Domingo
13 de julho
O CRUCIFORME AMOR DE DEUS
Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo. Gálatas 6:14

A crucificação era uma punição aplicada por Roma aos que cometiam os piores crimes. Cícero disse o seguinte em um discurso de defesa que proferiu em favor de Caio Rabirius, acusado de envolvimento em um assassinato: “A palavra ‘cruz’, por si só, deveria estar longe não apenas do corpo de um cidadão romano, mas também de seus pensamentos, de seus olhos, de seus ouvidos.” Na época de Jesus, a cruz era um escândalo. E nós, muitas vezes, desconsideramos o peso da terrível experiência pela qual Ele passou.

A cruz não combinava com o sucesso, assim como a humilhação não combina com a vitória. No Calvário, Cristo frustrou as expectativas dos discípulos para mostrar quais eram as expectativas de Deus. Os deuses fabricados pelo coração humano são guerreiros armados e ameaçadores, mas Cristo Se manifestou como um homem humilde, com as mãos calejadas e um olhar acolhedor. A encarnação transformou a visão dos discípulos sobre Deus. Ela Mostrou que, apesar de superpoderoso e santo, Ele ama Suas criaturas caídas e está disposto a Se humilhar para resgatá-las.

É impossível amenizar o horror da cruz. No caminho para o Calvário, Deus, em forma humana, cambaleou, ferido e encharcado de sangue, para curar as nossas chagas. Ele escolheu receber a punição no lugar dos culpados. Morreu para que tivéssemos vida e, após ressuscitar, escolheu permanecer com as cicatrizes da batalha vencida em nosso favor.

Por esses e muitos outros motivos é que o verdadeiro símbolo do amor não deveria ser um coração, mas a cruz, pois nela Deus mostrou, de forma suprema, o que é o amor. Podemos então poeticamente dizer que amor divino é cruciforme.

O apóstolo Paulo entendeu o real significado da cruz. Por isso ele disse: “que eu jamais me glorie, a não ser na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo”. O que era símbolo de humilhação passou a ser a representação máxima da vitória.