Segundo a ONU, cerca de 800 milhões de pessoas não têm comida suficiente, e a cada 4 segundos alguém morre de fome no mundo. Para eliminar essa carência alimentar e tirar as pessoas da miséria, seriam necessários 267 bilhões de dólares por ano até 2030.
O contraste é que teríamos mais do que o suficiente para erradicar a fome se apenas um princípio de moralidade fosse seguido. Você sabia que somente a indústria pornográfica movimenta 400 bilhões de dólares por ano? Isso representa 133 bilhões a mais do que precisaríamos para erradicar a miséria.
Discursos antimoralistas tentam abafar os dados, retratando-os como mera propaganda de religiosos puritanos. Filmes como O Som da Liberdade são cancelados e rotulados como conspiracionistas, justamente por aqueles que promovem, nas diferentes formas de arte, a erotização de jovens, adultos e até crianças.
É triste como a mesma sociedade que fala tanto em direitos civis tolera, abertamente, uma forma atualizada de escravidão, tão ou até mais hedionda que aquela do passado. Agências humanitárias estimam que existam hoje 50 milhões de pessoas vivendo sob regime de escravidão, muitas delas sob a vista grossa de quem finge não perceber o que está acontecendo. Como bem colocou o escritor Brenno Tardelli, “a mais triste miséria do mundo é aquela que existe para me trazer prazer”.
É por isso que muitos estão desanimados com a humanidade. Quanto mais conhecem as pessoas – frase tão repetida – mais admiram os animais. Como Diógenes, saem pelas ruas durante o dia com a lamparina acesa, procurando alguém que valha a pena seguir. Mas o que encontram é o desalento de Paulo: “Não há justo, nem um sequer” (Rm 3:10).
Que através de atos de caridade e palavras de justiça, sejamos exceções neste mundo de trevas. Que em meio às acusações do diabo, Deus possa falar de nós como falou do patriarca Jó: “Não há ninguém como ele na Terra. Ele é homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal” (Jó 1:8). Ser santo, às vezes, é valorizar o que a maioria relativiza. Portanto, lembre-se hoje de que, sem santidade, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).