Quarta-feira
30 de julho
O PROBLEMA DA IDOLATRIA
Filhinhos, cuidado com os ídolos! 1 João 5:21

De acordo com a Enciclopédia dos Deuses de Michael Jordan (não o jogador de basquete), existem mais de 2.500 deuses e deusas catalogados ao redor do mundo. Alguns são sofisticados, enquanto outros beiram os limites do ridículo.

Havia, por exemplo, um deus na Babilônia que se chamava Šulak. Seus adoradores acreditavam que ele se escondia no vaso sanitário e aparecia para as pessoas enquanto elas faziam suas necessidades fisiológicas. Ele era representado com patas traseiras e em forma de leão. “A mão de Šulak” era o nome dado às convulsões e aos acidentes vasculares cerebrais que ocorriam com as pessoas que não eram moderadas no banheiro.

Quando vejo exemplos assim, fico me perguntando: O que havia nesse tipo de religião para alguns judeus trocarem seu Deus por um ídolo desses? A resposta é importante porque, com ela, reflito também sobre os tipos modernos de idolatria, que ameaçam nossa relação com o Deus verdadeiro.

Talvez a melhor síntese sobre o sucesso da idolatria venha de um descrente. Refiro-me ao filósofo David Hume, que, em sua obra Diálogos Sobre a Religião Natural, elogiou a idolatria pagã por ter a premissa do pluralismo, da tolerância e da aceitação de diversas representações do sagrado, enquanto o monoteísmo mostrou-se intolerante, tentou destruir a liberdade de expressão e forçou outros a aceitarem sua visão do divino.

Como o politicamente correto engana e seduz! Hume apenas se esqueceu de dizer que o Deus verdadeiro exige exclusividade. Duvido que um de seus seguidores concordaria em dividir com estranhos seus privilégios paternos, maternos ou conjugais. Já pensou em alguém se passando por você e ocupando seu lugar em sua casa? Ou o gerente do banco liberando compras em seu nome para alguém que não é você? Como o classificaria? Cúmplice? Incompetente? Pois assim será um religioso que permite que
deuses estranhos se apropriem do que pertence ao Senhor.

Além disso, o grande problema da idolatria é que as pessoas geralmente não são moralmente melhores do que os deuses que elas adoram. A fabricação de ídolos ao gosto dos adoradores potencializa crimes em nome do sagrado. Nesse ponto, cuide para não confundir o Deus verdadeiro com uma cópia barata Dele mesmo.