Já vi em alguns carros o adesivo: “Sem Jesus não há paz. Conheça Jesus, conheça a paz.” Muitos procuram paz e anseiam por ela. Contudo, a menos que você conheça a verdadeira paz, sua “paz” será apenas ilusória.
Quando aceitamos a Cristo, uma mudança miraculosa ocorre em nossa vida: somos justificados por meio da fé. A justificação tira a culpa do pecado e traz paz ao coração. Ficamos em paz com Deus. Temos certeza de que somos amigos de Deus e de que a porta de acesso a Ele permanecerá aberta. Não temos que acumular “pontos” para nossa salvação. Em Jesus, o débito foi quitado e a conta encerrada.
Paulo escreveu: “Onde aumentou o pecado, transbordou a graça” (Rm 5:20). Portanto, para Deus ninguém é “mau” demais! Por meio da morte de Seu Filho Jesus Cristo, o Senhor fez provisão para o perdão de todos os nossos pecados.
Embora seja verdade que nossa passagem para o Céu já tenha sido paga por Jesus, precisamos crer que o “bilhete” nos assegura a entrada nele.
Em seu comentário sobre Romanos 5, Juli Camarin diz: “Paulo começa lembrando-nos de várias coisas importantes. Primeiro, fomos justificados pela fé, [e] por causa dela temos paz com Deus. Nossa justificação e a paz resultante dela vêm somente pelo fato de que cremos em Jesus. Quando confiamos totalmente nEle, permanecemos, em graça, diante de Deus, que é uma posição de favor e misericórdia. Saber que essa é nossa posição diante de Deus nos dá esperança de ver Jesus voltar muito em breve, e essa esperança nos concede força para viver a vida digna dEle. Hoje, louvo a Deus porque Ele fez tudo isso unicamente com base em Seu amor por nós. Temos um futuro brilhante porque somos chamados filhos de Deus.”*
* Juli Camarin, “Hoping in the Glory of God – Romanos 5:2”, http://www.jcblog.net/romans/5/244-romans-52-hoping-in-the-glory-of-god (20/07/2009).
Karen N. Campbell | Wolverhampton, Reino Unido
1. Leia Romanos 5:1-5. Resuma a mensagem de Paulo. Qual lição você pode tirar para sua vida?
“Ser justificado” é, literalmente, “ter sido justificado”. O verbo grego representa a ação como se ela estivesse completa. Fomos declarados justos, ou considerados justos, não por meio de obras da lei, mas porque aceitamos Jesus Cristo. A vida perfeita que Jesus viveu nesta Terra e Sua obediência perfeita à lei foram creditadas a nós.
Observe a progressão em Romanos 5:3-5.
1. Paciência (ARC). A palavra grega hupomone, traduzida como “paciência” significa “perseverança, resistência firme”; perseverança desenvolvida pela tribulação naquele que mantém a fé e que não perde de vista a esperança que tem em Cristo, mesmo em meio às provações e sofrimentos que às vezes tornam a vida tão miserável.
2. Experiência. A palavra grega dokime, traduzida como “experiência” significa, literalmente, “a condição de ser aprovado”; portanto, “caráter”, ou mais especificamente, “caráter aprovado”. Aquele que pacientemente persevera diante das provações pode desenvolver um caráter aprovado.
3. Esperança. A perseverança e a aprovação naturalmente dão origem à esperança encontrada em Jesus e na promessa de salvação nEle. Desde que nos apeguemos a Cristo com fé, arrependimento e obediência, temos esperança.
Ellen G. White escreveu: “Que é justificação pela fé? É a atuação de Deus abatendo ao pó a glória do homem, e fazendo por ele aquilo que não está em sua capacidade fazer por si mesmo. Quando o homem percebe sua completa incapacidade, está preparado para ser vestido com a justiça de Cristo.”1
Ela também escreveu: “Justificação é o contrário de condenação. A infinita misericórdia de Deus é manifestada para os que são completamente indignos. Ele perdoa as transgressões e os pecados por amor de Jesus, o qual Se tornou a propiciação pelos nossos pecados. Pela fé em Cristo, o transgressor culpado é conduzido ao favor de Deus e à forte esperança da vida eterna.”2
Não podemos conquistar a justificação pelo esforço; ela é um dom gratuito de Deus recebido por meio da fé (Rm 3:24). Após recebermos a justificação devemos viver pela fé (Rm 1:17), na força de Deus (Fp 4:13), com uma vida guiada por Sua Palavra (Mt 4:4). Isso é justificação no sentido prático.
Deus mostra Seu amor para conosco no fato de que enviou Seu Filho para morrer por nós quando ainda éramos pecadores (Jo 3:16; Rm 5:8; 1Jo 4:19). Pense em João 8:3-11. A mulher apanhada em adultério foi levada a Jesus. Portanto, ela havia pecado. “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Mas Jesus disse: “Eu também não a condeno” (Jo 8:11). Ela aceitou o perdão de Cristo e foi justificada, coberta com a justiça de Cristo. A vida perfeita de Jesus foi creditada em favor dela. Então Ele lhe disse: “Agora vá e abandone sua vida de pecado” (v. 11). Ela foi salva pela graça, por meio da fé (Ef 2:8). Foi justificada “gratuitamente por Sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24).
A justificação é um dom recebido pela fé. Daí em diante, passamos a viver pela fé, tornando-nos cada vez mais semelhantes a Cristo e seguindo o Cordeiro por onde quer que Ele vá (Ap 14:4).
1. Ellen G. White, A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], 15 de abril.
2. Ellen G. White, Fé e Obras, p. 104.
Mark Langston | Wolverhampton, Reino Unido
2. Leia Romanos 5:6-8. O que esse texto revela sobre o caráter de Deus? Por que ele nos enche de esperança? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Deus é simplesmente justo, pois esperou que mudássemos de vida para depois enviar Seu Filho para morrer por nós.
B.( ) Deus é amoroso, pois Jesus morreu por nós enquanto ainda éramos pecadores.
3. Romanos 5:9 diz que podemos ser salvos da ira de Deus por meio de Jesus. O que isso significa?
4. De acordo com Romanos 5:10, 11, por quais outras razões devemos nos alegrar?
“Porque, se nós, quando ___________________________________________, fomos
_________________________________________ com Deus mediante a __________________________________________________ do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos ___________________________________________________ pela Sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a
___________________________________________________” (Rm 5:10, 11).
A justificação ocorre somente pela fé. O que essa experiência proporciona ao cristão? Qual é o papel da fé nesse processo? Que tipo de paz resulta da justificação?
O que é justificação? (Rm 6:23; 1Jo 3:4). Às vezes, usamos a palavra “justificar” em nossa linguagem. Por exemplo: “Pare de tentar se justificar”. O que é justificação própria? É afirmar coisas como: “Sou inocente”, “Não estou errado”, “A culpa não é minha” ou “Não mereço ser punido”. A justificação própria transmite essas ideias. Porém, na Bíblia ela tem sentido diferente.
Aos olhos de Deus todo pecador precisa ser “justificado”, porque ninguém é inocente nem justo, mas culpado e passível de punição. O que os seres humanos fizeram para se tornarem injustos e merecedores de punição? A Bíblia diz que pecado é transgressão da lei de Deus (1Jo 3:4) e “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). A transgressão da lei de Deus torna o pecador injusto e a penalidade do pecado torna necessário que ele morra. Porém, a justificação pela fé no sacrifício de Cristo liberta o pecador da penalidade do pecado, remove a culpa e o livra da sentença de morte.
De maneira prática, podemos tomar as seguintes palavras de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu para pregar boas-novas aos pobres. Ele Me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4:18, 19). Presos por qual motivo? “Todo o que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8:34). Os presos são aqueles que estão amarrados a seus pecados, são mantidos prisioneiros, não conseguem se libertar; e Jesus disse que tinha vindo pregar liberdade para eles. Portanto, o evangelho traz libertação do pecado e verdadeira vitória, capacitando o pecador a se libertar das “cordas do seu pecado” (Pv 5:22). Tudo isso faz parte do dom da justificação.
A justificação pela fé não é somente libertação da penalidade do pecado, mas também do seu poder. Não é meramente perdão pelo pecado, mas livramento do pecado. Se pecado é transgressão da lei de Deus, e o pecador é justificado e declarado justo em Cristo, então a justificação o coloca justificado diante de Deus e lhe concede poder do Espírito Santo para vencer seus pecados.
Paz com Deus (Rm 5:1; Jo 3:16; Jr 29:11). Romanos 5:1 não diz simplesmente que teremos paz. O texto diz: “Temos paz com Deus” (ênfase acrescentada). Isso muda completamente o conceito. Essa paz não é algo que desenvolvemos, como, por exemplo, um sentimento especial com o qual nos sentimos bem com a vida. A paz mencionada por Paulo não é uma questão de sentimento, mas de reconciliação.
O que acontece quando não existe paz entre duas pessoas? Há desavença, intriga, conflito e inimizade. Deus é o culpado disso? Certamente que não! A Bíblia diz que “Deus amou o mundo” (Jo 3:16, ARA), e o profeta Jeremias assim se expressou a respeito desse amor divino: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal” (Jr 29:11, ARA). Portanto, não é Deus que está em guerra contra o ser humano; é o ser humano que está em guerra contra Deus; é ele que se rebela, que transgride a lei divina e não consegue dominar sua natureza pecaminosa (Sl 51:5; Rm 8:7).
“Pela fé” (Mt 8:8, 10; Rm 7:18; 10:17). O que é fé? Romanos 10:17 diz: “Consequentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a Palavra de Cristo.” A fé vem pela compreensão da Palavra de Deus. Quando Jesus foi para curar o servo do centurião romano, o centurião não quis que Jesus fosse à sua casa porque se sentia indigno. Ele disse a Jesus: “Dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado” (Mt 8:10). Jesus, então, disse: “Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé” (Mt 8:10). Assim, a fé verdadeira espera em Deus e crê que Ele pode fazer o impossível por Seus filhos.
O pecador confia na promessa divina do dom da justiça, porque nossos esforços humanos e nossas melhores tentativas de viver de maneira justa são inúteis. Paulo falou da impossibilidade de obedecermos à lei de Deus com nossa natureza humana pecaminosa. Ele disse: “Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo” (Rm 7:18). Essa é a natureza com a qual nascemos: uma natureza que não tem “nada de bom”. Contudo, alguns cristãos aparentemente acreditam que sem Cristo e sem o Espírito Santo ainda são capazes de obedecer à lei de Deus, que é tão santa quanto Ele mesmo. Que ilusão!
Quanto mais rapidamente nos destituirmos de nossa confiança própria e humildemente recebermos a justiça de Deus, mais depressa reconheceremos que somente a justificação pela fé nos méritos de Cristo pode transformar nossa vida.
Michael Dantzie | Wolverhampton, Reino Unido
5. Leia Romanos 5:12. O que Paulo descreveu nesse texto? O que isso explica?
Comentaristas têm discutido e debatido mais sobre essa passagem das Escrituras do que sobre a maioria das outras. Talvez a razão seja, conforme observado no Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 580, a “tentativa de usar a passagem para fins diversos do que Paulo pretendia”.
Um ponto sobre o qual eles discutem é: De que maneira o pecado de Adão passou para a sua posteridade? As pessoas têm tentado obter a resposta para essa pergunta a partir desse texto, mas essa não é a questão da qual Paulo estava tratando.
Esse texto fala somente do problema, a morte em Adão, não da solução, a vida em Cristo. Um dos aspectos mais gloriosos do evangelho é que a morte foi tragada pela vida. Jesus atravessou os portais da sepultura e rompeu seus laços. Ele disse: “Eu Sou o primeiro e o último e Aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:18). Visto que Jesus tem as chaves, o inimigo não pode mais segurar suas vítimas na sepultura.
“Pessoas em todo o mundo comemoraram quando os cientistas anunciaram a primeira detecção direta de ondas gravitacionais – ondulações no ambiente espaço-tempo cuja existência foi pela primeira vez proposta por Albert Einstein, em 1916. […] Porém, o que é realmente fantástico nessa descoberta é que ela dá aos seres humanos a capacidade de ver o Universo de uma forma totalmente nova, disseram os cientistas. […] Temos agora à disposição um campo de informações totalmente novo.”1
Eva foi confrontada por Satanás com a declaração: “Certamente não morrerão! […] Vocês serão como Deus” (Gn 3:4, 5, ênfase acrescentada). Nesse momento, uma decisão tinha que ser tomada: confiar no Criador ou acreditar no enganador.
“Adão não decidiu desafiar a Deus; tampouco falou qualquer coisa contra Deus. Ele simplesmente agiu diretamente em oposição à Sua ordem expressa. […] Adão não parou para pensar no resultado de sua desobediência.”2
A desobediência de Adão e Eva abriu um campo de informações inteiramente novo, e as consequências geradas por essa decisão afetou toda a humanidade.
Embora Adão tenha percebido tarde demais que “o pecado afeta todo o ser”, e toda a humanidade, ele foi confortado pela promessa de que “o mesmo ocorre com a graça.”3
“Com os pecados do mundo sobre Si, [Jesus] percorreria o terreno em que Adão tropeçou. Enfrentaria um teste infinitamente mais severo do que aquele em que Adão falhou. Venceria em favor do pecador e derrotaria o tentador para que, por meio de Sua obediência […], Sua justiça pudesse ser imputada ao ser humano, e pelo Seu nome, o ser humano também pudesse vencer o inimigo.”4
Cristo, o segundo Adão, passou “pelo terreno em que Adão caiu. […] Ele redimiu o vergonhoso fracasso e queda de Adão ao sair da prova sem mácula.”5
Aceitemos o efeito das ondulações produzidas pela grande vitória de Cristo!
1. Calla Cofield, “Gravitational Waves: What Their Discovery Means for Science and Humanity”, http://www.space.com/31922-gravitational-waves-detection-what-it-means.html.
2. Ellen G. White, Refletindo a Cristo [MM 1986], 11 de fevereiro.
3. ___________ , Carta 8, 1891.
4. ___________ , The Review and Herald, 24 de fevereiro de 1874.
5. ___________ , Carta 68, 1899.
Joseph Higgins | Wolverhampton, Reino Unido
6. Leia Romanos 5:13, 14. O que Paulo ensinou sobre a lei nessa passagem?
Sobre o que Paulo estava falando nesse texto? A expressão “até o regime da lei” é paralela à declaração “de Adão a Moisés”. Ele estava falando sobre o período desde a criação até o Sinai, antes da introdução formal das regras e leis do sistema israelita, que incluíam, obviamente, os dez mandamentos.
7. De acordo com Romanos 5:20, 21, para qual propósito Deus Se revelou mais plenamente na “lei”? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Para que o povo entendesse a lei com meio de salvação.
B.( ) Para que a transgressão fosse ressaltada.
Você já ficou ansioso para adquirir a “última versão” de alguma coisa? Nossa geração nunca está satisfeita, sempre quer algo melhor. Quando saiu o iPhone 6, as pessoas fizeram fila do lado de fora das lojas Apple, algumas delas desde a madrugada, só para ser as primeiras a adquirir o novo celular. Em alguns aspectos, o antigo e o novo modelo são parecidos. Têm o mesmo tamanho e a mesma forma, e você pode adquiri-los até nas mesmas cores. Porém, quando faz um exame detalhado, descobre que funcionam de maneira completamente diferente, e que o novo modelo está muito acima do anterior.
Em Romanos 5:15-19, Paulo contrastou dois homens que pareciam iguais. No entanto, suas escolhas trouxeram consequências totalmente diferentes para todos nós. Adão, devido à decisão que tomou no jardim do Éden, trouxe sofrimento, pecado e vergonha a todos nós. Jesus, por meio da decisão que fez no jardim do Getsêmani de aceitar a vontade de Deus para Sua vida, trouxe perdão, cura, graça e vida a todos os pecadores.
Romanos 5:17 diz que o pecado e a morte são contagiosos. Por causa da decisão de Adão, o pecado se espalhou como um vírus pelo mundo, afetando não só os seres humanos, mas toda a criação. Adão e Eva acharam que seu “modelo” fosse melhor do que o de Deus, e todos nós “entramos na fila” para adquiri-lo. Todos nós, exceto Jesus. Ele assumiu a natureza humana, e quando Lhe foi oferecida a oportunidade de Se unir a nós em nossa rebelião e pecaminosidade, Ele escolheu nos oferecer um novo modo de vida, e, por meio do novo nascimento, uma natureza espiritual. Ele Se dispôs a morrer para que pudéssemos experimentá-la.
Portanto, a graça divina é mais poderosa (Rm 5:20). A graça tem o poder de restaurar tudo que o pecado destruiu. E depois que você experimenta Cristo, também pode experimentar não só a vitória sobre o pecado nesta vida, mas, por fim, a vitória sobre a morte. Jesus nos oferece a opção de nos tornarmos, pelo poder do Espírito, a melhor “versão” de nós mesmos.
Shade Henry | Londres, Reino Unido
8. Leia Romanos 5:18, 19. Qual é o contraste apresentado nessa passagem? Que esperança nos é oferecida em Cristo?
“O segundo Adão era um agente moral livre, considerado responsável por Sua conduta. Cercado por influências intensamente sutis e enganosas, Ele estava em posição muito menos favorável do que o primeiro Adão para ter uma vida sem pecado. Contudo, em meio aos pecadores, resistiu a toda tentação para pecar e conservou Sua inocência. Sempre foi sem pecado” (Comentários de Ellen G. White, em Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1195).
9. Leia Romanos 5:15-19. De que maneira as ações de Adão e Cristo foram contrastadas nesse texto?
Observe as ideias opostas ali: morte, vida; desobediência, obediência; condenação, justificação; pecado, justiça. Jesus veio e desfez tudo que Adão tinha feito!
Não é justo! Eu não estava lá. Ainda não tinha nascido. Portanto, não tomei nenhuma decisão que pudesse levar a esses resultados. Então, por que tenho que sofrer as consequências de algo pelo qual não sou responsável? A culpa é de Adão e Eva! Essa linha de argumentação me faz lembrar a conturbada votação da saída do Reino Unido da União Europeia em 2016. O Reino Unido votou por sair, causando um tumulto inesperado na União Europeia. Da mesma forma, a escolha deliberada de Adão e Eva provocou um caos na humanidade. Neste mundo, todos têm sido afetados desde a queda dos nossos primeiros pais. Felizmente, a história não acaba aí.
Depois de declarar que Adão é um tipo de Cristo, seria normal esperar que Paulo falasse um pouco mais sobre como os dois são semelhantes, mas, em vez disso, ele os contrastou. O único ponto de semelhança comentado por Paulo entre Adão e Cristo é que o ato deles “teve consequências de longo alcance para todos aqueles que vieram depois deles e tiveram uma ligação essencial com eles.”1 “Paulo não estava comparando Adão e Cristo, mas contrastando os efeitos de seus respectivos atos. A desobediência de Adão resultou em morte para todos os que vieram depois dele, e a obediência de Cristo resultou no dom gratuito da vida para todos os que confiam nEle. Contudo, esse contraste não teria nenhum sentido sem a semelhança latente.”2
Deus “é poderoso para [nos impedir] de cair e para [nos apresentar] diante da Sua glória sem mácula e com grande alegria” (Jd 24). Essa promessa nos leva a confiar plenamente em Jesus. Ele deseja entrar em nossa vida para que possa viver em nós e por meio de nós! Jesus não nos salva no pecado, mas do pecado.
1. Ben Witherington III, Paul’s Letter to the Romans: A Socio-Rhetorical Commentary (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 2004), p. 146, 147.
2. John Murray, The Epistle to the Romans: The English Text with Introduction, Exposition, and Notes (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1965), v. 1, p. 192.
Trevor Johnson | Hertfordshire, Reino Unido