Domingo
07 de agosto
Eu não merecia!
O SENHOR teve misericórdia de Israel, Se compadeceu deles e voltou-Se para eles. 2 Reis 13:23

Não consigo acreditar no que aconteceu comigo ontem. Deus me enviou um presente, que quero compartilhar com você.

Sou mãe de duas crianças: Stefan, de 11 anos, e Lena, de 6 anos. Quatro dias por semana, levo Lena à escola de manhã e vou buscá-la depois das aulas. (Às terças-feiras, Stefan vai andando com ela.) É uma distância de cerca de 800 metros. Um pouco mais da metade desse trajeto tem nível normal; o resto é uma descida. Na volta para casa, é claro, é subida! Considerando que eu faço esse trajeto quatro vezes por dia, quatro dias por semana, estou em forma e não tenho problema algum quanto ao trajeto — na maioria das vezes — mas ontem foi diferente.

O alarme tocou, mas fiquei deitada na cama por mais 10 minutos. Esse foi o primeiro erro. Outras péssimas escolhas foram feitas. Enquanto Lena comia seu desjejum, escolhi tomar banho ao invés de comer. Enquanto a água quente massageava meu pescoço, perdi a noção do tempo! Quando finalmente terminei o banho, dei uma olhada no relógio. Ah, não! Temos que sair em cinco minutos para chegar à escola na hora certa.

Consegui fazer tudo em cinco minutos. Coloquei a roupa, sequei meus cabelos (essa é a vantagem de ter cabelos curtos), vesti minha blusa de frio, cachecol e gorro, assim como também meus calçados. Uau! Chegamos a tempo à escola.

Mas então, eu precisava caminhar de volta para casa, e era uma subida. Sentime como um trem enferrujado e antigo, daqueles a vapor. Eu soprava, soltava vapor e chiava, e meu ritmo foi ficando cada vez mais lento. Quando finalmente cheguei ao topo do morro, eu ainda tinha mais 500 metros nivelados para andar. Como eu estava cansada! De repente, escutei alguém buzinando.

— Precisa de uma carona? — uma amiga perguntou.

— Ah, sim, por favor! — exalei, profundamente aliviada.

O fato é que essa amiga geralmente não tem um carro disponível durante a semana, mas naquele dia ela tinha. Eu estava tremendamente grata a Deus. Se eu estivesse no lugar de Deus, teria permitido que eu fosse caminhando até chegar em casa. “É culpa dela mesma”, Ele teria dito. “Ela fez tantas decisões erradas hoje de manhã que ela tem que sofrer as consequências.”

Mas Deus foi generoso comigo ontem, embora eu realmente não merecesse.

Kerstin Dorn