Quinta-feira
19 de junho
LIBERDADE SEM DEUS
Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu. 2 Timóteo 3:14

Dizem que a moral cristã é inibidora de liberdades. Neste mundo acostumado a negociar princípios, Deus parece um desmancha-prazeres mal resolvido que não suporta a felicidade humana.

É fato que a religião às vezes soa rígida demais. Lá fora, tudo parece ser permitido – amar livremente e curtir o hedonismo sem culpa. Muitos até dizem: “Minha mente, minhas regras. Meu corpo, meu reino. Meus prazeres, meu paraíso.” Seria a rigidez bíblica uma forma sádica de
castrar liberdades?

Alguns argumentam que países secularizados possuem os maiores índices de felicidade e satisfação do mundo. Por outro lado, pesquisas indicam que esses mesmos países apresentam as maiores taxas de suicídio, especialmente entre os jovens.

Não é verdade que a sociedade cobra menos posturas que a religião. Muito do que se bebe, come ou veste, por exemplo, não vem de gostos pessoais, mas de uma obrigatoriedade imposta pelo marketing, que convence a gastar o que não se tem para suprir falsas necessidades.

Isso não significa que devemos evitar qualquer produto vendido. O exemplo dado nos mostra que é mito dizer que a igreja impõe regras, enquanto o mundo oferece liberdade. A moda, a música e os entretenimentos são uma espécie de “pedágio” que as pessoas pagam para serem aceitas pela sociedade de consumo.

Eu sei que os mandamentos da Bíblia são repletos de “nãos”. Mas você sabia que o “não” é mais libertador que o “sim”? Quando Deus disse “não comam do fruto proibido”, deu a Adão e Eva a liberdade de comerem de todas as demais árvores, inclusive da árvore da vida. Quando a serpente disse “coma deste fruto”, delimitou as opções e tirou a liberdade deles.

É como o prazer de um vício que anula os demais prazeres. No início, podemos obedecer à ordem negativa de “não fumar”, mas, se cedermos à voz da “serpente”, a única coisa que escolheremos será a marca do cigarro, pois estaremos presos a ele. Portanto, não se deixe enganar pela aparente liberdade do mundo. O “não” de Deus liberta; o “sim” do diabo escraviza.