alvo dos enganosos planos de Satanás, e também é objeto do amor de Cristo e de Suas mais sinceras orações. “Muitos há que não consideram esse conflito entre Cristo e Satanás como tendo relação especial com sua própria vida; pouco interesse tem para eles. Mas, essa luta se repete nos domínios de cada coração” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 116).

Paulo o chama de nossa guerra espiritual. Ao nos engajarmos nessa batalha pela alma, somos convidados a ser “fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder”, e a colocar “toda a armadura de Deus” para “ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Ef 6:10, 11). A vitória na vida cristã começa com esse relacionamento certo e seguro com Jesus.

Comente com a classe
Leia com os alunos Efésios 6:14-18 e 2 Coríntios 10:3-5. Pergunte: Como Deus nos capacitou para lutar contra os poderes do mal e viver uma vida vitoriosa?

Aplicação

Para o professor: Cristo “sabia que a vida de Seus confiantes discípulos seria como a dEle, uma série de ininterruptas vitórias” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 679).

Perguntas para reflexão

1. Como a vida do cristão pode ser como a de Cristo, “uma série de ininterruptas vitórias”? Quais condições precisamos cumprir para alcançar essa experiência?
2. Como indicador para Sua vida vitoriosa, Jesus disse: “Aí vem o príncipe do mundo [Satanás]; e ele nada tem em Mim” (Jo 14:30). O que precisamos para fazer uma declaração como essa?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: A estrada para a vitória e para o crescimento espiritual está repleta de armadilhas satânicas, e é aqui que devemos estar atentos. Paulo descreveu o que é ser vigilante em poderosas palavras de sabedoria: Resista! Seja forte! Mantenha-se firme! Vista-se! Ore! Calce! (Ef 6:10-17)

Atividade

Convide os membros da classe para que contem experiências pessoais a respeito da importância desses conselhos. Essas orientações foram relevantes para a conquista de vitórias reais em suas batalhas espirituais?

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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