Atribui-se a Tolstói o pensamento de que o dinheiro representa uma nova forma de escravidão. Por mais que alguns pensem o contrário, o modo como o empregamos é um assunto essencialmente espiritual.

No meio cristão, nos deparamos com duas atitudes extremas em relação ao dinheiro. De um lado estão aqueles que o veem como algo ruim e fazem voto de pobreza com o propósito de viver uma vida “mais santa”, distante de Mamom. Do outro lado estão os que veem a prosperidade como um sinal da aprovação divina e perseguem a riqueza a todo custo, como o alvo da vida cristã. Para esses, a escassez está relacionada à falta de fé ou a problemas espirituais.

A Bíblia nos ensina a ter uma postura equilibrada e sóbria em relação ao dinheiro. Deus não deseja que nos afastemos da riqueza, mas do fascínio que ela produz no coração humano, o qual leva muitos a sacrificar, no altar de Mamom, a verdadeira adoração a Deus, o trabalho missionário, a família, os relacionamentos e o tempo.

Ellen G. White orientou: “Muitos podem professar a religião de Cristo sem amar nem dar ouvidos à letra ou aos princípios de Seus ensinos. Dão o melhor de suas energias aos empreendimentos mundanos, curvando-se diante de riquezas. É alarmante ver tantos iludidos por Satanás, tendo a imaginação estimulada por suas chamativas perspectivas de lucro mundano. São absorvidos pela perspectiva de felicidade perfeita se conseguirem seu objetivo de adquirirem honras e fortuna neste mundo. […] Uma vez alcançado seu objetivo, no entanto, não têm comunhão com o abnegado Redentor, que os tornaria participantes da natureza divina. Apegam-se aos seus tesouros terrestres e desprezam a abnegação e o sacrifício exigidos por Cristo. Não têm desejo algum de separar-se dos queridos tesouros terrestres em que puseram o coração” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 397, 398 [479]).

Não é por acaso que Provérbios 3:9 aconselha: “Honre ao Senhor com os seus recursos e com as primícias de todas as suas colheitas.” Quando Deus pede os nossos recursos, Ele faz isso para tocar o nosso coração. No reino de Deus, o dinheiro é servo, não senhor.

Quem você escolhe, hoje, como senhor de sua vida?