Em novembro de 1972, meu marido tomou a decisão de visitar uma faculdade cristã (hoje uma universidade) para investigar a possibilidade de se mudar para lá e concluir seus estudos. Quando chegamos ao campus, fomos recebidos pelo presidente, C. B. Rock, e sua experiente assistente administrativa, a Sra. Darleen Williams. Fomos convencidos e, assim, voltamos para a cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos, deixamos nossos empregos bem remunerados e colocamos nossos pertences num caminhão alugado, que meu marido dirigiu. Eu fui dirigindo o nosso carro, levando a nossa filha de dez meses.

Em janeiro, meu marido estava matriculado, e nós dois tínhamos empregos de meio período. Eu ganhava 2,50 dólares por hora, e meu marido, 2 dólares por hora. A pensão que ele recebia como veterano de guerra pagava as mensalidades do curso. Mas, quando o semestre terminou, fui avisada de que meu emprego como secretária do Departamento de Educação seria suspenso até o outono. A notícia nos deixou devastados. Como sobreviveríamos durante o verão?

Tivemos que tomar algumas decisões e agir. Recebemos permissão para pagar o aluguel mensal do nosso apartamento de dois quartos, no valor de 150 dólares, em parcelas semanais. Em seguida, levamos nossos colchões e o berço da nossa fi lha para o primeiro andar para dormirmos à noite, já que não podíamos nos dar ao luxo de usar o ar-condicionado. Meu marido sugeriu que solicitássemos ajuda do governo na forma de mercadorias, itens alimentícios não perecíveis em embalagens genéricas. Nasci em Barbados e me lembrei do lema da minha família: “Cada um deve se levantar por suas próprias botas.” Fiquei apreensiva. Meu marido decidiu que a família dele não passaria fome.

Ouvimos falar do ministério da colportagem e sabíamos que vender publicações cristãs seria uma resposta à oração. Meu marido optou por vender, enquanto eu fazia a contabilidade. Em pouco tempo, estávamos andando pelas ruas de Huntsville, no estado do Alabama, divulgando as boas-novas de Cristo. Não é preciso dizer que sobrevivemos ao verão, ao calor do Alabama, a coisas absurdas e até a portas fechando na nossa cara. No entanto, aprendi lições muito valiosas que permaneceram comigo ao longo dos anos. Hoje, se você estiver enfrentando desafios que parecem intransponíveis, confie em Deus e tenha fé.

Yvonne H. Donatto