10. A ira de Eliú: 26 de novembro a 2 de dezembro

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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

“‘Assim como os céus são mais altos do que a Terra, também os Meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os Meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos’” (Is 55:9).

Prévia da semana: Quando Eliú apareceu em cena, parecia que haveria uma “brisa de ar fresco”. Ele era jovem e estava irado, esperando que chegasse a sua vez de falar. Porém, ele também carecia de humildade e, no fim das contas, suas palavras não foram diferentes das dos outros amigos. O mal permanece inexplicável e apenas uma fé humilde pode nos dar esperança.

Leitura adicional: Jó 37:14-24. Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, capítulo 19, “Resistência de Caráter Através dos Conflitos”

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[cv_toggle title=”DOMINGO – Jovem, mas não tola” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Penso que a adolescência foi a melhor época da minha vida. Meus pais me permitiram tomar decisões importantes, quanto à profissão, namoro, administração do dinheiro, etc. Porém, lembro-me de ocasiões em que fui completamente tola e disse coisas erradas. Em outros momentos, eu não disse nada, mesmo sabendo que devia dizer.

Certo dia, ouvi a palestra de uma moça. Seu entusiasmo era contagiante e sua maturidade e conhecimento estavam acima da média das pessoas da sua idade. Ela contou que, no país em que nasceu e foi criada, as moças eram impedidas de estudar. No entanto, desconsiderando a legislação vigente, ela perseverou na busca do conhecimento educacional. Isso deixou iradas algumas pessoas e, como resultado, ela levou um tiro na cabeça. Malala Yousafzai sobreviveu ao atentado e se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel.

Malala diz que não deseja que as pessoas se refiram a ela como a moça que foi alvejada pelo Talibã, mas que se lembrem dela como a moça que defendeu a educação. “Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo.”*

Se Malala não tivesse tomado essa posição corajosa, muitas outras coisas maravilhosas não teriam acontecido, por exemplo, a criação de recursos para que pessoas carentes, ao redor do mundo, tenham a oportunidade de estudar.

Realmente, as palavras causam impacto. “A palavra proferida no tempo certo é como frutas de ouro incrustadas numa escultura de prata” (Pv 25:11). Na história de Jó, vemos como seus amigos tentaram encontrar o que achavam que seriam as palavras certas para dizer a ele e acabaram proferindo palavras como estas: “‘Qual foi o inocente que chegou a perecer?’” (Jó 4:7). Todos nós conhecemos a história por trás da doença de Jó e o complô que Satanás armou. Mas Jó era inocente.

A lição desta semana é sobre alguém que era muito mais jovem dos que os amigos de Jó, mas proferiu palavras que causaram grande impacto.

Conheçam Eliú!

* Malala Yousafzai, I Am Malala (New York: Little, Brown and Company, 2015), https://tribune.com.pk/story/576089/one-child-one-teacher-one-book-and-one-pen-can-change-the-world/, acessado em 6 de outubro de 2015.

Alicia Valasse | Babonneau, Castries, Santa Lúcia

Tanya Kisakova | Denver, Colorado, EUA

 

Mãos à Bíblia

Mesmo após a poderosa declaração de fé de Jó (Jó 13:15, 16), a discussão continuava.

1. Que verdades são expressadas nos seguintes textos?

Jó 13:28

Jó 15:14-16

Jó 19:25-27

Jó 28:28

O debate continua por todos esses capítulos e nenhum lado se rende. Elifaz, Bildade e Zofar, cada um em sua própria maneira, com seus próprios objetivos, não arrefeciam em seu argumento de que as pessoas recebiam o que mereciam na vida; e, portanto, o que havia acontecido sobre Jó só podia ser um castigo justo pelos seus pecados.

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[cv_toggle title=”SEGUNDA – Impacto” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Certo dia em Denver, Colorado, EUA, uma mulher encontrou um envelope com a seguinte mensagem: “Se você encontrou isto, é seu dia de sorte. Por favor tire 40 dólares para você e faça algo de bom para alguma outra pessoa.” O envelope continha cinco notas de 20 dólares, num total de 100 dólares. Ela comprou almoço para si, e depois, deu o restante do dinheiro à moça do caixa, para que esta, por sua vez, pudesse ajudar outras pessoas.¹

Algumas pessoas, na verdade, só querem tornar mais feliz o dia dos outros. Elas esperam que sua boa ação inspire outras pessoas a também fazer algo pelo próximo.

Quando perguntei a meus amigos da igreja se eles sabiam algo sobre um personagem do Antigo Testamento chamado Eliú, eles me olharam surpresos. Nenhum deles jamais tinha ouvido esse nome antes. Eliú era mais jovem do que Jó e seus amigos.

No entanto, ele foi um estranho que exerceu forte impacto.

A Bíblia menciona Eliú nos capítulos 32 a 37 de Jó, mas há poucas informações a seu respeito. “Eliú é uma palavra hebraica bastante comum que significa ‘Ele é [meu] Deus’”²

Estudiosos acreditam que Moisés tenha sido o autor do livro de Jó. Ele “passou 40 anos em Midiã, o que lhe daria amplos antecedentes para o forte toque do árabe que se evidencia em todo o livro. Os antecedentes egípcios de Moisés também explicam as alusões à vida e às práticas egípcias que aparecem no livro. O quadro de Deus como criador e mantenedor combina com a narrativa da criação preservada em outro livro escrito por Moisés”³

1. Kelly Sommariva, “Mysterious Envelope of Cash Asks Finder to ‘Pay it Forward’”, 9news.com, https://www.9news.com/story/life/2015/07/22/pay–forward-envelope-cash-denver/30532375/, acessado em 5 de outubro de 2015.

2. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia,
v. 3, p. 658.

3. Ibid., p. 549.

Jennie Montano | Denver, Colorado, EUA

 

Pense nisto

Alguém já impactou você de maneira positiva?

Mãos à Bíblia

2. Leia Jó 32:1-5. O que aconteceu nessa passagem? Considere as afirmações abaixo e assinale a(s) alternativa(s) correta(s):

A. ( ) Eliú ficou indignado com os três amigos de Jó, pois eles não haviam encontrado meios de refutar Jó, e ainda assim o condenaram.

B. ( ) Eliú acusou Jó de pretender ser mais justo do que Deus.

C. ( ) Eliú acusou os amigos de Jó de serem coniventes com o pecado de Jó.

Essa é a primeira vez que Eliú é mencionado no livro de Jó. Embora não saibamos quando exatamente ele entra em cena, é óbvio que ele ouviu parte das longas discussões. Eliú deve ter chegado mais tarde, pois não é mencionado com os outros três amigos quando estes vieram visitar Jó pela primeira vez. Seja qual for a parte do diálogo que ele acompanhou, o que sabemos é que Eliú ficou insatisfeito com as respostas que ouvira.

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[cv_toggle title=”TERÇA – Como você ousa?” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Muitas pessoas que leem o livro de Jó esperam encontrar a resposta para o sofrimento humano ou, pelo menos, entender por que coisas más acontecem a pessoas boas. Porém, quando começam a estudá-lo, deparam-se com algumas partes incompreensíveis. Talvez isso se deva, em parte, ao fato de que o livro de Jó não é sobre o porquê do sofrimento, mas sobre quem é Deus e como podemos confiar nEle.

Quem pecou? (Jó 35–37; João 9:2, 3). Se há uma resposta para o dilema apresentado em Jó, é a seguinte: um homem bom é “punido” por forças que ele não entende. Em João 9:2, os discípulos fizeram uma pergunta a Jesus a respeito de um homem cego: “‘Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?’”

A resposta de Jesus passou diretamente da realidade espiritual à realidade do pecado no mundo. Ela derrubou a lógica da chamada literatura sapiencial do passado e tornou o livro de Jó uma vez mais o que ele devia ser: uma discussão sobre Deus e sobre o motivo para servi-Lo. Jesus respondeu à pergunta da seguinte forma: “‘Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele’” (Jo 9:3).

A história (Jó 1:1–2:10; 40:8). No início do livro, a narrativa menciona que, embora Deus tivesse permitido que Satanás atormentasse Jó, Ele declarou que Jó era íntegro. No final do livro, o Senhor chamou a atenção de Jó por tentar condená-Lo a fim de se justificar. Então, Ele recompensou Jó e expressou Sua ira contra os três amigos que o haviam julgado incorretamente. A acusação feita pelos amigos de Jó provinha da literatura sapiencial. Esse julgamento era simplista e unidimensional, levava diretamente ao equivalente teológico da sangria como forma de curar a doença, e falhava em compreender a pessoa de Deus e as nuances de Sua providência.

Rapaz irado? (Jó 31:1–37:24). É difícil compreender o livro de Jó sem dar atenção ao que Eliú disse. Desde o começo, a narrativa enfatiza a fidelidade de Jó e o teste ao qual Deus o submeteu nas mãos de Satanás e dos acusadores do patriarca. Não há segredos aqui para o leitor decifrar.

Depois, Jó e seus três amigos debateram a situação trágica do servo de Deus. Esse era o padrão convencional da tradição oral antes de ser criada a escrita. Os amigos trabalharam para solucionar o problema usando uma lógica unidimensional para defender Deus e condenar Jó rapidamente.

Jó era fiel e íntegro, mas ainda não conhecia suficientemente a Deus para entender o que estava acontecendo. O Senhor também não respondeu imediatamente às dúvidas do Seu servo. Fazê-lo seria o mesmo que rebaixar-Se. Em vez disso, vemos algo semelhante ao “Deus aux machina” (surgimento repentino e inesperado de um personagem divino no enredo), das peças teatrais antigas, para impressionar todos com o poder divino. Na realidade, foi Eliú quem falou em favor de Deus.

Eliú não era idoso, nem sábio nem experiente; ele era um jovem. Portanto, sua credibilidade procedia de seu íntimo relacionamento com o Senhor, o que lhe dava autoridade para falar em Seu nome. Na verdade, ele mencionou que Deus lhe daria a paga se ele falasse o que era errado.

A verdadeira sabedoria (Jó 36:17, 18). Ironicamente, Eliú disse a Jó que lhe ensinaria a respeito da sabedoria, para que Jó reconhecesse os caminhos e desígnios do Senhor. Ele mencionou visões e sonhos. Falou sobre a dor e o conflito, as consequências desta vida que fazem com que nos voltemos para o Salvador. Enfatizou grandemente o papel mediador do Senhor que, segundo Paulo, está fazendo mediação por nós no Céu. Finalmente, Eliú apelou para o céu e para a tempestade iminente como sinal de Deus em Sua criação.

Uma das mais preciosas lições que Eliú deu a Jó encontra-se no capítulo 36:17, 18: “Você está cheio do juízo que é devido ao perverso; / O juízo e a justiça se apoderam de você. / Porque há ira, tome cuidado para que Ele não leve você com um só golpe; / pois nem um grande resgate ajudaria você a se livrar disso” (NKJV).

“Aquele que vem depois de mim” (Jó 37). Se você está inclinado a questionar o papel de Eliú como porta-voz de Deus, então releia o capítulo 37. Esse capítulo é uma transição entre os argumentos teológicos de Eliú e a teofania de Deus, na qual Ele fala de Sua criação. Assim, Eliú começou o hino de louvor a Deus e à tempestade, e anunciou Deus ao pequeno grupo de debatedores. Como sempre, os meros argumentos humanos se desvanecem diante da realidade do Eterno. De fato, o temor a Deus é o princípio da sabedoria e conhecer Deus é o alvo da verdadeira sabedoria.

Lincoln E. Steed | Hagerstown, Maryland, EUA

 

Pense nisto

Por que Jó teve dificuldades para entender seus sofrimentos e o propósito de Deus?

Por que Eliú esperou tanto tempo para falar?

No final da história de Jó tudo ficou como era antes? Explique sua resposta.

Mãos à Bíblia

3. Leia Jó 34:10-15. Quais verdades Eliú expressou nesse texto? Qual é o paralelo entre essas verdades e as palavras dos outros amigos de Jó? Embora suas palavras fossem verdadeiras, por que elas foram inapropriadas àquela situação?

Talvez o que percebemos em Eliú e nos outros três homens seja medo. Talvez eles tivessem medo de que Deus não fosse o que eles imaginavam. Eles queriam acreditar na bondade, na justiça e no poder de Deus. Portanto, o que fez Eliú senão expressar verdades sobre a bondade, a justiça e o poder de Deus?

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[cv_toggle title=”QUARTA – Jó e Jesus: servos sofredores” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

“Satanás, o autor do pecado e de todas as suas consequências, levou os homens a considerar a doença e a morte como procedentes de Deus […] Daí, aquele sobre quem caiu grande aflição e calamidade, suportou o fardo adicional de ser visto como grande pecador. […]

“A história de Jó mostra que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos. O mesmo erro pelo qual o Senhor reprovou os amigos de Jó, repetiu-se nos judeus em sua rejeição de Cristo.”¹

“Há o relato da vida de alguém que, muito cedo na história deste mundo, foi vítima dessa contenda de Satanás. Sobre Jó, o patriarca de Uz, o testemunho dAquele que examina os corações foi: ‘Não há ninguém na Terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal’ (Jó 1:8).

Satanás apresentou uma insolente acusação contra esse homem: ‘Acaso não puseste uma cerca em volta dele, da família dele e de tudo o que ele possui? […] Estende a Tua mão e fere tudo o que ele tem. […] Ele Te amaldiçoará na Tua face’ (Jó 1:9-11; 2:5).

Ainda outro elemento de amargura lhe foi acrescentado no cálice. Seus amigos, vendo naquela adversidade apenas a retribuição do pecado, oprimiam seu coração ferido e sobrecarregado com acusações de delitos.”²

Jó não culpou Deus. Ele entendeu, como também precisamos entender, que a abnegação, “princípio básico do reino de Deus, é o que Satanás odeia. Ele nega até a existência desse princípio. Desde o início do grande conflito, ele tem se esforçado para provar que os princípios pelos quais Deus age são egoístas e, de idêntico modo, ele faz com todos os que servem a Deus.

“A obra de Cristo e a de todos os que trazem sobre si Seu nome tem como objetivo refutar essa pretensão de Satanás.”³

1. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 471.

2. Ellen G. White, Educação, p. 155.

3. ___________ , Ibid, p. 154.

Jessica L. Coleman | Hagerstown, Maryland, EUA

 

Pense nisto

Por que você acha que Moisés registrou a história de Jó como uma das primeiras em seus escritos?

Como podemos ter a certeza de que não estamos servindo a Deus para obter vantagens?

Mãos à Bíblia

Ellen G. White escreveu um comentário poderoso quanto a esse assunto: “É impossível explicar a origem do pecado de maneira a dar a razão de sua existência […]. O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para a sua existência, deixaria de ser pecado” (O Grande Conflito, p. 492, 493).

4. Leia Ezequiel 28:12-17. A queda de Satanás e a origem do mal fazem sentido? Por quê? Marque V para verdadeiro ou F para falso:

( ) A queda faz certo sentido, pois Deus não supriu todas as necessidades e desejos de Lúcifer.

( ) A queda não faz sentido, pois Lúcifer era perfeito em seus caminhos e nada lhe faltava.

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[cv_toggle title=”QUINTA – Lições práticas” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Há duas lições que Eliú pode nos ensinar.

Ouça cuidadosamente antes de responder, mesmo que você discorde da pessoa que está falando. Eliú só começou a falar quando todas as outras pessoas não tinham mais nada a dizer. Ele não se intimidou diante da situação e suas palavras causaram grande impacto. Além disso, Jó 36:2 torna evidente que ele estava preocupado com Jó: “‘Peço-lhe que seja um pouco mais paciente comigo, e lhe mostrarei que se pode dizer mais verdades em defesa de Deus.’”

Certa vez trabalhei com uma pessoa que me disse: “Heather, quando percebi o que minha capacidade de ouvir me proporciona, coloquei como prioridade o ato de ouvir verdadeiramente. Quero notar as reações das pessoas, entender o raciocínio por trás de tudo o que elas me dizem. Quero que as pessoas percebam que realmente as estou ouvindo e que estou interessado nelas. Há três erros principais que as pessoas cometem quando falam. Primeiro, elas falam antes de haver necessidade do que dizem. Segundo, elas são muito tímidas para dizer algo quando precisa ser dito. E terceiro, elas falam sem prestar atenção no ouvinte.”

Concentre-se mais em Deus. Ao ler o livro de Jó, observamos que seus amigos estavam dizendo que tudo era culpa dele e que, portanto, ele precisava examinar o coração para ver o que havia feito de errado.

Quando estamos errados ou numa situação difícil, a última coisa que desejamos é ter alguém para nos repreender. Isso só faz com que nos sintamos mais miseráveis ainda. Eliú, no entanto, decidiu exaltar a bondade e a misericórdia do Senhor. “‘Longe de Deus esteja o fazer o mal. […] Não se pode nem pensar que Deus faça o mal, que o Todo-poderoso perverta a justiça’” (Jó 34:10, 12).

Nosso Deus é amoroso. “‘Como Deus é grande! Ultrapassa o nosso entendimento! Não há como calcular os anos da Sua existência’” (Jó 36:26).

Cometeremos erros, pessoas irão nos magoar e acidentes acontecerão. Então, o que fazer? Devemos continuar confiando na providência divina.

Heather Miller | Denver, Colorado, EUA

 

Mãos à Bíblia

5. Conhecendo o contexto cósmico da história de Jó, podemos explicar de modo satisfatório o mal que aconteceu com ele? Leia Jó 1:1–2:10. Mesmo com todas essas revelações, que outras perguntas permanecem sem resposta?

Como vimos anteriormente, não foi a maldade de Jó que lhe trouxe o sofrimento. Longe disso! Na verdade, foi precisamente sua bondade que fez com que Deus o destacasse diante do diabo. Como podemos entender isso? E mesmo que Jó soubesse o que estava acontecendo, não teria ele clamado: “Por favor, Deus. Use outra pessoa. Devolva meus filhos, minha saúde e minha propriedade!”?

Pense nisto

Como a capacidade de ouvir e influenciar outras pessoas estão interligadas?

Defender a justiça e a misericórdia divina é essencial em nosso relacionamento e auxílio para com aqueles que sofrem?

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[cv_toggle title=”SEXTA – Palavras sábias” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

O que realmente me incomoda é que, embora os três amigos de Jó tenham sido colocados no seu devido lugar no fim do livro, o mesmo não aconteceu com Eliú. A ira de Deus contra Elifaz, Bildade e Zofar se dirigiu especificamente ao fato de que eles não tinham falado a verdade sobre Seu caráter. O que, aos olhos de Deus, tornou os discursos dos três amigos de Jó diferentes do discurso de Eliú? Será que Eliú, de alguma forma, estava falando a verdade a respeito de Deus?

Em seu conceito sobre o motivo da aflição de Jó, os três amigos e Eliú não são tão diferentes assim. Os três amigos afirmaram: “É assim que Deus pune pessoas más e violentas” (Jó 27:13).1 Eliú disse que Deus “recompensa as pessoas pelo que elas fazem e as trata como elas merecem” (Jó 34:11). Aparentemente, todos eles deixaram implícito que Jó era culpado e merecia seu castigo.

Os três amigos destacaram que “Deus coloca curativo nas feridas que faz; Sua mão fere, e Sua mão cura” (Jó 5:18). Eliú declarou que “Deus nos corrige enviando doença e enchendo nosso corpo de dor” (Jó 33:19). Todos eles deram a entender que Deus é a fonte das coisas ruins que nos acontecem.

Elifaz, Bildade e Zofar acusaram Jó de supostas falhas morais (Jó 11:6, 14; 15:4, 6; 22:49). Eliú fez a mesma coisa (Jó 36:17, 19). Eles deram a entender que Jó devia se esvaziar de seu orgulho, suplicar perdão e aceitar sua sorte sem questionar.

Então, qual é a diferença entre as críticas dos três amigos e a de Eliú? Será que a diferença não está no que foi dito, mas no porquê foi dito? Note a razão da indignação de Eliú: “Ele se indignou … [porque] isto fez parecer que Deus estivesse errado” (Jó 32:3). Ele achou que Jó estava se justificando e colocando a culpa em Deus.

“Eliú não pretendeu repetir argumentos surrados. Desejou apresentar conhecimento a respeito das coisas que escaparam à atenção dos demais [amigos]; planejou extrair argumentos do vasto campo da história e da natureza para vindicar a justiça de Deus. […] Eliú assumiu a posição de que, embora os justos sejam afligidos, não são abandonados. Deus mantém os olhos sobre eles, quer estejam em tronos ou em calabouços.”²

1. Os versos da lição de hoje são da Today’s English Version.

2. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 670.

Joy Cassano Coleman | Elkton, Maryland, EUA

 

Mãos à obra

Comente com a classe a respeito da sua compreensão e entendimento dos mistérios de Deus (Jó 36:22-26) e de Sua sabedoria.

Visite uma classe da Divisão das Crianças e conte a elas o que você aprendeu sobre Eliú e Jó. Pergunte o que elas pensam sobre o amor de Deus. Aprenda a confiar em Deus segundo a perspectiva delas.

Elabore um programa jovem sobre a sabedoria divina. Leia Jó 36 e 37 e Provérbios 2:1-22. De onde vem a verdadeira sabedoria? Como nos tornamos “verdadeiramente” sábios?

Faça uma lista comparando a “verdadeira sabedoria” com a “sabedoria terrestre”. Leia a história de Salomão em 1 Reis 4:29-34.

Pergunte às pessoas em sua igreja ou em seu local de trabalho qual é sua definição de sabedoria e quais são as características de uma pessoa sábia. Compare com os exemplos de sabedoria dados por Eliú.

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