Estou lendo a Bíblia devagar e meditando, embora algumas partes sejam mais prazerosas do que outras. Amei Gênesis e Êxodo, mas me senti tentada a pular a maior parte do livro de Levítico. Porém, não o fiz e continuei lendo tudo até chegar a Números 7. No meio do capítulo, perdi a paciência.
Sempre digo aos meus alunos: “Não diga em 20 palavras o que você consegue dizer em dez.” Mas esse capítulo violou totalmente essa regra. Ele detalha os presentes que os representantes de cada uma das 12 tribos de Israel trouxeram para a dedicação do templo. Quando cheguei à terceira lista de presentes, ficou bastante claro para mim que todos seriam idênticos. De fato, a única variação é quem traz os presentes e a qual tribo pertence. E então, como se fosse um insulto final à minha mente frustrada, o capítulo termina resumindo os 12 conjuntos de presentes. Por que já não começou com isso? Eu me perguntei. Por que fazer o leitor passar por toda essa repetição?
Exasperada, levei minhas perguntas a Deus. Fiquei surpresa quando uma resposta clara se desdobrou quase imediatamente em minha cabeça, pois era algo que eu nunca teria pensado sozinha: Não se trata dos presentes, mas, sim, da pessoa que os dá! Não importa qual seja o envolvimento coletivo, para Deus, é como se cada doador fosse único, e cada presente é recebido com amor, não importa o que os outros façam.
Imediatamente pensei no dízimo. Cada vez que devolvo meu dízimo, é uma experiência única, que às vezes envolve uma luta ou um teste de fé, e outras vezes acontece com facilidade ou até entusiasmo. Felizmente, apesar de saber de tudo e ver o fim desde o princípio, Deus caminha comigo através da minha experiência individual.
E se tudo o que importasse para Deus fosse o quanto Ele arrecada por mês? E se a preocupação Dele estivesse centrada na soma total que darei ao longo da vida? Felizmente, esse não é o foco de Deus. Em vez disso, Ele me considera como se fosse a única doadora da Terra e trata cada vez que devolvo o dízimo como se eu nunca tivesse feito isso antes ou como se eu não fosse fazê-lo novamente. A lição que podemos tirar de Números 7 é que cada dádiva feita de coração é extremamente preciosa para Deus, pois Ele realmente valoriza quem dá com alegria.
Rachel Williams-Smith