Deus existe? A Bíblia está certa? Jesus vai voltar? A mera suposição de que sabemos as respostas não implica encerrar o assunto. Embora algumas discussões não valham a pena, em alguns casos, o desvio delas pode ser o sintoma de um comodismo mental perigoso.

Se você não tem convicção do que crê, outra pessoa terá por você. Os algoritmos estão aí não apenas percebendo seu perfil, mas também sugerindo o que você deveria ser. E pode ter certeza, eles são programados para convencê-lo a comprar um carro, não para orientá-lo a entregar sua
vida a Deus.

Não são apenas os aplicativos que precisam de atualização. Nosso conhecimento também. Por isso, é importante insistir no exercício da reflexão, do qual falamos ontem. Refletir é o ato de pensar analiticamente. E para nós, cristãos, ele não será completo se não for acompanhado de ora-
ção e estudo da Bíblia. É como um exercício físico; não adianta treinar uma vez e achar que é o suficiente. Trata-se de uma tarefa constante.

Carl Gustav Jung, fundador da psicologia analítica, identificou quatro funções psicológicas fundamentais no ser humano: pensamento, sentimento, sensação e intuição. O pensamento e o sentimento são modos alternativos de elaborar julgamentos e tomar decisões. O pensamento está
relacionado com a verdade, e o sentimento, com os valores pessoais. Já a sensação e a intuição são as formas de adquirir conhecimento; a sensação relaciona-se com as percepções diretas e os fatos concretos, enquanto a intuição está relacionada com o significado deles.

Assim, é com a sensação que vejo alguém faminto e, com o pensamento, percebo que é real. O sentimento me leva a agir conforme o que está em meu coração, e a intuição – como a voz do Espírito – me diz se aquele ato agrada ou não a Deus.

A reflexão é o modo saudável de ter esses quatro elementos funcionando harmonicamente, como uma engrenagem. Mantê-los em ordem é fundamental nos dias em que vivemos. Portanto, permaneça firme em Cristo e em Sua Palavra.