Em uma festa de encerramento de semestre na casa da professora, alguém viu em um canto garrafas de licor. Um rapaz um pouco mais velho desafiou um amigo meu dizendo que “ele não era homem de verdade se não bebesse aquele licor”. Tentando provar sua masculinidade, ele aceitou o desafio e foi tomando uma dose atrás da outra, sem que os adultos notassem.

Obviamente, meu amigo, de apenas 12 anos, ficou completamente embriagado. Tentei ajudá-lo para que o pior não acontecesse. Assim, o levei até sua casa. Lembro-me de que havia uma ladeira aparentemente interminável. Eu tentava segurá-lo, mas ele ziguezagueava até cair. Eu o levantava e me esforçava para segurá-lo, mas ele caía de novo. Esse ciclo se repetiu até que eu o entreguei a seus pais. Naquele dia, com apenas 11 anos, pude testemunhar como alguns goles de bebida alcoólica são capazes de derrotar e derrubar uma pessoa.

É nesse sentido que o verso de hoje fala que as pessoas são envergonhadas pelo vinho, pois ele causa um impacto social que muitas vezes gera humilhação pública. Por causa da bebida, muitos já perderam seus empregos, sua família e até sua dignidade a ponto de ficarem jogados nas ruas.

Quanto ao álcool, não há dose segura. Você gostaria de saber que o motorista do ônibus em que você viaja todos os dias bebeu com moderação antes da viagem? Então, como alguém pode acreditar que é possível beber com “moderação” e guiar com sabedoria a própria vida?

Embora eu tenha nascido em uma família cristã, foi ao ver meu amigo humilhado pela bebida que decidi jamais colocá-la em minha boca; e assim tenho feito.

Lembre-se do conselho do sábio que diz que o álcool transtorna a vida e promove a tolice. Portanto, fuja dele. Faça disso uma decisão irrevogável.