Há muito tempo eu queria um gatinho, mas minha avó, que morava em minha casa comigo, não queria um gato. Porém, no meu aniversário, uma das minhas colegas de trabalho entrou em meu escritório com uma pequena caixa na mão.

– Eu tenho um presente para você! – ela anunciou.

Na caixa estava o presente de aniversário mais maravilhoso que eu poderia ter imaginado: uma gatinha amarelo-alaranjado. Eu simplesmente não consegui dizer não e prontamente dei o nome de Pêssego à gatinha e a levei para casa.

Na primeira noite, a Pêssego e eu compartilhamos o mesmo travesseiro. Ela colocou sua patinha em minha mão enquanto eu adormecia. Nas semanas seguintes, tudo correu bem. Então, um dia, quando peguei a Pêssego, ela deu uma cambalhota em meus braços e fugiu de mim! Depois disso, ela nunca mais quis sentar em meu colo e não permitia que eu a segurasse. Fiquei perplexa, porque até aquele dia ela tinha sido muito amorosa.

Um dia, minha avó me chamou no quarto e disse:

– Terry, venha tirar a Pêssego do meu armário. Quando ela entra lá, eu a puxo pelo rabo, mas dessa vez não consigo alcançá-la.

Poucos dias depois, testemunhei outro episódio em que Pêssego estava sendo tratada de maneira cruel. Naquele momento, eu sabia o que havia feito a Pêssego pular do meu colo. Ela estava assustada com o tratamento rude e não arriscaria deixar alguém fazer isso com ela novamente. Durante os anos seguintes da vida de Pêssego, o mais perto que ela chegava de mim era pulando no encosto do meu sofá.

Um dia, enquanto eu estava estudando a Bíblia, li Ezequiel 36:26, onde Deus disse a Ezequiel para dizer aos israelitas que Ele tiraria deles o coração de pedra e lhes daria coração de carne. De repente, entendi! Pensei: Vou perguntar a Deus se Ele pode tirar o coraçãozinho de pedra da Pêssego e lhe dar um coração de carne, para que ela possa amar e confiar em mim novamente e me permitir amá-la de volta.

Querida amiga, Deus quer que levemos a Ele todas as nossas necessidades. Nenhuma de nossas preocupações é insignificante ou sem importância para Ele.

Terry Wilson Robinson