7. A crise continua – 7 a 14 de novembro

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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: At 4–6)” tags=””]

[disponivel em=”2015-11-06″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 6 de novembro de 2015″]

VERSO PARA MEMORIZAR: “O que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor” (Jr 9:24).

Leituras da Semana: Jr 9; Jr 10:1-15; Rm 1:25; Jr 26; At 17:30; At 5:34-41

As angústias e provações do servo de Deus continuam. Na verdade, quase todo o livro de Jeremias trata dos desafios e lutas que o profeta enfrentou para tentar fazer o povo dar ouvidos às palavras que o Senhor, com amor e interesse, estava procurando transmitir à nação. Imagine o que teria acontecido se as pessoas tivessem dado ouvidos a Jeremias e aceitado a advertência do profeta. Se tivessem dado ouvidos, isto é, se o povo, os reis e os líderes tivessem se humilhado diante de Deus, a terrível crise não teria sobrevindo. A chance de arrependimento estava diante deles. Mesmo depois de terem praticado tantas injustiças, tantas maldades, a porta da redenção e da salvação ainda não se havia fechado. Continuava aberta; eram eles que, simplesmente, se recusavam a entrar por ela.

Como já foi dito, é muito fácil balançar a cabeça em desaprovação por causa da dureza de coração deles. “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1Co 10:11). Temos esses exemplos diante de nós. O que aprenderemos com eles?

Nos pequenos grupos, nas classes bíblicas, nas classes da Escola Sabatina e em outros ministérios existem amigos que podem ser convidados para assistir à semana de evangelismo de colheita, que ocorrerá de 21 a 28 de novembro. Já escolheu um amigo para convidar?

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[cv_toggle title=”DOMINGO – Razões para se gloriar (Ano Bíblico: At 7–9)” tags=””]

[disponivel em=”2015-11-08″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 8 de novembro de 2015″]

Em Jeremias 9, o profeta iniciou seu lamento porque viu a catástrofe inevitável que sobreviria ao seu país e ao seu povo. Deus pronunciou juízo sobre Jerusalém, e quando Deus diz que fará algo, Ele o faz. O que eles iriam enfrentar não era algo casual, não era simplesmente uma daquelas coisas terríveis e inexplicáveis que acontecem de vez em quando. Não, o que eles iriam enfrentar seria um juízo direto de Deus. Era o reconhecimento disso que estava causando a Jeremias tanta tristeza. Sua tristeza, porém, era apenas um pequeno reflexo da dor que Deus deve ter sentido.

Embora o contexto seja diferente, esta citação expressa muito bem a ideia: “Aos nossos sentidos embotados, a cruz é uma revelação da dor que o pecado, desde o seu início, acarretou ao coração de Deus. Cada desvio do que é justo, cada ação de crueldade, cada fracasso da natureza humana para atingir seu ideal, traz-Lhe pesar. Quando sobrevieram a Israel as calamidades que eram o resultado certo da separação de Deus – subjugação por seus inimigos, crueldade e morte, é dito que ‘Se angustiou a Sua alma por causa da desgraça de Israel’ (Jz 10:16). ‘Em toda a angústia deles foi Ele angustiado; … e os tomou, e os conduziu todos os dias da antiguidade’” (Is 63:9, ARC; Ellen G. White, Educação, p. 263).

1. Leia em Jeremias 9 o triste lamento do profeta. Concentre-se especialmente nos versos 23 e 24. Por que essas palavras são tão relevantes para nós?

Dizem que, a respeito da morte, todos nós somos como uma “cidade sem muros”. A sabedoria, a força e as riquezas têm seu lugar, mas confiar nessas coisas, especialmente em meio à catástrofe, ou quando a morte parece iminente, é algo infrutífero, sem sentido e inútil. Em meio a todas as advertências sobre a ruína inevitável, foi dito ao povo o que realmente importa: conhecer e compreender por nós mesmos, pelo menos até onde podemos, a misericórdia, o juízo e a justiça de Deus. Além desse conhecimento, existe alguma outra coisa que nos ofereça esperança e conforto, quando perdemos todas as coisas terrestres e humanas, até mesmo a nossa saúde?

O que a cruz nos diz sobre a misericórdia, o juízo e a justiça de Deus?

Você já leu sua Bíblia hoje? Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus.

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[cv_toggle title=”SEGUNDA – Criaturas ou o Criador? (Ano Bíblico: At 10–12)” tags=””]

[disponivel em=”2015-11-09″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 9 de novembro de 2015″]

Como já vimos, o povo de Deus foi chamado para ser diferente das nações ao seu redor, que estavam mergulhadas no paganismo, idolatria e falsos ensinos. Muitas das advertências contidas nos primeiros cinco livros de Moisés foram dirigidas, especialmente, contra a imitação das práticas das nações vizinhas. Em vez disso, os israelitas deviam ser testemunhas ao mundo quanto à verdade sobre o Senhor como Criador e Redentor. Infelizmente, grande parte da história do Antigo Testamento mostra que eles foram frequentemente seduzidos e acabaram caindo exatamente nas práticas contra as quais haviam sido advertidos.

2. Leia Jeremias 10:1-15. O que o Senhor disse a Seu povo? Se essa advertência fosse dada hoje, no contexto de nosso tempo e de nossa cultura, como seria escrita?

Jeremias disse ao povo o que ele já devia saber: esses deuses pagãos não passam de invenções humanas, e são produto da imaginação diabolicamente distorcida das pessoas. Esse é um dos principais exemplos do que Paulo queria dizer quando escreveu, séculos mais tarde, sobre aqueles que “mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1:25).

Note, nesse verso, como Paulo contrastou a criação e o Criador. Esse mesmo contraste é apresentado na passagem de Jeremias, que fala sobre a impotência e fraqueza desses “deuses” em contraste com o verdadeiro Deus. Nesses versos, Jeremias estava tentando mostrar ao povo a loucura e a tolice de alguém colocar sua confiança nessas coisas, que são incapazes de qualquer ação. Tudo isso está em contraste com o Deus criador, que não apenas fez o mundo, mas o sustenta por Seu poder (ver Hb 1:3).

Por mais antigo que seja esse texto, sua mensagem ainda é relevante. Talvez não sejamos tentados a nos inclinar perante estátuas feitas por homens e adorá-las; a maioria de nós também não fica espantada nem atemorizada com os sinais nos céus. Porém, ainda é fácil colocar nossa confiança em coisas que não podem salvar–nos, assim como aqueles ídolos seriam incapazes de salvar a Judeia no dia do juízo.

Quais são algumas coisas em que confiamos mais do que deveríamos? Como vencer esse problema?

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[cv_toggle title=”TERÇA – Um chamado ao arrependimento (Ano Bíblico: At 13–15)” tags=””]

[disponivel em=”2015-11-10″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 10 de novembro de 2015″]

3. Leia Jeremias 26:1-6. Que esperança o Senhor ofereceu ao Seu povo?

A mensagem nessa passagem é a mesma que se encontra ao longo de toda a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento: um chamado para que nos arrependamos, abandonemos nossos pecados e encontremos a salvação que Deus oferece a todos.

4. Qual é a mensagem dos seguintes textos? 2Cr 6:37-39; Ez 14:6; Mt 3:2; Lc 24:47; At 17:30

“Os habitantes de Judá eram todos indignos, contudo Deus não os abandonaria. Por eles Seu nome devia ser exaltado entre os pagãos. Muitos que desconheciam inteiramente Seus atributos deviam ainda contemplar a glória do divino caráter. Foi com o propósito de tornar claros Seus misericordiosos desígnios que Ele persistiu em enviar Seus servos, os profetas, com a mensagem: ‘Convertei-vos agora cada um do seu mau caminho’ (Jr 25:5, ARC). ‘Por amor do Meu nome’, declarou Ele a Isaías, ‘retardarei a Minha ira, e por amor do Meu louvor Me conterei para contigo, para que te não venha a cortar’. ‘Por amor de Mim, por amor de Mim o farei, porque como seria profanado o Meu nome? e a Minha glória não a darei a outrem’” (Is 48:9, 11, ARC; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 319).

Seja no Antigo ou no Novo Testamento, a mensagem de Deus é a mesma para todos: somos pecadores, temos feito o mal e merecemos a punição. Mas, pela da cruz de Cristo, através da morte expiatória de Jesus, Deus abriu caminho para que fôssemos salvos. Precisamos reconhecer nossa pecaminosidade, necessitamos reivindicar, pela fé, os méritos de Jesus, que nos são dados livremente, apesar de nossa indignidade, e precisamos nos arrepender de nossos pecados. O verdadeiro arrependimento inclui a remoção do pecado de nossa vida, pela graça de Deus.

Não importa o que fizemos, podemos nos arrepender e ser perdoados. Essa é a grande provisão do evangelho. De quais pecados você precisa se arrepender?

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[cv_toggle title=”QUARTA – O chamado para a morte (Ano Bíblico: At 16–18)” tags=””]

[disponivel em=”2015-11-11″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2015″]

De nossa perspectiva, ao olhar para trás, é difícil crer na dureza de coração das pessoas. Como vimos na lição de ontem, a mensagem de Jeremias, embora forte, ainda era repleta de esperança. Se aquelas pessoas se arrependessem, Deus suspenderia as horríveis punições que, com base nas promessas e maldições da aliança, viriam sobre elas. Se tão somente elas fizessem o que deviam fazer, se obedecessem a Deus e obtivessem a bênção resultante da obediência, então tudo ficaria bem. Deus perdoaria, curaria, restauraria. A provisão do evangelho, que viria futuramente por meio do sacrifício de Jesus, seria suficiente para perdoar todos os seus pecados e restaurá-las. Que mensagem de esperança, promessa e salvação!

5. Qual foi a resposta dos líderes a Jeremias e à sua mensagem? Jr 26:10, 11

Em Israel, apenas um tribunal legalmente reunido poderia emitir uma sentença de morte. Só o voto da maioria dos juízes era aceitável para a pena de morte. Os sacerdotes e profetas levaram Jeremias ao tribunal com suas acusações mortais. Seus opositores desejavam apresentá-lo como traidor e criminoso político.

6. Qual foi a resposta de Jeremias? Jr 26:13-15

Jeremias não recuou de forma alguma do que havia dito; com a ameaça de morte diante de si, o profeta, ainda que estivesse com certo medo, não amenizou uma única palavra da mensagem que havia recebido do Senhor, que o havia advertido especialmente, desde o começo, a não omitir uma única palavra (Jr 26:2). Assim, em contraste com o Jeremias que às vezes lamentava, reclamava e amaldiçoava o dia de seu nascimento, agora o vemos como um homem de Deus que permanecia fiel e convicto.

Você já teve que permanecer firme e pagar um alto preço em defesa da verdade? Se você nunca teve que fazer isso, haveria algo errado em sua vida?

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[cv_toggle title=”QUINTA – A fuga de Jeremias (Ano Bíblico: At 19–21)” tags=””]

[disponivel em=”2015-11-12″ ate=”2015-12-12″ mensagem=”Disponível a partir de 12 de novembro de 2015″]

Como vimos ontem, apesar de seus medos e das próprias emoções, Jeremias permaneceu firme, tendo plena consciência de que sua postura poderia lhe trazer a morte. Em Jeremias 26:15, de maneira muito clara, ele advertiu os príncipes e o povo de que deveriam estar certos de que, se eles o matassem, enfrentariam a punição por derramar sangue inocente. Jeremias sabia que não era culpado das acusações apresentadas contra ele.

7. Leia Jeremias 26:16-24. Como o profeta escapou da morte?

É impressionante que os sacerdotes e os profetas, que supostamente deviam ser os líderes espirituais, tiveram que ser repreendidos e questionados por simples “anciãos” (v. 17) e pelo “povo”, os quais saíram em defesa de Jeremias. Mencionaram Miqueias, que tinha vivido em Israel um século antes de Jeremias. O rei, na época, não feriu Miqueias, mas deu ouvidos ao seu conselho, a nação toda se arrependeu e o desastre foi suspenso, pelo menos por um tempo. Então, na época de Jeremias, essas pessoas, que eram mais sábias do que seus líderes, desejavam poupar a nação de cometer um grande erro ao matar um profeta de Deus.

A absolvição enfatizava que Jeremias não era culpado das coisas das quais havia sido acusado. Contudo, o ódio dos sacerdotes e profetas se tornou mais forte. Sua ira e seu desejo de vingança aumentaram, de forma que, em outra ocasião, acabariam atacando Jeremias com fúria total. Sua libertação significava apenas um momento de alívio para o profeta. Ele não estava completamente fora de perigo.

O que podemos ver aqui é um exemplo de como algumas pessoas aprenderam lições com a história, enquanto outras, conhecendo a mesma história, se recusaram a aprender as mesmas lições. Podemos ver algo semelhante séculos mais tarde, com o fariseu Gamaliel e sua admoestação a outros líderes a respeito de como lidar com os seguidores de Jesus.

Leia Atos 5:34-41. Que paralelos existem entre essa passagem e o que aconteceu com Jeremias? Que lição aprendemos com a história e com os erros dos que vieram antes de nós?

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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: At 22, 23)” tags=””]

[disponivel em=”2015-11-13″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 13 de novembro de 2015″]

Estudo adicional

Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós” (1Jo 3:16). Sem dúvida podemos olhar ao redor, na natureza, nos relacionamentos humanos e nas maravilhas da própria criação, e obter um vislumbre do amor de Deus, por mais que o pecado tenha danificado essa criação, bem como nossa capacidade de apreciá-la, ou mesmo de interpretá-la corretamente. Mas, na cruz, os véus foram rasgados, e foi dada ao mundo mais completa e nítida revelação possível desse amor, um amor tão grande que levou ao que Ellen G. White chama de “separação dos poderes divinos” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1028).

Separação dos poderes divinos? O amor de Deus por nós foi tão grande que as pessoas da Divindade, que Se amaram por toda a eternidade, suportaram essa “separação” a fim de nos redimir. A declaração “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46) é a mais clara e poderosa expressão dessa “separação”, do preço que foi pago para nos salvar. Ali podemos ver novamente a dor e o sofrimento que o Senhor suportou por causa do nosso pecado. Não é de admirar, então, o fato de que “nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4:19). Como seres humanos caídos, apenas imitamos esse amor, e mesmo essa imitação é, muitas vezes, distorcida pelo nosso próprio egoísmo e pelos nossos desejos pecaminosos. O amor de Deus transcende o nosso; nosso reflexo de Seu amor é semelhante a uma poça de lama oleosa refletindo o céu.

Perguntas para reflexão

1. Embora não adoremos animais ou coisas da natureza como os antigos faziam, de que maneira estamos em perigo de tornar a natureza um ídolo ou um deus?

2. Qual é o papel do arrependimento na vida do cristão? Além do arrependimento inicial quando aceitamos Jesus, que papel o arrependimento continua a ter na vida cristã?

3. Pense na ideia da “separação dos poderes divinos”. Como devemos entender isso? Se não considerarmos nenhum outro aspecto, o que isso nos diz sobre a tragédia e o alto preço do pecado?

Respostas sugestivas: 1. Porque a sabedoria, a riqueza e a força são as três coisas das quais os seres humanos mais se orgulham e nas quais mais confiam. As pessoas estão se voltando cada vez mais para os bens materiais e as conquistas terrestres, e abandonando a fé em Deus. 2. Advertiu contra a idolatria, mostrando que os falsos deuses não são nada e que nada podem fazer por seus adoradores; se a advertência fosse dada hoje, a referência seria à idolatria do próprio eu, do materialismo, da ciência, dos prazeres, etc. 3. Se o povo se arrependesse do seu mau caminho, Deus não traria o mal que havia sido anunciado que ocorreria com ele por causa dos seus pecados. 4. As pessoas devem se arrepender e abandonar seus pecados, para que sejam perdoadas. 5. Levaram Jeremias ao tribunal e disseram que ele devia ser condenado à morte porque havia profetizado contra a cidade, o que caracterizaria uma traição. 6. Jeremias não mudou a mensagem, mas a confirmou; disse-lhes, também, que fizessem com ele o que achassem melhor. 7. Os príncipes, anciãos e o povo se levantaram em sua defesa e foram contra o parecer dos profetas e dos sacerdotes.

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[disponivel em=”2015-11-06″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 6 de novembro de 2015″]

Texto-Chave: Jeremias 9:1-26

O aluno deverá:

Conhecer: O conceito bíblico do que significa conhecer a Deus e do que acontece quando não há o conhecimento dEle.

Sentir: Meditar na razão pela qual Jeremias escolheu uma lamentação para comunicar a profunda tristeza de Deus por um povo que escolheu adorar a criatura em lugar do Criador.

Fazer: Refletir sobre as áreas de sua vida que entristecem a Deus e praticar o arrependimento no verdadeiro sentido bíblico.

Esboço

I. Conhecer: A doutrina e a Pessoa de Deus

A. O que significa conhecer a Deus? Por que isso é mais do que um conhecimento intelectual, do tipo conhecer a doutrina de Deus?

B. Na prática, quais são as áreas da vida que são afetadas pelo conhecimento de Deus?

II. Sentir: O lamento

A. Uma das mais profundas dores que podemos sentir é a morte de uma pessoa querida. O que Deus desejava comunicar através do lamento fúnebre que Jeremias pronunciou no capítulo 9?

B. Na prática, o que significa adorar a criatura em lugar do Criador?

III. Fazer: Praticar o arrependimento

A. Arrependimento não é uma palavra popular. Como é o verdadeiro arrependimento?

B. Há momentos em que precisamos nos levantar como Jeremias e chamar outros ao arrependimento. Quais são os perigos envolvidos nisso?

RESUMO:
Conhecer ou não a Deus é algo que se reflete claramente na vida prática. Acima de tudo, esse conhecimento é relacional e se traduz no comportamento cristão. Onde falta o conhecimento de Deus, surge a idolatria em todas as suas formas, havendo necessidade do verdadeiro arrependimento.

Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Romanos 1:25; Jeremias 10:1-15

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Como seres humanos caídos, frequentemente achamos mais fácil adorar a criatura em vez de adorar o Criador. A verdadeira adoração requer um relacionamento íntimo entre nosso Criador e nós, com base no reconhecimento de nossa condição pecaminosa, no arrependimento e no recebimento da salvação. É muito mais fácil adorar coisas que podemos controlar, ou mesmo pessoas que podemos manipular!

Para o professor: Os ídolos são poderosos; sempre foram. É interessante estudar, no livro de Jeremias, que o oposto de conhecer a Deus está frequentemente relacionado ao comportamento injusto, mas, acima de tudo, à idolatria. Em outras palavras, se eu não tiver um conhecimento salvífico de Deus, “conhecerei” outra coisa que preencha esse vazio e me curvarei ante alguma outra coisa criada ou ser vivo, em vez de me curvar ao Criador. Embora os ídolos dos tempos bíblicos talvez não sejam necessariamente atraentes para nós hoje como objetos de adoração, há suficientes ídolos modernos que poderiam proporcionar uma boa contextualização da mensagem de Jeremias para a classe. Se possível, leve uma figura do objeto arqueológico descrito abaixo. Ela pode ser facilmente encontrada em livros de arqueologia ou no website do Museu Britânico.

Discussão de abertura

Nas décadas de 1920 e 1930, Sir Charles Leonard Woolley escavou as tumbas reais de Ur, a antiga cidade em que Abraão nasceu, que ficava às margens do rio Eufrates e próxima ao Golfo Pérsico. Numa cova profunda, denominada por Woolley “Grande Cova da Morte”, foram encontrados vários artefatos bonitos, sendo um deles uma estátua de 45 cm de altura que mostrava um bode se erguendo até a parte de cima de uma árvore para conseguir as folhas mais saborosas. Woolley o identificou, a princípio, com o carneiro que ficou preso num arbusto, da história de Abraão e Isaque (Gn 22:13). Contudo, estudos adicionais mostraram que aquele é um tema religioso popular nas estátuas do antigo Oriente Próximo, mostrando a árvore da vida, que era adorada no contexto dos rituais da fertilidade.

Embora seja possível que o tema tenha origem bíblica (lembre-se: havia uma árvore da vida no Éden), a árvore passou a ser adorada de maneira geral em todo o antigo Oriente Próximo e passou a ser associada à fertilidade. A adoração ao Criador foi substituída pela adoração à criatura. Contudo, se o objeto for analisado, é “apenas” uma estátua de um animal cujos pés e a cabeça são folheados a ouro, cujos chifres são feitos de lápis-lazúli (uma pedra semipreciosa) e o restante do corpo é feito de conchas, exceto os genitais, que também são de ouro (indicando sua importância no antigo culto da fertilidade).

Em última análise, um talentoso ourives, cerca de 4.500 anos atrás, teve uma ideia, adquiriu os materiais e fez o ídolo. Que ídolos modernos você consegue identificar? Como eles são feitos e o que os torna atrativos para a adoração?

Compreensão

Para o professor: Precisamos perceber que todo pecado tem eco, não apenas em nossa vida na Terra, mas também no Céu. Isso não tem a ver apenas com o registro dos atos, mas com um Deus que sofre quando Seus filhos erram. Assim como há alegria por todo pecador que retorna (Lc 15:7, 10), há tristeza por todo pecador que não se arrepende. Os pais que veem seus filhos fazerem escolhas erradas, ou certas, provavelmente tenham uma pequena ideia do que Deus está passando. Tudo isso, na verdade, tem a ver com um relacionamento profundamente afetado pelo pecado. O conceito bíblico de “conhecer” a Deus ilustra esse ponto.

Comentário Bíblico

O evangelho não é muito complicado. Quando perdemos Deus de vista, abrimos as portas para relacionamentos alternativos (frequentemente chamados de “idolatria”); Ele tenta curar nosso relacionamento rompido ao nos chamar ao arrependimento, mas, infelizmente, muitas vezes resistimos. Foi isso que Jeremias experimentou como porta-voz de Deus.

I. Chorando por falta de conhecimento (Recapitule com a classe Jeremias 9:1-26.)

Nesse capítulo, o choro de Jeremias é, na verdade, o choro de Deus. É usada repetidamente a expressão íntima da aliança, “Meu povo” (por exemplo, nos versos 1, 2 e 7). O choro de Deus (através de Seu profeta) nos faz lembrar uma demonstração semelhante de emoção que ocorreu quando Jesus contemplou as multidões que estavam como ovelhas sem pastor (Mt 9:36) ou quando Ele chorou pela morte de Lázaro (Jo 11:35). Tudo isso tem a ver com relacionamentos e, mais especificamente, com relacionamentos rompidos.

Por meio de Jeremias, Deus mencionou repetidamente a crise de relacionamento com Seu povo da seguinte forma: “não Me conhecem”. Quatro vezes a raiz hebraica yada’ (“conhecer”) é usada nesse capítulo (Jr 9:3, 6, 16, 24), contudo a palavra não se refere à capacidade intelectual de reter informações sobre alguém, mas constitui uma expressão da mais elevada qualidade de relacionamento. O termo é bem ilustrado por seu uso no Antigo Testamento para descrever o mais íntimo relacionamento entre marido e mulher: “Conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim” (Gn 4:1, ARC). Assim, a falta de conhecimento de Deus é falta de relacionamento com Ele. Em contrapartida, o conhecimento de Deus é a única coisa na qual podemos seguramente nos gloriar (Jr 9:24).

Pense nisto: Como conhecer a Deus? De que maneira somos, às vezes, tentados a reduzir nosso conhecimento de Deus a um exercício intelectual, em vez de defini-lo como um relacionamento pessoal?

II. Arrependimento e rejeição (Recapitule com a classe Jeremias 26:1-17 e Atos 17:30.)

Devemos nos lembrar de que o livro de Jeremias não segue uma ordem cronológica. O capítulo 26, que, na verdade, antecede cronologicamente o 25, registra o sermão que o profeta pregou no templo no princípio do reinado de Jeoaquim, ou seja, em algum momento entre 609 e 608 a.C. Ainda havia a possibilidade de que eles se arrependessem e evitassem o exílio, mas o tempo estava se esgotando. O sermão foi uma aplicação prática do que Deus tinha delineado, em teoria, com a ilustração do oleiro, em Jeremias 18.

Talvez “ouçam e se convertam, cada um do seu mau caminho” (Jr 26:3). Contudo, a reação não foi positiva, e Jeremias foi preso e levado ao tribunal. Porém o acusado, de maneira bem semelhante a Estêvão no Novo Testamento (At 7), se tornou o acusador, e os versos 8-16 descrevem um julgamento completo no qual Deus, através de Jeremias, usou outra oportunidade para chamar Seu povo ao arrependimento. Jeremias não estava tão preocupado com a ameaça de sua morte iminente quanto com o destino de seu povo.

Pense nisto: A mensagem de Jeremias foi insuportável para os líderes de Judá. Eles não podiam suportar que o profeta falasse de uma possível destruição de Jerusalém e do templo. Isso não se encaixava na visão de mundo que eles tinham, porque o templo havia se tornado um ídolo e eles achavam que sua mera presença constituísse uma proteção contra Babilônia (Jr 7:4). Da mesma forma, será que há mensagens que não gostamos de ouvir? Quais exemplos podemos dar?

III. Posicionar-se em favor de Deus (Recapitule com a classe Jeremias 26:17-24 e Atos 5:34-41.)

Assim como Gamaliel se levantou em defesa dos apóstolos depois de Pedro ter sido libertado da prisão e retornado ao templo para pregar, Deus suscitou “alguns dentre os anciãos” que defenderam Jeremias e impediram que ele fosse sentenciado à morte. Eles citaram Miqueias 3:12, quase palavra por palavra, o que indica que a mensagem desse profeta, inicialmente proclamada no tempo de Ezequias, cerca de cem anos antes de Jeremias, já havia sido escrita e já era considerada um livro canônico.

As palavras de Miqueias foram ouvidas e atendidas, mas as de Jeremias não foram, o que criou um forte contraste entre o fiel rei Ezequias e o infiel rei Jeoaquim. Contudo, as palavras de Miqueias foram reiteradas com convicção e no momento apropriado, e a terrível situação em que Jeremias se encontrava foi resolvida.

Pense nisto: Tomar o lado de Deus não é algo fácil de se fazer em meio a um ambiente hostil e à pressão do grupo. O que poderia impedir que você fale em favor de Deus?

Aplicação

Para o professor: Podemos defender com convicção apenas alguém ou algo que conhecemos. Conhecer a Deus é um exercício experimental e relacional que conduz para longe de qualquer forma de idolatria. Ao contrário, conduz a fortes convicções bíblicas e a um comportamento eticamente correto. É encorajador para nossa fé o fato de ver que Jeremias não estava completamente sozinho, mas que houve pessoas que o defenderam.

Perguntas para reflexão e aplicação

1. A idolatria subentende sacrifícios aos ídolos que criamos. No antigo Israel, houve até sacrifícios de crianças. Quais são as coisas ou pessoas que somos tentados a sacrificar nos altares deste mundo?

2. Como podemos tornar a mensagem do arrependimento uma parte positiva de nossa experiência cristã e da mensagem de nossa igreja?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: As mídias desempenham um papel central na maioria das sociedades hoje. De celulares e tablets, de computadores e TVs, somos constantemente bombardeados com os ídolos deste mundo. Como cristãos, precisamos avaliar de maneira crítica nosso uso e dependência das mídias.

Atividades individuais e em classe

Encoraje os membros da classe a fazer um jejum de mídias durante um certo período de tempo na próxima semana e a tirar, sempre que possível, um dia (ou outro período de tempo) sem celulares, TVs ou outros aparelhos eletrônicos. Relatem a experiência na classe no próximo sábado.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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[cv_toggle title=”COMENTÁRIO – Márcio Costa / Jader Henrique Garcia Silveira” tags=””]

[disponivel em=”2015-11-06″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 6 de novembro de 2015″]

Quando Jeremias foi chamado para o ministério profético, o reino de Judá buscava retornar aos bons tempos de prosperidade. Mas a guerra, corrupção e colapso político estavam destruindo a nação. Após uma série de pregações “nas cidades de Judá” (Jr 11:6), seus compatriotas tentaram tirar sua vida (Jr 11:21). Após estabelecer morada em Jerusalém para escapar das ameaças, ele sofreu outro atentado. A sua ousada predição, de que o templo ficaria como Siló, enfureceu os sacerdotes e os falsos profetas que, juntamente com o povo, exigiram que Jeremias fosse morto (Jr 26:6-11).

Jeremias foi o profeta da religião sincera. Não há dicotomia entre a vida de Jeremias e seu livro. O que o profeta escreveu, ele viveu, e o que viveu, ele escreveu.

Suas mensagens eram um constante convite para que o povo se distanciasse do que é externo e superficial e se voltasse para o que é interno e verdadeiro. Enfatizava que uma transformação do coração só seria possível por meio do ato criador de Deus (24:7; 31:33-34).

Domingo – Razões para se gloriar

Jeremias, como fiel profeta de Deus, sempre estava empenhado em denunciar o pecado em termos bem claros, mas não deixava de insistir no valor do arrependimento, proclamando de forma incisiva a condescendência e a compaixão de Deus (Jr 3:12). Ele estava empenhado no combate às heresias destruidoras, na pregação do culto interior e puro a Deus, na conduta sincera e na responsabilidade pessoal, mas a série de reformas promulgadas não alterou o espírito decadente da nação.

A experiência de Israel desde os dias do Êxodo estava sendo ligeiramente reavivada, mas a rejeição da verdade estava produzindo a presente condição de decadência. O profeta fez alusão aos flagelos de uma guerra; “Curvam a língua, como se fosse seu arco, para a mentira” (Jr 9:3) e “flecha mortífera é a língua deles” (verso 8), “enviarei a espada” (verso 16), para mostrar a calamidade que se aproximava devido à desobediência às leis de Deus.

Para evitar o pior, Jeremias procurava chamar a atenção do povo para os conselhos de Deuteronômio 11. Ele insistia em dizer que somente a reforma do coração evitaria a condenação, pois seus rituais religiosos haviam se tornado vazios, falsos e não poderiam fazer a expiação do pecado. “Em vão seria a confiança que depositassem no templo e suas atividades. Ritos e cerimônias não podiam expiar o pecado.”1

O arrependimento que o profeta tanto pregava implicava o reconhecimento, ou seja, supunha uma tristeza pelo pecado e o afastamento dele. Em sua proposta, a 1 Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 210. aceitação da influência do Espírito Santo permite que a consciência seja despertada e o pecador começa a discernir a santidade da lei de Deus.

As palavras de Jeremias 9:23, 24 mostram que os motivos pelos quais as pessoas estavam se gloriando de nada valeriam no dia da desolação. Mesmo assim Deus insistia com Seu povo; “o pesar do Senhor por ter que castigar está ali vividamente demonstrado. Ele retém os Seus juízos para que possa apelar com os impenitentes.”2 A despeito da prosperidade, o conhecimento da paz, justiça e bondade de Deus executada na Terra foi recomendada acima de tudo ao servo de Deus (Jr 9: 24), como prática agradável ao Senhor em obediência à Sua vontade.

Segunda-feira – Criaturas ou o Criador

Porque Deus pede que O adoremos? Uma das razões é que Ele é o único ser cuja adoração não nos leva à degeneração. Como humanos, somos os seres criados em posição mais elevada neste planeta. Portanto, nosso planeta não contém nada que possamos adorar e assim promova nosso progresso. Adorar qualquer coisa ou ser da Terra nos leva meramente à própria degradação.3

Em Jeremias 10:1-15 vemos a nulidade dos ídolos feitos pelos homens em contraste com a soberania universal de Deus. Inevitavelmente, os ídolos feitos por mãos humanas não passam de mentiras personificadas. O homem que os faz deseja ver na sua obra uma representação daquele que o criou. Esses objetos, por serem inanimados e sem vida (Jr 10:4, 5) se transformam em deuses imaginários semelhantes àqueles que os adoram. Ao contrário desses objetos, Deus é a verdade personificada, tem vida em Si mesmo, a fonte de Sua existência está em Seu próprio ser e todos os seres viventes vivem “nEle” (Jo 5:26, 14:6, 17:3).

Assim, Jeremias ensinava que a corrupção tem origem em um coração perverso (Jr 17:9), e que, sem um novo coração, novo espírito e novas intenções, o ser humano é incapaz de agir com bondade (Jr 13:23). Tal mudança só é possível por meio do ato criador de Deus (24:7; 31:34). Infelizmente, a desolação do país e o exílio de seus habitantes já haviam começado.

Terça-feira – Um chamado ao arrependimento

Em uma das festas que reuniu adoradores de todas as partes da nação, veio a palavra do Senhor a Jeremias para transmitir uma mensagem de arrependimento e um chamado à obediência. A mensagem era tão séria que foi reforçada pela expressão “não omitas nenhuma palavra sequer” (Jr 26:2). É possível imaginar que a mensagem devia conter algo que Jeremias, em seu íntimo, não queria dizer. A responsabilidade do profeta era ensinar as exigências das leis de Deus ao povo, de maneira que O pudesse compreender claramente. Jeremias declara: “Também, começando de madrugada, vos enviou o Senhor todos os Seus servos, os profetas” (Jr 25:4). Isso significa que a mensagem profética foi apresentada com sinceridade e de forma contínua. Essa é uma expressão peculiar de Jeremias que, a despeito de seus esforços, encontrava um povo que não queria ouvir, não importando quanto Deus falasse. Essa pode ter sido uma das razões da hesitação de Jeremias em proclamar a mensagem. “Clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse” (Pv 1:24).

2 Ibid., p. 213.

3 Timothy R. Jennings, Simples Demais, p. 30.

Por meio de seus próprios esforços, os israelitas haviam procurado ser justos, mas o processo se mostrava inútil. Conhecendo essa tendência do homem de querer resolver tudo a seu modo, o Senhor lhe prometeu uma “nova aliança”, em que o homem não pode chegar à santidade pelo próprio esforço mas por meio da fé no Redentor e Santificador. A ideia-chave do arrependimento é a de voltar atrás, como uma mudança clara de direção, simbolizada em um retorno à fonte da vida e do discernimento moral. Pelo reconhecimento de sua condição pecaminosa (Sl 51:3, 4; Lc 15:18, 19) o transgressor passa a compreender que Deus “é misericordioso, e compassivo […] grande em benignidade” (Jl 2:12, 13).

O resultado prático do afastamento do pecado é o que a Bíblia chama de “frutos dignos do arrependimento” (Lc 3:8; Ez 33:14, 15), envolvendo uma radical e completa transformação da vida. Isso tira o pecador (eu) do centro das decisões e coloca Cristo na posição central. A proposta é que o “eu” morra e Cristo seja o soberano na vida.

Quarta-feira – O chamado para a morte

Os verdadeiros profetas e pregadores da Palavra sempre apresentarão suas mensagens como provenientes de Deus e não de suas próprias ideias ou vontades. As acusações contra Jeremias, de que ele havia afirmado que o templo, o orgulho e a glória dos israelitas (Jr 7:4) sofreria o destino do antigo santuário de Siló, era um pensamento tão insuportável que “todo o povo” (Jr 26:9) se uniu contra o profeta.4 As acusações dos príncipes contra Jeremias tinham por base sua negação da imunidade do templo. Ao declarar que foi o Senhor quem o enviou para proclamar tal mensagem, Jeremias também deixou claro que, se eles se arrependessem e reformassem seus caminhos, Deus em Sua autoridade ainda poderia impedir a destruição que os ameaçava (Jr 26:12, 13).

Quando Jeremias foi confrontado, sua coragem ao dizer: “Estou nas vossas mãos” (v. 14), conquistou o respeito do povo, e os príncipes ficaram a seu favor. Os próprios príncipes arrazoaram com os sacerdotes e falsos profetas para mostrar que as medidas extremas que eles estavam defendendo, de matar Jeremias, seriam muito insensatas. Tivesse o profeta sido intimidado pela ameaçadora atitude dos que estavam em posição de alta autoridade, sua mensagem teria sido sem efeito, e ele teria perdido a vida.5 Assim Deus levantou defensores em favor de Seu servo.

Pela sua fidelidade à Palavra de Deus, Jeremias estava disposto a enfrentar a morte, se preciso fosse, mas não deixaria de transmitir a mensagem que Deus lhe havia confiado, a fim de que Seu povo se arrependesse. Em sua aflição e miséria, quando era tentado a dizer: “Já pereceu a minha força”, lembrava-se de que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim” (Lm 3:18, 22-26).

Quinta-feira – A fuga de Jeremias

O principal vínculo de um profeta com Deus é o amor. Graças à certeza do amor divino, Jeremias permaneceu firme, apesar de suas próprias emoções, medos e o conhecimento de que suas atitude poderiam lhe trazer a morte. O apelo de Jeremias a 4 Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 488. 5 Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 418. “todos os príncipes e todo o povo” (Jr 26:12), levou-os, especialmente os príncipes, a hesitar em derramar sangue inocente de alguém que não falava de si mesmo, mas em nome de Deus.6 Caso a situação ruim se tornasse ainda pior, e a vida do profeta fosse tirada, eles cometeriam um grande mal contra si mesmos, mas graças à repreensão e questionamentos dos “anciãos” (v. 17), puderam usar de sabedoria para não cair nesse grande mal.

Quando os príncipes lembraram aos sacerdotes e profetas como Ezequias tinha dado ouvidos aos conselhos de Miqueias, e toda a nação se arrependeu, evitando um desastre (Jr 26:18, 19), isso abriu caminho para que Jeremias continuasse seu ministério, devido ao grande apoio de Aicão ao profeta.

As reações à mensagem de Jeremias deixam claro que “o plano de Deus não é enviar mensageiros que lisonjeiem e adulem pecadores. Ele não envia mensagens de paz para embalar o pecador não santificado em segurança carnal.”7 O plano divino é que, tendo a consciência acusada e a alma mortificada, nos aprofundemos no senso da necessidade de Deus e possamos exclamar “Que devo fazer para que seja salvo?” (At 16:30). A Mão que permite que o castigo caia sobre Seu povo em consequência de suas próprias escolhas é a mesma que ergue o penitente e o abatido.

Apresentação do autor dos comentários:

Márcio Costa: mdcosta@gmail.com

Pr. Marcio Costa é PhD em teologia histórica pela Andrews University e atualmente é o coordenador acadêmico do curso de teologia do SALT-IAP em Maringá, PR. Iniciou sua carreira academica no UNASP C1 e após aprofundar seus estudos retornou ao Brasil para atuar como professor e coordenador do curso de teologia da FAAMA em Belém, PA. Pr Marcio também atuou como pastor distrital nos EUA e também no norte do Brasil. Possui grande interesse na área de doutrinas e estilo de vida adventista onde tem desenvolvido pesquisas em liberdade religiosa e tem trabalhado na produção acadêmica para breve publicação. É natural da região de São José do Rio Preto – SP, seu ministério é desenvolvido com o auxilio de sua esposa Jane Vianel da Costa e suas duas filhas Stephanie e Giovanna Costa.

Participantes Especiais – Estudantes de Teologia

Ademar Antunes do Amaral (2º ano de Teologia)

Nascimento: Sarandi – RS

Idade: 31 anos

Estado Civil: Casado

 

Jader Henrique Garcia Silveira (2º ano de Teologia)

Local de Nascimento: São Paulo, SP.

Idade : 28

Estado civil: Solteiro

 

Jhonatan da Silva Moraes (1º ano de Teologia)

Nascimento: Quixadá – CE

Idade: 28 anos

Estado Civil: Casado

 

João Paulo Rodrigues Bittencourt Aranega (1º ano de Teologia)

Nascimento: Astorga-PR

Idade: 27 anos

Estado Civil: Casado

 

Laércio Marafigo (2º ano de Teologia)

Nascimento: Benedito Novo – SC

Idade: 30 anos

Est Civil: Casado

 

Tefferson Caetano Batista Diniz (2º ano de Teologia)

Nascimento: Niterói RJ

Idade: 27 anos

Estado Civil: Casado

 

Vitor Correia Deucher (1º ano de Teologia)

Nascimento: Brusque – SC

Idade: 19 anos

Estado Civil: Solteiro

 

Vitor Hugo Congeski Nunes (2º ano de Teologia)

Nascimento: Maringá – PR

Idade: 25 anos

Estado Civil: Casado

 

Revisão: Josiéli Nóbrega

Sugestões e dúvidas devem ser encaminhadas ao editor responsável: andre.oliveira@cpb.com.br

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A crise continua

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Comentário 05 – WORD / PDF

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