Ao longo dos séculos, alguns têm argumentado que Deus desejava a queda, que era Sua intenção que os seres humanos experimentassem o pecado e a morte, e assim O levassem, na Pessoa de Jesus, à cruz. De que outra forma Ele poderia ter demonstrado de modo impactante Seu amor pela humanidade? A ideia é que Deus precisava que a humanidade pecasse.
Essa ideia é uma sugestão horrível. Jamais foi intenção de Deus que Satanás ou a humanidade pecassem. A rebelião foi uma tragédia de grandes consequências, e nossa alegria em Deus teria permanecido completa se nossos primeiros pais não tivessem desobedecido.
Nesta semana, continuaremos examinando os problemas causados pela queda da humanidade e o desejo de estabelecer um governo humano em oposição ao governo divino. Essas verdades são reveladas poderosamente no livro de Daniel, que mostra que Deus estava certo quando advertiu Seu povo sobre o que aconteceria quando se afastasse Dele e escolhesse reis terrenos. Foi isso que os israelitas obtiveram: reis terrenos e pecadores dominando pecadores – o que nunca é uma boa combinação.
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O Éden era uma sala de aula para nossos pais, um lugar em que a interação com as criaturas ensinaria a eles e aos seus descendentes sobre Deus. “O santo casal não eram apenas filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas alunos recebendo instrução do sábio Criador. [...] Os mistérios do universo visível, ‘maravilhas Daquele que é perfeito em conhecimento’ (Jó 37:16), conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e prazer” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 26).
1. Leia Gênesis 2:9-17. Qual foi o primeiro mandamento (uma proibição) que Deus deu à humanidade, e por que ele era tão importante?
O primeiro uso do verbo hebraico tsavah (traduzido como “ordenar”) ocorre em Gênesis 2:16 e 17, em que Deus deu aos seres humanos a ordem de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Como algum conhecimento pode ser proibido? Não é sempre benéfico experimentar mais e conhecer mais?
Segundo as Escrituras, a resposta é não. Deus tinha a intenção de transmitir uma educação completa ao Seu povo, poupando-o do sofrimento de longo prazo que algum conhecimento trouxesse, como o que aconteceria depois, quando as pessoas escolhessem governar a si mesmas em vez de serem governadas pelo próprio Senhor.
Milênios depois, quando Israel pediu um rei, o Senhor apresentou as consequências dessa escolha (como vimos na semana passada). Ele também informou que a decisão de se afastar de Seu governo direto duraria até o fim dos tempos.
À medida que os reis se corrompiam, o povo da aliança se tornou tão mundano que Ele lhes deu ainda mais do que desejavam: um governo humano.
É esclarecedor estudar o livro de Daniel tendo em mente esse pano de fundo: percebemos que a marcha dos impérios não é apenas uma acusação contra as “nações”, os gentios, mas também uma acusação contra as falhas de Israel, sua recusa em seguir os mitswot (mandamentos) de Deus. Séculos de dominação, em vez da liberdade dada no Éden, se tornariam uma nova sala de aula na qual corações dispostos poderiam testemunhar o contraste impressionante entre os reinos deste mundo e o reino de Deus.
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Durante o cativeiro babilônico, por meio de Daniel, Deus apresentou algumas das descrições mais convincentes do relacionamento entre Seu povo e os reinos do mundo. Seu povo não era mais autônomo; eles agora estavam colhendo as consequências de suas escolhas (e, quem sabe, aprendendo com elas).
2. Daniel 2:31-35 apresenta uma visão panorâmica da história do mundo até o fim. Que verdades aprendemos com essa profecia extraordinária?
No fim do século 19, muitas pessoas estavam exalando uma nova confiança no progresso humano. A Exposição de Paris (1900), por exemplo, foi uma notável demonstração de otimismo sobre o futuro. Acreditava-se que, com todos os avanços tecnológicos e científicos, muitos dos piores problemas da humanidade chegariam ao fim! Quando a humanidade entrou no século 20, entre muitos pensadores havia o grande otimismo de que os ideais do Iluminismo, como o poder da razão e a capacidade humana de se aperfeiçoar continuamente, inaugurariam uma nova era.
No entanto, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) destruiu esses sonhos e, no fim do século 20, mais de 200 milhões de pessoas haviam morrido em guerras. Avançamos em tecnologia, mas não no sentido moral. Martin Luther King Jr. disse: “Temos mísseis teleguiados, mas pessoas desnorteadas”. Isso é assustador.
Muitos estudiosos das profecias observam que os metais de Daniel 2 vão do mais valioso para o menos valioso: ouro, prata, bronze, ferro e, por último, parte de ferro e parte de barro.
Charles Darwin, Karl Marx e outros pensadores do século 19 tentaram nos convencer de que a humanidade está de alguma forma progredindo – evoluindo em termos biológicos e sociais. Ainda que a existência humana tenha melhorado em alguns aspectos, quando tentamos vislumbrar o futuro do mundo, observando como ele é governado, é muito difícil ter uma visão otimista, de paz, segurança e prosperidade.
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O sonho de Daniel 2 foi apresentado inicialmente ao rei babilônico. A visão de Daniel 7, por outro lado, foi dada a um profeta hebreu, um membro do povo da aliança.
Daniel viu essencialmente a mesma coisa que Nabucodonosor, mas de uma perspectiva diferente. Em vez de uma estátua, ele contemplou nações surgindo do mar, com o vento agitando a água. Essas nações estavam em conflitos constantes, causando mudanças perpétuas no poder. A Bíblia usa a ilustração de inundações e ondas para descrever o tumulto entre as nações (Sl 65:5-8; Is 17:12, 13; Jr 46:7, 8).
Em contraste, a terra prometida, pelo menos durante algum tempo, foi uma espécie de ilha de paz e segurança em meio a um mar de reinos. Era uma nação sagrada firmada na base do governo de Deus, em oposição às nações rebeldes.
3. Leia Daniel 7:1-3. Essa cena contém bastante movimento e mostra bestas que subiam do mar. Que lições tiramos dessas imagens?
Daniel observou os ventos agitando o mar, quando de repente os animais começaram a subir para a terra – ao seu território! Os problemas dos gentios se tornaram problemas de seu povo. Israel escolheu viver como gentios, então agora viveria com os gentios – sob o poder deles. Começando com a dominação babilônica, o povo da aliança nunca mais desfrutou autonomia completa ou duradoura.
Essa perda de autonomia durará até o fim, quando Cristo for restaurado ao Seu lugar como Rei. Na época do NT, o povo de Deus continuou a sofrer sob o Império Romano e, depois, sob as perseguições do chifre pequeno, o sucessor de Roma pagã.
Embora algumas nações tenham sido melhores do que outras, e alguns períodos tenham sido mais pacíficos do que outros, a maior parte da história tem sido uma tragédia após outra, um opressor depois do outro. E tudo isso sob o domínio de governantes que afirmam ter as melhores intenções para seu povo. Isso contrasta com o governo que Deus desejava, se a nação ao menos o tivesse escolhido.
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As imagens de terra e mar na Bíblia, especialmente nas profecias, são muito instrutivas. Pense nos símbolos de terra e mar contrastados nas profecias bíblicas.
“Simbolicamente, quando a terra e o mar estão justapostos, ‘terra’ frequentemente representa o mundo ordenado, ou mesmo a terra de Israel, ao passo que ‘mar’ se refere às nações gentílicas que a ameaçam, como o mar ameaça a terra” (Beatrice S. Neall, “Os santos selados e a grande tribulação”, em Estudos Sobre Apocalipse: Temas Introdutórios, ed. Frank B. Holbrook [Unaspress, 2021], p. 306).
Nesse contexto, a terra é um lugar de estabilidade, com base no governo de Deus; já o mar representa a turbulência das nações com base no orgulho humano.
4. Tendo em mente a ideia apresentada acima, leia Apocalipse 12:15, 16; 13:1, 11. Observe a justaposição entre água e terra. Como esses símbolos são usados e como nos ajudam a compreender a profecia?
O dragão usa água para perseguir a mulher (a igreja). Nas profecias, a água frequentemente simboliza governos terrestres, bem como a turbulência e o caos que os acompanham. Portanto, vemos que Satanás foi capaz de usar os povos, instigados por seus líderes, para perseguir o povo de Deus durante grande parte da história da igreja.
Os adventistas entendem que Apocalipse 12:16 se refere à migração de crentes perseguidos em direção ao “Novo Mundo”, a América. Com base no que vimos sobre o simbolismo de terra e mar, o que isso diz sobre a fundação dos Estados Unidos?
Poderíamos considerar essa “terra”, para onde o povo de Deus fugiu, como uma espécie de “terra prometida”? Seria por isso que a besta que subiu da terra inicialmente se parece com um cordeiro? Embora os Estados Unidos nunca tenham sido o “Novo Israel” que seus fundadores gostariam que fosse, por muito tempo essa nação tem sido uma terra de liberdade religiosa para pessoas oprimidas por suas crenças.
No futuro, a besta semelhante a um cordeiro falará “como dragão” (Ap 13:11). Os Estados Unidos, que têm sido um farol de liberdade, se tornarão o perseguidor! Isso ocorre quando nações governam a si mesmas, em vez de serem governadas por Deus.
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A igreja remanescente nasceu no “Novo Mundo”, para onde fugiram nos séculos 17 e 18 os que buscavam liberdade religiosa. Por causa dos obstáculos religiosos e políticos que existiam em outros lugares, dificilmente o início desse movimento teria sido veloz e poderoso em outro lugar como foi no território que se tornou os Estados Unidos.
5. Leia Apocalipse 10:1-11, que descreve o nascimento do movimento remanescente. Procure os elementos que estudamos, como nações, terra e mar. Quais são as principais ideias apresentadas nesse texto?
O anjo grita “com voz forte”, assim como os três anjos (Ap 14:7, 9) e o outro anjo (Ap 18:2). Esse é um momento urgente na história, quando é estabelecida a obra da igreja remanescente, que diz respeito a “povos, nações, línguas e reis” (Ap 10:11).
O anjo tinha na mão um “livrinho”, representando o livro de Daniel (Dn 12:4), que estava aberto pela primeira vez depois de muitas gerações. Ele tinha um pé sobre o mar e outro sobre a terra. Isso pode indicar que a mensagem alcançaria o mundo inteiro, tanto o Velho Mundo quanto o Novo Mundo. Também pode se referir ao fato de que essa mensagem se destina a todas as nações: os que vivem na terra (o povo de Deus) e os que vivem no mar (os “gentios”).
No fim da história, o mundo será iluminado com a glória de Deus, e as mensagens de Apocalipse 14 serão levadas a todas as pessoas. Assim como a missão de Israel, nossa tarefa como igreja é pregar o evangelho ao mundo (Mt 24:14).
Deus está conduzindo a história humana à sua grande conclusão: o fim dos impérios humanos e a entronização eterna de Cristo (Dn 2:34, 35, 44, 45). A Bíblia deixa claro que todos os reinos deste mundo serão destruídos, e não restarão vestígios deles e de seus legados horríveis, e serão substituídos pelo reino eterno de Deus, onde pecado, sofrimento, doença, mal e morte nunca mais entrarão.
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Leia, de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 89-94 (“A Torre de Babel”).
“O fogo que consome os ímpios purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Não existirá nenhum inferno ardendo eternamente para fazer os resgatados se lembrarem das terríveis consequências do pecado.
“Apenas uma lembrança permanece: nosso Redentor conservará para sempre as marcas de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado e em Suas mãos e pés estarão os únicos vestígios da obra cruel realizada pelo pecado. Ao contemplar Cristo em Sua glória, o profeta declarou: ‘Raios brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força’ (Hc 3:4, ARC). Suas mãos e Seu lado ferido de onde fluiu a corrente carmesim que reconciliou o ser humano com Deus – ali está a glória do Salvador, ali está ‘o esconderijo da Sua força’. Sendo ‘poderoso para salvar’ (Is 63:1), mediante o sacrifício da redenção, Ele foi forte para executar justiça sobre aqueles que desprezaram a misericórdia de Deus. E os sinais de Sua humilhação são Sua mais elevada honra. [...] Os ferimentos do Calvário proclamarão o louvor e declararão o poder de Cristo” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 557).
Perguntas para consideração
1. No fim, as realizações e glórias terrenas serão transformadas em pó e cinzas e, por último, desaparecerão. Isso inclui as coisas que você realizou ou esteja realizando. É importante ter essa perspectiva em mente? Isso nos ajuda a estabelecer prioridades?
2. Estude as características da besta que sobe do mar (Ap 13:1-10). Em que aspectos ela é a consequência natural da mentalidade de Babel? Essa besta é a soma de todas as “nações”, desde Babilônia até o poder do chifre pequeno. Quais características de cada império você observa que persistiram ao longo da história? De que maneira o mundo ainda reflete, por exemplo, os valores de Babilônia ou de Roma?
3. Como ter o equilíbrio entre seguir o Senhor e obedecer às leis da nação? O que ocorre quando a obediência a um leva à desobediência ao outro?
Respostas às perguntas da semana: 1. Eles não deviam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Esse mandamento revela que Deus queria poupar Seus filhos do sofrimento e da morte. 2. Essa profecia revela que os seres humanos não estão progredindo ou melhorando. O reino eterno de Deus é a única esperança para a humanidade. 3. Os poderes terrestres surgem em meio a conflitos e caos, fortalecendo-se por meio do domínio de outros seres humanos. A humanidade busca um governo independente de Deus, mas isso sempre traz consequências desastrosas. 4. Satanás usaria as águas (povos) para perseguir o povo de Deus. A terra representa o local em que os fiéis seriam protegidos por Deus, mas depois essa mesma terra se tornaria o palco da grande perseguição. 5. A mensagem de Deus para o tempo do fim teria alcance mundial (terra e mar), alcançando todas as pessoas. Ela chegaria a todas as nações.
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TEXTO-CHAVE: Sl 46:10
FOCO DO ESTUDO: Gn 1:29; Dn 2:44, 45
ESBOÇO
Introdução: Um dia, um pai, vendo que seu filho estava entediado, levou-o para ver um filme sobre a natureza. O filme era sobre a vida dos animais. A intenção do pai era ensinar ao filho a beleza da criação para que ele pudesse entender melhor o belo caráter de Deus e, assim, exaltá-lo por Seus planos maravilhosos em favor da humanidade. Infelizmente, o filme estava cheio de violência. Os animais demonstraram uma crueldade insuportável. Um abutre forte esmagou um pardal fraco. Os perversos venceram os gentis. E a morte prevaleceu sobre a vida. A criança se assustou e começou a chorar. O menino gritou para o pai levá-lo para casa. Obviamente, o método pedagógico do pai não teve muito sucesso.
Quando refletimos sobre o curso da história humana, somos confrontados com a mesma realidade. A história humana é cheia de guerras, abusos e enganos. As nações fortes esmagam as nações pequenas, e com muita frequência o poder temporal prevalece sobre a sabedoria e a justiça. Salomão, em seu livro de Eclesiastes, viu a mesma coisa: “No lugar do juízo reinava a maldade e no lugar da justiça havia mais maldade” (Ec 3:16).
Da criança que chora com a violência dos animais ao sábio filósofo que pondera sobre os caprichos da vida humana, as mesmas perguntas perturbadoras surgem: Por que isso está acontecendo? É isso que Deus planejou para o mundo? Onde está Deus nessa confusão maligna? Para essas perguntas, a Bíblia dá duas respostas. A primeira resposta é encontrada no passado distante da humanidade, na história da queda, quando o primeiro mandamento de Deus foi transgredido. A segunda resposta é encontrada na profecia. Em ambas as respostas, é descrita a solução para a tragédia humana.
COMENTÁRIO
O primeiro mandamento A primeira menção a um mandamento na Bíblia ocorre no contexto do segundo relato da criação (Gn 2:16, 17), relacionado à comida, o primeiro presente de Deus ao homem (Gn 1:29). O verbo tsawah, que significa “comandar”, está etimologicamente ligado à palavra mitswah, que significa “mandamento”. O “mandamento” é mais do que uma simples ordem imperativa que deve ser obedecida; é um ato que Deus solicita a Seu povo que realize. O fato de Deus ter “ordenado” as obras da criação (Pv 8:29) sugere que o que cha-
mamos de “mandamento” é, na verdade, um presente de Deus ao ser humano (Êx 24:12, Ne 9:13).
Esse presente é para a felicidade e a vida do ser humano, e assim “por eles viverá” (Lv 18:5). Por essa razão, o salmista ora: “Favorece-me com a Tua lei” (Sl 119:29). Significativamente, o primeiro mandamento também começa com a graça, o presente de todas as árvores: “De toda árvore [...] você pode comer livremente” (Gn 2:16).
A primeira resposta ao mandamento de Deus é, portanto, receber a Sua graça e desfrutar Seu presente. A segunda resposta é abster-se de comer da árvore proibida. As promessas de vida e morte são certas. Ambos os verbos estão no infinitivo absoluto, o que expressa a ideia de certeza. A promessa do presente da vida é tão certa quanto o aviso de morte que está ligado à desobediência. Desde o início, os dois caminhos são claramente delineados. Ou recebemos Deus e desfrutamos a vida, ou O rejeitamos e morremos. Ambas as perspectivas são certas: “Vejam! Hoje coloco diante de vocês a vida e o bem, a morte e o mal” (Dt 30:15).
As profecias das nações
O livro de Daniel é escrito em dois idiomas. Quando o profeta está preocupado com os reinos gentílicos, ele escreve em aramaico, o idioma franco daquela época. Quando o profeta está preocupado com o destino espiritual de Seu povo, ele escreve em hebraico, o idioma do povo de Deus naquela época. As profecias de Daniel nos capítulos 2 e 7 estão localizadas na seção em aramaico, e estão preocupadas, então, com o destino das nações gentílicas. Portanto, essas são as profecias que merecerão nossa atenção.
Em Daniel 2, o rei da Babilônia, Nabucodonosor, teve um sonho profético de uma estátua que representa a sucessão de impérios mundiais. A mensagem para Nabucodonosor, o construtor da Babilônia, é que seu reino não permaneceria para sempre, mas seria seguido por outros, até o fim dos tempos, quando todos os reinos serão destruídos e substituídos pelo reino de Deus, que é o único reino que “jamais será destruído” e “subsistirá para sempre” (Dn 2:44). Nabucodonosor se recusou a reconhecer esse destino divinamente designado. Em reação à profecia, Nabucodonosor decidiu imediatamente erguer uma estátua de ouro maciço. Essa estátua expressou sua intenção de contrariar e substituir o plano de Deus para as nações. Em vez do reino de Deus, que substituiria todos os impérios anteriores da Terra, o plano de Nabucodonosor foi reunir todas as nações sob seu governo (Dn 3:7).
Em Daniel 7, o sonho de Daniel com os animais está relacionado a Dario, o rei persa que representa o próximo cumprimento da profecia da estátua. Ao contrário de Nabucodonosor, Dario tinha acabado de honrar a Deus e reconhecê-Lo como o governante das nações (Dn 6:25-27). Embora as duas profecias de Daniel 2 e 7 digam respeito à mesma sucessão de quatro nações (Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma), o foco do fim da história é diferente em cada profecia.
Na visão da estátua, o fim é marcado pela destruição dos reinos da Terra, seguido pelo estabelecimento do reino eterno de Deus, que “nunca será destruído” e “permanecerá para sempre” (Dn 2:44). No sonho dos animais, o fim é trazido pela vinda do Filho do Homem, o próprio Jesus Cristo, com as nuvens (Dn 7:13, 14; compare com Mc 13:26, 27).
A solução divina
A história da queda em Gênesis e as profecias apocalípticas sobre as nações não apenas descrevem o tropeço e o fracasso dos homens quando tentam substituir Deus; elas também nos apresentam a única solução divina para o problema humano: o reino de Deus.
De acordo com o texto de Gênesis, a queda de Adão e Eva ocorreu em conexão com o primeiro mandamento que relacionava a vida ao conhecimento do bem e do mal. Significativamente, a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal estavam ambas no meio do jardim, próximas uma da outra, sugerindo a relação entre elas. Assim que os humanos comeram o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, eles não tiveram mais acesso à árvore da vida (Gn 3:22-24).
Há duas lições a serem extraídas dessa conexão: primeiro, a vida não é uma parte natural da humanidade. Os humanos não são imortais. Mesmo no Jardim do Éden, Adão e Eva dependiam de uma fonte externa para a vida. Um segundo ponto é que a vida não é apenas uma condição biológica; ela também tem dimensões espirituais e morais.
De acordo com as profecias de Daniel, o fracasso das nações em estabelecer paz e felicidade, após a tentativa arrogante de erguer a torre de Babel, foi devido ao seu desejo de se aliarem como um, contra Deus, o Criador, que então desceu e os dispersou (Gn 11:4-9). Aludindo à história da torre de Babel, a profecia de Daniel 2 se refere a um movimento semelhante em direção a uma unidade entre o secular e o religioso no fim dos tempos: o ferro (o poder secular) tentará se misturar com o barro (o poder religioso, a Igreja Romana). Somos informados de que “nos dias desses reis, o Deus do Céu levantará um reino que jamais será destruído” (Dn 2:44).
Em Daniel 11:43, o rei do norte (poder religioso) se unirá ao rei do sul (poder secular) e juntos se levantarão contra o monte do Senhor com a intenção de “exterminar muitos” (Dn 11:44). Então, a profecia diz que, como em Daniel 2, seu fim virá sem nenhuma ajuda (Dn 11:45; compare com Dn 2:45). No livro do Apocalipse, a visão da guerra do Armagedom se refere ao mesmo movimento em direção à unidade: os reis da terra se reunirão contra o reino de Deus (Ap 16:16). A descrição profética da ascensão e queda regulares das nações que termina com a irrupção do reino de Deus que “permanecerá para sempre” é uma afirmação da única solução possível para o problema das nações. Somente o reino de Deus, que significa o retorno à condição do Jardim do Éden, trará vida eterna. Somente então o primeiro mandamento será obedecido, e as nações serão curadas de suas feridas (Ap 22:2).
APLICAÇÃO PARA A VIDA
Lição sobre liderança. Quando Nabucodonosor soube que seu governo seria limitado à cabeça de ouro na estátua, ele ergueu uma estátua feita inteiramente de ouro. Quais lições podemos tirar do exemplo de Nabucodonosor sobre a importância da humildade na liderança? Como sua história nos mostra que não somos os únicos capazes e disponíveis para realizar o trabalho corretamente? Além disso, o que as histórias pessoais de Nabucodonosor e Daniel nos ensinam sobre a fé (confiança em Deus), mesmo quando não estamos mais no comando?
Lição sobre política. No tempo do fim, governantes humanos se unirão para tentar substituir o reino de Deus, assim como fizeram os construtores da torre de Babel. Como você deve responder à tentação de tramar e conspirar para obter apoio para suas opiniões? Leia Daniel 3:8 e Daniel 6:4-13. O que podemos aprender com o erro dos caldeus que conspiraram contra Daniel para tomar seu lugar? Como podemos com sucesso impedir que manobras políticas, ambições e interesses pessoais prevaleçam sobre a verdade e a justiça?
Lição sobre perspectiva. O problema com os reis terrenos nas profecias de Daniel é que eles eram “orientados para o presente”. A eternidade, o futuro reino de Deus, não fazia parte de sua realidade. Essa consideração se aplica a todos os aspectos da vida. Ellen G. White adverte: “Não pode ser adequado ou completo nenhum projeto de negócios ou plano para a vida que apenas compreenda os breves anos da existência presente”. Então ela aconselha as pessoas a “levar em consideração a eternidade” (Educação [CPB, 2021], p. 101). Como pode-
mos evitar o mesmo erro que os reis terrenos das profecias cometeram?
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Libertando prisioneiros
Tailândia | Renato
Em uma noite de sexta-feira, Renato estava revisando o sermão que havia preparado para pregar no dia seguinte para seu aniversário de 37 anos.
Nascido no Brasil, ele estava no meio de seu primeiro ano como professor missionário na Tailândia e perguntou ao pastor se poderia pregar em seu aniversário.
"Estou longe de casa", disse ele. "Não sei o que fazer em meu aniversário. Por favor, deixe-me pregar. Essa é a única maneira de comemorar meu aniversário."
Porém, enquanto examinava suas anotações do sermão, Renato recebeu um telefonema da sede da Divisão Sul-Americana no Brasil.
Parecia que Deus tinha outra coisa em mente para o aniversário de Renato.
"Você poderia ir ao aeroporto de Bangkok?", perguntou a pessoa que ligou. Era um diretor departamental da Divisão Sul-Americana. "Um ex-membro adventista do sétimo dia havia sido preso lá por tráfico de drogas."
O coração de Renato foi tocado pela preocupação do interlocutor. O Brasil ficava longe da Tailândia, mas um líder de igreja brasileiro estava preocupado com um ex-membro da igreja que havia sido preso na Tailândia.
"Precisamos de um missionário para visitar esse garoto e orar com ele", disse o diretor de departamento. "Talvez você possa dar uma Bíblia a ele. Precisamos de alguém para abraçá-lo."
Renato deixou de lado as anotações do sermão e foi para o aeroporto. Ele não entendia muito bem a língua tailandesa e não tinha certeza de como se comunicaria com a polícia. Ele também estava ansioso e até um pouco receoso de ir à polícia para falar sobre alguém que ele não conhecia.
No aeroporto, a polícia disse que ele havia chegado tarde demais. O jovem já havia sido transferido para outro local.
Não havia nada que ele pudesse fazer no aeroporto.
Várias semanas se passaram, e Renato recebeu outro telefonema. Desta vez, foi da advogada do jovem no Brasil.
Ela disse que seu cliente estava em uma prisão não muito longe de Bangkok e perguntou se Renato poderia visitá-lo.
Renato foi.
Foi a primeira de muitas visitas regulares à prisão.
Às vezes, o jovem precisava de comida. Carne de porco e frutos do mar, que são pratos populares na Tailândia, eram servidos com frequência na prisão, mas o jovem não comia alimentos impuros. A mãe do rapaz ligou para Renato, e juntos eles procuraram comida que Renato pudesse levar para a prisão.
O jovem reconheceu a Renato que havia cometido um grande erro e expressou o desejo de acertar as coisas com Deus. Os dois falaram sobre Deus e Seu amor.
Depois de algum tempo, a advogada do jovem pediu a Renato que visitasse outro preso brasileiro que também era seu cliente na prisão tailandesa. Assim, Renato, que havia chegado à Tailândia para ensinar 100 crianças da quarta série em uma escola adventista, também se
tornou missionário para dois detentos brasileiros em uma prisão tailandesa. Hoje, ele visita os dois homens todos os meses e está pronto para se encontrar com outros presos estrangeiros se Deus lhe der a oportunidade.
"Eu oro para que seus corações sejam transformados", disse ele. "Talvez no futuro vejamos o fruto dessas orações."
Ele pediu aos membros da igreja em todo o mundo que se juntem a ele em oração.
"Ore por esses dois rapazes e por todos os estrangeiros presos na Tailândia", disse ele. "Seria maravilhoso se eles tivessem a chance de conhecer Deus."
Ore pelos prisioneiros na Tailândia e em todo o mundo – incluindo todas as pessoas que estão acorrentadas ao fardo e à culpa do pecado. Ore por missionários adventistas como Renato, enquanto eles proclamam as boas-novas de que Jesus morreu para libertar os prisioneiros do pecado. Obrigado por sua oferta do trimestre, que ajudará a espalhar o evangelho na Divisão Sul-Asiática do Pacífico, que inclui a Tailândia.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
• Mostrar o Brasil e a Tailândia no mapa. Então, mostre Bangkok, na Tailândia, onde Renato trabalha como missionário.
• Assista a um pequeno vídeo no YouTube com Renato em: bit.ly/Renato-prison.
• Baixe fotos para esta história no Facebook: bit.ly/fb-mq.
• Compartilhe as postagens do Informativo Mundial das Missões e os Fatos Rápidos da Divisão Sul-Asiática do Pacífico: bit.ly/ssd-2025.
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2025
Tema geral: “Alusões, imagens e símbolos: como estudar a profecia bíblica”
Lição 5 – 26 de abril a 3 de maio
As nações – parte 2
Autor: Elton de Lima Alves Júnior
Editor: Pr. Fernando Dias
Revisora: Rosemara Santos
Contato para dúvidas e sugestões: andre.oliveira@cpb.com.br
Afirmar que o amor de Deus poderia ser ressaltado pela existência planejada do mal levanta perguntas difíceis de responder. Como um Deus amável poderia ter decretado o mal para Suas criaturas? Se Ele assim o fez, como pode o ser humano ter alguma responsabilidade? Como se essas questões não fossem suficientes, é possível acrescentar a seguinte: Deus arriscaria a vida de Seu Filho para resolver um problema que Ele mesmo criou?
Deus, que é onisciente, sabia o que ocorreria no Universo, incluindo, que a humanidade se afastaria de Sua soberana e perfeita vontade. Isso tem acontecido especialmente quando seres humanos tentam governar em lugar de Deus.
O primeiro mandamento
Diversas vezes, no Apocalipse, é destacada a relevância da lei de Deus. Explicitamente, os mandamentos de Deus são mencionados em Apocalipse 12:17 e 14:12. Contudo, há outras alusões à lei divina nesse livro. Eis alguns exemplos:
- em Apocalipse 11:19 há uma referência à arca da aliança, que é chamada assim porque contém em seu interior as tábuas da aliança, com os Dez Mandamentos escritos nelas;
- na primeira mensagem angélica, o anjo apela a todos para que “temam a Deus e deem glória a Ele” (Ap 14:7), o que é feito por meio de obediência aos preceitos divinos;
- finalmente, o ataque a um dos Dez Mandamentos (o da santificação do sábado), no fim dos tempos, fortalece a importância de todos eles (compare Ap 13:16 com Dt 6:6-8).
A alusão a Gênesis 3 e seu contexto, em Apocalipse 12:17, é vital para a compreensão do papel da lei. Esta não foi dada para salvar; afinal, Adão e Eva a receberam antes da queda (Gn 2:16). A lei também não tem o propósito de tornar o ser humano perfeito. O primeiro casal, ao ser criado, já era perfeito, e a obediência à lei apenas o manteria nessa condição. Sua desobediência, no entanto, resultaria em dor e sofrimento.
Daniel 2
O capítulo 2 é importante no livro de Daniel. Há boas razões para se pensar assim, sobretudo porque nele se trata do futuro dos impérios mundiais. Lamentavelmente, a perspectiva que apresenta não é boa, ainda que o fim de tudo seja bom.
A relevância de Daniel 2 se dá por diversas razões. A primeira está relacionada ao seu conteúdo, pois, ainda que esteja na seção histórica do livro, apresenta material profético. Em segundo lugar, o assunto desse capítulo permeia todo o livro, uma vez que é desdobrado em sua parte profética (Dn 7–12). A terceira razão é que aparecem no Novo Testamento frases e ideias do capítulo 2, especialmente, o conceito do Reino de Deus (Dn 2:44).
O Reino de Deus é precedido por reinos mundanos degradantes e opressores para com o povo de Deus. Tal contraste é representado na diferença entre os metais da estátua dos governos terrestres e a pedra bruta do governo divino. Há a previsão de que esses reinos seculares serão valorizados por aqueles que habitam sobre a terra (Ap 17:3, 15). No entanto, Deus intervirá nesse cenário para mudá-lo, e já começou a fazê-lo por meio de Jesus Cristo (Lc 20:18).
Daniel 7
O centro do livro de Daniel é o capítulo 7. Sua relevância assemelha-se à de “Levítico 16, Isaías 40, Mateus 24 e Apocalipse 14” (Zdravko Stefanovic, Daniel: Wisdom to the Wise [Nampa, ID: Pacific Press, 2007], p. 245). Cinquenta anos depois do sonho relatado no capítulo 2, Deus o recapitulou e ampliou a Daniel com a visão do capítulo 7. Nessa nova profecia, dois pontos se destacam.
O primeiro é a perseguição ao povo de Deus. O chifre pequeno, que cresce no quarto animal (Dn 7:8), oprime o povo de Deus por 1.260 “dias” (anos), o mesmo período mencionado em Apocalipse 12:6, 14 e 13:5. Essa perseguição se cumpriu entre os anos de 508 e 1798, e voltará a ter lugar nos últimos dias da história (Ap 13:16, 17; 14:13; 20:4).
Contudo, no capítulo também é destacado o juízo divino: a ocasião em que os crentes terão seus pecados apagados e tomarão posse do reino eterno (Lv 16; Dn 8:13, 14). Esse julgamento dos justos, de natureza investigativa (Dn 7:9-11), tem também implicações para os ímpios (Dn 7:11-14). Claramente, essa etapa do juízo final ocorrerá antes da segunda vinda de Jesus Cristo (Ap 20:4, 15).
Entre a terra e o mar
Em Apocalipse 12 e 13 são apresentadas cenas importantes que auxiliam o entendimento da história da igreja cristã e o papel dos Estados Unidos da América no tempo do fim.
No capítulo 12, João, o autor do Apocalipse, menciona uma mulher com as características do povo de Deus (compare Apocalipse 12:1 com Gênesis 37:9). A forma como ela é apresentada aponta para isso. Ela representa a igreja cristã, uma vez que passa a ser perseguida após a ascensão de Jesus (Ap 12:5, 6).
O dragão utiliza a água para persegui-la (Ap 12:13-16). Isso indica a participação de “povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17:15). Contudo, a terra atua em seu favor, ou seja, a igreja encontraria proteção e estaria a salvo em um novo ambiente então sem a alta densidade populacional e a organização política e religiosa opressoras. Podemos induzir que as águas que perseguem a igreja são as nações do Velho Mundo (Europa) subservientes a uma igreja apostatada e intolerante, e a terra é o Novo Mundo (América), onde surge um regime de governo republicano e com separação entre Igreja e Estado.
João vê então emergir da terra uma besta, parecida com um cordeiro (Ap 13:11). A descrição indica sua natureza religiosa e cristã (Robert Thomas, Revelation [Chicago, IL: Moody, 1995], p. 173). Isso é reforçado posteriormente no livro quando essa besta é chamada de “falso profeta” (Ap 16:13, 19:20 e 20:10). Sua atuação constante no mundo é apresentada com a repetição do verbo “fazer”, usado sete vezes (Ap 13:11-17). O tempo de seu surgimento, segundo o contexto, seria o fim dos 1.260 “dias” (anos). Sua autoridade será global (Ap 13:16). Todos esses elementos sugerem que o símbolo profético representa os Estados Unidos da América.
Profetize de novo
Os eventos descritos em Apocalipse 12:16 e 13:11 culminam no que é apresentado em Apocalipse 10. Os textos não estão na ordem cronológica dos acontecimentos que descrevem, pois, nas profecias em geral, e no Apocalipse em especial, os mesmos eventos são descritos repetidas vezes, com ampliações. Portanto, o que está em Apocalipse 10:8 a 11 é cumprido em Apocalipse 14:6 a 12 pelo remanescente da perseguição à mulher.
Uma das evidências de que os eventos descritos em Apocalipse 10 se cumpririam posteriormente ao que está em Apocalipse 12:16 é o surgimento do remanescente (Ap 12:17). O remanescente apareceria depois de 1798, quando terminaram os 1.260 anos de perseguição à “mulher” (igreja fiel). No Apocalipse, o remanescente também representado por um grupo de cento e quarenta e quatro mil pessoas (Ekkehardt Mueller, “The End-Time Remnant in Revelation” [Journal of Adventist Theological Society, 2000, v. 11, n. 1-2], p. 188-204).
O remanescente é povo de Deus, que cumpre a ordem “é necessário que você ainda profetize a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (Ap 10:11). O uso do advérbio “ainda” sugere que a profecia das duas testemunhas (Ap 11:1-14) ocorreu antes. Além disso, a ordem é dada depois da declaração de que não haveria mais tempo (Ap 10:6). Finalmente, Isaías 66:19 menciona que o remanescente de Israel anunciaria entre as nações a glória de Deus, o que ocorre com a proclamação das três mensagens angélicas (Ap 14:6-12).
Conclusão
Ainda que as nações prevaleçam por algum tempo no mundo, Deus está nos bastidores da história, e nada está fora de Seu controle. Logo os santos receberão o reino eterno. Aleluia!
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Elton de Lima Alves Júnior é pastor adventista do sétimo dia. Formou-se Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) em 2008. Iniciou seu ministério em Porto Alegre. Trabalhou em diversas funções no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. É Mestre em Interpretação Bíblica pelo Unasp. Atualmente mora em Santiago, Chile, servindo como Secretário Executivo da União Chilena desde 2023. É casado com Gisselle, pedagoga. O casal tem três filhos: Isaac, Rebecca e Giovanna.