A Comissão de Direitos Humanos de Nova York reconheceu, em meados de 2016, a existência de 31 gêneros diferentes. Curiosamente, a lista não inicia com masculino ou feminino. As designações mulher e homem só aparecem na lista ocupando, respectivamente, as posições 17 e 18. Ao que parece, o documento não quis dar a entender que os outros gêneros são derivações desses, para não os colocar em algum tipo de posição privilegiada. O documento oficial ainda deixa espaço para a adição de novas identidades.

Diante disso, fica a pergunta: Como a humanidade partiu de uma identidade binária de gênero para uma multiplicidade tão complexa? A base dessa confusão é uma distinção feita pelos proponentes das teorias ligadas ao gênero, segundo a qual o sexo é definido biologicamente, mas o gênero seria uma construção social.

Entretanto, para considerarmos essa distinção entre sexo e gênero é necessário anular o que diz a Bíblia. O texto bíblico de hoje conecta a imagem de Deus aos sexos biológicos da humanidade. De alguma forma, a perfeita imagem de Deus é revelada no encontro entre o homem e a mulher tornando-se um (Gn 2:24), assim como Deus é um (Dt 6:4). A ideologia de gênero é fruto de uma agenda social impossível de ser harmonizada com o relato da Bíblia, que em nenhuma ocasião incentiva uma conduta sexual que desvirtue o sexo biológico. Aqueles que aceitaram a graça transformadora não são definidos pela identidade de gênero, mas pela identidade de Gênesis.

Essa questão que constatamos aqui precisa conduzir os cristãos a duas atitudes fundamentais. A primeira é viver de acordo com o que a Palavra de Deus revela, independentemente do que a sociedade e a cultura aceitam ou normalizam. A segunda atitude é respeitar os que pensam e agem de modo diferente, demonstrando ternura, respeito e amor cristão. Nós resistimos a ideologias, mas não ofendemos indivíduos. Portanto, respeite e ame, mantendo sempre a Bíblia como fundamento de sua fé.