O dia 8 de maio amanheceu claro e ensolarado sobre a adorável cidade de Grants Pass, no sul do estado de Oregon, nos Estados Unidos. As canções das cotovias penetravam as janelas do nosso recanto do café da manhã enquanto fazíamos nosso culto matinal. Que lindo dia para estar viva! Meu marido e eu prometemos levar uma amiga recém-viúva a seu restaurante favorito, a fim de comemorarmos seu aniversário. Depois, passaríamos a tarde ajudando-a a arrumar as roupas do falecido marido para doá-las às comunidades carentes.

Enquanto relaxávamos confortavelmente em nosso carro, percebi que meu marido parecia muito cansado. Havíamos ficado acordados até tarde, preparando os convites para a celebração do nosso quinquagésimo aniversário de casamento.

– Querido, você gostaria que eu dirigisse hoje? – perguntei alegremente. Ele concordou e, então, trocamos de lugar.

Mal havíamos começado a descer a estrada quando percebi que ele já estava dormindo. Também notei que estávamos alguns minutos atrasados, por isso, acelerei a cem quilômetros por hora no último trecho íngreme da montanha. Isso é tudo que me lembro. Mais tarde, as pessoas que estavam no carro que vinha atrás de nós compartilharam que viram nosso veículo decolar, voando por cima de uma placa de trânsito, antes de bater com a roda dianteira esquerda. Eles testemunharam nosso carro capotar três vezes, com vidros se espalhando pelo ar, antes de parar abruptamente de cabeça para baixo, a poucos metros de um precipício de trinta metros de altura.

Com o choque se instalando, ficamos pendurados de cabeça para baixo pelos cintos de segurança, sentindo uma pressão como se estivéssemos sendo espremidos até a morte ou cortados ao meio. Meu pé esquerdo havia passado por uma das janelas, mas de repente, um rosto gentil apareceu no vidro quebrado e perguntou se podia ajudar. Disseram que a ambulância estava a caminho.

Uma mão passou pelas bordas irregulares do vidro, desligou o motor do carro e tirou as chaves da ignição. Mãos gentis de “anjos” que batiam levemente em nossos ombros nos informavam que sobreviveríamos.

Há muito tempo, as mãos compassivas de Jesus tocavam as pessoas com conforto e cura. O profeta Daniel testificou: “Então aquele ser semelhante a um homem tocou em mim outra vez e me fortaleceu” (Dn 10:18). Deixe Jesus tocar em você hoje e lhe dar forças.

Patty L. Hyland