Deus queria anunciar para Abraão o nascimento do filho da promessa e, ao mesmo tempo, renovar a aliança Dele com o patriarca e com sua descendência. Para tanto, Ele escolheu um sinal que os homens hebreus levariam para sempre no corpo, de modo que nunca se esquecessem da aliança firmada com Deus. Assim, nasceu o rito da circuncisão, praticado no oitavo dia de vida do menino.

Esse rito seria uma marca de submissão a Deus; portanto, todos os homens hebreus deveriam ser circuncidados. Após o procedimento, eles passavam dias se recuperando e aproveitavam a oportunidade para buscar forças no Senhor.

Penso que o grande objetivo de Deus ao criar esse rito era confrontar a busca do homem por ser o mais forte, o mais rápido e sempre o primeiro. Deus sabia que o desejo de exaltação própria do ser humano diminuiria o senso de dependência Dele. Por isso, aquele que seria pai de uma grande nação deveria saber que até mesmo seu filho era um presente de Deus.

Em Deuteronômio 10:16 (NAA), está escrito: “Circuncidem o coração de vocês e deixem de ser teimosos.” Penso que, embora não pratiquemos o rito da circuncisão como fizeram Abraão e seus descendentes, Deus não espera menos de nós do que esperava dos patriarcas. Ele deseja ver jovens que sintam alegria em depender Dele. Mas, às vezes, somos teimosos. Queremos seguir nossos próprios caminhos e desperdiçamos as bênçãos da dependência de Deus.

Muitas vezes, quando vivenciamos momentos de dor e sofrimento, visualizamos de forma mais clara nossa dependência divina. As cicatrizes da vida podem funcionar como lembretes de que, mesmo nesses momentos, Ele está ao seu lado, dizendo: “Fique tranquilo, suas batalhas são verdadeiramente Minhas.” É essa aliança de cuidado e dependência que Ele quer firmar com você neste dia.