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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: 1Co 1–4)” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-20″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 20 de novembro de 2015″]
VERSO PARA MEMORIZAR: “Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-Me” (Lc 9:23).
Leituras da Semana: Jr 16:1-13; Os 1:1-3; Jr 27:1-18; Dn 4:25; Jr 28; 2Tm 4:3, 4
Como já vimos, os profetas de Deus pregavam não apenas pelas palavras, mas também por meio de lições objetivas. Às vezes tinham que representar na prática as próprias mensagens; era outra forma de fazer com que as pessoas as entendessem.
Assim, Jeremias foi chamado a “representar” as palavras que iria dizer. Primeiro, teve que usar um jugo de madeira. “Assim me ordenou o Senhor: ‘Faça para você um jugo com cordas e madeira e ponha-o sobre o pescoço’” (Jr 27:2, NVI). Isso teria sido uma tarefa incômoda, mesmo na melhor das circunstâncias; nesse caso, tornou-se mais difícil, porque um falso profeta questionou o que Jeremias disse. Nesta semana poderemos ver, de maneira dramática, a verdade e o erro lutando pelo coração e pela mente das pessoas. Além disso, veremos como uma mensagem de graça também pode ser uma falsa mensagem.
Jeremias também foi proibido de lamentar quando outros estivessem lamentando, e de se alegrar quando outros estivessem se alegrando.
Nesses casos, o objetivo era ajudar as pessoas a compreender o que aconteceria por causa dos seus pecados e, assim, se arrepender e obedecer, diminuindo as tristes consequências de seus atos pecaminosos.
Hoje começa o evangelismo de colheita em todo o Brasil. Convide amigos e se envolva. Ore pelo milagre da decisão no coração das pessoas.
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[cv_toggle title=”DOMINGO – Uma vida solitária (Ano Bíblico: 1Co 5–7)” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-22″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 22 de novembro de 2015″]
Não há dúvida de que Jeremias não teve uma vida cheia de facilidades. Ele seria o primeiro a admitir isso. Porém, as coisas foram ainda mais difíceis do que poderíamos ter imaginado.
1. Leia Jeremias 16:1-13. Qual foi a mensagem do Senhor ao profeta? Embora fosse uma mensagem dura, de que forma ela seria uma bênção para ele? Compare com Oseias 1:1-3
Em contraste com Oseias, que devia se casar com uma prostituta para mostrar o quanto o relacionamento entre o Senhor e Israel se havia corrompido, devido à prostituição espiritual da nação, Jeremias devia se abster totalmente de se casar e ter filhos. Isso era algo raro e drástico para aquele tempo e aquela cultura. Em Israel, formar uma família era muito importante para todo jovem. Além do amor e do companheirismo entre os cônjuges, também era importante dar continuidade ao nome da família. Por que Deus proibiu Jeremias de formar família? Para que sua própria vida fosse uma lição objetiva sobre o terrível tempo em que as famílias se dissolveriam e a dor da separação se tornaria um pesado fardo para os sobreviventes. A ausência da vida familiar de Jeremias seria uma constante advertência e lição para seus contemporâneos.
O destino solitário de Jeremias se estendeu também para outras áreas. Ele foi proibido de entrar numa casa em que houvesse luto. Isso simbolizaria a atitude do Senhor a respeito da relutância deles em responder aos Seus chamados para que se arrependessem e experimentassem um reavivamento.
Além dos momentos de luto, ele também não devia se unir às festas de alegria e celebração deles. Isso devia simbolizar o momento futuro em que os babilônios poriam fim a toda sua alegria e regozijo.
Dessa forma, seriam negados a Jeremias os laços humanos que se formam tanto no luto quanto na alegria. Sua vida e as tristezas que a acompanhariam deveriam ser lições objetivas. Se pelo menos a nação aprendesse com essas coisas!
Como esse relato nos ajuda a apreciar o apoio humano que gostamos de receber dos outros, ou que damos a eles? Embora esse apoio seja importante, temos aprendido a buscar o Senhor como nosso maior apoio?
Hoje é dia de orar e buscar um amigo para mais uma noite de evangelismo.
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[cv_toggle title=”SEGUNDA – O jugo de Jeremias (Ano Bíblico: 1Co 8–10)” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-23″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 23 de novembro de 2015″]
2. Leia Jeremias 27:1-18. Qual é a mensagem do Senhor para as pessoas? Por que, para muitos, essa mensagem pareceria uma traição?
O jugo que Jeremias tinha que colocar em seu corpo era um sinal inequívoco da humilhação que a nação sofria, por causa da ocupação realizada pelos exércitos inimigos. Em Deuteronômio 28:48 e em 1 Reis 12:4, a ideia de um jugo aparece como uma expressão de opressão. Jeremias tinha que experimentar fisicamente o que significava a invasão babilônica. O jugo de madeira que ele colocou nos braços e nos ombros tinha um metro e meio de comprimento e oito centímetros de espessura. A essência de sua mensagem era que, se um país se revoltasse contra Babilônia, o Senhor consideraria que esse país havia se revoltado contra Ele. Como resultado, esses rebeldes sofreriam. Embora haja certa ambiguidade nos textos, parece que Jeremias não teve que fazer um jugo só para si mesmo, mas também para os enviados de países estrangeiros que tinham ido a Jerusalém e estavam tramando contra Nabucodonosor, apesar das advertências do Senhor para que não fizessem isso. A reação natural seria lutar contra um invasor estrangeiro, e era isso que eles queriam fazer. Sem dúvida, portanto, as palavras de Jeremias não foram bem recebidas.
3. O que é especialmente importante na mensagem de Jeremias 27:5? Ver também Daniel 4:25
Nesse texto, e ao longo de toda a Bíblia, o Criador é soberano sobre toda a Terra. Mesmo em meio ao que parecia ser um caos e uma catástrofe (a invasão e o domínio por parte de uma nação pagã), o poder e a autoridade de Deus foram revelados, e isso devia ser uma fonte de esperança para qualquer um que fizesse parte do remanescente fiel.
Uma coisa é estar sob um jugo de escravidão. Outra coisa é colocar uma pessoa sob um jugo injusto. Você já fez isso? O que deve fazer para remover esse jugo?
Ore e prepare o coração do seu amigo para mais uma mensagem de esperança no evangelismo.
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[cv_toggle title=”TERÇA – Guerra dos profetas (Ano Bíblico: 1Co 11–13)” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-24″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 24 de novembro de 2015″]
Uma notícia ruim é uma notícia ruim, e muitas vezes não queremos ouvi-la, ou então queremos descartá-la, racionalizando-a. Esse foi o caso em Judá, com Jeremias e com o jugo que ele carregava, que constituía uma mensagem inequívoca de advertência ao povo. “O assombro do concílio de nações reunido não teve limites quando Jeremias, levando o jugo da sujeição em torno de seu pescoço, fez-lhes conhecida a vontade de Deus” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 444).
4. Leia Jeremias 28:1-9. Imagine que você habitasse na Judeia e presenciasse o duelo dos profetas. Em quem acreditaria? Em quem desejaria acreditar? Teria razão para acreditar em Hananias?
Jeremias ergueu a voz em nome de Deus, e Hananias também falou em nome de Deus. Mas quem estava falando como porta-voz de Deus? Não poderiam ser os dois! Para nós, hoje, a resposta é óbvia. Para alguém daquela época pode ter sido mais difícil, embora Jeremias tivesse apresentado um argumento convincente nos versos 8 e 9: os profetas do passado pregaram a mesma mensagem que eu estou pregando, ou seja, de juízo e destruição. “Na presença dos sacerdotes e do povo, Jeremias suplicou fervorosamente que se submetessem ao rei de Babilônia pelo tempo que o Senhor havia especificado. Ele mencionou aos homens de Judá as profecias de Oseias, Habacuque, Sofonias e outros, cujas mensagens de reprovação e advertência haviam sido semelhantes às dele. Referiu-lhes os eventos ocorridos em cumprimento das profecias de retribuição pelos pecados dos quais não houve arrependimento. No passado os juízos de Deus tinham sido derramados sobre os impenitentes em exato cumprimento de Seu propósito conforme revelado por meio de Seus mensageiros” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 445).
Em resumo, assim como hoje devemos aprender lições da história sagrada, Jeremias estava procurando fazer com que as pessoas, em sua época, fizessem a mesma coisa: aprender com o passado, para não cometer os mesmos erros que seus antepassados haviam cometido. Se antes já era difícil que o povo ouvisse, então, com o “ministério” de Hananias se opondo ao dele, a tarefa de Jeremias se tornaria muito mais difícil.
Hananias, cujo nome significa “Deus tem sido gracioso”, parecia estar apresentando uma mensagem de graça, perdão e salvação. Que lições devemos aprender com esse falso pregador da graça?
No próximo sábado haverá batismo. Quantos amigos estão se preparando para o batismo em sua igreja?
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[cv_toggle title=”QUARTA – O jugo de ferro (Ano Bíblico: 1Co 14–16)” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-25″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2015″]
O embate entre os profetas não foi só de palavras, mas também de atos. Em obediência à ordem de Deus, Jeremias colocou o jugo de madeira sobre o pescoço; esse era um símbolo claro da mensagem que ele havia apresentado ao povo.
5. Qual era o simbolismo profético do ato de Hananias? Jr 28:1-11
Imagine que alguém tivesse ouvido Jesus amaldiçoando a figueira, soubesse o que tinha acontecido (Mc 11:13, 19-21), e depois plantasse uma nova figueira no mesmo lugar, para tentar refutar a profecia que Jesus havia feito. Foi isso que Hananias fez com Jeremias e com a profecia apresentada no símbolo do jugo ao redor do seu pescoço. Seu gesto foi um ato de aberto desafio ao que Jeremias havia dito.
Note, igualmente, a reação de Jeremias. A passagem não registra nada que ele tenha dito logo depois que o jugo foi quebrado. Ele simplesmente virou as costas e saiu. Se a história terminasse aqui, teria parecido que o profeta se havia retirado por ter sido derrotado.
6. Leia Jeremias 28:12-14. O que aconteceu em seguida? Qual foi a nova mensagem de Jeremias?
A resposta de Jeremias não foi vingativa, do tipo: “Você fez isso comigo, então vou fazer isso com você.” Não! Foi outra clara mensagem do Senhor, porém ainda mais forte que a anterior. Alguém teria sido capaz de quebrar um jugo de madeira, mas quem conseguiria quebrar um jugo de ferro? Em certo sentido, o que o Senhor disse para eles foi que, por sua obstinação e recusa em obedecer, estavam apenas tornando piores as coisas. “Se vocês achavam que um jugo de madeira era ruim, experimentem um de ferro.”
Você já teve que aprender, de forma dolorosa, que a obstinação só torna mais difíceis as coisas? Por que é melhor se submeter imediatamente ao Senhor, em vez de lutar contra Ele?
Faça do batismo desta semana uma festa espiritual de gratidão e louvor a Deus. Receba as pessoas com muito amor e carinho.
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[cv_toggle title=”QUINTA – Confiando em mentiras (Ano Bíblico: 2Co 1–4)” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-26″ ate=”2015-12-12″ mensagem=”Disponível a partir de 26 de novembro de 2015″]
“Escute, Hananias! O Senhor não o enviou, mas assim mesmo você persuadiu esta nação a confiar em mentiras” (Jr 28:15, NVI).
Logo veio a resposta sobre quem estava certo, entre Jeremias e Hananias. Jeremias 28:16, 17 narra o fim do falso profeta, que foi exatamente o que o verdadeiro disse que seria.
Embora Hananias tenha morrido, já havia causado dano à nação. Suas obras, em certo sentido, o seguiram. Ele fez o povo “confiar em mentiras”. O verbo hebraico é hifil, uma forma causativa do verbo “confiar”. Ele fez o povo confiar em mentiras, não no sentido de forçá-los fisicamente a fazer isso, mas por meio do engano. Embora o Senhor não o tivesse enviado, ele falou em nome do Senhor, o que tinha um peso muito grande em Judá. Além disso, a mensagem de “graça”, “livramento” e “redenção” dada por Hananias certamente era algo que o povo desejava ouvir, considerando a grande ameaça que Babilônia representava para a nação. Porém, aquele era um falso “evangelho”, uma falsa mensagem de salvação que o Senhor não havia concedido ao povo. Portanto, num tempo em que as pessoas precisavam ouvir as palavras de Jeremias e a mensagem de redenção que ele trazia, deram ouvidos às palavras de Hananias, e isso só tornou a miséria delas ainda pior.
7. O que os versos seguintes têm em comum com Jeremias 28:15? 2Tm 4:3, 4 e 2Ts 2:10-12
As coisas não são diferentes hoje: estamos num grande conflito, numa batalha pela posse do coração e da mente de bilhões de pessoas no mundo. Satanás está trabalhando intensamente para levar o maior número possível de pessoas a “confiar em mentiras”, e essas mentiras podem vir em muitos disfarces e formas, embora sejam sempre mentiras. Pelo fato de Jesus ter dito “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6), as mentiras de Satanás podem ser a respeito de qualquer coisa, desde que não contenham a verdade.
Faça do batismo desta semana uma festa espiritual de gratidão e louvor a Deus. Receba as pessoas com muito amor e carinho.
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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: At 22, 23)” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-27″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 27 de novembro de 2015″]
Estudo adicional
As pessoas querem acreditar somente em boas notícias. Nos dias de Jeremias, elas preferiam acreditar na mensagem de Hananias. Hoje acontece a mesma coisa. Muitos dizem que nosso mundo vai melhorar. Porém, até o ateu Terry Eagleton percebe que essa ideia é absurda: “Se já houve um mito ilusório e uma superstição crédula, é a crença liberal e racionalista de que, à parte de algumas pequenas dificuldades, estamos avançando firmemente rumo a um mundo melhor. Esse frágil triunfalismo é um legado da época clássica do liberalismo, na qual a estrela da classe média estava em ascendência. Hoje, ele se encontra lado a lado com o cinismo, ceticismo ou niilismo nos quais grande parte daquela honrosa linhagem se degenerou” (Reason, Faith and Revolution: Reflections on the God Debate [Razão, Fé e Revolução: Reflexões a Respeito do Debate sobre Deus], p. 70, edição para Kindle). Embora alguns aspectos da vida tenham melhorado, nosso mundo oferece pouca esperança e consolo, especialmente a longo prazo. Qualquer esperança real tem que estar em algo divino, sobrenatural. Sem isso, o que temos, a não ser simplesmente mais Hananias, com suas mentiras?
Perguntas para reflexão
1. O futuro parece esperançoso e promissor, ou assustador, perigoso e cheio de incertezas?
2. A mensagem de Jeremias, como vimos no contexto das mentiras de Hananias, era olhar para o passado, para a história, e aprender com eles. Ellen G. White escreveu: “Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que nos esqueçamos da maneira pela qual o Senhor nos tem guiado e dos ensinos que nos ministrou em nossa história passada” (Life Sketches, p. 196). O que ela quis dizer com isso? O que aconteceu em nosso passado, e o que Deus nos ensinou nele, que pode nos ajudar a estar preparados para o que virá no futuro?
3. Hananias deu uma falsa mensagem de graça. Quais são as falsas mensagens de graça hoje, contra as quais precisamos nos guardar?
Respostas sugestivas: 1. Jeremias não devia se casar nem ter filhos naquela terra; não devia entrar em casas em que houvesse luto nem em casas em que houvesse banquetes, pois não devia criar laços ali. Essa mensagem acabaria sendo uma bênção para ele porque, numa época de calamidade como a que estava sendo predita, contrair matrimônio só traria mais sofrimento ao profeta, que talvez tivesse que se separar de seus familiares ou vê-los morrer. 2. Jeremias disse a Judá, bem como a outras nações, que deviam se submeter ao jugo de Babilônia, e que se alguma nação não se sujeitasse a Nabucodonosor, por meio dele Deus a destruiria. Dizer que o país devia se render em vez de lutar certamente pareceria uma traição. 3. Deus é o dono de toda a Terra e domina sobre os reinos dos homens. 4. A tentação para crer na mentira foi e ainda é muito forte. Embora a tendência fosse acreditar em Hananias, a mensagem de Jeremias era a verdadeira, porque ninguém proferiria uma mensagem impopular, que desagradasse as pessoas, se não tivesse forte razão para tanto. Além disso, os profetas do passado haviam pregado essa mensagem que ele estava pregando. 5. Ele estava desafiando o que Jeremias havia dito 6. Deus ordenou que Jeremias fizesse um jugo de ferro e fosse dizer a Hananias que ele havia quebrado um jugo de madeira, mas que Deus poria um jugo de ferro sobre as nações. 7. Jeremias disse que Hananias fez com que o povo confiasse em mentiras. Os outros textos falam sobre pessoas que se recusariam a dar ouvidos à verdade e se entregariam às fábulas; falam também de pessoas que não dão crédito à verdade, mas se deleitam com a injustiça.
Entre em contato com seu amigo e conte que você orou por ele. Convide-o a ir ao evangelismo nesta noite.
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[cv_toggle title=”AUXILIAR” tags=””]
[disponivel em=”2015-10-20″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 20 de novembro de 2015″]
Texto-Chave: Jeremias 28:1-17; 2 Timóteo 4:3, 4
O aluno deverá:
Conhecer: A diferença entre a profecia verdadeira e a falsa, e saber como os seres humanos tendem a ouvir apenas o que gostariam de ouvir.
Sentir: Um pouco da solidão que Jeremias experimentou como consequência da constante oposição à mensagem que Deus lhe deu.
Fazer: Decidir ouvir a mensagem de Deus e obedecer, mesmo que ela não seja, necessariamente, o que gostaríamos de ouvir.
Esboço
I. Conhecer: A verdadeira e a falsa profecia
A. Quais são alguns dos indicadores que nos ajudam a diferenciar entre a profecia verdadeira e a falsa?
B. Por que é mais fácil aceitar uma mensagem mais agradável aos nossos ouvidos? Será que todas as mensagens difíceis são automaticamente verdadeiras?
II. Sentir: A solidão de Jeremias
A. Foi justo Deus ter pedido a Jeremias que permanecesse solteiro e que se abstivesse do luto e da alegria? Por quê?
B. Até onde deve ir nosso envolvimento na obra de Deus, no contexto da vida pessoal e nos nossos relacionamentos familiares?
III. Fazer: Seguir a sã doutrina
A. Por que é necessário seguir a sã doutrina na época em que estamos vivendo?
B. Que tipo de mensagem proclamamos a outros? Se é um evangelho atenuado, e voltado para o que as pessoas gostariam de ouvir, como podemos passar a transmitir (com amor) uma mensagem que não é tão popular?
Resumo: Jeremias representou sua mensagem de maneira muito pessoal, e, às vezes, talvez, pessoal demais para nosso gosto, já que ele teve que se abster de muitas interações sociais. Mas tudo isso comunicou uma mensagem poderosa. Mesmo que tenha havido muita resistência contra ela, no fim ficou evidente que aquela era a mensagem de Deus.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Jeremias 16:1-13 e Oseias 1:1-3
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A vida pessoal dos profetas do Antigo Testamento estava, muitas vezes, entrelaçada com a mensagem que eles pregavam. Embora Deus talvez não nos peça que casemos com uma prostituta, como no caso de Oseias, ou que nunca nos casemos, e que não choremos pelos mortos nem nos alegremos, como no caso de Jeremias, é bem possível que Deus nos peça que façamos coisas que nos tirem de nossa zona de conforto. Precisamos estar prontos para isso.
Para o professor: Até que ponto Deus pode pedir nosso envolvimento pessoal quando O seguimos? É difícil ver uma diferença marcante entre a pessoa dos profetas do Antigo Testamento e a mensagem que transmitiam. Tanto Oseias quanto Jeremias constituem exemplos solenes de quanto a vida pessoal do profeta pode ser absorvida por sua mensagem. Oseias, por um lado, recebeu de Deus a ordem de se casar com uma prostituta, enquanto Jeremias, por instrução de Deus, teve que se abster do casamento por toda a vida (o texto hebraico de Jeremias 16:2 é claro sobre isso); ele também foi impedido de entrar numa casa onde houvesse luto ou de participar de qualquer ocasião festiva.
Tudo isso serviu para ilustrar dramaticamente a mensagem de Deus a Seu povo, e para fazer com que voltassem para Ele e se arrependessem. Em determinados momentos, a vida deve ter sido muito solitária para Jeremias. Por outro lado, às vezes nos sentimos muito desconfortáveis quando Deus nos pede que façamos algo além da frequência à igreja aos sábados.
Discussão de abertura
Tiago e Ellen G. White tiveram quatro filhos. Edson e William se tornaram ministros adventistas. Herbert morreu quando criança. A curta vida de Henry, que morreu aos 16 anos, ilustra quanto o ministério de Ellen G. White impactou também sua vida familiar.
Tendo nascido em 1847, Henry contraiu pneumonia com apenas quatro meses de idade. Através das fervorosas orações de seus pais, ele se recuperou miraculosamente. Com um ano de idade foi confiado aos cuidados de Frances Howland, por cinco anos, enquanto Ellen e Tiago viajavam e ministravam no leste dos Estados Unidos.
Deixar o filho aos cuidados de bons amigos foi uma decisão difícil para Ellen. Na verdade, ela chamou isso de “o maior sacrifício” que teve que fazer em seu ministério. Ela sofreu como Jeremias.
No início de dezembro de 1863, Ellen e Tiago, enquanto viajavam, haviam sentido um impulso para terminar sua viagem mais cedo e voltar para seus três filhos, que haviam ficado, uma vez mais, com os Howland, em Topsham, Maine. Henry adoeceu apenas quatro dias depois e morreu em 8 de dezembro. Foi um duro golpe para a família, e Ellen declarou como desejava ter passado mais tempo com seus filhos (ver Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 101-103).
Que sacrifícios Deus já pediu de você por amor ao Seu chamado?
Compreensão
Para o professor: “Coceira nos ouvidos” é uma metáfora adequada para expressar a tendência humana de criar uma realidade mais agradável do que aquela que não queremos enfrentar. A sã doutrina é contrastada com uma mensagem que satisfaz os desejos humanos mas não muda o comportamento pecaminoso. Estude com a classe o contraste entre essas duas mensagens e o que faz as pessoas preferirem uma à outra (ver 2Tm 4:3, 4).
Comentário Bíblico
Madeira versus ferro. O jugo que Jeremias devia usar foi feito de madeira, material forte mas não necessariamente tão duradouro quanto o ferro. As escavações arqueológicas raramente descobrem restos de objetos feitos de madeira. Como é um material orgânico, ele apodrece e se desintegra.
O ferro, por outro lado, tem propriedades muito mais duráveis, e, também, muito mais desconfortáveis. A mudança de um jugo de madeira para um de ferro em resposta à mensagem enganosa dos falsos profetas traz uma forte advertência: não devemos considerar levianamente as mensagens de Deus.
I. O jugo de madeira (Recapitule com a classe Jeremias 27:1-18.)
O ato simbólico do jugo de madeira, em Jeremias 27, tem um tom universal, uma vez que o profeta tinha sido chamado inicialmente para ser “profeta às nações” (Jr 1:5). A mensagem foi dada pela primeira vez no tempo do rei Jeoaquim, entre 609 e 605 a.C., e depois novamente no tempo de Zedequias, em torno de 594 a.C., ou pouco antes. A mensagem de Jeremias era dirigida a três diferentes públicos: aos reis de Edom, Moabe, Amom, Tiro e Sidom, todas elas nações hostis que circundavam Judá (Jr 27:1-11); ao rei Zedequias (v. 12-15); aos sacerdotes e ao povo (v. 16-18). As três mensagens tinham em comum uma advertência quase idêntica contra os falsos profetas (v. 9, 14 e 16), o que indica que havia uma luta contínua entre as profecias verdadeiras e as falsas.
A mensagem em si era simples e clara: sirvam ao rei de Babilônia e vocês viverão (v. 11, 12 e 17). O jugo simbolizava o domínio babilônico, e servir a Babilônia era um ato de obediência a Deus. Contudo, ao mesmo tempo, Deus deixou claro que a vez de Babilônia também chegaria (v. 7: “até que também chegue a vez da sua própria terra”). Havia um limite para o exílio e, por isso, o jugo de madeira. Na verdade, se Judá tivesse servido Nabucodonosor e se Zedequias não tivesse se rebelado contra ele, Jerusalém teria sido poupada (v. 17).
Pense nisto: Deus puniu Judá por causa de sua contínua rebelião, mas então eles se rebelaram até contra a punição. Por que é tão difícil aceitar a disciplina?
II. Profecias enganosas (Recapitule com a classe Jeremias 28:1-11 e 2 Timóteo 4:3, 4.)
O problema dos falsos profetas deve ter sido um desafio permanente para o ministério de Jeremias. A crise veio quando o falso profeta Hananias, em resposta direta à mensagem de Jeremias sobre o jugo de madeira, no capítulo 27, negou claramente o que o profeta de Deus havia dito.
Hananias usou a mesma fórmula introdutória que Jeremias (v. 2: “Assim fala o Senhor”) e o mesmo tempo perfeito usado em profecias (“Quebrei o jugo”), como se o cumprimento da profecia fosse tão seguro que a ação foi descrita como se já tivesse sido completada. Além disso, ele marcou datas definidas (v. 3: “Dentro de dois anos”) e se referiu a nomes definidos (v. 4: “Jeconias”, outro nome para Joaquim). Durante esse tempo, Nabucodonosor estava apaziguando uma revolta interna, o que talvez tenha proporcionado a coragem necessária para a comunicação da profecia de Hananias.
O interessante é que a resposta de Jeremias foi um simples “amém”. Ele não se defendeu, mas simplesmente indicou o contraste entre as mensagens populares e as mensagens difíceis, sendo que, historicamente, as últimas é que haviam se demonstrado verdadeiras. Somente a História poderia provar qual dessas duas mensagens era correta (ver Dt 18:20-22).
O falso profeta respondeu encenando outro ato simbólico: tirou o jugo de madeira de Jeremias e o quebrou. Nada seria mais impressivo nem demonstraria mais autoridade. As semelhanças entre a profecia verdadeira e a falsa eram fortíssimas. As pessoas tinham ouvido o que queriam ouvir, e Jeremias simplesmente virou as costas e saiu silenciosamente. Essa pode ter sido a causa da subsequente rebelião de Zedequias contra Babilônia, que acabou ocasionando a destruição de Jerusalém.
Pense nisto: Como podemos diferenciar entre a verdade e o erro, especialmente quando ambos são muito semelhantes?
III. O jugo de ferro (Recapitule com a classe Jeremias 28:12-17.)
Jeremias voltou, não por conta própria, mas com uma mensagem de Deus. Sua mensagem era dupla. O jugo de madeira quebrado seria substituído por um jugo de ferro, que não podia ser quebrado, indicando que Judá não mais conseguiria escapar da destruição babilônica e que as coisas seriam muito mais duras dali em diante, assim como o ferro é mais duro que a madeira. A segunda parte da mensagem foi dirigida contra Hananias e predizia sua morte, que veio rapidamente, dois meses depois. A rebelião contra Deus e Seu profeta teve um preço. O que ocorreu foi uma triste confirmação da mensagem de Jeremias.
Pense nisto: Às vezes, é melhor permanecer em silêncio (como Jeremias fez) do que se defender. Como podemos saber quando e como agir?
Aplicação
Para o professor: As histórias dos jugos de madeira e de ferro são solenes, levando-se em consideração que elas terminaram com a morte do falso profeta. As narrativas falam sobre rebelião e falta de submissão. Precisamos aprender a nos submeter quando for hora de nos submetermos, e a nos mantermos firmes quando for hora de resistir.
Perguntas para reflexão e aplicação
1. O que a submissão à vontade de Deus significa para você?
2. Pense por um momento em sua igreja. Que tipo de mensagem ela está pregando em sua comunidade? Essa mensagem é popular ou impopular? E o mais importante, ela é a mensagem de Deus?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: A madeira e o ferro estão no centro do estudo da lição desta semana.
Atividades individuais e em classe
1. Leve para a igreja um pedaço de madeira (ou mesmo uma canga de madeira) e um pedaço de ferro (talvez uma ferramenta de jardinagem ou agricultura) e pensem juntos sobre as propriedades de cada objeto, bem como em suas vantagens e desvantagens. Se você não conseguir os objetos, faça a discussão sem auxílios visuais.
2. Preparem e apresentem para a igreja uma peça em que vocês representem o diálogo entre o profeta verdadeiro (Jeremias) e o falso (Hananias), que se encontra em Jeremias 28.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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[cv_toggle title=”COMENTÁRIO – Márcio Costa / João Paulo Rodrigues Bittencourt Aranega” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-20″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 20 de novembro de 2015″]
Os que desejam servir a Deus precisam abdicar de seus interesses pessoais. Com os profetas não foi diferente. Eles tiveram que deixar de lado tudo que tirasse o foco da missão que lhes foi designada.
Jeremias abriu mão de muitas coisas. Deus pediu que ele tivesse uma vida solitária e enfrentasse perseguições, zombarias e até mesmo açoites. O profeta deveria viver em conformidade com a urgência da mensagem que pregava, com o intuito de atrair a atenção das pessoas e promover um profundo exame de coração, a fim de que elas se voltassem para Deus. Para que o Senhor atingisse Seus objetivos, Ele pediu a Jeremias que deixasse de lado o matrimônio, as festas, o luto e que usasse um jugo de madeira em seus ombros. Cada ato simbólico tinha a finalidade de sensibilizar os judeus e as nações vizinhas, para que mudassem de atitude e não sofressem a ira de Deus. Jeremias deveria anunciar não somente as palavras do Senhor, mas viver a mensagem que pregava.
Domingo – Uma vida solitária
Embora a missão designada a Jeremias não fosse fácil, não foi por acaso que ele foi escolhido por Deus para essa tarefa: Sendo Jeremias ainda jovem, Deus viu nele “alguém que seria fiel a seu encargo, e que permaneceria pelo direito contra grande oposição”.[1]
O profeta recebeu um chamado para viver de uma maneira que revelasse o juízo iminente. Cada dia deveria ser vivido com a atitude de quem esperava ver seu país destruído em pouco tempo. Com uma perspectiva triste acerca dos acontecimentos futuros, ele deveria se abster do matrimônio, algo totalmente fora do comum e desagradável para a época, “sendo a única proibição deste gênero mencionada em todo o Antigo Testamento”[2]. Havia igualmente a proibição de lamentar os mortos, participar de funerais, banquetes e festas, pois a dor, a morte e o exílio, que em breve assolariam o reino de Judá, seriam maiores do que qualquer pranto. A ocasião não era para festas, mas para o mais profundo autoexame e arrependimento.
Fazer o trabalho de Deus muitas vezes requer sacrifícios pessoais. Deus pediu a Jeremias que fizesse coisas incomuns em sua época. Essa foi a maneira encontrada pelo Senhor para chamar a atenção das pessoas indiferentes à Sua mensagem. O mensageiro deveria viver o que pregava; seu exemplo deveria ser uma advertência diária à nação. Mas aqui o profeta não estava preocupado com o presente, com suas emoções e felicidade transitória, pois ele tinha a plena consciência da mensagem revelada por Deus e seu maior desejo era alertar seu povo.
A exemplo de Jeremias, somos chamados a ser um povo separado e que vive a mensagem que prega, para que essa mensagem atinja o coração das pessoas ao redor: “O Senhor nos tornou depositários de Sua lei; Ele confiou-nos a sagrada e eterna verdade, que deve ser transmitida a outros em fiéis advertências, repreensões e encorajamento”[3]
Segunda – O jugo de Jeremias
O jugo (canga, canzis) era uma peça de madeira empregada para atrelar bois à carroça ou ao arado. Também caracterizava a ideia de domínio ou sujeição. Nesse caso em especial, simbolizava a submissão dos judeus ao domínio babilônico. “Aparecendo daquela forma como se fosse um escravo preso em correias ou um animal de carga sob um jugo, Jeremias atrairia a atenção de todos, o que não seria feito apenas com palavras.”[4] As palavras do profeta não eram somente sobre uma profecia de tempo futuro, mas também presente, pois Deus já havia entregado o povo judeu ao domínio de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Era propósito divino que as nações servissem a Babilônia e a seus descendentes até a terceira geração (Jr 27:7). Não havia nada a ser feito e a melhor opção seria aceitar pacificamente. Como um animal que, subjugado por seu dono, não é castigado quando obedece, mas recebe alimento e cuidados. Isso também deveria acontecer com os judeus. Mas isso era contrário às inclinações do povo de Judá.
O rei Zedequias, embora tenha sido colocado no trono por Nabucodonosor, conspirou contra ele. Jeremias aconselhou os reis estrangeiros e Zedequias a desistirem dessa rebelião, pois não havia esperança de sucesso para eles. Essa crise nacional fez surgir uma multidão de charlatões religiosos (adivinhos, sonhadores, encantadores e agoureiros). O povo desesperado, ao que parece, aceitou-os de todo o coração. Diziam ao povo o que ele queria ouvir: “Paz, paz” (Jr 6:14). Esses “profetas”, em Israel e em outros países vizinhos, viram nesses eventos uma esperança de não pagar tributo a Babilônia, ao não se submeterem ao jugo. Por isso, incentivaram a rebelião.
O povo de Judá se negou a ouvir a voz do Espírito Santo, endurecendo o coração. O Senhor lhe permitiu que fosse levado cativo para que se voltasse dos seus maus caminhos: “Recusando a verdade, aceitaram a falsidade, a qual se tornara um laço para sua própria destruição”.[5] Jeremias predisse os setenta anos de cativeiro cerca de vinte anos antes de seu começo. (Jr 25:11-12) Deus deu ao povo o privilégio de conhecer essa profecia e apelou ao povo para que aceitasse Seu auxílio e repreensão, mas a nação recusou a mensagem divina. “A ira de Deus não foi meramente declarada contra os homens devido aos pecados que cometeram, mas por terem preferido continuar num estado de resistência e porque, embora tivessem luz e conhecimento, repetiram seus pecados do passado”.[6]
Terça – Guerra dos profetas
Os profetas Jeremias e Hananias falavam em nome do Senhor, porém representavam dois pontos de vista antagônicos. Jeremias declarava a profecia do outro como falsa esperança, enquanto Hananias profetizava paz e prosperidade. A grande questão na mente dos ouvintes certamente devia ser: Quem é o falso profeta e qual é o critério para identificá-lo? (Jr 23:9-32).
Hananias apoiava o partido de resistência, que procurava formar uma aliança com as nações vizinhas contra a Babilônia. Ele parece ter sido um dos maiores opositores de Jeremias. “Por ser originário da cidade de Gibeão, uma das cidades dos sacerdotes, como Anatote, cidade natal de Jeremias, é provável que Hananias fosse sacerdote e profeta”[7] Isso pode ter aumentado ainda mais sua credibilidade em relação ao povo. Porém, essa não foi a primeira vez que falsos profetas anunciaram mentiras. No livro de Jeremias encontramos outras advertências de Deus em relação aos que profetizavam a paz que não viria (Jr 4:9, 10; 23:16; 27:9-10). Aquele que fala a verdade nem sempre é muito popular. Com Jeremias isso não foi diferente. As palavras enganosas levaram esperança e consolo aos judeus.[8]
A resposta de Jeremias ao falso profeta chama a atenção pelo seu caráter duplo: É uma mensagem de esperança e também de ironia. Esperança porque o profeta verdadeiramente desejava a felicidade de seu povo, embora soubesse que os desígnios de Deus fossem o oposto. Ironia porque ele pronunciou um “Assim seja” (Amém), dando a entender aos ouvintes o repúdio quanto à falsa segurança de Hananias.
Semelhante ao que aconteceu com Jeremias, a mensagem a ser pregada hoje acerca do fim dos tempos não parece atrativa aos que vivem em pecado, pois eles erroneamente a veem sob a ótica da condenação e não da salvação. Porém, o mundo não precisa de mais mentirosos que preguem o que agrada aos ouvidos dos ímpios, mas de fiéis testemunhas da verdade, assim como foi Jeremias, e que, mesmo em meio à impopularidade e à indiferença, proclamem a mensagem do juízo e do amor de Deus a todas as nações.
Quarta – O jugo de ferro
Assim como o jugo nas costas de Jeremias deveria ser um símbolo da profecia dada por Deus, o objetivo de Hananias ao quebrar o jugo era ilustrar sua profecia acerca da libertação do cativeiro de Babilônia, que deveria acontecer dentro de dois anos. “Por meio desse presunçoso ato de força, Hananias, sem dúvida, esperava mostrar ao povo que ele não permitiria que eles fossem ultrajados pelo odioso símbolo da servidão”.[9] Essa demonstração dramática do falso profeta revelava seu ponto de vista superficial sobre o que ele acreditava ser a vontade de Deus. Embora não tivesse recebido nenhuma revelação do Senhor, Hananias profetizou em Seu nome (Jr 28:11).
Embora Jeremias prosseguisse em seu caminho, não respondendo imediatamente, não revidando, não agredindo nem manifestando ira, a multidão estava impressionada com a mensagem pregada por Hananias. As boas notícias fizeram o povo se voltar contra aquele que profetizava um futuro trágico. Aparentemente, o profeta não podia fazer mais nada senão retirar-se do cenário do conflito. Depois, Deus confirmou as palavras do profeta Jeremias, revelando a ele que Hananias estava enganado e sua mensagem era falsa (Jr 28:12-14). O povo que não deu ouvidos à voz de Deus teria seu castigo aumentado intensamente, o que foi representado pelo jugo de ferro em lugar do jugo de madeira que havia sido quebrado.
Em contraste com os “Hananias modernos”, estão os que professam a verdadeira palavra do Senhor, aqueles que anunciam ao povo suas transgressões, apresentando a solução para o problema do pecado. Esses têm sido afligidos e ignorados, como ocorreu com o profeta de Deus no passado. “Aquele que prega a Palavra de Deus fielmente, condenando desse modo seus pecados, mui frequentemente incorre no seu ódio. Não querendo suportar a dor e o sacrifício necessários à sua correção, voltam-se contra o servo do Senhor e denunciam-lhe as reprovações como inoportunas e severas”.[10]
Quinta – Confiando em mentiras
A Bíblia é clara ao declarar que Hananias não havia sido enviado pelo Senhor (Jr 28:15). Hananias fez com que o povo confiasse em mentiras e seu fim foi trágico. Como se não bastasse, Hananias também usou falsamente o nome do Senhor, levando aquela geração a se tornar incrédula perante as advertências do profeta Jeremias, o que trouxe consequências ainda mais graves.
Numa leitura superficial do capítulo 28 de Jeremias, a punição divina pode ter sido pesada demais, pois o povo teria sido enganado “inocentemente”. Porém, os judeus não estavam sem advertência, pois já haviam sido alertados sobre os falsos profetas que profetizariam a paz (Jr 4:9, 10; 23:16; 27:9, 10). O próprio Jeremias declarou que outros profetas também já haviam profetizado acerca da condição do povo de Deus e das consequências disso (Jr 28:8).
Ao longo da história, falsos profetas pregaram mentiras a respeito de paz e prosperidade ilusórias. Eles falaram em nome do Senhor, porém, assim como aconteceu com Hananias, seu destino também será trágico. Os judeus foram alertados por Deus e o mundo também tem sido alertado hoje (Mt 24:11). Assim como o cumprimento da profecia havia mostrado quem era o profeta verdadeiro, no fim dos tempos os mensageiros do Senhor prevalecerão. A pergunta que deve ficar em nossa mente é: De que lado estaremos? Ao lado da mentira ou da verdade?
[1] White, Ellen G. (1992); Profetas e Reis, p. 442, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
[1] White, Ellen G. (1991) O Cuidado de Deus, p. 204, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
[2] Schwantes, Siegfried J. (2001) Comentário do Livro de Jeremias, p. 93, Artur Nogueira-SP, Centro Adventista de Artes Gráficas e Multimídia.
[3] White, Ellen G. (1992); Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 381, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
[4] Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia; 1ª ed., Série Logos, v. 4, p. 494, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
[5] White, Ellen G. (1992); Profetas e Reis, p. 425, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
[6] White, Ellen G. (2008); Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 75, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
[7] Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia; 1ª ed., Série Logos, v. 4, p. 494, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
[8] Schwantes, Siegfried J. (2001): Comentário do Livro de Jeremias, p. 143, Artur Nogueira, SP; Centro Adventista de Artes Gráficas e Multimídia.
[9] Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, 1ª ed., Série Logos, v. 4, p. 495, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
[10] White, Ellen G. (1992); Profetas e Reis, p. 442, Tatuí-SP, Casa Publicadora Brasileira.
Apresentação do autor dos comentários:
Márcio Costa: mdcosta@gmail.com
Pr. Marcio Costa é PhD em teologia histórica pela Andrews University e atualmente é o coordenador acadêmico do curso de teologia do SALT-IAP em Maringá, PR. Iniciou sua carreira academica no UNASP C1 e após aprofundar seus estudos retornou ao Brasil para atuar como professor e coordenador do curso de teologia da FAAMA em Belém, PA. Pr Marcio também atuou como pastor distrital nos EUA e também no norte do Brasil. Possui grande interesse na área de doutrinas e estilo de vida adventista onde tem desenvolvido pesquisas em liberdade religiosa e tem trabalhado na produção acadêmica para breve publicação. É natural da região de São José do Rio Preto – SP, seu ministério é desenvolvido com o auxilio de sua esposa Jane Vianel da Costa e suas duas filhas Stephanie e Giovanna Costa.
Participantes Especiais – Estudantes de Teologia
Ademar Antunes do Amaral (2º ano de Teologia)
Nascimento: Sarandi – RS
Idade: 31 anos
Estado Civil: Casado
Jader Henrique Garcia Silveira (2º ano de Teologia)
Local de Nascimento: São Paulo, SP.
Idade : 28
Estado civil: Solteiro
Jhonatan da Silva Moraes (1º ano de Teologia)
Nascimento: Quixadá – CE
Idade: 28 anos
Estado Civil: Casado
João Paulo Rodrigues Bittencourt Aranega (1º ano de Teologia)
Nascimento: Astorga-PR
Idade: 27 anos
Estado Civil: Casado
Laércio Marafigo (2º ano de Teologia)
Nascimento: Benedito Novo – SC
Idade: 30 anos
Est Civil: Casado
Tefferson Caetano Batista Diniz (2º ano de Teologia)
Nascimento: Niterói RJ
Idade: 27 anos
Estado Civil: Casado
Vitor Correia Deucher (1º ano de Teologia)
Nascimento: Brusque – SC
Idade: 19 anos
Estado Civil: Solteiro
Vitor Hugo Congeski Nunes (2º ano de Teologia)
Nascimento: Maringá – PR
Idade: 25 anos
Estado Civil: Casado
Revisão: Josiéli Nóbrega
Sugestões e dúvidas devem ser encaminhadas ao editor responsável: andre.oliveira@cpb.com.br
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O jugo de Jeremias
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